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3 Calibrador chato
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Agora estudaremos os calibradores cônicos e de
roscas
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Mesmo os blocos padrão classe “2”, usados inclusive em oficinas, devem ser
manuseados por pessoal qualifi-
cado e experiente, de modo a evitar o desgaste prematuro das superfícies da
medição.
Alem disso, o operador deve:
• Limpar os blocos cuidadosamente, retirando qualquer acúmulo do suor, óleo,
poeira ou corrosivos;
• Untar cuidadosamente os blocos de aço com uma fina camada de vaselina;
• Utilizar com extrema atenção os blocos pequenos;
• Evitar a utilização dos blocos em superfícies oxidadas, ásperas ou sujas;
• Evitar a todo custo choques mecânicos;
• Evitar a atuação da radiação térmica e campos eletromagnéticos;
• Evitar deixar os blocos aderidos por muito tempo.
Quanto à montagem, os
blocos padrão.
têm características únicas.
As superfí -
cies da medição aderem
uma à outra (
colam-se) quando se
ajustam progres -
sivamente entre si, através
do cuidado-
so deslizamento e leve
pressão. Para
obter a aderência plena, é
indispensá-
vel a limpeza completa das
superfícies
além da garantia do seu
bom estado.
Após a limpeza, os blocos
são monta -
dos conforme as figuras ao lado.
Na calibração dos blocos padrão por
comparação,verifica-se o comprimento
efetivo do bloco no seu centro (erro do
meio) . O bloco é assim incluído em u-
ma das classes dos erros citadas.Além
do erro do meio, a norma solicita a vê-
rificação da constante do afastamento
(paralelismo).
Um outro meio da calibração dos blocos padrão é o método interferométrico.
Neste, utiliza-se um sistema
Padrão da medição baseado no comprimento da onda de uma luz monocromática.
O erro máximo deste
Sistema padrão é de aproximadamente + / - (0,02+l/5000) micrometro.
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1º caso:
Transformar polegadas inteiras em milímetros:
Para se transformar polegadas inteiras em milímetros,
multiplica-se 25,4 mm pelo valor em polegadas a
transformar.
2º caso:
Transformar fração da polegada em milímetro
Quando o número for fracionário, multiplica-se 25,4 mm pelo
numerador da fração e divide-se pelo denominador.
3º caso:
Transformar polegada inteira e fracionária em milímetros
Quando o número for misto, inicialmente transforma-se o
número em fração imprópria e, a seguir, opera-se como no
2º. Caso.
4º caso:
Transformar milímetros em polegadas fracionárias:
Para se transformar milímetros em polegadas fracionárias,
divide-se o valor em milímetros por 25,4 e multiplica-se o
resultado por uma das frações ordinárias da polegada
(menor divisão do instrumento).
Transformar 9,525 mm em polegada fracionária:
(9,525/25,4) x 128” / 128”= (.375”)x 128”/128”= 48”/128”
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5º caso:
Transformar polegada decimal em milímetro:
Para se transformar polegada decimal em milímetro,
multiplica-se o valor em decimal da polegada por 25,4 mm.
2º Transformação:
Transformar sistema inglês de decimal em ordinário.
Para se transformar do sistema inglês para ordinário,
multiplica-se o valor em decimal por uma das divisões da
polegada, dando-se para denominador a mesma divisão
tomada e simplificando-se a fração quando necessário.
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2. Tolerância dimensional
As tolerâncias que são indicadas, nos desenhos técnicos, são feitas por meio dos
valores e símbolos apropriados.
Por isso, devem se identificar a simbologia e também os gráficos e as tabelas de
modo que sejam de fácil leitura e
Interpretação no desenho.
Peças não funcionam separadamente, funcionam em conjunto e assim, as formas
como elas estão dispostas e o
seu contato deve ser especificado,para que em operação o equipamento tenha a
sua perfeita funcionalidade asse-
gurada. Como as peças mostradas abaixo:
Na montagem das peças deve haver uma ajustagem entre elas e no Brasil essa
ajustagem é determinada pela
ABNT ISSO 6158.
5.1 Afastamento
São desvios nos valores das dimensões nominais, de forma que não atrapalhem a
execução da peça sem preju-
Izo para seu funcionamento e intercambialidade. Em desenho técnico como
mostra a ilustração a seguir:
No desenho mostrado acima o valor da dimensão nominal é 20 e os valores:
+0,28 e +0,18 são os afastamentos:
superior e inferior, respectivamente.Eles possuem o sinal “+”, para indicar que
são positivo e assim o tamanho da
peça é aumentado. O afastamento superior, 0,28 mm, é a máxima variação da
peça que se pode encontrar. E o
afastamento inferior, 0,18mm,éa variação do diâmetro da peça.Isso quer dizer
que caso a peça seja medida o má-
ximo valor que pode ser encontrado para o seu diâmetro não deve ser maior que
20,28 mm e menor que 20,18mm
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A figura acima mostra uma outra peça, agora apresentando tolerâncias negativas,
representando que a máxima
dimensão que aquela medida terá será de 15,8 mm a mínima de 15,59 mm
Ao montar o desenho das peças cujas medidas possuam tolerâncias, essas devem
ser especificadas, como mos-
tra a figura acima. No comprimento da peça a tolerância é de 0,25 mm, para
mais ou para menos. Ela quer dizer
que a peça pode ter um comprimento total máximo de 40,25 mm ou mínimo de
39,75 mm, mas no seu segmento
com 20mm este não pode exceder a 20,2mm e nem ser menor que 19,9mm
assim podemos,não só duas ou qua-
tro mas, podemos ter várias combinações que obedeçam a essa tolerância.
Essa representação é usada para especificação da montagem dos
mecanismos,onde é comum ter-se folgas entre
peças ou interferência.O exemplo disso é a colocação de um eixo* num furo**.Se
a colocação faz-se de forma fa-
cil e suave, sem a exigência do uso da pressão ou força elevada ou sem a
dilatação do furo por meio da elevação
da temperatura diz-se que a montagem é com folga ou deslizante.E caso seja
necessário uma ou mais ações dês-
sas para o encaixe das peças diz-se que o ajuste é com interferência ou forçado.
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Eixo*
Não necessariamente trata-se de um eixo, com seu formato cilíndrico,
pode ter forma retangular,elíptica.
Da norma:“Termo convencional utilizado para descrever uma
característica externa de uma peça,incluindo
também elementos não cilíndricos.
Furo**
Toda vez que for falado furo entenda-se dimensão do alojamento,um
orifício ou abertura com qualquer formato( desde que se
tenha controle das suas dimensões e formato ),onde será alojado algo
como uma chaveta, barra, pino...
Da norma, furo: “Termo utilizado para descrever características internas
de uma peça,incluindo também elementos não cilíndricos.
O ajuste ainda pode ser incerto quando pode ou não ocorrer interferência na
montagem.
Num caso onde haja um desenho com as peças a serem montadas e não se sabe
se é com folga ou interferên-
cia basta fazer a verificação: para ser folga a diferença entre a mínima dimensão do
furo e a máxima dimensão do
eixo deve ser positiva. E para a interferência a diferença entre a máxima dimensão
do furo e a mínima do eixo de-
vê ser negativa..
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Vemos que o sinal é positivo, ou seja a menor dimensão do furo é maior que a
maior dimensão do eixo. Assim o
ajuste é com folga. E a folga máxima entre eles é de 0,62mm, que corresponde a
diferença entre a maior dimen-
são do furo e a maior dimensão do eixo.
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Pode-se começar por verificar que a diferença entre a máxima dimensão do furo e
a do eixo é de 0,3 mm(folga),
mas também ocorre uma negativa – 0,02 mm (interferência) entre a mínima
dimensão do furo e eixo. Assim o a-
juste é incerto com interferências: máxima de 0,18 mm e mínima de 0,02 e com
folgas:máxima de 0,23mm e mi-
nima de 0,7 mm.
No Brasil quem defini esse sistema, como já falamos é a ABNT ISO 6158, onde
nela existem tabelas para o cal-
culo e determinação para o melhor sistema de ajuste de cada montagem. Ela
define as classes e define as tole-
râncias. As classes são as identificações dos tipos de ajustes a serem usados,
que variam de folga, passando
por incerto a interferência, tanto para furos como para eixos.
São representadas por letras e seguidas dos números, formando assim um código
alfanumérico.As letras repre-
sentam as classes e os números os intervalos da tolerância. Existem na norma
dois tipos de sistemas base para
adoção da qualidade do trabalho, são: sistema furo base e eixo base.
No sistema furo base o afastamento inferior é zero, ou seja a menor dimensão
que ele terá é a sua própria di-
mensão nominal. Por exemplo: se tem um furo com 20 mm de diâmetro, no
sistema furo base, pode ter um ajus-
te de 20,000 + 0,057 / - 0,000 significa que o seu afastamento inferior é zero e o
seu superior é 0,057mm.Assim
a sua menor dimensão é 20,000 mm e maior é 20,057 mm.
No sistema eixo base o afastamento superior é zero, sendo então o oposto do
sistema furo-base.
Existem na norma graus da tolerância padrão e afastamentos fundamentais para
dimensões de 3mm a 3150mm
Os graus variam de IT 1 a IT 18. Esses graus são conhecidos como também
qualidades do trabalho. Elas se a -
plicam em faixas para diferentes tipos de trabalho. Os graus do IT 1 a IT 3
destinam-se normalmente a mecâni-
cas de grande precisão como para calibradores,os graus da IT4 a IT 11,a peças
exeqüíveis cotidianamente com
médio grau de acuracidade no processo, e de IT 12 a IT 18 peças de mecânica
grosseira de pouca exigência de
tolerância.
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Como já foi dito anteriormente o furo base é aquele cujo afastamento inferior é
zero. Ou seja, a sua menor di-
mensão é a nominal, e a maior é dada pela adição do afastamento a dimensão
nominal.
É o sistema mais comumente usado devido ao fato de já existirem ferramentas
padronizadas para se executar
o furo com a tolerância desejada e além do fato de caso ser necessário,é mais
fácil ajustar um eixo para caber
num furo, do que ajustar um furo para caber num eixo.
A norma recomenda para escolha de um ajuste para furos as classes:
A11, B11, C11, D10, E9, F8, G7, H7, H8, H9, H11, JS7, K7, N7, P7, R7, S7, mas
para sistema base apenas a-
queles em negrito por terem afastamento inferior nulo:
Eixo base é aquele cujo afastamento superior é zero, assim a sua maior dimensão
é a nominal e a menor é ob-
tida através da subbtração do afastamento inferior da dimensão nominal.
É oposto do furo base, e na escolha das classes a norma recomendada: a11, b11,
c11, d10, e9, f8, g7, h6, h7 ,
h8, h9, h11, js7, k7, n7, 07, r7, s7, mas para sistema base apenas aqueles em
negrito por terem afastamento
superior nulo.
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Aplicação
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6. Tolerância de Forma
Para garantir a montagem das peças não é necessário apenas que as dimensões
das peças estejam dentro da
tolerância , as formas também devem ser garantidas , com intervalos das
tolerâncias. Imagine que precisamos
de um eixo como o mostrado abaixo:
Assim a peça foi fabricada e dentro das tolerâncias para o diâmetro, mas não
possui perpendicularismo entre
as arestas das projeções das faces cilíndricas com as faces planas da barra.
Dessa maneira a forma da peça também deve ser garantida, para a sua execução
ser correta.
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Planeza
Para avaliação das superfícies planas uma verificação muito comum é o grau do
desvio da planeza, verificando
o quanto a superfície é côncava ou convexa.
A tolerância da planeza corresponde ao intervalo entre dois planos ideais,
imaginários entre os quais devem es-
tar uma superfície.
Cilindricidade
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Retilineidade
Retilineidade, mede o quão afastado está de uma linha reta ideal imaginária por
exemplo, a linha longitudinal
central de um eixo. Nos desenhos técnicos, a tolerância de retilineidade da linha é
indicada pelo símbolo: -----
como mostra o desenho abaixo:
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Circularidade
Contorno qualquer
A tolerância de um perfil ou contorno qualquer é determinada por duas linhas
envolvendo uma circunferência
De diâmetro t cujo o centro se desloca por uma linha que tem o perfil geométrico
desejado.
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Paralelismo
O paralelismo mede as variações de uma reta, que pode ser o eixo longitudinal de
uma peça, em relação a uma
reta ideal tomada com referência.
Perpendicularismo
Inclinação
Quando tomamos como referência a posição, três tipos de tolerâncias devem ser
consideradas: de localização;
de concentricidade e de simetria.
Saiba como identificar cada um desses tipos de tolerâncias acompanhando com
atenção as próximas explicações.
Tolerância de Localização
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Concentricidade ou Coaxialidade
Para o caso de numa mesma peça com partes geometricamente diferentes, que
tenham os centróides das suas
seções transversais coincidentes.
Tolerância de Simetria
Tolerância de batimento
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Apêndice 1 Tolerâncias Geométricas (Telecurso 2000)
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7. Projetor do Perfil
Quando uma peça é muito pequena, fica difícil visualizar seu perfil e verificar suas
medidas com os aparelhos e
instrumentos já vistos.
Esse problema é resolvido com os projetores de perfil. Vamos conhecer melhor
esse aparelho.
Introdução
Características e funcionamento
Esta tela possui gravadas duas linhas perpendiculares, que podem ser utilizadas
como referência nas medições.
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Em seguida, move-se a mesa até que uma das linhas de referência da tela
tangencie o detalhe da peça e zera-se
o cabeçote micrométrico(ou a escala linear).Move-se novamente a mesa até que a
linha de referência da tela tan-
gencie a outra lateral do detalhe verificado. O cabeçote micrométrico(ou escala
linear) indicará a medida.
O projetor de perfil permite também a medição de ângulos, pois sua tela é
rotativa e graduada de 1º a 360º em a
sua volta. A leitura angular se faz em um nônio que permite resolução de 10´.
(Nos projetores mais modernos a
indicação é digital).
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Para que a imagem não fique distorcida, o projetor possui diante da lâmpada um
dispositivo óptico chamado con-
densador. Esse dispositivo concentra o feixe de luz sobre a peça. Os raios da luz,
não detidos por ela, atravessam
a objetiva amplificadora. Desviados por espelhos planos, passam, então, a
iluminar a tela.
A projeção diascópica é empregada na medição das peças com contornos
especiais, tais como pequenas en-
grenagens, ferramentas, roscas...
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Quando se trata de peças planas, devemos colocar a peça que será medida sobre
uma mesa de vidro. As peças
cilíndricas com furo central, por sua vez, devem ser fixadas entre pontas.
Medição das roscas....
Podemos usar o projetor de perfil também para medir roscas. Para isso, basta
fixar entre pontas e inclinar a rosca
que se quer medir.
Não devemos esquecer que uma das referências da tela deve ser alinhada com o
perfil da rosca. O ângulo que
ela faz com a direção zero grau é lido na escala da tela e no nônio.
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Para determinar o passo, basta deslocar a rosca por meio de um micrômetro. Isso
deve ser feito de modo que a
linha de referência coincida, primeiro, com o flanco de um filete e, com o flanco
do outro filete, os quais aparecem
na tela.
Montagem e regulagem
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Curso: Metrologia Módulo: Básico Carga Horária: 40h.
Docente: JORGE SOUZA Turno: Turma:
DA SILVA
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