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jack higgins
jersey. 1985
capítulo um
londres, 1944
capítulo dois
capítulo três
capítulo quatro
na manhÇ a seguir ao encontro de dougal munro com eisenhower,
harry martineau passeava ao longo da costa em dorset,
atirando de vez em quando uma pedra para as ondas.
tinha quarenta e quatro anos, estatura média e ombros largos
sob o velho blusão de pára-quedista. a cara era pálida, daquele
tipo de pele que parece nunca ficar bronzeada, e os olhos tão
escuros que era impossível dizer qual a sua verdadeira cor. a
boca exibia sempre um sorriso irónico - o olhar de um homem
que achava a vida mais decepcionante do que imaginara.
já saíra do hospital há três meses. a dor no peito deixara de
existir, excepto quando cometia exageros. mas as insónias eram
terríveis. raramente conseguia dormir à noite. muitos anos de
acção, com o perigo sempre a espreitar.
já não tinha utilidade para munro; os médicos tinham deixado
isso bem claro. podia ter regressado a oxford, mas isso não seria
uma resposta. e tentar reunir as partes do livro que começara em
1939 também não. por isso, retirara-se tão completamente quanto
possível. a casa sobre os penhascos, livros para ler, espaço para
se encontrar.
- sim.
- o meu contacto em granville falou com a sede. parece que
alguém vem ter consigo na quinta-feira.
- tem a certeza?
- absoluta.
ouviu o telefone desligar-se do outro lado. gallagher ficou
um instante sentado a pensar e depois vestiu o seu velho blusão
de bombazina e dirigiu-se a de ville place.
- há.
- leva-me lá para tomar uma bebida?
- assim?
- quer dizer que não estou suficientemente bonita?
- na verdade, você transcende todos os esforços de mrs.
moon. por muito que tentasse, nunca conseguiria ser uma pega,
miúda. encontramo-nos na entrada daqui a cinco minutos.--
virou-se e saiu.
- não.
- duas mil, sarah. dois míseros milhares. - estava revoltado.
- não sei porque é que nos esforçamos.
- então porque é que o faz? não é só por causa de rosa ou
do seu av“. - ele virou-se ligeiramente e ela disse: - oh,
também sei o que se passou com ele.
fez-se silêncio.
- nunca falei sobre isso - começou martineau. - devia
entrar em harvard em 1917. mas a américa entrou na guerra.
alistei-me por mero impulso e acabei nas trincheiras na flandres.
- abanou a cabeça. - seja o que for que se entenda por inferno
na terra, as trincheiras eram exactamente isso.
- deve ter sido horrível - disse ela.
- e, no entanto, eu deleitava-me. consegue perceber? vivia
mais, sentia mais num dia do que num ano de vida normal. a
vida tornou-se real, excitante. e eu precisava sempre de mais.
- como uma droga?
- exactamente. foi disso que fugi mais tarde, quando voltei
a harvard e a oxford e ao mundo seguro das salas de aula e dos
livros.
- e agora a guerra surgiu outra vez.
- sim, e dougal munro puxou-me de novo para o mundo
real ... o resto, como dizem nos filmes, já você sabe.
capítulo cinco
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capítulo seis
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- então que é que ele está a fazer na luftwaffe? porque é
que não está na frente oriental a abater russos com a sua gente?
- sorsa é dos bons, um verdadeiro ás. um dos melhores pilotos
de caça. hoje em dia, é mais útil a sobrevoar o reich e a
abater bombardeiros lancaster.
- os finlandeses não gostam muito de nós - disse rommel.
- nunca confiei neles. - acendeu um cigarro. - mas continue.
- sorsa só saberá o destino quando nós chegarmos ao avião.
calculo que aterremos em jersey cerca das onze horas. dei ordens
para que berlim fosse avisada ao meio-dia de que o marechal foi
para jersey.
- e aqui que é que acontece?
- os generais st_lpnagel e falkenhausen chegam ao fim do
dia. passam cá a noite e partem no sábado. o casal aqui de casa,
os bernard, sabe que o marechal está aqui, mas não sabe que é
suposto estar em jersey.
rommel voltou-se para baum.
- e você, meu amigo, consegue desenvencilhar-se?
- sim, meu marechal. penso que sim - disse baum.
- àptimo. - rommel tirou uma garrafa de dom pérignon
do balde de gelo que monsieur bernard trouxera pouco antes e
abriu-a. encheu três copos. - então, meus amigos, à empresa de
jersey.
capítulo sete
capítulo oito
capítulo nove
jersey,l985
capítulo dez
sobre o autor
fim do livro.