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CONJUNTOS
RELAÇÕES
- pertinência:
Os conjuntos são representados por letras maiúsculas e os elementos por
letras minúsculas. Para indicarmos que um elemento x pertence a um conjunto A,
escrevemos: x E A (lê-se: x pertence a A). Para indicarmos que o elemento não
pertence, apenas riscamos o sinal de pertence com uma barra.
- inclusão:
Observe os conjuntos A = {2,3,4} e B = {0,1,2,3,4,5}. Notamos que
qualquer elemento de conjunto A é também elemento do conjunto B. Dizemos então
que A está contido em B ou A é um subconjunto de B. Indica-se A C B. Se existir
pelo menos um elemento de A que não é elemento de B, dizemos que A não está
contido em B e se indica por A › B.
OPERAÇÕES:
- união:
Considere os conjuntos A = {0,1,2,3} e B = {2,3,4,5,6}. Determinando um
conjunto C, formado pelos elementos que pertemcem a A ou pertencem a B, temos:
C = {0,1,2,3,4,5,6}. O conjunto C, assim formado, denomina-se reunião ou união
de A e B, que se indica A U B (lê-se: A união B). Assim:
A = {0,1,2,3}
B = {2,3,4,5,6}
C = {0,1,2,3,4,5,6}
Quando se trata de 3 ou mais conjuntos, o conjunto reunião é obtido do
mesmo jeito. Ex:
A = {0,2}
B = {1,2,7,10}
C = {0,5,10}
A U B U C = {0,1,2,5,7,10}
- intersecção:
Considere os conjuntos A = {0,1,2,3} e B = {2,3,4,5,6}. Determinando um
conjunto C, formado por todos os elementos comuns a estes dois conjuntos (que
pertencem a A e a B), temos: C = {2,3}. O conjunto C, assim formado, denomina-
se a intersecção de A e B. Assim:
A = {0,1,2,3}
B = {2,3,4,5,6}
A inter B = {2,3}
Para 3 ou mais conjuntos, o conjunto intersecção é formado pelos elementos
comuns a todos os conjuntos. Ex:
A = {2,3,5,7}
B = {3,6,7,9}
C = {1,3,5,7,9}
A inter B inter C = {3,7}
- complementar:
Sejam os conjuntos A = {2,3,5} e B = {0,2,3,4,5,8}. Notamos que A C B (A
é um subconjunto de B). Vamos formar um novo conjunto, considerando os
elementos de B que não pertencem ao conjunto A, o qual indicaremos juntamente
com um traço acima da letra. Ä = {0,4,8}. Esse conjunto é denominado
complementar de A em B.
Dados dois conjuntos A e B, de modo que A C B, denomina-se complementar
de A em B o conjunto Ä formado pelos elementos de B que não pertencem a A.
Então:
A = {1,6}
B = {1,2,3,6,8}
Ä = {2,3,8}
- diferença:
Considere os conjuntos A = {0,1,2,3} e B = {2,3,4,5,6}. Determinando um
conjunto C, formado por todos os elementos de A que não pertencem a B, temos C
= {0,1}. O conjunto C, assim formado, denomina-se diferença entre A e B, que se
indica A - B. Assim:
A = {0,1,2,3}
B = {2,3,4,5,6}
A - B = {0,1}
adição:
Adição é a operação que faz corresponder a um par ordenado de números
dados um único número, que é a soma do primeiro com o segundo. Os números
somados são denominados parcelas e o resultado é denominado soma. Para somar-
se 3 ou mais números deve-se somar primeiro dois, depois soma-se o resultado
com o terceiro. Ex: 12+34+41 = 46+41 = 87.
As propriedades estruturais da adição são:
a)fechamento: a soma de dois números naturais é sempre um número
natural. Ex: 8+4=12 se 8 E N, 4 E N, (8+4) E N;
b)comutativa: a ordem das parcelas não altera a soma. Ex: 7+5=12,
5+7=12.
c)elemento neutro: o elemento neutro da adição é o zero. Adicionando 0 a
um número natural, o seu resultado é sempre o próprio número natural. Ex:
7+0=7;
d)associativa: a adição de 3 parcelas pode ser feita, associando-se as duas
primeiras ou as duas últimas parcelas, indiferentemente. Ex: 6+4+10 = 10+10 =
20, 6+4+10 = 6+14 = 20;
As outras propriedades da adição são:
e)cancelamento: se a+10 = b+10, então a=b. Se x+4 = 5+4, então x=5;
f)aditiva: se a=b, então a+10 = b+10. Se a=10 e b=5, então a+b = 10+5
- subtração:
É a operação que determina a diferença entre dois números. A diferença
entre dois números naturais só existe quando o primeiro número é maior ou igual
ao segundo. Assim, o 1° número é o minuendo, o 2° é o subtraendo eo resultado é
chamado de diferença;
- multiplicação:
É a operação que consiste em adicionar parcelas iguais. Ex: na soma
5+5+5+5 existem 4 parcelas iguais, nesse caso o número 5. Na multiplicação, a
sentença ficaria 5.4. Tanto a soma quanto a multiplicação dão o mesmo resultado
(20), mas a multiplicação torna-se muito mais rápida quanto maior for o número de
parcelas. Os números que se multiplicam chamam-se fatores e o resultado da
multiplicação é o produto.
Convém notar que a multiplicação de qualquer número por 0 dá 0 mesmo,
pois significa que o número não foi somado nenhuma vez.
As propriedades estruturais da multiplicação são:
a)fechamento: o produto de dois números naturais é sempre um número
natural. Ex: 5.2=10, 5 E N, 2 E N e (5.2) E N;
b)comutativa: a ordem dos fatores não altera o produto. Ex: 5.3=15,
3.5=15;
c)elemento neutro: o número 1 é o elemento neutro da multiplicação porque
qualquer número multiplicado por 1 dá como resultado o próprio número. Ex:
6.1=6, 19991.1=19991;
d)associativa: numa multiplicação de 3 fatores, pode-se associar os dois
primeiros ou os dois últimos, indiferentemente. Ex: 5.2.3=10.3=30, 5.2.3=5.6=30;
e)distributiva da multiplicação em relação à adição (ou à subtração): o
produto de um número por uma soma (ou diferença) pode ser obtido multiplicando-
se o número por cada um dos termos da soma (ou diferença) e adicionando-se (ou
subtraindo-se) os produtos parciais. Ex: (3+5).2=3.2+5.2, 4.(7-3)= 4.7-4.3;
Outras propriedades:
f)cancelamento: se a.5 = 4.5, então a=4. Se x.2=y.2, então x=y. Se o fator
que aparece nos dois membros é 0, não vale o cancelamento: 2.0=5.0, então 2=5,
o que é falso.
g)multiplicativa: se a=b, então a.5=b.5. Se a=3 e b=2, então a.b=3.2;
- divisão:
É a operação que divide exatamente ou aproximadamente dois um número
pelo outro. O número que é dividido é o dividendo. O número pelo qual o dividendo
é dividido é o divisor. O resultado é o quociente e o que sobra é o resto.
A divisão é exata quando o resto é igual a zero. Ex: 20 : 5 = 4. Nem sempre
podemos realizar a divisão exata em N e não existe a divisão por zero. Ex: na
divisão 10 : 0, vemos que não há número que multiplicado por 0 dê 10, pois
qualquer número multiplicado por zero é igual a zero mesmo.
A divisão é aproximada ou inexata quando o resto é diferente de zero. Deve-
senotar que o resto deve ser sempre menor que o divisor, do contrário a conta está
errada. Ex: 43 : 8 = 5 e sobram 3.
A única propriedade estrutural que vale na divisão é a distributiva da divisão
exata em relação à adição (ou à subtração). Ex: (20+12):4=20:4+12:4, (18-
6):6=18:6-6:6.
- potenciação:
É um produto de fatores iguais: 3.3.3.3.3 = 3 elevado a 5° = 243. O fator
que se repete denomina-se base, o número que indica quantas vezes o fator se
repete é o expoente e o resultado chama-se potência.
Veja algumas convenções e casos particulares da potenciação:
a)toda potência de expoente 1 é igual à base (a elevado a 1 = a);
b)toda potência de expoente 0 é igual a 1 (a elevado a 0 = 1);
c)uma potência de base zero e expoente diferente de zero é igual a zero
(0ü=0);
d)uma potência de base 1 e expoente diferente de zero é igual a 1 (1ü=1);
e)qualquer potência de base 10 é igual ao algarismo 1 seguido de tantos
zeros quantas forem as unidades do expoente (10 elevado a 2 = 100, 10 elevado a
4 = 10000);
- raiz quadrada:
Para se achar a raiz quadrada de um número natural, basta achar um
segundo número natural que elevado ao quadrado seja igual o número dado. Ex:
raiz de 9 = 3, pois 3²=9, raiz de 144=12, pois 12²=144. Nem todo número natural
é quadrado de outro; por exemplo, 7 não é quadrado de nenhum número natural.
Os números naturais que são quadrados de outros denominam-se números
quadrados perfeitos e somente eles possuem raiz quadrada exata. Por exemplo, os
números 1,4,9,16,25,36,49,64,81,100 são quadrados perfeitos.
- expressões numéricas:
Toda expressão numérica pode ser expressada por um único número. Basta
efetuar as operações indicadas na expressão. Essas operações devem ser
executadas em uma determinada ordem:
1°) efetuamos as potenciações e as radiciações;
2°) efetuamos as multiplicações e as divisões, obedecendo a ordem em que
aparecem (da esquerda para a direita);
3°) efetuamos as adições e as subtrações, obedecendo a ordem em que
aparecem;
Se na expressão houver parênteses, colchetes ou chaves, a simplificação
deve começar pelas expressões contidas no interior de cada sinal de associação, a
partir do mais interno para o mais externo e só depois de eliminarmos todos eles é
que começamos a simplificar a expressão.
Calcular o valor das expressões numéricas:
1) 2^5 +2.(3³:9-1) =
= 32+2.(27:9-1) = 32+2.(3-1) =
= 32+2.2 = 32+4 = 36
2) 5³ -4.[16+(2³ -3).2] =
= 125-4.[16+(8-3).2] =
= 125-4.[16+5.2] = 125-4.[16+10] =
= 125-4.26 = 125-104 = 21
CONJUNTO Z
(N°s INTEIROS POSITIVOS E NEGATIVOS)
No conjunto Z a adição é feita normalmente, somente há o acréscimo de mais
uma propriedade, a do elemento oposto o simétrico, pela qual 7+(-7)=0, -5+5=0.
Quando numa adição, acontecer casos desse tipo, podemos eliminarmos essas
parcelas. Ex: -10+3-8-3 = -10-8 = -18.
A subtração é feita invertendo-se o sinal do subtraendo. Ex: 5-(+4) = 5-4=1,
5-(-2) = 5+2=7. No conjunto N, se o minuendo fosse menor que o subtraendo, a
subtração era impossível (4-6=?), mas no conjunto Z é possível (4-(+6)=4-6=-2).
Assim, a subtração e a adição podem ser consideradas uma única operação, a
adição algébrica, cujo resultado chama-se soma algébrica.
Numa soma algébrica, os parênteses que contem uma soma de números
inteiros e que são precedidos pelo sinal +, podem ser eliminados juntamente com o
sinal que o precedem. Ex: 6+(-3+1) = 6-3+1=7-3=4. Se forem precedidos pelo
sinal - , podem ser eliminados juntamente com o sinal que o precedem e trocando-
se os sinais dos números que estão em seu interior. Ex: 6-(-3+1) = 6+3-1=9-1=8.
Na muliplicação e na divisão, a única diferença é o jogo de sinais. Se os sinais
forem iguais, o sinal do resultado vai ser positivo, se forem diferentes, o sinal do
resultado vai ser negativo. Numa multiplicação de 3 ou mais fatores, o jogo de
sinais e a multiplicação vão sendo feitos de dois em dois. Ex: +6.+3=+18, -6.-
3=+18, 5.-4.+2=-20.+2=-40.
As propriedades estruturais da multiplicação permanecem as mesmas.
Na potenciação, as regras são as mesmas que no conjunto N, exceto no jogo
se sinais. Quando o expoente for par, qualquer que seja o sinal da base, o sinal do
resultado é sempre positivo. Se o expoente for ímpar, o sinal do resultado será
sempre igual ao da base. Ex: -2²=+4, -2³=-8.
No conjunto Z, a potenciação apresenta 4 propriedades:
a)produto de potências de mesma base: conserva-se a base e soma-se os
expoentes: (-2)².(-2)^4 = (-2)^6;
b)quociente de potências de mesma base: conserva-se a base e subtrai-se os
expoentes: (6)^5 : (6)² =6³;
c)potência de uma potência: conserva-se a base e multiplicam-se os
expoentes: [(10)²]^5 = (10)^10;
d)potência de um produto (ou de um quociente): eleva-se cada fator à
potência considerada: [(6).(-5)]² = (6)².(-5)²;
As raizes quadradas no conjunto Z só são possíveis quando o radicando for
positivo, pois nenhum número elevado ao quadrado resulta num número negativo.
Ex: raiz de 9 = 3, raiz de -9 = ?. As raízes possuem duas respostas (3²=9 e -
3²=9), mas consideramos geralmente somente a resposta positiva.
CONJUNTO Q
(N°s RACIONAIS POSITIVOS E NEGATIVOS)
Todas as operações são idênticas as do conjunto Z. Para representar-se
decimalmente um número fracionário, é só dividir o numerador pelo denominador.
Quando a divisão apresenta resto e algum algarismo ou grupo de algarismos se
repetem indefinidamente no quociente, temos uma dízima periódica.
A dízima periódica é representada por algumas repetições do período e depois
reticências. Um número decimal não se altera quando se acrescentam ou se
suprimem um ou mais zeros à direita de sua parte decimal.
Para escrever-se um número decimal em forma fracionária é só seguir o
esquema:
- o numerador é o número decimal sem a vírgula;
- o denominador é o algarismo 1 seguido de tantos zeros quanto forem as
ordens decimais do número.
A única diferença na multiplicação é a inclusão da propriedade do elemento
inverso, segundo a qual multiplicando-se um número (x) pelo seu inverso (1/x) o
resulatdo é 1.
A única diferença em relação à potenciação é o caso em que o expoente é um
número inteiro negativo. Nesse caso, a potência é igual ao inverso do número dado,
elevado ao mesmo expoente, agora positivo. Ex: 10-²= 1/10²=1/100, 5^-3 = 1/5³
= 1/125.
CONJUNTO R
(N°s REAIS (RACIONAIS E IRRACIONAIS))
As operações do conjunto Q são todas válidas no conjunto R.
Alguns problemas:
1) A soma do dobro de um número com 17 é igual a 45. Calcular esse
número.
número procurado - x
equação - 2x+17=45
resolução - 2x=45-17 - 2x=28 - x=14
3) A soma de dois números é 420. O maior deles é igual ao menor mais 60.
Determinar esses dois números.
número menor - x n° maior - x+60
equação - x+(x+60)=420
resolução - x+x+60=420 - 2x=360 - x=180 - x+60=240
n° menor = 180 n° maior = 240
5) A soma de dois números é 97, e a diferença entre eles é 31. Quais são os
dois números ?
n° maior - x n° menor - x-31
equação - x+(x-31)=97
resolução - x+x-31=97 - 2x=97+31 - 2x=128 - x=64
n° maior = 64 n° menor = 33
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
Para representarmos graficamente uma função do primeiro grau, devemos
formar pelo menos dois pares ordenados, pois esta função é sempre representada
por uma reta.
Chutamos dois valores de x, substituimos esses valores de x na equação e
achamos os valores de y correspondentes aos de x. Depois, é só determinar esses
dois pontos (x,y) no plano cartesiano e ligá-los por uma reta.
b)método da substituição:
Em primeiro lugar, devemos pegar uma das equações e isolar uma das
variáveis (x), determinando o seu valor.
Depois, substituímos o valor dessa variável (x) na outra equação, no lugar
dessa variável (x) e determinamos a outra variável (y). Após, pegamos o valor da
outra variável (y), substituímos em qualquer equação e determinamos a primeira
variável (x).
Resolver o sistema:
- x+y=4
- 2x+y=7
isol. x - x+y=4 - x=4-y
subs. out. eq. - 2x+y=7
2(4-y)+y=7
8-2y+y=7
-y=-1 - y=1
determ. x - x+y=4 - x+1=4 - x=3
S = {(3,1)}
Notamos que o conjunto solução é formado pelo par ordenado x e y.
c)método da comparação:
Em primeiro lugar, determinamos o valor de x na primeira e na segunda
equações. Depois, formamos outra equação igualando os dois valores.
Determinamos o valor de y. Com o valor de y, determinamos o valor de x em
qualquer equação.
Resolver o mesmo sistema:
da 1°, vlr de y - x+y=4 - y=4-x
da 2°, vlr de y - 2x+y=7 - y=7-2x
igual. vlrs - 4-x=7-2x
determ x - -x+2x=7-4
+x=3
determ y - x+y=4 - 3+y=4 - y=1
S = {(3,1)}
- resolução gráfica:
A resolução gráfica é assim: pega-se a primeira equação, substitui-se nela
valores de x achando-se valores de y, formando pares ordenados. Faz-se o mesmo
com a 2° equação.
Colocam-se os pontos da 1° equação no plano cartesiano e ligam-nos
formando uma reta. O mesmo com a 2° equação. O ponto onde as duas retas se
cruzaram é a solução do sistema.
PORCENTAGEM
Denomina-se razão centesimal ou porcentual toda razão cujo consequente é
igual a 100. Uma razão comum, como por exemplo 3/4, pode ser transformada em
razão porcentual, procedendo-se da seguinte maneira: 3/4 - 0,75 - 75/100 - 75%.
Vamos ver agora alguns exemplos de problemas relacionados com porcentagem.
1) Calcular 12% de R$ 500,00.
12% = 12/100 = 0,12
12% de 500 - 0,12.500 = 60
R$ 60,00
FRAÇÕES EQUIVALENTES
Duas ou mais frações que representam a mesma parte de um todo são
equivalentes. A propriedade fundamental das frações equivalentes é a que diz que
multiplicando (ou dividindo, se possível), os termos de uma fração por um mesmo
número natural, diferente de zero, obtemos uma fração equivalente a fração dada.
Seja a fração 1/3. aplicando a propriedade fundamental, podemos escrever o
conjunto das frações equivalentes a 1/3: C (1/3) = {1/3, 2/6, 3/9, 4/12, 5/15,
6/18, 7/21 ...}.
O conjunto de frações equivalentes a uma fração dada denomina-se classe de
equivalência dessa fração. Cada classe de equivalência é chamada número racional,
cujo numeral é qualquer fração da classe.
EXPRESSÕES ALGÉBRICAS
MONÔMIOS E POLINÔMIOS
- monômios;
Todo produto de números reais, expresso ou não por variáveis (letras), é
denominado monômio. Num monômio, destacamos:
a)a parte numérica, denominada coeficiente numérico;
b)a variável ou produto das variáveis (inclusive, seus expoentes) denominada
parte literal.
Ex: 2x (2-coef.num. x-parte lit), -2/5mn (-2/5-coef.num mn-literal).
Quando existe apenas a parte literal (x, y...), o seu coeficiente numérico é 1,
se for positiva, e -1, se for negativa. Isso porque o número 1 é o elemento neutro
da multiplicação. Quando o coeficiente de um monômio é zero, o monômio
representa sempre o número real zero e é chamado monômio nulo (0x=0, 0ab=0).
Todo número real é um monômio sem parte literal (-1/3, 5, -8).
Dois ou mais monômios são denominados semelhantes quando tem a mesma
parte literal, ou não tem parte literal. O grau de um monômio, com coeficiente não
nulo, é dada pela soma dos expoentes da parte literal.
Vejamos algumas operações com monômios:
a)soma algébrica:
Numa expressão algébrica, se todos os monômios ou termos são
semelhantes, podemos simplificar a expressão, somando algebricamente os
coeficientes e mantendo a parte literal. Ex: 6a+7a-10a-13a = -10a, -4mn²+9mn²-
5mn²=0mn²=0
Quando somamos algebricamente os monômios semelhantes que existem
numa expressão, simplificando-a, dizemos que estamos reduzindo os termos
semelhantes.
b)multiplicação, divisão e potenciação:
Calculamos o produto (ou o quociente, ou a potência) dos coeficientes
numéricos. Depois calculamos o produto (ou o quociente, ou a potência) das partes
literais, aplicando, quando possível, a propriedade do produto (ou do quociente, ou
da potência) de potências de mesma base.
- polinômios:
Polinômios são somas algébricas de monômios. Cada monômio que compõe o
polinômio chama-se termo do polinômio. Quando temos um polinômios em que haja
termos semelhantes, podemos reduzi-lo, para torná-lo menor: x²+5xy-y²-xy+4y² =
x²+4xy+3y².
O grau do polinômio reduzido não nulo é dado pelo seu termo de maior grau,
não nulo. Vejamos algumas operações com polinômios:
a)soma algébrica:
Eliminam-se os parênteses e reduz-se os termos semelhantes;
b)multiplicação:
Para multiplicarmos um polinômio por outro polinômio, devemos multiplicar
cada termo de um deles por todos os termos dos outros e reduzir os termos
semelhantes, se for possível.
c)divisão:
Para dividirmos um polinômio por um monômio, não nulo, devemos dividir
cada termo do polinômio por esse monômio.
Para dividirmos um polinômio por outro polinômio, devemos fazer o seguinte:
seja determinar (3x²+2x-4):(x-1)
1) dividimos o primeiro termo do dividendo pelo primeiro termo do divisor,
obtendo o primeiro termo do quociente.
2) multiplicamos o 1° termo do quociente pelo divisor inteiro e escrevemos
com sinal invertido abaixo do dividendo, da esquerda para a direita.
3) fazemos a redução dos termos semelhantes, no dividendo.
4) repetimos a operação, considerando como dividendo o primeiro resto
parcial.
5) prosseguimos da mesma forma até o primeiro termo do resto não ser
divisível pelo 1° termo do divisor.
Quando os polinômios não forem completos, devemos escrevê-los na forma
geral: x^4-1 fica x^4 + 0x³ + 0x² + 0x - 1
FATORAÇÃO
Fatorar um número ou uma expressão significa decompor o número ou a
expressão num produto indicado. Existem muitos casos de fatoração de polinômios,
sendo que o primeiro caso deve ter prioridade de resolução sobre os outros.
a)1° caso: colocação de um fator comum em evidência:
Coloca-se em evidência o MDC entre os termos do polinômio, abre-se os
parênteses, divide-se cada termo do polinômio pelo MDC e vai-se colocando dentro
dos parênteses. Ex:
5x+10y = 5(x+2y)
a³-a² = a²(a-1)
RADICAIS
CÁLCULOS COM RADICAIS
- simplificação de radicais:
Simplificar um radical significa transformá-lo em uma expressão mais simples
e equivalente ao radical dado. Existem vários casos de simplificação de radicais.
Vejamos alguns:
a)1° caso:
Podemos dividir o índice do radical e os expoentes de todos os fatores do
radicando por um mesmo número diferente de zero. Ex: 6raiz de10² = 6:2raiz
de10²:2 = 3raiz de10, 12raiz de2^6.x^9 = 4raiz de2².x³.
Existem casos em que devemos fatorar o radicando para, em seguida, efetuar
a divisão. Ex: 8raiz de16 = 8raiz de2^4 = raiz de2, 10raiz de36.x^4 = 10raiz
de2².3².x^4 = 5raiz de6.x²
b)2° caso:
Se um ou mais fatores do radicando tem o expoente igual ao índice do radical
dado, podemos retirar esse ou esses fatores do radicando, escrevendo-os como
fatores externos, sem o expoente. Ex: raiz de2².3 = 2.raiz de3, 3raiz de2³.x².y³ =
2.y.3raiz dex².
Em alguns casos, precisamos transformar, convenientemente, o radicando
num produto (usando produto de potências de mesma base) para poder retirar
fatores desse mesmo radicando. Ex: raiz dex³ = raiz dex².x = x.raiz dex, raiz
de3^5 = raiz de3^4.3 = 9.raiz de3. Em outros casos, devemos fatorar o radicando
e transformá-lo de modo conveniente para simplificar o radical. Ex: raiz de18 = raiz
de2.3² = 3.raiz de2.
Convém observar que a simplificação de radicais só pode ocorrer quando se
trata de fatores no radicando. Ex: raiz dea²+b² não é igual a a+b.
- comparação de radicais:
Comparar dois radicais significa dizer qual dentre eles é o maior.
Estudaremos dois casos;
a)quando os radicais tem o mesmo índice, o maior é aquele que possui o
maior radicando: raiz de25 > raiz de9.
b)quando os radicandos tem índices diferentes, reduzimos os radicais ao
mesmo índice e recaímos no 1° caso.
- potenciação:
Para obtermos a potência de um radical, devemos elevar os radicandos ao
resultado do produto de seus expoentes com o expoente da potência e depois
simplificar o radical, se possível. Ex: (raiz de2²)³ = raiz de2^6 = 2³ = 8.
- radiciação:
Para fazermos a raiz de uma raiz, devemos multiplicar os seus índices,
conservando o radicando. Em alguns casos, é conveniente introduzir todos os
fatores no radicando mais interno, antes de aplicar a regra acima. Ex:
raiz dex3raiz dey = raiz de3raiz dex³.y = 6raiz dex³.y
REPRESENTAÇÃO GRÁFICA
A função do 2° grau é representada no plano cartesiano por uma parábola e
são necessários pelo menos 5 pontos para determiná-la.
O primeiro de todo é achar os zeros da função, ou seja, os pontos onde a
função corta o eixo x. Isso se faz igualando-se a função a zero e achando as raízes
da equação obtida. Em seguida, achamos o vértice da função, ou seja, o ponto
máximo ou mínimo que a função pode atingir.
Para determinar a coordenada x desse ponto usa-se a fórmula -b/2a.
Achando-se esse valor, substituimos ele na função no valor de x e achamos a
coordenada y.
A seguir, determinamos dois valores para x à esquerda e outros dois valores
para x à direita do vértice. Para isso, pegamos esses valores, substituímos na
função e achamos os valores de y correspondentes. Aí, é só ligar os pontos e se os
cálculos estiverem certos, eles formarão uma parábola.
INEQUAÇÕES DO 2° GRAU
Resolver uma inequação do 2° grau com uma variável é determinar o seu
conjunto solução, isto é, o conjunto dos valores reais de x para os quais a função
y=ax²+bx+c é positiva ou negativa. Vejamos alguns exemplos de resolução, onde
aplicaremos o estudo da variação do sinal da função quadrática:
Resolver a inequação x²-3x+2>0 (significa determinar para que valores reais
de x a função é positiva)
x²-3x+2=0
delta = 9-8 = 1
x = 3+-1/2 x'=2 x''=1
Pelo estudo dos sinais, verificamos:
++ ++
+++ +++
++++ ++++
---------------1--------------2----------------> x
-------
-----
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