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Resumo
hipermidiática, o homem vem se tornando, cada vez mais, dependente das tecnologias da
por satélites e as redes de computadores fez surgir uma nova economia e um novo
conceito de sociedade, a sociedade planetária, que têm exigido dos sistemas educacionais
artigo, nosso interesse é apresentar alguns aspectos relacionados aos problemas que a
transmissão de conteúdos.
Palavras Chave:
1
Artigo escrito como forma de avaliação parcial da disciplina Bases Epistemológicas da Ciência do Curso
de Mestrado em Ensino de Ciências e Matemáticas do NPADC/UFPA-2003
1
Abstract
The way that the man found to transmit informations consist one of the biggers envoies
from a civilization. Fron the oral primitive society to hipermidia society, the man used
become, more and more dependent of information and communication technologies. The
prevalent of midias systems, the communication by satellites and the computers webs
made appear a new economic and a new idea about society, the planetary society, has
clained from educationals systems citizens ables to utilize the informatic and the
purpose is show some aspects about the troubles that the school have to put into the
technology and pedagogy to attend the market demand and the interest from newman,
while to deal with the changes of paradigms caused by the information and
communication moderns technologies and the difficulties from teachers to apply the
Key words:
2
O “Contador de Histórias” e o Professor
geração a geração. Mas esse processo de transmissão do saber exigia que, tanto o
era um tipo necessário para as sociedades primitivas que tinham seu arcabouço cultural
sociedades orais, ou povos sem escrita - como os índios da Amazônia, p.ex.- competia a
esse personagem a tarefa de repassar aos mais novos e as crianças, as informações que
necessários à boa conduta no seio da comunidade, além das experiências que garantiriam
ensinava que aqueles conhecimentos haviam sido transmitidos aos homens pelos deuses,
por isso mesmo eram envolvidos em ritual de respeito e reverencia; as informações eram
satisfeitos daquele espaço de... aprendizagem. De aprendizagem sim, pois como diz
2
cf. “ESPAÇO VIRTUAL: POR QUE HABITAR?” MAGDALENA,Beatriz Corso; COSTA, Iris E.
Tempel site: http://www.psico.ufrgs.br/teclec/frajola/internet.htm
3
SILVEIRA (1998, p.36), “num grupo, cada vez que os mais velhos se organizavam para
realidade, que muitas vezes parecia-lhes adversa, medonha, sombria. Através de suas
histórias, seus contos, “causos”, fábulas, lendas etc., o contador apresentava uma visão de
mundo com seus conflitos humanos e sociais, com suas lições de vida, as quais o ouvinte
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professor é quase sempre desempenhado sem a mesma maestria dos velhos “contadores”;
carece do encanto e da magia, presentes nas narrativas, que contribuem para a acomodar
e fixar a informação.
matemática deficiente está na linguagem utilizada pelo professor, posto que “nossa
que, em geral, nos apoiamos, mas há de ser uma linguagem narrativa – na forma, no
em sendo um espaço do homem não pode, por conseguinte, ser algo vazio, daí que cada
um coloca a sua “decoração”. Essa técnica de “mobiliar” um espaço abstrato como quem
decora uma casa era empregada pelo poeta grego Simônides (séc.VI a.C.) para quem
esses “elementos decorativos” constituíam recursos mnemônicos - aquilo que nos ajudam
a recordar -, pois a memória visual é mais retentiva que a memória textual. Assim, “o ato
propriamente dito de contar a história era uma mera questão de perambular pelos
aposentos” (idem, p.16). Note-se que aqui estamos tratando do que GARDNER (2002)
chamou de “estruturas da mente”, nada mais nada menos. Para nós o ato de aprender está
contido nessa analogia empregada por Simônides, ou seja: aprender é erguer sua casa e
5
decorar seus aposentos. Freitag, Fonseca, Johnson e tantos outros, deixam claro que o
que para DIZARD (2000 p.9) são as “mídias de massa - mídia impressa e eletrônica -”
“contador de histórias” tornou-se uma figura acrônica e utópica. Por outro lado, podemos
conhecimento, como formadores da educação dos mais novos, ainda exige características
circunstancias das primitivas sociedades orais e imagéticas, tais como um lugar onde
tipos móveis possibilitou o aparecimento dos jornais e do livro impresso, muito mais
tornam-se um suporte material à informação, que já não depende mais da memória para
livro. A partir daí a informação pode, então e finalmente, ser compartilhada de maneira
6
O século XIX traz novos inventos cuja finalidade é transmitir a informação à
distância. Surge o telégrafo por fios (Samuel Morse/1837), o telefone com fio (Graham
de 1905, nos Estados Unidos da América, surgiria outra grande tecnologia, que mais
tarde também seria aliada à educação: o rádio. “Ao transmitir informações, o rádio
foi, sem dúvida, a televisão, que apareceu por volta de 1935. Tamanha é a sua
importância que Adolf Hitler exigiu que os Jogos Olímpicos de 1936, na Alemanha,
fossem transmitidos para algumas cidades alemãs. O Führer esperava com isso
comprovar a supremacia dos atletas nazistas. Talvez tenha sido a primeira vez que a
eram máquinas destinadas a uso militar, e pelo seu elevado custo apenas os governos
7
década de 50 chega ao mercado os primeiros computadores acessíveis às empresas
vinte anos depois do aparecimento do rádio. A mídia falada foi um grande, um enorme
mas nos parece que retornamos a fase do “contador de histórias”, posto que nos
televisão foi a TV TUPI, que surgiu em 1950 na cidade de São Paulo, mas até a década
pós-moderna. Se, por um lado, o potencial didático do rádio fez surgir por decreto o
famoso Projeto Minerva, iniciado em 1970, por exemplo -, por outro a transmissão de
8
Naqueles idos, a escola era um lugar onde a professora mandava e os alunos
obedeciam. E ponto final! Quem mandava nas escolas eram os chefes políticos, que não
capitais, os países do mundo, as datas históricas, etc. Como disse Rubem Alves um dia,
dia vai cair na prova, você é como aquela criança a quem a mãe, antigamente, obrigava a
engolir óleo de rícino ou óleo de fígado de bacalhau (Emulsão de Scott) – somente para
depois, na hora da prova você “despejar” o que foi “aprendido”; o que é o mesmo que
5
É interessante observar que quando dizemos “guardar de cor” ou “decorar” estamos nos referindo a tarefa
de guardar na mente, quando o certo deveria ser “guardar no coração” (cord em latim é coração).
9
educação. Segundo o Aurélio, Cultura é “o complexo dos padrões de comportamento,
que tornava obrigatório o ensino básico em oito anos, além de criar os cursos
Como sabemos a educação, como não pode deixar de ser, é um fato político,
como reforço ideológico. Segundo a análise de Clauss Offe (apud BARRETTO, 1994),
Barreto quando atesta que “os sistemas educacionais nesse caso6 funcionam como
6
Ela se refere a regulamentação da oferta e da demanda do mercado de trabalho
7
Fonte: Almanaque Abril 1995
10
ditatorial militar, que já não é mais necessário para sustentar as mudanças
(idem, p. 28).
importados, e com quase dois anos de administração, é afastado pelo mar de lama da
mesmo instrumento - a mídia televisiva - que o pôs no poder é responsável pela sua
que com a reserva de mercado, permite a um número cada vez maior de pessoas o acesso
11
MARQUEZI (op.cit. p.50) afirma que “um aluno equipado com um PC multimídia
e um provedor de Internet pode aprender numa única semana muito mais que em um ano
dos seus profissionais, que a escola deve preparar. Ainda se adota a pedagogia de
Saviani, agora com mais requinte. Prega-se então a Qualidade Total na Educação. Veja-
lidar com elas, pois as futuras gerações de atividades produtivas, bens e serviços estarão
12
trabalho está empregada em atividades relacionadas com a
informação, incluindo a mídia de massa.
segmentos sociais incorporam uma nova tecnologia tão logo ela esteja disponível; um
rede pública de ensino8, reflexo da sociedade na qual está inserida, não se tem mostrado
tão disposta em aplicar as novas tecnologias na sala de aula; porém, não podemos
imputar à escola toda a responsável por essa situação. Grande parte desse ônus pesado
8
Todas as escolas de médio e grande porte da rede particular de Belém, bem como as instituições de nível
superior idem, possibilitam aos seus professores e alunos os recursos tecnológicos de audiovisual, o
computador e a Internet; embora, nalguns casos, tais recursos estejam mais para elementos de marketing do
que propriamente promotores efetivos de melhorias no processo ensino-aprendizagem.
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E quando enxergamos em LUCKESI (1992) e GADOTTI (1981) a relação escola
quem cabe promover a integração entre os avanços da ciência e a sociedade, com vistas
entanto
professores e pela escola pública; em que pese toda a pesquisa e produção de literatura
que visa contribuir com uma Educação para o desenvolvimento integral do ser humano,
tanto as instituições formadoras, num extremo, quanto a escola no outro, ambas ainda não
se encontram preparadas para abrir mão das cômodas e velhas, velhíssimas, fórmulas.
Veja-se, por exemplo, que desde o século XVI o bispo e pedagogo checo J. AMÓS
“ensinar solidamente, não superficialmente e apenas com palavras” (1957, p.45), mas
com exemplos práticos retirados do cotidiano; que o aprender deve acontecer com prazer,
tecnologias da época e insistia na idéia que “nas escolas a formação deve ser universal”
14
(ide, p.145). Temos aí quase meio milênio de considerações sobre a didática e a
discentia9 sem que, notadamente, uma tenha escola atingido essa excelência.
os mais comuns - vieram ampliar os recursos pedagógicos, mas com que freqüência
assistimos a um professor fazer uso de tais recursos tecnológicos para melhor transmitir
com vistas a uma prática acadêmica na qual eles não apenas mobilizem os recursos
competências em matemática e linguagem. Esta deve ser, aliás, a estrutura sobre a qual se
Quanto mais pensamos sobre esse tema, mais nos convencemos que o modelo
educacional vigente no Brasil está defasado, não somente em relação àquilo que a ciência
9
Aprendizagem.
10
Conceito apresentado por nós em 1993, no VI Curso de Especialização em Educação e Problemas
Regionais da UFPA, no trabalho de avaliação da disciplina Teoria e Prática Docente, ministrada pela Profa.
Ilda Estela Amaral de Oliveira.
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projetor de filmes ou de slides, o retroprojetor e as transparências, a televisão, o vídeo-
esse é um fator agravativo, posto que poderia conduzir a seguinte questão: Tal atitude da
Escola Nova (a primeira reforma do ensino, em 1920) à lei que estabelece as diretrizes e
bases da educação nacional - LDB ou Lei 9394 de 1996 - a escola tem passado por várias
reformas; algumas aparentavam ser uma revolução no projeto original mas não passaram
regra e por uma questão de economia, quem planeja as reformas em educação tende a
Observamos agora esse edifício obsoleto ser implodido, demolido desde suas bases,
consoante com a nova realidade, com a nova sociedade e com o novo homem.
16
Mesmo no caso de nos dirigirmos a uma sociedade planetária
dominada por algumas grandes potências, as finalidades da
educação continuam sendo uma questão nacional. O
pensamento e as idéias podem atravessar fronteiras, mas os
brasileiros é que definiram as finalidades da escola no Brasil e,
conseqüentemente, formarão seus professores. A questão é
saber se o farão de forma democrática ou se a educação
continuará sendo como na maioria dos países, um instrumento
de reprodução das desigualdades e de sujeição das massas ao
pensamento dominante.
passado e a do porvir, “que poderá dar origem a um novo estilo de humanidade.” (idem,
p.125) Esta verdadeira revolução, em uma escala nunca vista e cujo fulcro é a tecnologia
da informação, prepara a emergência não apenas de uma nova sociedade, como também,
e sobretudo, de uma nova humanidade. E quando olhamos para VANZO (2000, p.20)
Num mundo que se torna cada vez mais dependente da máquina e impactado
pelas TIC, o desenvolvimento de uma nação será medido pelo grau de informação que ela
sociedade para que possa atender suas carências e demandas, ao passo que é competência
dos governos sérios elaborar e implementar políticas públicas para o setor educacional,
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de formas a permitir a formação de um cidadão polímata 11, consoante com essas novas
porta, que matemática acontece?” trançam o perfil desse cidadão que a escola deve
almejar:
Por outro lado, hoje sabemos que o meio ambiente influencia a mente, e o nosso
passo depende de toda uma constelação de variáveis (...) que o docente deverá ser capaz
foi realizado por especialistas em diversas áreas encabeçados pelo economista Robert
Reich, que percebeu ser essa a única forma que o país tem para manter sua supremacia e
11
Polímata (gr.: poli, muitos; mathe, aprender), pessoa de muitos aprendizados.
12
“Devemos unir os prefixos dos três setores convergentes (informática, telecomunicações e comunicação)
em uma só palavra, que designa a conjunção de poderes estratégicos relacionados ao macrocampo
multimídia: infotelecomunicações.” (op. cit. p.15)
18
sobrevivência e manutenção da soberania norte-americana, o Congresso é rápido. Assim,
US$ 1.150 milhões “para reforçar, até 1997, a ação de organizações, como a National
essa ação, a própria Agência Aeroespacial Norte-americana (NASA) aplicaria toda sua
hipermídia.
Por seu turno, os países da América Latina também vêem-se impelidos a investir
social básica desses indivíduos. As escolas brasileiras terão de dar uma base muito sólida
oferecendo uma formação que lhe dê a capacidade de saber o que quer, onde encontrar e
A natureza de hoje não é mais vista como a de nossos pais ou avós. Para
PROGOGINE (1996, p.11) “temos uma nova descrição da natureza” onde já não há mais
19
pode, afinal, lidar com essas novas informações e concepções, num espaço antiquado e
Educação para o século XXI, currículo é “tudo aquilo que acontece e promove a
sociedade cada vez mais exigente, e a escola têm o papel de preparar seus alunos para
serem flexíveis e criativos, para se adaptarem a novas situações, para serem capazes de
adquirir pelos seus próprios meios, novos saberes e competências, e assim estarem aptos
como cidadãos participativos e produtivos. Daí que, repetimos em que pese as críticas
sempre que afirmamos isso, a função da escola é educar para a competição. Contudo
APPLE (op.cit. p.63) vai mais longe quando afirma que as escolas não são, apenas,
20
Como sabemos, tanto maior é o mundo de um indivíduo quanto maior for o
número de palavras que ele conhece, quanto mais conceitos formular e quanto maior for
sua consciência a respeito do que lhe cerca. Contudo, a leitura que é feita atualmente nas
escolas, do tipo “acadêmica”, não é aquela leitura que nos fala Paulo Freire, segundo a
qual ler não deve ser apenas a tradução de signos lingüísticos, mas uma apreensão maior
da realidade. A leitura deve servir para que se possa ampliar os referenciais de mundo, e
não para um acúmulo de informações. Para acumular informações nada é melhor do que
os computadores.
percebidos nas mudanças dos valores de base da sociedade. Tais mudanças afetam os
de ensinar.
cada vez mais hightec, estão desintegrando as indústrias convencionais, aquelas que
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exigiam capital e mão-de-obra intensivas, dando lugar às empresas de inteligência
intensiva. A relação entre o custo da matéria prima contida num produto e a tecnologia
nele aplicada é, algumas vezes, na proporção de 1 para 1000. Por isso, numa sociedade
globalizada, o mercado vai buscar a matéria prima onde for mais fácil e muitíssimo mais
barata, ao passo que as inteligências que detém o conhecimento, essas ele vai buscá-las a
peso de ouro.
O trabalho braçal ocupa cada vez menos mãos, ao passo que o labor intelectual
agravamento das questões sociais. Concordamos com MUSKULIN (2003, p.220) quando
econômico, a busca pelo mais rendoso ou lucrativo; onde os valores éticos, morais e
13
Gerson foi um dos craques da seleção de 1970 (do Tri) e gravou um comercial de cigarros que encerrava
com a frase: “Gosto de levar vantagens em tudo, certo?”. Estava criada a Lei de Gerson, que justificaria as
atitudes dos “espertos”.
22
relações humanas. E tanto os programas novos quanto os que ora são transmitidos pela
televisão podem ser, também, transmitidos pela Internet e até mesmo em salas de cinema.
curta metragem. Estes últimos seriam passados nas salas de cinema antes do filme em
cartaz, a exemplo do que acontecia antigamente com Canal 100 e com a Atualidades
Atlântica. E, num vôo mais alto, podemos imaginar um velho cinema sendo
das autoridades brasileiras quando, “no início da década de 60, os educadores brasileiros
uma televisão educativa brasileira.”14 E, “em 03/01/67, a Lei nº 5.198 autorizou o poder
1976, ocorreu um fato importante na vida da TVE. No dia 10/06/76, às 20 horas, houve o
brasileira, realizada pela Rede Globo. Nesses quase quarenta anos tem-se aprimorado em
14
Cf. http://www.redebrasil.tv.br/acervo
15
Idem
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muito a qualidade dos projetos nesse setor - a TV Escola e o Programa Salto Para o
programação educacional está restrita a apenas um canal. Segundo DIZARD (2000), até
mesmo os EUA, com o enorme sistema midiático que possui16, os problemas são
semelhantes:
ROM, o DVD. Para COUTINHO “há uma enorme diversidade de programas televisivos
que podem ser utilizados com finalidades educativas. Em certo sentido, é possível
considerar que todo e qualquer programa audiovisual tem potencial educativo, desde que
seja trabalhado pedagogicamente” (1998, p.17), mas SETZER (2001, p.20) discorda
categoricamente desse ponto de vista, pois para ele “a televisão pode ser empregada
como meio de condicionamento, mas não de educação.(...) Deve ser somente empregada
na educação como ilustração...” Não nos cabe aqui discutir com quem está a razão, mas
16
Os EUA possui “mais de 1.500 estações de televisão, 12.000 estações de rádio, 11.000 sistemas a cabo e
15.000 jornais e periódicos, entre outros recursos” (Dizard, op.cit. p. 20).
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sim, que não podemos deixar de lado os recursos dos modernos sistemas midiáticos que a
e Comunicação – NTIC –
pessoal de apoio etc, para saber lidar com as novas ferramentas e códigos da
modernidade;
Considerações finais
profissional e sua inserção no mercado Para atender a essas necessidades a escola precisa
para os quais não foram preparados nos seus cursos de formação inicial. Essa constatação
Para MORAES (2001 p.20) “haverá em breve uma única porta de entrada, em
cada lar, para a imagem, a voz, a multimídia e o acesso a Internet”, e a escola precisa
acessar e trabalhar a informação; somente assim poderá preparar o cidadão para esse
novo mundo em que o concreto e o virtual se amolgam, de tal forma que é quase
modelo de educação que dê ao homem uma real sociedade democrática. Uma sociedade
em que ele possa ter autonomia para exercer sua cidadania, e aqui me aproprio do
na UFPA (Belém, 21/07/97): “Autonomia significa possuir uma série de condições para
realizar uma determinada ação”. Por conseguinte, dar autonomia a um indivíduo é dar-lhe
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condições para atender aos seus desejos e necessidades; é possibilitar-lhe realizações
pessoais, etc.
aparatos tecnológicos - que vão desde simples quadros magnéticos aos moderníssimos
recursos de realidade virtual - parecem nem de longe afetar a escola pública, apesar de a
melhoria da qualidade da escola pública contagiaria também a rede particular, que teria
que fazer mais do que tem feito para justificar a cobrança de mensalidades. Enquanto isso
não acontecer, não existirá nem mesmo o lado Bélgica do Brasil na educação.”17
Uma educação de qualidade para todos é a condição primordial para que se inicie
um processo mais amplo de conquistas sociais e políticas nesse país, e a estrada para se
tecnologia e educação não significa apenas combinar função técnica e função educativa
1717
Uma referência a “Belíndia”, “uma mistura de Bélgica e Índia. Isso porque uma pequena parcela da
população vive com indicadores de Bélgica no Brasil, enquanto uma imensa maioria tem padrões de Índia.”
Belíndia é uma expressão criada em 1974 pelo economista Edmar Bacha. in “A boa escola brasileira”, cf.
http://www2.uol.com.br/aprendiz/n_colunas/a_gois/id081002.htm)
1818
in “A IBM e o Projeto de Educação para Escolas de 1o e 2o graus” - Projeto Novo Horizonte - s/d
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