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Principais tipos de resíduos


    

  Resíduos Urbanos

Os resíduos urbanos são os provenientes de habitações bem como outro


resíduo que pela sua natureza e composição, seja semelhante aos resíduos
provenientes das habitações (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro).

      Resíduos Industriais

Os resíduos gerados em processos produtivos industriais, bem como os que


resultem das actividades de produção e distribuição de electricidade, gás e
água (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro).

      Resíduos Hospitalares

Os resíduos resultantes de actividades médicas desenvolvidas em unidades de


prestação de cuidados de saúde, em actividades de prevenção, diagnóstico,
tratamento, reabilitação e investigação, relacionada com seres humanos ou
animais, em farmácias, em actividades médico-legais, de ensino e em
quaisquer outras que envolvam procedimentos invasivos, tais como
acupunctura, piercings e tatuagens (Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de
Setembro).

      Resíduos Agrícolas

Os resíduos provenientes de explorações agrícolas e ou pecuárias ou similares


(Decreto-Lei n.º 178/2006, de 5 de Setembro).

Tratamento de Resíduos; Tipos de Resíduos e Métodos de Tratamento;

  

Resíduo  – qualquer substância ou objecto de que o ser humano pretende


desfazer-se por não lhe reconhecer utilidade. A produção de resíduos é
causadora de poluição e tem vindo a aumentar com o desenvolvimento
socioeconómico e tecnológico das sociedades.

Tipos de Resíduos e Métodos de tratamento:

Resíduos Sólidos Urbanos  – são correntemente designados lixos. Incluem


resíduos domésticos, industriais e hospitalares. Podem causar poluição da
água, do solo ou da atmosfera.

Aterros Sanitários  – instalações onde são depositados resíduos compactados,


acima ou abaixo da superfície do terreno.

Os aterros sanitários devem ser construídos em locais com características


geológicas adequadas e são revestidos com materiais impermeáveis, como
argila ou plástico, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.

As substâncias lixiviadas  (quando a água das chuvas se infiltra, dissolve


substâncias químicas e arrasta-as consigo) são recolhidas e enviadas para
uma estação de tratamento e os gases produzidos pelas bactérias de
compositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia.

Após estarem lotados, os aterros são selados, ou seja, tapados com uma


cobertura de plástico e de terra que permite o desenvolvimento de plantas que
diminuirão o impacto paisagístico.

Principais vantagens:

 construção rápida;
 baixos custos de manutenção;
 grande capacidade.
 Principais desvantagens:
 requer grandes áreas de implantação;
 possibilidade de contaminação de águas subterrâneas.
 Incineração – combustão de resíduos a altas temperaturas, que, assim,
se reduzem a cinzas e gases. Co-incineração – incineração nos fornos
das cimenteiras.

Principais vantagens:
 grande redução do volume de lixos;
 pequena área de implantação;
 as partículas sólidas ficam retidas nos filtros, sendo encaminhadas para
os aterros sanitários juntamente com as cinzas;
 os filtros ou precipita dores electrostáticos retiram os gases ácidos e as
partículas, para que as emissões não contaminem a atmosfera;
 quase todas as estações de incineração estão concebidas para
produzirem electricidade e em algumas incineradoras há separação de
materiais para posterior reciclagem.
 Principais desvantagens:
 poluição atmosférica;
 emissão de substâncias tóxicas (como dioxinas);
 custos elevados.
 Reciclagem – recolha e reprocessamento de resíduos.
 Reciclagem primária – conversão em produtos do mesmo tipo.
 Reciclagem secundária – conversão noutro tipo de produtos.

A reciclagem insere-se numa política ambiental mais alargada, que inclui


também os seguintes 2R:

Reduzir – reduzir ao mínimo o lixo produzido passa por diminuir o consumo de


materiais descartáveis ou com embalagens excessivas e não biodegradáveis,
bem como desenvolver tecnologias para minimizar a quantidade de matérias-
primas necessárias para produzir um determinado produto.

Reutilizar – usar várias vezes um produto é uma forma eficiente de diminuir os


resíduos. Para produzir qualquer objecto há sempre gasto de matéria-prima,
água e contaminação ambiental, pelo que, quando reutilizamos, reduzimos os
resíduos e conservamos os recursos.

Principais vantagens:

 poupança de materiais e de energia;


 redução da poluição (atmosférica, da água e dos solos);
 redução da quantidade de resíduos sólidos;
 protecção dos ecossistemas.

Compostagem – decomposição dos resíduos orgânicos (biodegradáveis) pela


acção de decompositores e saprófitas, diminuindo o volume dos resíduos e
produzindo o composto, que pode ser usado como fertilizante, melhorando a
textura e fertilidade do solo.
Águas Residuais: águas que foram utilizadas em actividades domésticas,
industriais ou agrícolas e que contêm uma grande variedade de resíduos. O
tratamento de águas residuais é feito em estações de tratamento, ETAR.
Nestas estações, as águas residuais são sujeitas a tratamentos que removem
os poluentes e o efluente final é devolvido ao ambiente.

O tratamento de águas residuais consta das seguintes fases:

Tratamento preliminar – visa a eliminação de resíduos e de corpos sólidos.


Para separar os resíduos das águas residuais, estas passam por crivos de
barras ou crivos giratórios, que permitem uma eliminação mais completa dos
resíduos. Em ambos os casos, os resíduos são recolhidos mecanicamente e
levados para incineradoras.

Tratamento primário – os efluentes são conduzidos para um tanque de


sedimentação de sólidos (clarificadores primários), que contém um sistema de
braços giratórios, cuja velocidade de rotação é a indicada para que os sólidos
sedimentem ao longo de várias horas. As partículas de matéria orgânica
depositam-se no fundo e são retiradas, bem como os materiais gordurosos que
flutuam e são recolhidos. Os materiais retirados denominam-se por lamas em
bruto (ou lodos em bruto), que serão alvo de tratamento posterior e envio para
aterros sanitários.

Tratamento secundário – processo biológico durante o qual bactérias aeróbias


ou anaeróbias eliminam até 90% da matéria orgânica dissolvida. As bactérias
decompositoras podem ser incluídas em lamas activadas, que são misturadas
com as águas resultantes do tratamento primário, ou podem recobrir um leito
de gravilha sobre o qual passa a água (tanques de percolação). Ao tratamento
secundário segue-se uma nova decantação.

Como se consome oxigénio durante este processo, e para que não se atinja
uma situação grave de carência bioquímica de oxigénio, recorre-se ao sistema
de lamas activadas, no qual o tanque está equipado com um sistema de
arejamento. Os microorganismos tendem a agrupar-se em conglomerados, que
sedimentam no fundo do tanque quando a água fica sem agitação.

Os efluentes tratados são transferidos do tanque de arejamento para um


clarificador secundário, para que os microorganismos sedimentem e sejam
bombeados de volta ao sistema onde entraram como lodos activados.

O excedente, resultante do crescimento da população de microorganismos, é


retirado e adicionado aos lodos em bruto do tratamento primário.
Tratamento terciário – separação biológica dos nutrientes, com o objectivo de
eliminar o material inorgânico dissolvido, uma vez que são agentes causadores
da eutrofização cultural.

Em alternativa à separação biológica dos nutrientes, podem ser realizados


diversos processos químicos, sendo comum passar as águas residuais,
provenientes do tratamento secundário, por um filtro de cal, promovendo a
precipitação do fósforo, sob a forma de fosfato de cálcio.

Nem sempre é utilizado, uma vez que é muito dispendioso.

Tratamento quartenário – corresponde à limpeza e desinfecção final, em que


as águas residuais são submetidas a uma última limpeza por filtração, através
de uma camada de areia e posterior desinfecção.

O desinfectante mais utilizado é o cloro, sob a forma de gás, por ser muito
eficiente e barato. Todavia, pequenas quantidades deste gás podem atingir os
ecossistemas, prejudicando a fauna aquática. O cloro reage espontaneamente
com alguns compostos orgânicos, formando hidrocarbonetos clorados, sendo
alguns deles compostos tóxicos, não biodegradáveis, e passíveis de provocar
cancro, crescimento anormal e problemas reprodutivos. Para evitar estes
efeitos secundários, adiciona-se à água outra substância que converte o cloro
numa forma quimicamente neutra.

Utiliza-se também o ozono, muito eficaz para eliminar microorganismos, ao


mesmo tempo que decompõe o oxigénio, melhorando a qualidade da água.
Contudo, o ozono é instável e explosivo, pelo que deve ser produzido no local
onde vai ser usado, o que exige um grande investimento económico e
energético.

Pode ainda ser utilizada radiação UV, que mata os organismos sem prejudicar
a qualidade da água.

Poluição, Bioacumulação e Bioampliação; Agentes tóxicos; Poluição


atmosférica

Poluição: modificação não pretendida na atmosfera, na água ou nos solos, que


pode afectar os humanos ou qualquer outro organismo vivo, apresentando
origem antrópica.
Contaminação: introdução de compostos em quantidades acima das normais,
podendo ou não afectar os organismos que nela habitam e cuja origem poderá
ser natural.

Poluente: qualquer composto emitido pelo Homem que afecte os ecossistemas


e o próprio Homem.

Toxicidade: efeito negativo na saúde humana ou no ambiente provocado pela


presença de compostos em concentrações acima do definido. As substâncias
tóxicas podem ser ingeridas, inaladas ou absorvidas através da pele.

Factores que influenciam a toxicidade: frequência e duração da exposição e


natureza da substância.

Factores de Toxicidade:

Dose:

A dose letal causa a morte de um organismo. No caso humano, a dose letal de


uma determinada substância tóxica depende de factores como a idade, o sexo,
o estado de saúde, a eficiência dos sistemas de desintoxicação e a
sensibilidade individual.

Dose Letal média (LD50): concentração de uma substância que causa a morte
de 50% de uma população-teste num período de 14 dias.

Solubilidade:

As substâncias tóxicas solúveis na água são facilmente absorvidas pelos


organismos a partir do meio, mas também são relativamente fáceis de eliminar.

As substâncias tóxicas solúveis nos lípidos acumulam-se nas células e tecidos


e são mais difíceis de eliminar.

Bioacumulação:
Corresponde à soma sucessiva da incorporação de um poluente efectuada por
via directa ou por via alimentar, sendo mais frequente nos organismos
aquáticos.

Bioampliação:

Causada pela acumulação de compostos tóxicos nos tecidos, mais grave para
os consumidores de topo das cadeias alimentares, onde se registam os mais
graves problemas de toxicidade – a concentração de certas substâncias
aumenta de nível trófico para nível trófico, ao longo das cadeias alimentares, e
afecta organismos que não foram directamente expostos.

Um dos aspectos mais graves da bioacumulação e da bioampliação é o facto


de não aparecerem sintomas até as concentrações no organismo serem
suficientemente elevadas para causarem problemas graves de saúde.

Interacção com outras substâncias:

Sinergismo – A interacção multiplica o efeito da substância tóxica. O efeito


combinado das duas substâncias é superior à soma dos efeitos de cada uma
delas quando actuam isoladamente. A presença de um nutriente aumenta ou
facilita a absorção de outro.

Antagonismo – a interacção reduz o efeito da substância tóxica. A presença de


um nutriente causa a indisponibilidade de um outro nutriente, mesmo que ele
esteja presente no solo, em quantidade suficiente.

Efeitos dos agentes tóxicos:

A resposta a um agente tóxico é variável e pode resultar em dois tipos de


efeitos:

efeito agudo – reacção imediata ou rápida do organismo à exposição ao agente


tóxico, que pode variar de uma erupção cutânea até à morte;

efeito crónico – consequência permanente ou duradoura da exposição ao


agente tóxico, como lesões renais ou hepáticas.

Classificação dos agentes tóxicos em função dos seus efeitos:

Mutagénico:

Causa mutações no DNA. As mutações podem ser somáticas ou germinativas.


Pode originar doenças e cancro.
Exemplo: radiações ionizantes, raios X.

Teratogénico:

Causa defeitos no embrião, especialmente durante os primeiros 3 meses de


gravidez, podendo reflectir-se na perda da gestação, malformações ou
alterações no funcionamento, bem como distúrbios neurocomportamentais,
como o atraso mental.

Exemplo: Talidomida, polifenóis biclorados (PCB) e metais pesados, como o


chumbo e arsénio.

Cancerígeno:

Causa o aparecimento de cancros, por indução de alterações no DNA. Os


contaminantes provocam alterações no DNA das células que conduzem ao seu
crescimento e divisão descontrolada, originando o cancro.

Exemplo: substâncias químicas, presentes no fumo do cigarro, em alimentos e


em poluentes ambientais. Radiações, metais pesados e vírus.

Alergénico:

Induz reacções alérgicas.

Exemplo: veneno de insectos.

Asfixiante:

Impede a captação ou distribuição de oxigénio.

Exemplo: Monóxido de carbono.

Neurotóxico:

Afecta o sistema nervoso.

Exemplo: DDT, formaldeído, dioxinas, chumbo, mercúrio e tolueno.

Em estudos de toxicidade, verifica-se, frequentemente, que muitas substâncias


têm efeitos insignificantes sobre a saúde em baixas concentrações, mas os
efeitos acentuam-se para concentrações mais elevadas. Este facto deve-se
principalmente aos seguintes factores:

o organismo possui mecanismos de destruição, diluição ou excreção de


substâncias tóxicas;
as células têm enzimas que reparam o DNA;

as células de algumas regiões do organismo (como a pele e os revestimentos


do sistema digestivo, dos pulmões e dos vasos sanguíneos) multiplicam-se a
uma taxa elevada e substituem rapidamente as células danificadas.

Poluição Atmosférica

Constituição da atmosfera:

Troposfera – camada mais baixa da atmosfera e a mais densa, ao longo da


qual há um arrefecimento acentuado. Existem correntes de ar que possibilitam
a ascensão dos contaminantes. É o local onde se origina o nosso clima e
ocorrem os fenómenos climáticos. As substâncias que nela se encontram
podem regressar à superfície terrestre por precipitação.

Estratosfera – sobrepõe-se à troposfera, é mais rarefeita e contém uma menor


concentração de vapor de água e uma maior concentração de ozono. Como as
correntes de ar são insignificantes e a quantidade de vapor de água é reduzida,
as substâncias que alcançam esta camada permanecem aí durante muito
tempo.

Mesosfera

Termosfera

Os poluentes atmosféricos podem ser classificados como:

Poluentes primários – se são emitidos directamente para a troposfera numa


forma potencialmente perigosa. Resultam directamente da combustão ou
evaporação do carvão e derivados do petróleo.

Partículas, compostos orgânicos voláteis, CO, NOx, SOx e chumbo.

Poluentes secundários – se resultam da reacção dos poluentes primários com


os componentes do ar (combustão), formando novos poluentes. A energia para
que estas reacções ocorram provém da luz solar, daí se designarem também
por oxidantes fotoquímicos.

Ozono, H2O2, H2SO4, HNO3 e diversos compostos orgânicos voláteis.


A poluição atmosférica, mesmo quando originada por fontes locais, atinge
facilmente uma dimensão regional ou global, como consequência da
mobilidade horizontal do ar atmosférico.

Particularização dos fenómenos de poluição atmosférica

Smog:

Com a Revolução Industrial e a utilização intensiva de carvão como fonte de


calor e energia, aparece o «smog industrial» - densas neblinas constituídas por
uma mistura de óxidos de carbono, compostos azotados e vapor de água, que
se formaram onde se concentravam as indústrias.

A partir dos anos 50, com o uso crescente de veículos motorizados, as grandes
áreas urbanas começaram a ficar envoltas numa neblina denominada «smog
fotoquímico».

Inversão térmica – uma das principais causas de intensificação do smog.

Em condições normais, a temperatura é mais elevada junto ao solo (devido ao


facto de os raios solares incidirem na superfície); o ar quente eleva-se,
arrastando consigo os contaminantes, promovendo a sua dispersão.

De noite, esta corrente pára. A formação de uma camada de ar mais fria à


superfície, limitada superiormente por uma camada mais quente, ocorre
durante a inversão térmica.

Quando estas inversões térmicas ocorrem de um modo prolongado, os


contaminantes atingem concentrações perigosas, pelo que, nestes casos, as
autoridades de saúde aconselham as pessoas com problemas respiratórios a
permanecerem em casa e a protegerem-se.

Consequências do Smog:

dores de cabeça,

náuseas,

irritação nos olhos e na garganta,

agravamento dos problemas respiratórios,

morte.
Chuvas Ácidas:

Deposição à superfície da Terra de substâncias com pH inferior a 5,6 que


ocorre, geralmente, por precipitação.

As chuvas ácidas passaram rapidamente de um problema de poluição regional,


de zonas do globo muito industrializadas e com muitos carros, para um
problema de poluição global.

Os poluentes primários emitidos para a atmosfera podem ser transportados


pelos ventos dominantes, percorrendo distâncias de várias centenas de
quilómetros.

Causas:

O dióxido de enxofre (SO2)  e os óxidos de azoto (NOx) produzidos pelas


actividades humanas, particularmente a queima de combustíveis fósseis em
centrais termoeléctricas, a indústria e os transportes rodoviários, reagem com o
vapor de água atmosférico e originam ácido sulfúrico e ácido nítrico. Estas
substâncias são depositadas à superfície da Terra com a precipitação ou a
seco.

Consequências:

destruição de florestas, por acção directa sobre as plantas ou indirecta pela


acidificação do solo;

desequilíbrios nos ecossistemas aquáticos provocados pela morte de peixes,


aumento da concentração de alumínio e formação de metilmercúrio;

aumento da frequência e gravidade de doenças respiratórias em seres


humanos, como a bronquite e a asma;

aumento da frequência e gravidade de doenças respiratórias em seres


humanos, com a bronquite e a asma;

libertação de metais pesados, como cobre e chumbo, das canalizações para a


água de consumo público;

degradação de monumentos, particularmente de calcário e mármore.

Medidas a adoptar para minimizar as emissões de poluentes:

instalação de depuradores (filtros líquidos) – ao passar os fumos da combustão


por estes filtros, que têm água e cal, obtém-se um precipitado, com diminuição
da emissão de poluentes;

costrução de centrais e equipamentos de energia alternativa;


redução do consumo de electricidade.

Efeito de Estufa:

O efeito de estufa é um fenómeno natural que tem vindo a ser acentuado pela
libertação de gases com origem em actividades humanas.

O efeito de estufa impede a ocorrência de oscilações térmicas significativas, a


que a maioria dos planetas do nosso sistema solar se encontra sujeito, tendo
possibilitado o aparecimento e desenvolvimento da vida.

Da radiação solar que incide na Terra, uma parte é reflectida pela atmosfera ou
absorvida pelo ozono estratosférico. A que atinge a superfície terrestre gera
calor, que é irradiado sob a forma de radiação infra-vermelha. Os gases de
estufa absorvem parte desta radiação e libertam mais radiação infra-vermelha,
de maior comprimento de onda.

O CO2, vapor de água e outros gases têm função análoga à dos vidros numa
estufa, deixando entrar as radiações, mas dificultando a saída dos raios Infra-
vermelhos (IV).

Causas: a emissão de gases de estufa com origem antropogénica tem vindo a


aumentar desde a Revolução Industrial.

CO2 – tem origem na queima de combustíveis fósseis e na queima de florestas


para obtenção de terrenos agrícolas. Anualmente, verifica-se uma oscilação da
concentração de CO2 por estação, reflexo da fotossíntese e da respiração nos
ecossistemas aquáticos e terrestres (predominante no final do Outono e
Inverno).

Metano (CH4) – proveniente das reacções microbianas de fermentação e de


explorações petrolíferas.

Óxido nitroso (N2O) – tem origem em combustíveis fósseis, fertilizantes


químicos e na pecuária.

Clorofluorcarbonetos (CFC) – utilizados como propulsores em aerossóis e em


gases de refrigeração. Têm uma capacidade de absorção dos raios IV superior
ao CO2.

Vapor de água

Ácido nítrico (HNO3) - proveniente da queima de biomassa e uso de


fertilizantes químicos na agricultura.

Consequências do efeito de estufa: Aquecimento Global:


aumento do nível dos oceanos, devido à expansão térmica da água e à fusão
das calotes polares;

alterações climáticas que afectam a disponibilidade de recursos hídricos (as


taxas de evaporação e precipitação são alteradas) e a produção de alimentos;

aumento da frequência e intensidade dos fenómenos extremos, como secas


prolongadas, vagas de calor, inundações e tempestades;

alterações na localização e na estrutura dos ecossistemas;

extinção de espécies;

alastramento de algumas doenças típicas das regiões tropicais.

A atmosfera terrestre também está sujeita a factores de arrefecimento.

As nuvens cobrem aproximadamente 50% da superfície terrestre e reflectem


para o espaço cerca de 21% da radiação solar – esta reflexão denomina-se
albedo e impede que ocorra o aquecimento.

A actividade vulcânica também arrefece a Terra, pois, durante as erupções,


nuvens enormes de partículas e de aerossóis podem entrar na atmosfera,
reflectindo e dispersando as radiações, o que causa uma diminuição da
temperatura.

Assim, a temperatura resulta do equilíbrio entre factores de aquecimento e de


arrefecimento do planeta.

Medidas de prevenção e minimização do efeito de estufa:

estabelecimento e cumprimento de um máximo mundial para as emissões de


CO2, mediante limitações do uso de combustíveis fósseis na indústria e nos
transportes;

efectuar acordos internacionais para pôr fim à emissão de CFC;

deter a desflorestação e incrementar a plantação de árvores em vastas áreas


actualmente desflorestadas;

sensibiliar para a conservação de energia e apostar em formas de energia


renováveis;

fomentar a escolha pelos transportes públicos.

Rarefacção do ozono estratosférico:

A camada de ozono que se localiza na estratosfera, filtra cerca de 95% das


radiações UV do Sol.
A rarefacção do ozono estratosférico atinge praticamente todas as zonas da
Terra (os trópicos são a excepção) e é particularmente grave sobre os polos
onde se verifica uma acentuada redução sazonal.

O frio intenso e o grande turbilhão de ventos polares acima da Antárctida


provocam, em cada Inverno, um decréscimo localizado na espessura de ozono.
Contudo, na Primavera seguinte, com o Sol, o ozono volta a formar-se e a
espessura normal é reconstituída. À perda sazonal de ozono durante o verão
da Antárctida foi chamado o buraco do ozono.

O ozono troposférico, também chamado ozono fotoquímico, é um poluente


secundário, com efeitos nocivos sobre o sistema respiratório. Resulta da
oxidação de poluentes primários, como os óxidos de azoto, por acção da luz
solar.

Causas: libertação de CFC's para a atmosfera

Os CFC são compostos estáveis e inodoros constituídos por átomos de


carbono, cloro, e flúor. Foram amplamente usados como propulsores em
aerossóis e em gases de refrigeração.

Na estratosfera, as radiações UV causam a quebra das moléculas de CFC e


libertam átomos de cloro radioactivos. Os átomos de cloro causam a quebra da
molécula de O3 em O2 e O, numa cadeia cíclica de reacções que conduz a
uma distribuição de O3 mais rápida que a sua formação.

Cada molécula de CFC pode permanecer na estratosfera por dezenas de anos


e converter um grande número de moléculas de O3 em O2.

Consequências: a redução do ozono estratosférico permite uma maior


incidência das radiações UV sobre a Terra, o que provoca:

aumento da incidência de queimaduras solares, cancros de pele e cataratas


em seres humanos;

supressão de funções do sistema imunitário, o que aumenta a susceptibilidade


a doenças infecciosas e cancros;

diminuição da produção de certas culturas, como milho, arroz, sorgo e trigo;

diminuição da produção florestal de muitas espécies de árvores sensíveis às


radiações UV.

Medidas: Protocolo de Montreal.


Conceito de Resíduo, Tipos de Resíduos e Métodos de Tratamento

Conceito de resíduo:

Qualquer substância ou objecto de que o ser humano pretende desfazer-se por


não lhe reconhecer utilidade. A produção de resíduos é causadora de poluição
e tem vindo a aumentar com o desenvolvimento socioeconómico e tecnológico
das sociedades.

Tipos de Resíduos e Métodos de Tratamento:

Resíduos sólidos urbanos

São correntemente designados lixos. Incluem resíduos domésticos, industriais


e hospitalares. Podem causar poluição da água, do solo ou da atmosfera.

Aterros Sanitários

Os Aterros Sanitários devem ser construídos em locais com características


geológicas adequadas e são revestidos com materiais impermeáveis, como
argila ou plástico, que previnem a infiltração no solo de substâncias lixiviadas.

Substâncias lixiviadas

As substâncias lixiviadas (quando a água das chuvas se infiltra, dissolve


substâncias químicas e arrasta-as consigo) são recolhidas e enviadas para
uma estação de tratamento e os gases produzidos pelas bactérias
decompositoras (biogás) podem ser utilizados na obtenção de energia.
 

Após estarem lotados, os aterros são selados, ou seja, tapados com uma
cobertura de plásticos e de terra que permite o desenvolvimento de plantas que
diminuirão o impacto paisagístico.

Principais Vantagens

Construção rápida

Baixo custos de manutenção

Grande Capacidade

Principais Desvantagens

Requer grandes áreas de implantação

Possibilidade de contaminação de águas subterrâneas

Reciclagem  -> Recolha e processamento de resíduos.

Reciclagem primária - Conversão em produtos do mesmo tipo

Reciclagem secundária - Conversão noutro tipo de produtos

A Reciclagem insere-se numa política ambiental mais alargada, que inclui


também os seguintes "2 R's"

Reduzir : Reduzir ao máximo o lixo produzido passa por diminuir o consumo de


materiais descartáveis ou com embalagens excessivas e não biodegradáveis,
bem como desenvolver tecnlogias para minimizar a quantidade de matérias-
primas necessárias para produzie um determinado produto.

Reutilizar: Usar várias vezes um produto é uma forma eficiente de diminuir os


resíduos. Para produzir qualquer objecto há sempre gasto de matérias-prima,
água e contaminação ambiental, pelo que, quando reutilizamos, reduzimos os
resíduos e conservamos os recursos.

Principais Vantagens

Poupança de materiais e de energia

Redução da poluição (atmosférica, da água e dos solos)

Redução da quantidade de resíduos sólidos


Protecção dos ecosistemas

Compostagem - Entende-se pela decomposição dos resíduos orgânicos


(biodegradáveis) pela acção de compositores e saprófitas, diminuindo o volume
dos resíduos e produzindo o composto, que pode ser usado como fertilizante,
melhorando a textura e fertilidade do solo.

Águas Residuais - Águas que foram utilizadas em actividades domésticas,


industriais ou agrícolas e que contêm uma grande variedade de resíduos. O
tratamento de águas residuais é feito em estações de tratamento, ETAR.
Nestas estações, as águas residuais são sujeitas a tratamentos que removem
os poluentes e o efluente final é devolvido ao ambiente.

Tratamento preliminar – visa a eliminação de resíduos e de corpos sólidos.


Para separar os resíduos das águas residuais, estas passam por crivos de
barras ou crivos giratórios, que permitem uma eliminação mais completa dos
resíduos. Em ambos os casos, os resíduos são recolhidos mecanicamente e
levados para incineradoras.

Tratamento primário  – os efluentes são conduzidos para um tanque de


sedimentação de sólidos (clarificadores primários), que contém um sistema de
braços giratórios, cuja velocidade de rotação é a indicada para que os sólidos
sedimentem ao longo de várias horas. As partículas de matéria orgânica
depositam-se no fundo e são retiradas, bem como os materiais gordurosos que
flutuam e são recolhidos. Os materiais retirados denominam-se por lamas em
bruto (ou lodos em bruto), que serão alvo de tratamento posterior e envio para
aterros sanitários.

Tratamento secundário – processo biológico durante o qual bactérias aeróbias


ou anaeróbias eliminam até 90% da matéria orgânica dissolvida. As bactérias
decompositoras podem ser incluídas em lamas activadas, que são misturadas
com as águas resultantes do tratamento primário, ou podem recobrir um leito
de gravilha sobre o qual passa a água (tanques de percolação). Ao tratamento
secundário segue-se uma nova decantação.

 Como se consome oxigénio durante este processo, e para que não se atinja
uma situação grave de carência bioquímica de oxigénio, recorre-se ao sistema
de lamas activadas, no qual o tanque está equipado com um sistema de
arejamento. Os microorganismos tendem a agrupar-se em conglomerados, que
sedimentam no fundo do tanque quando a água fica sem agitação.
 Os efluentes tratados são transferidos do tanque de arejamento para um
clarificador secundário, para que os microorganismos sedimentem e sejam
bombeados de volta ao sistema onde entraram como lodos activados.

 O excedente, resultante do crescimento da população de microorganismos,


é retirado e adicionado aos lodos em bruto do tratamento primário.

Tratamento terciário – separação biológica dos nutrientes, com o objectivo de


eliminar o material inorgânico dissolvido, uma vez que são agentes causadores
da eutrofização cultural.

 Em alternativa à separação biológica dos nutrientes, podem ser realizados


diversos processos químicos, sendo comum passar as águas residuais,
provenientes do tratamento secundário, por um filtro de cal, promovendo a
precipitação do fósforo, sob a forma de fosfato de cálcio.

 Nem sempre é utilizado, uma vez que é muito dispendioso.

Tratamento quartenário – corresponde à limpeza e desinfecção final, em que


as águas residuais são submetidas a uma última limpeza por filtração, através
de uma camada de areia e posterior desinfecção.

 O desinfectante mais utilizado é o cloro, sob a forma de gás, por ser muito
eficiente e barato. Todavia, pequenas quantidades deste gás podem atingir os
ecossistemas, prejudicando a fauna aquática. O cloro reage espontaneamente
com alguns compostos orgânicos, formando hidrocarbonetos clorados, sendo
alguns deles compostos tóxicos, não biodegradáveis, e passíveis de provocar
cancro, crescimento anormal e problemas reprodutivos. Para evitar estes
efeitos secundários, adiciona-se à água outra substância que converte o cloro
numa forma quimicamente neutra.

 Utiliza-se também o ozono, muito eficaz para eliminar microorganismos, ao


mesmo tempo que decompõe o oxigénio, melhorando a qualidade da água.
Contudo, o ozono é instável e explosivo, pelo que deve ser produzido no local
onde vai ser usado, o que exige um grande investimento económico e
energético.

 Pode ainda ser utilizada radiação UV, que mata os organismos sem
prejudicar a qualidade da água.
Introdução

Este trabalho foi elaborado no âmbito da disciplina de Ciências Naturais e


aborda o tema Poluição do Solo. Na primeira parte, começamos por clarificar
os termos Poluição e Poluição do Solo. Avançamos com a identificação das
consequências deste tipo de Poluição. Na segunda parte referimos um
exemplo concreto de Poluição do Solo existente em Portugal. Por último,
apresentamos algumas soluções para minimizar/evitar esta ameaça. Com a
elaboração deste trabalho pretendemos dar a conhecer os perigos reais, deste
tipo de poluição, alertando, assim, para as consciências para a gravidade da
situação actual.

Conclusão

Com esta pesquisa, ficamos ainda mais sensibilizados para as consequências


da Poluição do Solo, bem como para a urgência de reverter a situação actual
sob pena de colocar em risco a continuidade da vida na terra. Não tivemos
grandes dificuldades na sua elaboração por haver muita documentação sobre
esta matéria. Gostamos de realizar este trabalho porque, através das
pesquisas que fizemos, ficamos mais informadas sobre a extensão e a
gravidade deste problema. A principal mensagem que queremos deixar é a
necessidade de “passar da teoria à prática”, pelo que ainda há um longo
caminho por

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