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DEUSA MAWU

A Deusa da África Ocidental, Mawu chamava-se originalmente Mawu-Lisa e por vezes era vista como
gêmeos masculino e feminino, por vezes um ser andrógino.

A divindade dupla Mawu-Lisa é intitulada Dadá Segbô (Grande Pai Espírito Vital), Sé-medô
(Princípio da Existência) e Gbé-dotó (Criador da Vida). Mawu representa o Leste, a noite , a Lua, a
terra e o subterrâneo. Sempre que ocorria um eclipse, dizia-se que Mawu e Liza estariam fazendo
amor. Mawu-Lisa criaram todo o Universo e os Voduns juntos.

Lisa é, ao lado de Mawu, o vodun da Criação, pai e ancestral de todos os demais voduns, mas a
tradição o coloca sempre em segundo plano em relação à Mawu. Lisa representa o Oeste, o Sol, o
firmamento - assim como a luz e as águas contidas ali. É simbolizado por um camaleão que traz o
globo dourado do Sol na boca. Enquanto Mawu representa o frescor e os prazeres da vida, Lisa
encarna o trabalho, a seriedade e a determinação, semelhante a dualidade freudiana entre eros, o
princípio do prazer , e tanatos, a pulsão da morte.

A cor emblemática de Lisa é o branco, e seus vodunsis devem andar sempre de branco. Ele recebe
oferendas e sacrifícios de alimentos e animais de cor branca. Diferente de Mawu que se relaciona
igualmente a todas as famílias de voduns, Lisa é considerado um JI-VODUN, e a tradição conta que
ele é de origem nagô, e seus vodunsis ao final da iniciação são denominados anagonu.

Mawu é considerada uma deusa carinhosa, como atesta o provébio: "Lisa pune, Mawu perdoa." Os
Fon de Benin, na Ádrica Ocidental, cultuam Mawu como deusa Lunar.

Depois de criar Ayìkúngban, o Mundo, Mawu, deu seu domínio aos gêmeos Sagbata. Sogdo, por ser
muito parecido com seu genitor, permaneceu no Céu, governando os elementos e o clima. A Agbê e
Naeté foi concedido o domínio de Hu, o mar, que refresca a terra. Agué foi encarregado das plantas e
dos animais que habitam a terra e a Gu, que tinha o corpo que era uma espada, foi concedida a
habilidade de auxiliar os homens a dominar o mundo criado e garantir seu sucesso e felicidade em
suas cidades, artefatos e tecnologias. Djó foi responsável por separar o Céu da Terra e dar trajes de
invisibilidade a seus irmãos. O caçula mimado Legba permaneceu junto de Mawu, acocorado a seus
pés. A cada vodun filho seu, Mawu ensinou uma língua diferente, que deveria ser usada em seus
próprios domínios e Djó ficou encarregado de ensinar a linguagem dos homens, mas todos se
esqueceram como falar a linguagem de Mawu, com exceção de Legba, que nunca se separou de seu
genitor. Assim, todos os voduns e toda a humanidade teria que recorrer a Legba para se comunicar
com Mawu. Legba passou assim, a estar em toda parte, para levar e trazer mensagens dos seres
criados ao seu Criador.

Dan Ayido Hwedo, a Serpente Cósmica, que havia auxiliado Mawu na criação no Mundo, não
suportava o calor do sol e foi concedido que ele fosse morar no mar para se refrescar, circundando a
terra, enquanto era alimentado com barras de ferro por macacos vermelhos enviados por Mawu, para
evitar que mordesse a própria cauda e destruísse toda a Criação.

O filho de Mawu-Lisa, que permaneceu nos céus e fundou o Panteão do Trovão foi Sogbo. Já
Sagbata, foi enviado à terra para se multiplicar. Quando teve que decidir que filho desceria à Terra,
Mawu escolheu Sagbata por ser o mais velho. Sogdo ficou com inveja e fez com que as chuvas
cessassem para que os homens não tivessem água para as colheitas. Quando as pessoas começaram a
se queixar, Mawu enviou Legba para descobrir o que acontecia. Legba havia feito com que Sogdo
parasse as chuvas inicialmente, mas Mawu não sabia disso. O trapaceiro Legba enviou um pássaro
para iniciar incêndio na Terra. Quando a nuvem de fumaça se ergueu, Legba disse a Mawu que a falta
de chuva estava queimando a Terra. Mawu então ordenou a Sogdo que liberasse a chuva.
Numa lenda diferente, Mawu e Lisa eram os criadores e usaram o seu filho, Gu, para dar forma ao
Mundo. Gu, a ferramenta divina, tinha a forma de uma espada de ferro. Ensinou o povo a arte de
trabalhar o ferro, para que pudessem fazer as suas próprias ferramentas e abrigos, mas infelizmente,
Gu não sabia que os humanos iriam fazer uso do seu conhecimento para fazer armas e, com a ajuda
da serpente cósmica, Dan, as idéias dos humanos tornaram-se realidade.

Na iconografia, Mawu é representada como uma anciã, trajada apenas de um pano cingindo-lhe a
cintura, caminhando apoiada num cajado na mão direita e levando um bastão encimado por uma Lua
Crescente com as pontas para cima, na mão esquerda.

Mawu era a Deusa Suprema dos Fon de Abomey (República de Benin). Mawu, a Lua, atrai
temperaturas mais frias ao mundo Africano.

Mawu não fazia contato direto com os homens, mas delegava seus poderes aos Voduns. Os Voduns
constituem uma classe especial de criaturas vivas. Estão acima da humanidade, mas não são
divindades, eles são os sinais que emanam do divino em resposta aos desejos espirituais da
humanidade. Deste modo, Vodun designa tudo que é sagrado, todo o poder do invisível, que
influencia o mundo dos vivos. Examinemos então a dinâmica do Panteão Vodun:
GU, Vodun dos metais, guerra, fogo, e tecnologia.

HEVIOSSO, Vodun que comanda os raios e relâmpagos.

SAGBATA, Vodun da varíola.

DAN, Vodun da riqueza, representado pela serpente do arco-íris..

AGUE, Vodun da caça e protetor das florestas.

AGBE, Vodun dono dos mares.

AYIZAN, Vodun feminino dona da crosta terrestre e dos mercados.

AGASSU, Vodun que representa a linhagem real do Reino do Daomé.

AGUE, Vodun que representa a terra firme.

LEGBA, o caçula de Mawu e Lisa, e representa as entradas e saídas e a sexualidade.

FA, Vodun da Adivinhação e do destino.

Os voduns na África são agrupados em "famílias" chefiadas por um vodun principal, ora
representando um elemento ou fenômeno da natureza, ora da cultura. Existem basicamente 4 famílias
principais:

Os JI-VODUN, ou "voduns do alto", chefiados por Sogbo (forma basilar de HEVIOSSO ).

Os AYI-VODUN, que são os voduns da terra, chefiados por SABAGTA.

Os TO-VODUN, que são voduns próprios de uma determinada localidade (variados).

Os HENU-VODUN, que são voduns cultuados por certos clãs que se consideram seus descendentes
(variados).

No Brasil os voduns são cultuados nos terreiros de Candomblé.

A iniciação ao culto dos voduns é complexa é longa e pode envolver longas caminhadas a santuários e
mercados e períodos de reclusão dentro do convento ou terreiro hunkpame, que podem chegar a
durar um ano, onde os neófitos são submetido a uma dura rotina de danças, preces, aprendizagem de
línguas sagradas e votos de segredo e obediência.

O nome de Mawu foi utilizado para denominar o Deus Único dos judeus, cristãos e muçulmanos nas
línguas ewe-fon, mas dentro de culto dos voduns, Mawu possui seus próprios conventos pelo sul do
Benin e do Togo, com culto organizado, sacerdotes, iniciados, etc., como qualquer outro vodun. Os
mawunon (sacerdotes de Mawu), apesar da aparente importância da divindade que cultuam, não têm
nenhuma ascendência especial sobre os sacerdotes de outros voduns. Suas cores emblemáticas são o
branco, o azul e o vermelho.

Mawu chega até nossas vidas para dizermos que é hora de quebramos a rotina e temperá-la com mais
Criatividade. Faça algo bom e totalmente diferente hoje. Mawu tinha muito amor à todas as suas
crianças. Compre doces e distribua às crianças de rua. Tente também conversar um pouco com elas.
Tire de sua volta este paredão de medos e se envolva mais com seu semelhante. Converse com seu
colega, seus funcionários, seus filhos, parentes e amigos. Escute o que o outro tem para lhe dizer, pois
todos nós somos obras e criação de Mawu. Você entenderá assim, que os vícios que condena nos
outros são na verdade os seus próprios. Nunca julgue para não ser julgado, aceite a vida como ela é,
pois nada neste mundo material é eterno.

Não reprima suas emoções, viva o hoje!

RITUAL DE CURA

Coloque um espelho de uma só face sobre o altar entre duas velas azuis. Sobre o espelho, coloque
uma foto de pessoa ou animal que deseja ver curado. Se não possuir uma foto, deixe ao menos um
papel com o nome da pessoa nele. Coloque um cristal sobre a foto ou o papel.

Com o atame em sua mão de poder, segure-o sobre o espelho, o cristal e a foto e diga:
Você está purificado. Você está limpo.

Você está curado. Você está íntegro.

Pelos poderes dos Antigos Curandeiros,

Pelos grandes poderes de Mawu,

Todo o mal é corrigido.

Deixe o atame de lado. Apanhe o espelho e a foto. Segure a foto de frente para a face reflexiva do
espelho e diga:

A Grande Mãe Mawu e todos os Grandes Curandeiros vêem sua imagem íntegra e completa
novamente.

Olhe para o espelho de Mawu, (nome da pessoa).

Veja a si mesmo como é visto pela Carinhosa Mãe.

Deixe o espelho sobre o altar, com a foto voltada para baixo sobre ele, durante a noite. Na manhã
seguinte, enterre ou queime a foto e lance as cinzas ao vento.

Mawu é reverenciada no dia 30 de novembro.

Seus animais são: a serpente e o macaco.

Texto pesquisado e desenvolvido por

Rosane Volpatto

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