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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

O USO DOS DISPOSITIVOS DR

Como vimos anteriormente,


o dispositivo DR é um interruptor
automático que desliga correntes elétricas
de pequena intensidade (da ordem de
centésimos de ampère), que um disjuntor
comum não consegue detectar, mas que podem
ser fatais se percorrerem o corpo humano.
Dessa forma, um completo sistema
de aterramento, que proteja as pessoas
de um modo eficaz, deve conter,
além do fio terra, o dispositivo DR.

Bipolar Tetrapolar

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

RECOMENDAÇÕES E EXIGÊNCIAS DA NBR 5410

A NBR 5410
exige,
desde1997:

A utilização de proteção
diferencial residual (disjuntor ou interruptor)
de alta sensibilidade em
circuitos terminais que sirvam a:

• tomadas de corrent e em cozinhas,


copas-cozinhas, lavanderias, áreas de
serviço, garagens e, no geral, a todo
local interno molhado em uso normal
ou sujeito a lavagens;
• tomadas de corrente em áreas externas;
• tomadas de corrente que, embora inst a-
ladas em áre as inter nas, poss am
alimentar equipamentos de uso em
áreas externas;
• pontos situados em locais contendo
banheira ou chuveiro.

NOTA: os circuitos não relacionados nas recomendações


e exigências acima poderão ser protegidos apenas
por disjuntores termomagnéticos (DTM).
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Aplicando-se as recomendações e exigências da


NBR 5410 ao projeto utilizado como exemplo, onde já
se tem a divisão dos circuitos, o tipo de proteção a ser
empregado é apresentado no quadro abaixo:
Circuito Potência nº de Seção dos Proteção
Tensão Quantidad e x Total Corrente
circuitos condutores nº de Corrente
nº Tipo Local potência (VA ) (VA) (A) Tipo
(V) agrupados (mm 2) pólos nominal
Sala 1 x 100
Dorm. 1 1 x 160
1 Ilum.
social
127 Dorm. 2 1 x 160 620 DTM 1
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
Copa 1 x 100
Ilum. Cozinha 1 x 160 DTM 1
2 serviço 127 A. serviço 1 x 100 460 + IDR 2
A. externa 1 x 100

Sala 4 x 100
3 TUG’s 127 Dorm. 1 4 x 100 900 DTM 1
Hall 1 x 100 + IDR 2

Banheiro 1 x 600 DTM 1


4 TUG’s 127 1000
Dorm. 2 4 x 100 + IDR 2

DTM 1
5 TUG’s 127 Copa 2 x 600 1200
+ IDR 2

1 x 100 DTM 1
6 TUG’s 127 Copa 700
1 x 600 + IDR 2
DTM 1
7 TUG’s 127 Cozinha 2 x 600 1200
+ IDR 2

1 x 100
8 TUG’s 127 Cozinha 1 x 600 1200 DTM 1
+TUE’s 1 x 500 + IDR 2

DTM 1
9 TUG’s 127 A. serviço 2 x 600 1200
+ IDR 2
DTM 1
10 TUE’s 127 A. serviço 1 x 1000 1000
+ IDR 2
DTM 2
11 TUE’s 220 Chuveiro 1 x 5600 5600
+ IDR 2
DTM 2
12 TUE’s 220 Torneira 1 x 5000 5000
+ IDR 2
Quadro
distribuição
Distribuição 220 Quadro DTM 2
medidor

(DTM = disjuntor termomagnético. IDR = interruptor diferencial-residual)

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

DES E N H O ES QUE MÁ TI CO DO QUADRO DE DISTR IBU IÇÃ O

A NBR 5410 também prevê a possibilidade de optar


pela instalação de disjuntor DR ou interruptor DR
na proteção geral. A seguir serão apresentadas as regras
e a devida aplicação no exemplo em questão.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

OPÇÃO DE UTILIZAÇÃO DE INTERRUPTOR DR


NA PROTE ÇÃO GER A L
No caso de instalação de interruptor DR na proteção
geral, a proteção de todos os circuitos terminais pode ser
feita com disjuntor termomagnético. A sua inst alação é
necessariamente no quadro de distribuição e deve ser
precedida de proteção geral contra sobrecorrente
e curto-circuito no quadro do medidor.
Esta solução pode, em alguns casos, apresentar
o inconveniente de o IDR disparar com mais freqüência,
uma vez que ele “sente” todas as
correntes de fuga naturais da instalação.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Uma vez determinado o número de circuitos elétricos


em que a instalação elétrica foi dividida e já definido
o tipo de proteção de cada um, chega o momento
de se efetuar a sua ligação.

Essa ligação,
entretanto, precisa
ser planejada
detalhadamente,
de tal forma que
nenhum ponto
de ligação fique
esquecido.

Para se efetuar esse


planejamento,
desenha-se na planta
residencial o caminho
que o eletroduto deve
percorrer, pois é através
dele que os fios
dos circuitos
irão passar.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Entretanto, para o planejamento do caminho que


o eletroduto irá percorrer, fazem-se necessárias
algumas orientações básic as:

A Locar, primeiramente, o quadro


de distribuição, em lugar de
DEVE -SE : fácil acesso e que fique o mais
próximo possível do medidor.

B Partir com o eletroduto do quadro de distribuição,


traçando seu caminho de forma a encurtar as
distâncias entre os pontos de ligação.

C Utilizar a simbologia gráfica para representar, na


planta residencial, o caminhamento do eletroduto.

Eletroduto
embutido na laje
Quadro de embutido na parede
distribuição embutido no piso

D Fazer uma legenda da simbologia empregada.

E Ligar os interruptores e tomadas ao ponto de luz de


cada cômodo.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Para se acompanhar o desenvolvimento do caminhamento


dos eletrodutos, tomaremos a planta do exemplo
(pág. 68) anterior já com
os pontos de luz e
tomadas e os respectivos
números dos circuitos
representados. Iniciando
o caminhamento dos Quadro
de
eletrodutos, seguindo as distribuição
orientações vistas
anteriormente, deve-se
primeiramente:

DETERMINAR O Quadro
do
LOCAL DO medidor
QUADR O DE
DISTRIBUIÇÃO

Uma vez determinado o local para o quadro de


distribuição, inicia-se o caminhamento partindo del e
com um eletroduto em direção ao ponto de luz no teto
da sala e daí para os interruptores e tomadas desta
dependência. Neste momento, repres enta-se também o
eletroduto que conterá o circuito de distribuição.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Ao lado vê-se, em três


dimensões, o que foi
representado na planta
residencial.

Do ponto de luz no
teto da sala sai um
eletroduto que vai até o
ponto de luz na copa e,
daí, para os interrup-
tores e tomadas. Para a
cozinha, procede-se da
mesma forma.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Observe, novamente,
o desenho em três
dimensões.

Para os demais cômodos da residência,


parte-se com outro eletroduto do quadro
de distribuição, fazendo as outras
ligações (página a seguir).
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Uma vez representados os eletrodutos, e sendo através


deles que os fios dos circuitos irão passar, pode-se fazer
o mesmo com a fiação: representando-a graficamente,
através de uma simbologia própria.

FA SE NEUTR O PR OTEÇÃ O RETO R N O

Entretanto, para empregá-la, primeiramente


precisa-se identificar:

quais fios estão passando dentro de cada


eletroduto representado.

PR OTEÇÃ O

Esta identi ficação


é feita com
FA SE
facilidade desde
que se saiba
como são ligadas
as lâmpadas,
interruptores e
NEUTR O
tomadas.

RETO R N O

Serão apresentados a seguir


os esquemas de ligação mais
utilizados em uma residência.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

1. Ligação de uma lâmpada comandada por


int erruptor simples.

Ponto
de luz

Disco
central

Luminária
(metálica)

Base
rosqueada

Retorno

Interruptor
simples

Ligar sempre: - a fase ao interruptor;


- o retorno ao contato do disco central da lâmpada;
- o neutro diretamente ao contato da base
rosqueada da lâmpada;
- o fio terra à luminária metálica.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

2. Ligação de mais de uma lâmpada com


interruptores simples.

Neutro
Fase

Retorno

Interruptor
simples

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

3. Ligação de lâmpada comandada de dois pontos


(interruptores paralelos).

IN TE R RU PTOR PAR AL E LO

NEUTR O

PR OTEÇÃ O

FA SE

RETO R N O

RETO R N O

RETO R N O

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Esquema equivalente
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

4. Ligação de lâmpada comandada de três ou mais


pontos (paralelos + intermediários).

Esquema equivalente NEUTR O

PR OTEÇÃ O

FA SE

RETO R N O

RETO R N O RETO R N O

RETO R N O RETO R N O

IN TE R RU PTOR
PA RAL E LO
IN TE R RU PTOR
IN TE R RU PTOR PA RAL E LO
INTER MEDI Á RI O
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

5. Ligação de lâmpada comandada por interruptor


simples, inst alada em área externa.

Fase
Neutro

Proteção

Interruptor
simples

Retorno

Neutro
Fase
Proteção

Retorno

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

6. Ligação de tomadas de uso geral (monofásicas).

Fase
Neutro Proteção

Tomadas universais
2P + T

Esquema equivalente

Neutro Fase

Proteção

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

7. Ligação de tomadas de uso específico.

MONOFÁSICA
Fase

Neutro

Proteção

BIFÁ SI CA
Fase 1

Fase 2

Proteção

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Sabendo-se como as ligações elétric as são feitas,


pode-se então representá-las graficamente na
planta, devendo sempre:
• representar os fios que passam dentro de cada
eletroduto, através da simbologia própria;
• identificar a que circuitos pertencem.

A representação gráfica da
Por quê fiação é feita para que, ao
a representação consultar a planta, se saiba
gráfica da fiação quantos e quais fios estão
deve ser feita ? passando dentro de cada
eletroduto, bem como a
que circuito pertencem.

RECOMENDAÇÕES

Na prática, não se recomenda


instalar mais do que 6 ou 7
condutores por eletroduto,
visando facilitar a enfiação e/ou
retirada dos mesmos, além de
evitar a aplicação
de fatores de correções por
agrupamento muito rigorosos.

Para exemplificar a representação


gráfica da fiação, utilizaremos a planta
do exemplo a seguir, onde os eletrodutos
já estão representados.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Começando a
representação gráfica
pelo alimentador: os
dois fios fase, o
neutro e o de
proteção (PE) partem
do quadro do
medidor e vão até o
quadro de
distribuição.

Do quadro de
distribuição saem
os fios fase, neutro
e de proteção do
circuito 1, indo
até o ponto de
luz da sala.

Do ponto de luz
da sala, faz-se
a ligação da
lâmpada que
será
comandada
por
interruptores
paralelos.

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Para ligar as tomadas


da sala, é necessário
sair do quadro de
distribuição com os
fios fase e neutro do
circuito 3 e o fio de
proteção, indo até o
ponto de luz na sala
e daí para as tomadas,
fazendo a sua ligação.

Ao prosseguir com a instalação é necessário levar


o fase, o neutro e o proteção do circuito 2 do quadro
de distribuição até o ponto de luz na copa.
E assim por diante, completando a distribuição.

Observe que, com a alternativa apresentada, os eletrodutos


não estão muito carregados. Convém ressaltar que esta
é uma das soluções possíveis, outras podem ser estudadas,
inclusive a mudança do quadro de distribuição mais
para o centro da instalação, mas isso só é possível enquanto
o projeto estiver no papel. Adotaremos para este projeto
a solução apresentada na página a seguir.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

CÁLC UL O DA CORRENTE
A fórm ula P = U x I permite o cálculo da corrente,
desde que os valores da potência e da tensão
sejam conhecidos.

Substituindo na fórmula as
letras correspondentes P = U x I
à potência e tensão 635 = 127 x ?
pelos seus valores
conhecidos:

Para achar o valor da


corrente basta dividir os I = ?
valores conhecidos, I = P ÷ U
ou seja, o valor da potência I = 635 ÷ 127
pela tensão: I = 5A

Para o cálculo
da corrente: I = P ÷ U

No projeto elétrico desenvolvido como exemplo, os


valores das potências de iluminação e tomadas
de cada circuito terminal já estão previstos e a tensão
de cada um deles já está determinada.

Esses valores se
encontram registrados
na tabela a seguir.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Circuito Potência nº de Seção dos Proteção


Tensão Quantidad e x Total Corrente
circuitos condutores nº de Corrente
nº Tipo Local potência (VA ) (VA) (A) Tipo
(V) agrupados (mm 2) pólos
nominal
Sala 1 x 100
Dorm. 1 1 x 160
1 Ilum.
social
127 Dorm. 2 1 x 160 620 4,9 DTM 1
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
Copa 1 x 100
Ilum. Cozinha 1 x 160 DTM 1
2 serviço 127 A. serviço 1 x 100 460 3,6 + IDR 2
A. externa 1 x 100

Sala 4 x 100
3 TUG’s 127 Dorm. 1 4 x 100 900 7,1 DTM 1
Hall 1 x 100 + IDR 2

Banheiro 1 x 600 DTM 1


4 TUG’s 127 1000 7,9
Dorm. 2 4 x 100 + IDR 2

DTM 1
5 TUG’s 127 Copa 2 x 600 1200 9,4
+ IDR 2
1 x 100 DTM 1
6 TUG’s 127 Copa 700 5,5
1 x 600 + IDR 2
DTM 1
7 TUG’s 127 Cozinha 2 x 600 1200 9,4
+ IDR 2

1 x 100
DTM 1
8 TUG’s
+TUE’s
127 Cozinha 1 x 600 1200 9,4
1 x 500 + IDR 2

DTM 1
9 TUG’s 127 A. serviço 2 x 600 1200 9,4
+ IDR 2
DTM 1
10 TUE’s 127 A. serviço 1 x 1000 1000 7,9
+ IDR 2
DTM 2
11 TUE’s 220 Chuveiro 1 x 5600 5600 25,5
+ IDR 2
DTM 2
12 TUE’s 220 Torneira 1 x 5000 5000 22,7
+ IDR 2
Quadro de
distribuição
Distribuição 220 Quadro de 12459 56,6 DTM 2
medidor

Para o cálculo da corrente do circuito de distribuição,


primeiramente é necessário calcular a
potência deste circuito.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

CÁLC UL O DA POTÊNCIA D O CIRCUITO


DE DISTRI BUI ÇÃO
1. Somam-se os valores das potências ativas de
iluminação e tomadas de uso geral (TUG’s).
Nota: est es valores já foram calculados na página 22

potência ativa de iluminação: 1080 W


potência ativa de TUG’s: 5520W
6600W

2.Multiplica-se o valor calculado (6600 W) pelo


fator de demanda correspondente a esta potência.
Fatores de demanda para iluminação e
tomadas de uso geral (TUG’s)
Potência (W) Fator de demanda
0 a 1000 0,86
1001 a 2000 0,75
2001 a 3000 0,66
3001 a 4000 0,59
4001 a 5000 0,52
5001 a 6000 0,45
potência ativa de
iluminação e
6001 a 7000 0,40
TUG’s = 6600W
7001 a 8000 0,35 fator de demanda:
8001 a 9000 0,31 0,40
9001 a 10000 0,27
Acima de 10000 0,24 6600 x 0,40 = 2640W

Fator de demanda representa uma porcentagem


do quanto das potências previstas serão utilizadas
simultaneamente no momento de maior solicitação da
instalação. Isto é feito para não superdimensionar os
componentes dos circuitos de distribuição, tendo em
vista que numa residência nem todas as lâmpadas
e tomadas são utilizadas ao mesmo tempo.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

3. Multiplicam-se as potências de tomadas de uso


específico (TUE’s) pelo fator de demanda
correspondente.

O fator de demanda para as TUE’s é obtido em função


do núm ero de circuitos de TUE’s previstos no projeto.

nº de circuitos
FD
TUE’s
01 1,00
nº de circuitos de TUE’s
02 1,00 do exemplo = 4.
03 0,84 Potência ativa de TUE’s:
04 0,76 1 chuveiro de 5600 W
05 0,70 1 torneira de 5000 W
06 0,65 1 geladeira de 500 W
07 0,60 1 máquina de
lavar de 1000 W
08 0,57
12100 W
09 0,54
fator de de manda = 0,76
10 0,52
11 0,49
12100 W x 0,76 = 9196 W
12 0,48
13 0,46
14 0,45
15 0,44
16 0,43
17 0,40
18 0,40
19 0,40
20 0,40
21 0,39
22 0,39
23 0,39
24 0,38
25 0,38

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

4.
Somam-se os valores das potências ativas de
iluminação, de TUG’s e de TUE’s já corrigidos pelos
respectivos fatores de demandas.

potência ativa de iluminação e TUG’s: 2640W


potência ativa de TUE’s: 9196 W
11836W

5. Divide-se o valor obtido pelo fator de potência


médio de 0,95, obtendo-se assim o
valor da potência do circuito de distribuição.

potência do circuito
11836 ÷ 0,95 = 12459VA
de distribuição: 12459VA

Uma vez obtida a potência do circuito


de distribuição, pode-se efetuar o:

CÁLC UL O DA CORRENTE D O CIRCUITO


DE DISTRI BUI ÇÃO
P = 12459VA
U = 220 V
Fórmula: I = P ÷ U
I = 12459 ÷ 220
I = 56,6A

Anota-se o valor da potência e da corrente do


circuito de distribuição na tabela anterior.
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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

DIMENSIONAME NTO DA FIAÇÃO


E DOS DISJUNTORE S DOS CIRCUITOS

• Dimensionar a fiação de um circuito é determinar


a seção padronizada (bitola) dos fios deste circuito,
de forma a garantir que a corrente calculada para
ele possa circular pelos fios, por um tempo ilimitado,
sem que ocorra superaquecimento.
• Dimensionar o disjuntor (proteção) é determinar
o valor da corrente nominal do disjuntor de tal forma
que se garanta que os fios da instalação não sofram
danos por aquecimento excessivo provocado por
sobrecorrente ou curto-circuito.

Para se efetuar o dimensionamento dos


fios e dos disjuntores do circuito,
algumas etapas devem ser seguidas.

Consultar a planta com a representação


gráfica da fiação e seguir o caminho
1ª ETAPA que cada circuito percorre, observando
neste trajeto qual o maior número de
circuitos que se agrupa com ele.

O maior agrupamento para cada um dos


circuitos do projeto se encontra em
destaque na plant a a seguir.
91
92
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

O maior número de circuitos agrupados para


cada circuito do projeto está relacionado abaixo.
nº do nº de circuitos nº do nº de circuitos
circuito agrupados circuito agrupados
1 3 7 3
2 3 8 3
3 3 9 3
4 3 10 2
5 3 11 1
6 2 12 3
Distribuição 1

Determinar a seção adequada e o


disjuntor apropriado para cada um
dos circuitos.
Para isto é necessário apenas saber
2ª ETAPA o valor da corrente do circuito e,
com o número de circuitos agrupados
também conhecido, entrar na tabela 1
e obter a seção do cabo e o valor
da corrente nominal do disjuntor.

Exemplo Circuito 3
Corrente = 7,1 A, 3 circuitos agrupados por
eletroduto: entrando na tabela 1 na coluna
de 3 circuitos por elet roduto, o valo r de
7,1 A é menor do que 10 A e, portanto, a
seção adequ ad a pa ra o circuito 3 é 1,5mm2
e o disjuntor apropriado é 10 A.

93
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Exemplo Circuito 12
Corrente = 22,7 A, 3 circuitos agrupados
por eletroduto: entrando na tabela 1 na
coluna de 3 circuitos por eletroduto, o
valor de 22,7 A é maior do que 20 e,
portanto, a seção adequada para o circuito
12 é 6mm2 o disjuntor aprop riado é 25 A.

Tabela 1
Seção dos Corrente nominal do disjuntor (A)
condutores 1 circuito por 2 circuitos por 3 circuitos por 4 circuitos por
(mm2) eletroduto eletroduto eletroduto eletroduto
1,5 15 10 10 10
2,5 20 15 15 15
4 30 25 20 20
6 40 30 25 25
10 50 40 40 35
16 70 60 50 40
25 100 70 70 60
35 125 100 70 70
50 150 100 100 90
70 150 150 125 125
95 225 150 150 150
120 250 200 150 150

Exemplo do circuito 3 Exemplo do circuito 12

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

nº do Seção adequada Disjuntor


circuito (mm2) (A)
1 1,5 10
2 1,5 10
Desta forma,
3 1,5 10
aplicando-se 4 1,5 10
o critério 5 1,5 10
mencionado 6 1,5 10
para todos os 7 1,5 10
circuitos, 8 1,5 10
temos: 9 1,5 10
10 1,5 10
11 4 30
12 6 25
Distribuição 16 70

Verificar, para cada circuito, qual o valor


da seção mínima para os condutores
3ª ETAPA estabelecida pela NBR 5410 em função
do tipo de circuito.

Estes são os tipos de cada um dos circuitos do projeto.

nº do Tipo nº do Tipo
circuito circuito
1 Iluminação 7 Força
2 Iluminação 8 Força
3 Força 9 Força
4 Força 10 Força
5 Força 11 Força
6 Força 12 Força
Distribuição Força

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INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

A NBR 5410 est abelece as


seguintes seções mínimas de
condutores de acordo
com o tipo de circuito:

Seção mínima de condutores

Tipo de circuito Seção mínima (mm2)


Iluminação 1,5
Força 2,5

nº do Seção mínima
Tipo
Aplicando circuito (mm2)
o que a
NBR 1 Iluminação 1,5

5410 2 Iluminação 1,5

estabele 3 Força 2,5


4 Força 2,5
ce, as
5 Força 2,5
seções
6 Força 2,5
mínimas dos
7 Força 2,5
condutores
8 Força 2,5
para cada um
9 Força 2,5
dos circuitos
10 Força 2,5
do projeto
11 Força 2,5
são:
12 Força 2,5
Distribuição Força 2,5
96
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

A tabela abaixo mostra as bitolas


encontradas para cada circuito
após termos feito os cálculos e termos
seguido os critérios da NBR 5410

nº Seção Seção nº
Seção Seção do adequada mínima do
adequada mínima
circuito (mm2) (mm2) circuito (mm2) (mm2)

1 1,5 1,5 7 1,5 2,5


2 1,5 1,5 8 1,5 2,5
3 1,5 2,5 9 1,5 2,5
4 1,5 2,5 10 1,5 2,5
5 1,5 2,5 11 4 2,5
6 1,5 2,5 12 6 2,5
Distribuição 16 2,5

Exemplo Circuito 3

1,5mm2 é menor que 2,5m m2


seção dos condutores:
2,5mm2

Exemplo Circuito 12

6mm2 é maior que 2,5mm2


seção dos condutores:
6mm2
97
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Comparando os valores das seções


adequadas, obtidos na tabela 1 (pág. 94),
com os valores das seções mínimas estabelecidas pela
NBR 5410 adotamos para a seção dos condutores
do circuito o maior deles.

nº do Seção dos nº do Seção dos


circuito condutores (mm2) circuito condutores (mm2)
1 1,5 7 2,5
2 1,5 8 2,5
3 2,5 9 2,5
4 2,5 10 2,5
5 2,5 11 4
6 2,5 12 6
Distribuição 16

DIMENSIONAME NTO D O DISJUNTOR APLICADO


NO QUADRO D O MEDIDOR
Para se
dimensionar o
disjuntor • a potência total instalada
aplicado no que determinou o tipo de
quadro do fornecimento;
medidor, • o tipo de sistema de
primeiramente distribuição da companhia
é necessário de eletricidade local.
saber:

De posse dess es dados, consulta-se a norma de


fornecimento da com panhia de eletricidade local para se
obter a corrente nominal do disjuntor a ser empregado.

Nota: no caso da ELEKTRO, a norma de


fornecimento é a NTU-1.
98
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Exemplificando o dimensionamento do disjuntor


aplicado no quadro do medidor:

a potência total instalada: 18700 W ou 18,7k W


sistema de distribuição: estrela com neutro aterrado

Consultando a NTU-1:

Tabela 1 da NTU-1- Dimensionamento do ramal de


entrada - Sistema estrela com neutro -
Tensão de fornecimento 127/220 V (1)
Demanda Limitação (2) Condutor Proteção Eletroduto Aterramento
Cate- Carga calcu- Medi- motores (cv) ramal de Disjuntor tam. nomi- Cond. Eletroduto tam.
goria instalada Chave
(kW) termomag. Fusível nal mm (pol) (mm2) nom. mm (pol)
lada ção entrada
(kVA) FN FF FFFN (mm2 ) (3) (A) (A) (8) (A) (4) PVC Aço (7) (3) PVC Aço (7)
A1 C≤ 5 1 - - 6 40 30 30 25 20 20 15
- Direta (3/4) (3/4) 6 (1/2) (1/2)
A2 5 < C ≤ 10 2 - - 16 70 100 70 25 20 20 15
(3/4) (3/4) 10 (1/2) (1/2)
B1 (9) C ≤ 10 1 2 - 10 40 60 40 32 25 20 15
(1) (1) 10 (1/2) (1/2)
- Direta
32 25 20 15
B2 10 < C≤ 15 2 3 - 16 60 60 60 (1) (1) 10 (1/2) (1/2)
32 25 20 15
B3 15 < C≤ 20 2 5 - 25 70 100 70 (1) (1) 10 (1/2) (1/2)

18,7 kW é maior que 15 kW e menor do que 20 kW.


A corrente nominal do disjuntor será 70 A.

DIMENSIONAME NTO DOS DISPOSITIVOS DR


Dimensionar o dispositivo DR é determinar o valor
da corrente nominal e da corrente diferencial-residual
nominal de atuação de tal forma que se garanta
a proteção das pessoas contra choques elétricos que
possam colocar em risco a vida da pessoa.
99
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Corrente
diferencial-residual Corrente
nominal de atuação nominal

De um modo geral, as
A NBR 5410 estabelece correntes nominais típicas
que o valor máximo para disponíveis no mercado,
esta corrente é de 30 mA seja para Disjuntores DR
(trinta mili ampères). ou Interruptores DR são:
25, 40, 63, 80 e 100 A.

Assim temos duas situações:


Devem ser escolhidos com base
na tabela 1 (pág. 94).
Note que não será permitido
usar um Disjunto r DR de 25 A,
por exemplo, em ci rcuitos que
DISJUNTORES DR utilizem condutores de 1,5
e 2,5mm2.
Nestes casos, a solução é
utilizar uma combinação de
disjuntor termomagnético +
inte rruptor dife ren cial-resi dual.

INTERRUPTOR ES DR (IDR)

Devem ser Corrente nominal Corrente nominal


do disjuntor (A) mínima do IDR (A)
escolhidos com
ba se na corre nte 10, 15, 20, 25 25
nominal dos 30, 40 40
disjuntores
50, 60 63
termomagnéticos,
a saber: 70 80
90, 100 100

100
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Aplicando os métodos de escolha de disjuntores e


dispositivos DR vistos anteriormente, temos:

Circuito Potência nº de Seção dos Proteção


Tensão Quantidad e x Total Corrente
circuitos condutores nº de Corrente
nº Tipo Local potência (VA ) (VA) (A) Tipo
(V) agrupados (mm 2) pólos nominal
Sala 1 x 100
Dorm. 1 1 x 160
1 Ilum.
social
127 Dorm. 2 1 x 160 620 4,9 3 1,5 DTM 1 10
Banheiro 1 x 100
Hall 1 x 100
Copa 1 x 100
Ilum. Cozinha 1 x 160 DTM 1 10
2 serviço 127 A. serviço 1 x 100 460 3,6 3 1,5 + IDR 2 25
A. externa 1 x 100

Sala 4 x 100
3 TUG’s 127 Dorm. 1 4 x 100 900 7,1 3 2,5 DTM 1 10
Hall 1 x 100 + IDR 2 25

Banheiro 1 x 600 DTM 1 10


4 TUG’s 127 1000 7,9 3 2,5
Dorm. 2 4 x 100 + IDR 2 25

DTM 1 10
5 TUG’s 127 Copa 2 x 600 1200 9,4 3 2,5
+ IDR 2 25
1 x 100 DTM 1 10
6 TUG’s 127 Copa 700 5,5 2 2,5
1 x 600 + IDR 2 25
DTM 1 10
7 TUG’s 127 Cozinha 2 x 600 1200 9,4 3 2,5
+ IDR 2 25

1 x 100
DTM 1 10
8 TUG’s
+TUE’s
127 Cozinha 1 x 600 1200 9,4 3 2,5
1 x 500 + IDR 2 25

DTM 1 10
9 TUG’s 127 A. serviço 2 x 600 1200 9,4 3 2,5
+ IDR 2 25
DTM 1 10
10 TUE’s 127 A. serviço 1 x 1000 1000 7,9 2 2,5
+ IDR 2 25
DTM 2 30
11 TUE’s 220 Chuveiro 1 x 5600 5600 25,5 1 4
+ IDR 2 40
DTM 2 25
12 TUE’s 220 Torneira 1 x 5000 5000 22,7 3 6
+ IDR 2 25
Quadro de
distribuição
Distribuição 220 Quadro de 12459 56,6 1 16 DTM 2 70
medidor

101
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Nota: normalmente, em uma instalação, todos os


condutores de cada circuit o têm a mesma seção, entre-
tanto a NBR 5410 permite a utilização de condutores
de proteção com seção menor, conforme a tabela:

Seção dos condutores Seção do condutor


fase (mm2) de proteção (mm2)
1,5 1,5
2,5 2,5
4 4
6 6
10 10
16 16
25 16
35 16
50 25
70 35
95 50
120 70
150 95
185 95
240 120

A partir desse momento, passaremos para o


dimensionamento dos eletrodutos.

MAS ... O QUE É D IMENSIONAR EL ETR ODU TOS ?

Dimensionar eletrodutos Tamanho nominal do


é determinar o tamanho eletroduto é o diâmetro
nominal do eletroduto externo do eletroduto
para cada trecho da expresso em mm,
instalação. padronizado por norma.

102
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

O tamanho dos eletrodutos deve ser de um diâmetro


tal que os condutores possam ser facilmente
instalados ou retirados.
Para tanto é obrigatório que os condutores não ocupem
mais que 40% da área útil dos eletrodutos.

60%
Diâmetro
interno
40%

Condutores

Considerando esta recomendação, existe uma tabela que


fornece diretamente o tamanho do eletroduto.
Seção Número de condutores no eletroduto
nominal 2 3 4 5 6 7 8 9 10
Para dimensionar (mm2)
os eletrodutos de Tamanho nominal do eletroduto (mm)
um projeto, basta 1,5 16 16 16 16 16 16 20 20 20
saber o número de 2,5 16 16 16 20 20 20 20 25 25
condutores no 4 16 16 20 20 20 25 25 25 25
eletroduto e a maior 6 16 20 20 25 25 25 25 32 32
seção deles. 10 20 20 25 25 32 32 32 40 40
Exemplo:
16 20 25 25 32 32 40 40 40 40
nº de condutores 25 25 32 32 40 40 40 50 50 50
no trecho do
eletroduto =6 maior 35 25 32 40 40 50 50 50 50 60
seção dos 50 32 40 40 50 50 60 60 60 75
condutores =4mm2 70 40 40 50 60 60 60 75 75 75
O tamanho nominal 95 40 50 60 60 75 75 75 85 85
do eletroduto 120 50 50 60 75 75 75 85 85 -
será 20mm.
150 50 60 75 75 85 85 - - -
185 50 75 75 85 85 - - - -
240 60 75 85 - - - - - -

103
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Para dimensionar os eletrodutos de um projeto


elétrico, é necessário ter:

a planta com a
e a tabela específica
representação gráfica da
que fornece o tamanho
fiação com as seções dos
do eletroduto.
condutores indicadas.

Como proceder:


Na planta do Contar o número de
projeto, para condutores contidos
cada trecho de no trecho;
eletroduto deve- 2º
se: Verificar qual é a maior
seção destes condutores.

De posse destes
dados, deve-se:

Consultar a tabela
específica para se obter
o tamanho nominal do
eletroduto adequado a
este trecho.

104
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

DIMENSIONAME NTO DE ALG UNS TRECHOS DOS


ELETRODUTOS DO PROJETO

Dimensionando os
eletrodutos do circuito
de distribuição e botão
da campainha.

Trecho: do QM até QD
nº de condutores: 4
maior seção dos condutores: 16mm2

Seção Número de condutores no eletroduto


nominal 2 3 4 5 6 7 8
(mm2) Tamanho nominal do eletroduto (mm)
1,5 16 16 16 16 16 16 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20
4 16 16 20 20 20 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25
10 20 20 25 25 32 32 32
16 20 25 25 32 32 40 40

Para este trecho:


eletroduto de 25 mm.

105
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Trecho: do QM até botão da campainha


nº de condutores: 2
maior seção dos condutores: 1,5 mm2

Seção Número de condutores no eletrod uto


no minal 2 3 4 5 6 7 8
(mm2)
Tam anho nominal do elet roduto (mm)

1,5 16 16 16 16 16 16 20
2,5 16 16 16 20 20 20 20
4 16 16 20 20 20 25 25
6 16 20 20 25 25 25 25
10 20 20 25 25 32 32 32
16 20 25 25 32 32 40 40
25 25 32 32 40 40 40 50
35 25 32 40 40 50 50 50

Para este trecho:


eletroduto de 16 mm.

Repetindo-se, então,
este procedimento
para todos os
trechos, temos a
planta indicada a
seguir :
106
Os condutores e eletrodutos sem indicação
na planta serão: 2,5 mm2 e ø 20 mm, respectivamente.
107
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

LE VANTAME NTO DE MATE RI AL


Para a execução do projeto elétrico residencial,
precisa-se previamente realizar o levantamento do
material, que nada mais é que:

medir, contar, somar e relacionar


todo o material a ser
empregado e que aparece
representado na planta residencial.

Sendo assim, através da planta pode-se:

medir e determinar quantos metros


de eletrodutos e fios,
nas seções
indicadas,
devem ser
adquiridos
para
a execução
do projeto.

108
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Para se determinar a medida dos eletrodutos


e fios deve-se:

medir,
diretamente
na planta, os
eletrodutos
representados
no plano
horizontal e...

Somar, quando for


o caso, os eletrodutos
que descem ou sobem
até as caixas.

109
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

MEDIDAS DO ELETRODUTO NO PLANO


HORIZONTAL

São feitas com o auxílio de uma régua, na própria


planta residencial.
Uma vez
efetuadas,
estas
medidas
devem ser
convertida
s para o
valor real,
através da
escala em
que a
planta
foi desenhada.
A esc ala
indica qual é
a proporção
entre a medida
representada
e a real.

Exemplos
dimensões reais.

Escala 1:100
Escala 1:25
Significa que
a cada 1 cm Significa que a cada 1 cm
no desenho no desenho corresponde
corresponde a 25 cm na s dimensões
a 100 cm nas reais.

110
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

MEDIDAS DOS ELETRODUTOS QUE DESCE M


ATÉ AS CAIXA S
São determinadas descontando da medida do
pé direito mais a espessura da laje da residência
a altura em que a caixa está instalada.

espessura da
laje = 0,15 m

pé direito = 2,80 m

Exemplificando
Caixas para Subtrair
pé direito = 2,80 m
saída al ta 2,20 m esp. da laje = 0,15 m
inte rruptor e 2,95 m
1,30 m caixa para saída alta
tomada média subtrair 2,20 m =
tomada baixa 0,30 m 2,95 m
quadro de -2,20 m
1,20 m 0,75 m
distribuição
(medida do eletroduto)
111
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

MEDIDAS DOS ELETRODUTOS QUE SOBE M


ATÉ AS CAIXA S
São determinadas som ando a medida da altura da caixa
mais a espessura do contrapiso.

espessura do
contrapiso = 0,10m

Exemplificando
Caixas para Somar

interruptor e espessura do
1,30 m contrapiso = 0,10 m
tomada média
1,30 + 0,10 = 1,40 m
tomada baixa 0,30 m 0,30 + 0,10 = 0,40 m
quadro de 1,20 + 0,10 = 1,30 m
1,20 m
distribuição
112
estões do que normalmente se utiliza na prática.
A NBR 5410
N
não faz recomendações a respeito disso.
o
t
a
:

a
s

m
e
d
i
d
a
s

a
p
r
e
s
e
n
t
a
d
a
s

s
ã
o

s
u
g
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Como a medida dos eletrodutos é a mesm a dos fios


que por eles passam, efetuando-se o levantamento
dos eletrodutos, simultaneamente estará se
efetuando o da fiação.
Exemplificando o levantamento dos eletrodutos e fiação:

Mede-se o trecho escala utilizada = 1:100


do eletroduto no pé direito = 2,80 m
espessura da laje = 0,15 m
plano horizontal.
2,80 + 0,15 = 2,95

Chega-se a um
valor de 3,8 cm: Para este trecho da instalação, têm-se:
converte-se o valor
encontrado para a
eletroduto de 20 mm = 3,80m
medida real (2 barras)
fio fase de 2,5 mm2 = 3,80m
fio neutro de 2,5 mm2 = 3,80m
3,8 cm fio de proteção de 2,5 mm2 = 3,80m
x 100 fio fase de 1,5 mm2 = 3,80m fio
380,0 cm neutro de 1,5 mm2 = 3,80m
ou 3,80 m

113
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Agora, outro trecho da instalação. Nele, é necessário somar a


medida do eletroduto que desce até a caixa da tomada baixa.

Medida do
eletroduto no 2,2 cm x 100 = 220 cm ou 2,20 m
plano horizontal

Medida do
eletroduto que (pé direito + esp. da laje) - (altura da caixa)
desce até a caixa 2,95 m - 0,30 m = 2,65 m
da tomada baixa

Somam-se
(plano horizontal) + (descida até a caixa)
os valores
encontrados 2,20 m + 2,65 m = 4,85 m

Adicionam-se os valores encontrados aos da relação anterior:

eletroduto de 20 mm = 3,80m (2 barras)


eletroduto de 16 mm = 4,85 m (2 barras)
fio fase de 2,5 mm2 = 3,80 m + 4,85 m = 8,65 m
fio neutro de 2,5 mm2 = 3,80 m + 4,85 m = 8,65 m
fio de proteção de 2,5 mm2 = 3,80 m + 4,85 m = 8,65 m
fio fase de 1,5 mm2 = 3,80m
fio neutro de 1,5 mm2 = 3,80m

114
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Tendo-se medido e relacionado os eletrodutos e fiação,


conta-se e relaciona-se também o número de:

• caixas, curvas, luvas, arruela e buchas;


• tomadas, interruptores, conjuntos
e placas de saída de fios.

CAIXA S DE DERIVAÇÃO
retangular
4” x 2” quadrada
4” x 4”

octogonal
4” x 4”

CURVAS , LUVA , BUCHA E ARRUELA

curva
45° curva
90°

luva

arruela
bucha

115
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

TOMADAS , INTERRUPTORE S
E CONJUNTOS

Observando-se a planta do exemplo...

... conta-se

2 caixas octogonais 4” x 4”
4 arruelas de ø 20
4 caixas 4” x 2”
4 buchas de ø 20
3 tomadas 2 P + T
3 curvas 90° de ø 16
1 interruptor simples
6 buchas de ø 16
1 curva 90° de ø 20
6 arruelas de ø 16
1 luva de ø 20

116
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

O desenho abaixo mostra a localização


desses componentes.

caixa de derivação
curva 90° octogonal 4” x 4”
ø 20°
luva ø 20° curva
90°
caixa de derivação ø 16°
octogonal 4” x 4”

caixa de
derivação
4” x 2”

curva
90°
ø 16°

NOTA: considerou-se no levantamento que cada curva


já vem acompanhada das respectivas luvas.

Considerando-se o projeto elétrico indicado


na página 107 têm-se a lista a seguir:

117
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

Preço
Lista de material
Quant. Unit. Total
Condutores
Proteção 16 mm2 7m
Fase 16 mm2 13 m
Neutro 16 mm2 7m
Fase 1,5 mm2 56 m
Neutro 1,5 mm2 31 m
Retorno 1,5 mm2 60 m
Fase 2,5 mm2 159 m
Neutro 2,5 mm2 151 m
Retorno 2,5 mm2 9m
Proteção 2,5 mm2 101 m
Fase 4 mm2 15 m
Proteção 4 mm2 8m
Fase 6 mm2 22 m
Proteção 6 mm2 11 m
Eletrodutos
16 mm 16 barras
20 mm 27 barras
25 mm 4 barras
Outros componentes da distribuição
Caixa 4” x 2” 36
Caixa octogonal 4” x 4” 8
Caixa 4” x 4” 1
Campainha 1
Tomada 2P + T 26
Interruptor simples 4
Interruptor paralelo 2
Conjunto interruptor simples e tomada 2P + T 2
Conjunto interruptor paralelo e tomada 2P + T 1
Conjunto interruptor paralelo e interruptor simples 1
Placa para saída de fio 2
Disjuntor termo magnético monopolar 10 A 10
Disjuntor termo magnético bipolar 25 A 1
Disjuntor termo magnético bipolar 30 A 1
Disjuntor termo magnético bipolar 70 A 1
Interruptor diferencial residual bipolar 30 mA/25 A 10
Interruptor diferencial residual bipolar 30 mA/40 A 1
Quadro de distribuição 1

118
INSTALAÇÕ ES E LÉ TRICAS R ESIDENCIA IS

ATENÇÃO:
Alguns materiais utilizados em
instalações elétricas devem
obrigatoriamente possuir o selo
INMETRO que comprova a qualidade
mínima do produto.

Entre estes materiais, estão os


fios e cabos elétricos isolados em PVC até 750 V,
cabos com isolação e cobertura 0,6/1kV,
interruptores, tomadas, disjuntores até 63 A,
reatores eletromagnéticos e eletrônicos.

NÃO COM PRE


estes produtos sem o selo do INMETRO
e DENUNCIE aos órgãos de defesa do consumidor
as lojas e fabricantes que estejam
comercializando estes materiais sem o selo.
Além disso, o INMETRO divulga regularmente
novos produtos que devem possuir o seu selo de
qualidade através da internet:
www.inmetro.gov.br

119

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