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A Fisioterapia na Paralisia Facial Periférica

RESUMO
A Paralisia Facial Periférica é uma afecção sem etiologia comprovada. O acometimento do VII par craniano da
origem a um conjunto de sinais e sintomas que são traumáticos para os indivíduos. Esta patologia não escolhe
raça, sexo, ou condições sociais, sendo que indivíduos entre 30-40 anos de idade são mais sensíveis á agressão.
Aproximadamente oito horas após que ocorreu o comprometimento os sinais e sintomas começam a ser
evidenciados, o rosto desvia sua linha media, a boca e o olho não fecham. Para a reabilitação deste quadro a
fisioterapia utiliza várias técnicas e recursos. Enfatizando que não só a face comprometida deve receber
atendimento, tem que ser trabalhado bilateralmente, pois se o tônus aumentar contra lateralmente os músculos
receberão uma menor resistência e tornaram-se hipertônicos, quando comparado com o lado lesado.
O prognostico é benéfico em 80% dos casos, onde em dois meses as manifestações regridem. Caso não
ocorrendo à resolução pode-se utilizar a eletroterapia como coadjuvante do tratamento.
Palavra chave: Paralisia Facial; Fisioterapia; Tratamento.
ABSTRACT
 The Outlying Facial Paralysis is an afecção without proven aetiology. The compromising of cranial equal VII of
the origin to a group of signs and symptoms that are traumatic for the individuals. This pathology doesnt choose
race, sex, or social conditions, and individuals among 30-40 years of age are more sensitive á aggression.
Approximately eight hours after that happened the compromising the signs and symptoms begin to be
evidenced, the face diverts your line it measured, the mouth and the eye dont close. For the rehabilitation of this
picture the physiotherapy uses several techniques and resources. Emphasizing that not only the committed face
should receive attendance, he she has to be worked bilaterally, because if the tônus increases against sidelong
the muscles will receive a smaller resistance and they became hipertônicos, when compared with the harmed
side. 
 I predict it is it beneficial in 80% of the cases, where in two months the manifestations regridem. In case not
happening to the resolution the electrotherapy can be used as coadjutant of the treatment. 
 Key word: Facial paralysis; Physiotherapy; Treatment. 
  Introdução
 A face revela o íntimo de nossa expressão e é parte essencial da comunicação humana
  (BENTO e BARBOSA,1994,pág 888).
A expressão facial é o nosso principal meio de comunicação que revela o sentimento da pessoa distinguido
nossas emoções (Diels, 1997). Um individuo com paralisia facial periférica fica limitado de certas emoções e no
momento que sua mobilidade funcional da face recupera-se essas emoções começam a ressurgir (Beuttenmuller,
1995). A paralisia facial periférica apresenta uma semiologia que está sujeito a um transtorno do VII par
craniano (nervo facial) acarretando uma paralisia do conjunto dos músculos da face (Cambier, 1998). Várias
propostas fisioterápicas foram analisadas para o tratamento desta patologia, onde este trabalho tem como
objetivo expô-las, lembrando que os dados serão colhidos mediante a revisão bibliográfica.
Objetivo
Propostas fisioterápicas que dispõem a reabilitação funcional da paralisia facial periférica.
FISIOLOGIA
O conhecimento adequado da anatomia do nervo facial é essencial para a localização de suas lesões e
conseqüentemente, correto prognostico e tratamento.
O VII nervo craniano é um complexo nervo misto, motor e sensitivo. Dessa forma, por ser uma estrutura
constituída por dois nervos; o nervo facial propriamente dito (motor) e pelo nervo intermédio de wrisberg
(aferências sensitivas e parassimpáticas) (Bento, 1994).
As fibras motoras são responsáveis pelos movimentos da face e as aferências sensitivas pela sensação gustativa
dos 2 terços anteriores da língua. Aparte parassimpática é responsável pela inervação das glândulas lacrimais,
submaxilares, sublingual e da cavidade nasal. (Bento, 1994).
Ocorrendo o comprometimento do VII par craniano, nesta condição desfigura a face; os músculos
comprometidos perdem seu tônus e gradualmente se tornam atróficos e os sulcos naturais se tornam menos
marcadas. (Guedes,1997). O ângulo da boca é puxado para o lado normal, quando a pessoa tenta sorrir. Não
consegue assobiar ou assoprar e sua fala se altera, particularmente nas consoantes labiais. Saliva pode escorrer
pelo ângulo da boca; Mastigação em déficit (podendo até ferir a mucosa da bochecha). O individuo não
consegue fechar o olho, piscar e nem movimentar a pele da região frontal (Madeira, 1998).
Essa afecção pode ser unilateral ou bilateral. Há casos muitos raro, onde a paralisia facial periférica é bilateral.
Ela é determinada por apresentar falta de mímica na musculatura da expressão. No decorrer do tratamento, a
recuperação é mais rápida de um lado da face do que de outra, porem isso normaliza durante o tratamento
(Lucena, 1993).
Na paralisia facial periférica não existe índice maior de raça, sexo ou condição social, onde que os indivíduos
numa faixa etária entre 35-45 anos de idade são mais predispostos á agressão (Aminoff, 1996).
Assim, os sintomas naturais da paralisia facial periférica leva o individuo à: ausência de sua expressão facial e
limitação física.
METODO OPERACIONAL
A busca realizada caracteriza-se sendo uma revisão bibliográfica, tendo como objetivo anatomizar o sétimo par
craniano e sua relação com os músculos faciais e outras estruturas. O conhecimento fisiológico natural do
funcionamento foi essencial para compreender os futuros transtornos causados pela lesão.
Desta forma, a lesão foi exposta com seus prejuízos assim tornando-se mais evidentes os recursos e técnicas
que podem estar interrelacionando com o tratamento da patologia. A partir daí fica traçado propostas
fisioterápicas com a finalidade de minimizar o tempo da lesão e as prováveis complicações decorrentes.
CONDUTA FISIOTERÁPICA
Existem vários métodos terapêuticos que podem ser aplicados obtendo um bom resultados sabendo que: quanto
antes iniciar a terapia, maiores serão as possibilidades de recuperação. O período considerado para uma melhora
espontânea ocorre nos primeiros seis meses, deixando bem claro as limitações de cada etiologia que determina
o comprometimento (Guedes, 1994).
As terapias dividem-se em: fisioterapia, massagem e eletroterapia.
A fisioterapia é o primeiro estagio, onde ela estará preparando a face para a massagem e a pele para a
condução da eletroestimulação quando necessário. Pode também usar compressas úmidas geladas, estimulação
manual (como tapinhas, escovação ...) em toda face. Após a face preparada, são passadas orientações e
exercícios como mímicas faciais, onde estes devem ser realizados três vezes ao dia em frente a um espelho. Os
exercícios dividem-se em:
• Elevar a testa;
• Fechar os olhos naturalmente;
• Elevar o nariz fazendo cara de assustado ou cara de bravo;
• Fazer cara de cheiro ruim ou de cachorro rosnando;
• Boca de sapo;
• Preensão de lábios isolado ou segurando bexiga;
• Bico de peixe co facilitação;
• Beijo bem estralados;
• Empurrar as bochechas com a língua;
• Alternar ar nas bochechas;
• Pronunciar vogais (a,e,i,o,u ) (Gomes,2000).
Realizados os exercícios por algum tempo e não obtendo resultado satisfatório, introduzem-se a massagens.
Estas são realizadas de forma manual, lenta e simétrica, com pressão superficial ou profunda (Guedes, 1994).As
massagens sempre devem ser feitas em casos onde há ausência total de movimentos (Gomes, 2000).
A eletroterapia não é muito recomendada, pois o estímulos pode causar espasmos e contraturas que são muito
difíceis de serem tratados e, na maioria dos casos , o paciente não obtém melhora significativa. Onde poderá ser
utilizada no inicio de tratamento, quando a musculatura ainda encontra-se muito flácida e que a mesma deve ser
interrompida com o reaparecimento dos primeiros movimentos voluntários (Guedes, 1994).
A cinesioterapia constitui-se de exercícios de mímicas faciais e reeducação da musculatura facial através de
biofeedback eletromiografico com eletrodos da superfície. Quando ocorre a recuperação do fluxo nervoso aos
músculos, a reabilitação não pode ser global e nem forçada, para evitar o trabalho predominante dos músculos
mais fortes, pois o trabalho deve ser realizado em forma de esboço para com o tempo todos os elementos
musculares se reintegrem em uma mímica global e harmoniosa (Chevalier, 1990).
Durante a fisioterapia deve-se procurar o equilíbrio entre os músculos agonistas e antagonistas, para esta
realização pode ser utilizada a pressão digital, a qual favorece a dissociação dos movimentos da parte inferior e
superior da face (Moran e Neely , 1996).
Tanto na termoterapia como da crioterapia tem resultados satisfatórios no tratamento da paralisia facial
periférica. A crioterapia tem como principal objetivo à estimulação de pontos motores para a obtenção da
contração muscular na fase flácida da paralisia (Martins e Kwieoziski). Por outro lado, a termoterapia aplicada
proporciona o relaxamento muscular na fase de hipertonia da paralisia (Martins e Kwieoziski ).
O objetivo da massoterapia é a redução do edema (através de técnicas de drenagem linfática) pela sua ação
sobre a circulação na fase flácida e o relaxamento muscular na fase de hipertonia dando ênfase maior nos
pontos dolorosos (Martins e Kwieoziski ).
Tessitore propõe uma abordagem mioterapica com estimulação de pontos motores da face, obtendo efeitos
como diminuição da contratura e melhorando a circulação sangüínea e a oxigenação dos tecidos (Tessitore,
1995).
OBS: estudos recentes citam a utilização de acupuntura no tratamento das paralisias faciais.
O prognostico de cada caso vai depender da cooperação do paciente, tipo da lesão, extensão da lesão e
intervenções previas(Tessitore,1995).
CONCLUSÃO
Segundo os autores pesquisados, dependendo do estagio da lesão, pode-se optar por dois tipos de tratamento.
A resolução do quadro patológico na maioria dos casos fica entre de um a dois meses, o atendimento não deve
ser utilizado eletroterapia. Os recursos e técnicas mais destacadas com eficácia no tratamento á literatura
consultada: termoterapia (calor), crioterapia, massoterapia e cinesioterapia.
A abordagem eletroterápica pode ser prejudicial, levando a um quadro de alteração neuromuscular e
conseqüentemente as complicações. Por outro lado após oito semanas da instalação da paralisia facial periférica,
a eletroterapia é importante para a reabilitação do paciente, propondo a manutenção do trofismo muscular e
realizando a propriocepção por estar em déficit.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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727-743, 1997.
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8 – AMINOFF, Michael J., GREENBERG, David A., A Neurologia Clínica. 2ª edição. Porto Alegre: Artes Médicas.
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9 – GUEDES, Z. C. F. – Atuação do Fonoaudiólogo na equipe Multidisciplinar de Atendimento ao portador da
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13 – MARTINS, M. B. R. e KWIEOZISKI, M. T. Uma proposta de tratamento fisioterápico na Paralisia Facial
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