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Doença Mental: você sabe

realmente o que é?
Prof. Alexandre Arante Ubilla Vieira*

Popularmente há uma tendência em se julgar à sanidade da pessoa, de


acordo com seu comportamento, de acordo com sua adequação às
conveniências sócio-culturais como, por exemplo, a obediência aos
familiares, o sucesso no sistema de produção, a postura sexual, etc.
Quanto a forma de manifestação
Há duas classificações básicas de doenças mentais, que são as neuroses, e
as psicoses.

 A - NEUROSE: é chamada neurose toda a psicopatologia leve, onde


a pessoa tem a noção (mesmo que vaga) de seu problema.
 Ele tem contato com a realidade, porém há manifestações
psicossomáticas, que são notadas por este, e que servem de aviso para
a pessoa procurar um tratamento psicológico, ou psiquiátrico.
 É um fator comum a ansiedade exacerbada. Existe inúmeras
classificações menores; para citar algumas temos:

1) TOC - Transtorno obsessivo-compulsivo: é a repetição de algum ato


diversas vezes ao dia, não controlável e causador de grande ansiedade;
2) Síndrome do pânico: causa grande aflição, e medo perante alguma
situação.
3) Fobias: é o medo a alguma situação. Pode ser medo de ambientes
fechados (claustrofobia), medo de água (hidrofobia), medo de pessoas
(sociofobia), etc.
4) Transtornos de ansiedade: o indivíduo têm ataques de ansiedades antes
ou depois de realizar algo, ou muitas vezes nem realizá-lo. É comum em
pequena escala na maioria das pessoas, porém seu excesso é denominado
como patológico.
5) Depressão: também chamada de distimia, ou depressão maior. Se
caracteriza por intenso retraimento e medo do mundo exterior. Causa
baixa auto-estima e pode levar ao suícidio.
6) Síndrome de Burnout: é a conseqüência de um grande estímulo
estressor, como conflitos no trabalho ou família. Causa apagamento e
falta de vontade.
7) Distúrbio bipolar de Ânimo: O individuo muda de ânimo e volta ao
normal e um curto periodo de tempo. É comum em grande escala na
maioria das pessoas. Precisa de acompanhamento medico profissional na
maioria dos casos.
Obs: Freud citou, em uma de suas obras, que todas as pessoas têm um
pouco de neurose em si. É normal no ser humano ser um pouco neurótico,
sendo apenas o excesso chamado de patológico.

 B - PSICOSE: se caracteriza por uma intensa fuga da realidade. É,


como a filosofia e as artes chamam, a loucura, propriamente dita.

 Pode ser classificada de três formas:
 A) pela manifestação,
 B) pelo aspecto neurofisiológico,
 C) pela intensidade


 A - Manifestação: se divide em dois tipos principais:
a) Esquizofrenia: tem como aspectos principais a fuga da realidade, as
manias de perseguição, as alucinações, entre outros. Têm ainda
subdivisões, que são a esquizofrenia paranóide, a esquizofrenia
desorganizada(ou hebefrênica), a esquizofrenia simples, a catatonia ou a
esquizofrenia indiferenciada;
b) Transtorno de afeto bipolar: tem por característica picos muito grandes
de humor, em pouco espaço de tempo, pro lado da depressão(ou distimia
ou disforia), e pro lado da mania (euforia ou eutimia). Por estes dois
aspectos também conhecemos este transtorno como psicose maníaco-
depressiva. O doente sofre de mudanças de humor constantes, sendo
perigoso e gastador em fases maníacas, e retraído, podendo se suícidar,
no estado depressivo.
Obs: Ambas as psicoses listadas precisam de auxílio medicamentoso,
adjunto de auxílio psicoterápico, para diminuir os sintomas e ajustar o
comportamento.

 B - Aspecto neurofisiológico:
1) Funcional: age apenas no funcionamento do aparelho psiquico, em suas
ligações.
2) Orgânica: tem como característica mudanças ocorridas na química do
cérebro, ou em mudanças fisiológicas e estruturais.

 C - Intensidade:
 Como intensidade entendemos a agressividade e impulsividade do
doente em:
1) Aguda: também chamada de fase de surto; é quando o doente se torna
violento, impulsivo e fora da realidade. É necessária observação
psiquíatrica constante, pois o doente oferece risco para si, para outros e
para o patrimônio.
2) Crônica: é a fase de relaxamento do doente, onde ele está fora da
realidade, mas não põe em risco os outros e sua vida. Este estágio é
permanente, e resulta de algum caso onde não há cura.

As Doenças Mentais têm “cura” ou só podemos falar em controle?

As Doenças Mentais têm cura tanto quanto as doenças da cardiologia, da


endocrinologia, da reumatologia, da neurologia e assim por diante.

A medicina tem como primeira obrigação definir se a pessoa que a


procura É ou ESTÁ doente.
Se estiver doente, a possibilidade de cura definitiva é enormemente maior
do que nos casos da pessoa ser doente.

Prof. Alexandre Arante Ubilla Vieira

 Autor do livro: “Atividade física: Tudo o que você queria saber


sobre Qualidade de vida e promoção da Saúde em diversos
Aspectos” – Ed. Farol do Forte.

 Professor Pós Graduado em Bases Fisiológicas e Metodológicas do


Treinamento Desportivo pela UNIFESP – Universidade Federal de
São Paulo

 Graduado em Licenciatura e Bacharelado em Educação Física pela


UNISA – Universidade de Santo Amaro/SP e Aluno Especial pela
USP – Universidade de São Paulo

 Docente no curso de Licenciatura e Bacharelado em Educação Física


pela UNIBAN – Universidade Bandeirante do Brasil

 Possui experiência na área de Educação Física e no Ensino Superior


na área de Educação e Educação Física, com ênfase em Filosofia,
Sociologia e História; Educação física Adaptada e Atividade Física
para Saúde.

 Possui trabalhos, orientações acadêmicas e publicações nacionais


direcionadas aos temas Educação e Educação Física.

 Possui diversos artigos publicados em revistas, jornais e sites da


Internet.

 Contato: vieira76@ig.com.br

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