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A Fantástica e Insólita Desventura de Romualdo e seu Dedão de Ouro

“Quarenta e sete do segundo tempo, bola na risca do pênalti, 1x0, é a chance do empate, e lá vem ele, o
camisa onze do Fluminense, o artilheiro matador, feitor de proezas, dono da insuperável marca de trinta gols num
só campeonato, olha ele lá, de riste em alta e cabeça achatada, nada de celotex gringo não, esse botão é feito de
puro osso meu povo e não se assombrem, não se assombrem que esse osso é de gente!”

A história do Romualdo se distingue dos demais botões do tradicional campeonato de futebol de botão da Vila
da Penha. Moleques de toda a redondeza pintavam por lá com pacotinhos cheio de botões comprados em bancas
de jornal, a maioria fabricados pela Plásticos Santa Marina. Vinham em caixas contendo dez botões, um goleiro e
uma palheta. O ano é 1965 e o futebol de botão no Rio de Janeiro fazia a alegria da garotada.

Na Vila era assim, cada um improvisava como podia pra jogar, já que ninguém tinha um Estrelão (você deve ter
visto aquelas mesas sem cavaletes, produzida pela fábrica Estrela, durante os anos 70). Bem, o Pituca era um
desses que riscava a mesa de jantar com ponta de tesoura pra marcar o campo, um delito passível de ser punido
com uma surra de cinta de couro, alguns preferiam superfícies, digamos, menos “arriscadas” como o piso de casa,
era só ter um giz de cera e criatividade.

Então um dia, isso deve ter sido há uns 5 meses, um garoto paulista chegou na Vila de mudança. Era coisa
difícil de vê por ali, a maioria dos moleques escurinhos, de cabelos enrolados e o Serginho não, branco que nem
farinha de trigo e a cabeleira loiro-avermelhada, não deu outra, "Ô Ferrugem traz o Estrelão moleque, vamo jogá!"
Era a frase que Serginho “Ferrugem” mais ouvia nas tardes depois da aula. Ah, não me esqueci do Romualdo não,
daqui há pouco ele aparece de novo.

Antes do Ferrugem aparecer na Vila, a coisa andava meio bagunçada, houve um tempo no qual em cada rua,
em cada assoalho de casa jogava-se de um jeito diferente (esse foi um dos grandes obstáculos pro Ferrugem: a
diversidade de regras), ao sabor de um acordo momentâneo entre meninos que usavam topete, calça curta e
suspensórios. Cada um bolava uma regra que achasse melhor, com isso a possibilidade de um “... campeonato
organizado, como os lá de São Paulo”, dizia sempre o Ferrugem, seria impossível, pois imagine só, se o Pedrinho
Bangela lá do Largo do Bicão que pratica a chamada “regra dos 12 toques” enfrentasse o Zé Caixeta da Vila
Cosmos que joga com um toque por vez alternadamente, é quase certeza que seria goleado. A primeira privilegia a
habilidade em conduzir a bolinha e a precisão no chute a gol a outra, o posicionamento tático e a ocupação do
espaço. E essa discrepância no regulamento era o menor dos problemas. “Falta profissionalismo Pituca,
profissionalismo!” Dizia sempre o paulistinha enquanto arrumava os óculos com o polegar, e ele tava certo, faltava
mesmo, mas o que se pode fazer com uma cambada de moleques que na falta de grana pra comprar um Bolagol -
como era chamada as caixinhas contendo um time de botão completo com goleiro e tudo - costumavam praticar
com botões tirados do uniforme escolar ou de antigos ternos sociais, dentre eles uma classe de botões conhecida
como Paulo Caminha. Os botões mais cobiçados – especialmente pra compor a linha de defesa – eram aqueles
grandes, parrudos que deviam se arrancados, com todo cuidado da parte de trás dos sobretudos de inverno, esses
se tornavam corpulentos zagueiros. Alguns destemidos arrancavam a tampa do relógio de pulso do avô, um feito
quase sempre descoberto. Os goleiros? Todos utilizavam a famosa caixa de fósforos padrão, sempre que dava
cobria com celofane pra dá uma personalizada, o problema é que de tão grandes as caixas, quer dizer os goleiros,
cobriam quase todo o gol, restando um pequeno orifício pra bola (geralmente uma pastilha) passar.

Com o Ferrugem isso acabou. Quando ele organizou o primeiro campeonato a gurizada tentou linchá-lo, pô,
ninguém tava acostumado a essa coisa toda de regulamento, normas, disposições gerais e sei lá o quê, mas a
galera respeitava o Pituca e como o Pituca não era de falar muito, o negócio quase sempre se resolvia na base do
tapa. E tapa foi o que sobrou para os agitadores que boicotaram o campeonato do Ferrugem. Com os
conspiradores afastados, a galera da Vila se reuniu mais uma vez e agora sim o negócio andou. O Clube do Botão,
entidade feita pra profissionalizar (O Ferrugem vivia repetindo isso) criada pela galera da Vila foi a forma de ajudar
os garotos a se organizarem. Funcionava assim, o Pituca era o presidente, o Ferrugem o vice-presidente, a Ana
Clara (aquela gostosa do colegial!) a secretária-executiva e eu o tesoureiro. Diretoria montada, mão na massa!
Primeiro, o estatuto:

ESTATUTO DO CLUBE DO BOTÃO – 1965

SEDE – VILA DA PENHA

PRESIDENTE – PITUCA

VICE-PRESIDENTE – FERRUGEM

SECRETÁRIA EXECUTIVA – SENHORITA ANA CLARA

TESOUREIRO – (EU)

Depois, as três leis do associado:

1 – Cada associado deverá contribuir com o valor mensal de 20 cruzeiros.

2 – Só participarão dos campeonatos associados que estejam em dia com suas contribuições.

3 – Todas as argumentações contrárias serão analisadas e julgadas pela diretoria cabendo assim o direito de
fazer o que achar melhor para o bem do clube. (Essa aí ficou boa, o Ferrugem pediu pra o pai dele escrever)

Não era a forma mais democrática de iniciar uma associação, mas até que deu certo. Passado cinco meses, a
galera do Clube do Botão já estava em seu quinto campeonato. A grana embora curta deu pra dá uma ajustada
nas peladas dos botoneiros (como era, chamados os moleques viciados em jogo de botão), já que o dinheiro
recolhido colaborou na organização dos campeonatos que se seguiram.

Numerosos tipos de material naturais ou industrializados eram usados na confecção dos botões: chifre, casca
de coco, madeira, cerâmica, madrepérola, galalite, baquelite, celulóide, paladon (resina usada em próteses
dentárias), acetato, plástico e acrílico. Este último, torneado com precisão, era o predileto dos praticantes. A
galera então se profissionalizou como queria o Ferrugem, eu acho até que se profissionalizaram demais. Meninos
matavam aulas e varavam tardes, até noites, embriagados com a possibilidade mágica de transpor os movimentos
do futebol de verdade para o tampo de uma mesa, ao manipular pequenas peças circulares. E deixar a imaginação
correr era um atrativo a mais. Sabe-se do caso do Jorginho, um moleque de Irajá que, ao ver o seu lateral-direito
cair da mesa e partir-se no chão, balbuciou o nome “Djalma Santos”, com a voz embargada, e começou a chorar.
Mais tarde, promoveu o “enterro” do botão, com as pompas fúnebres cabíveis. O Pituca, não menos irreverente,
tinha uma imaginação mais festiva. Usava talco e até confetes - contrariando a vontade da mãe - para comemorar
a entrada em campo de seus times de botões. Era uma festa só! E é aqui que entra o Romualdo, lembra o de
cabeça chata que tá na marca do pênalti no primeiro parágrafo?

O Pituca era viciado no Fluminense, antes mesmo da chegada do Ferrugem e dos botões fabricados com
estampas mais elaboradas e tal, ele sempre deu um jeitinho de colar como podia em seus jogos de botões de
casacos, fotos recortadas de revistas com seus ídolos e o Romualdo foi o maior atacante do clube nos anos 60. Era
o camisa onze do Tricolor das Laranjeiras como berrava o cara do rádio nas tardes de domingo. E não foi um
atacante qualquer – certo, não vou fazer apologia ao tricolor pois sou vascaíno – como os do Flamengo, por
exemplo, que ficavam na banheira, de molho, só esperando a zaga bobear. O Romualdo não, o bicho era que nem
uma jamanta, 1,86 de truculência, 90 quilos de massa muscular, conseguida nos tempos de bóia-fria no sertão
alagoano. E a bicuda?! Hum...! Um dia o Romualdo foi bater uma falta contra a Friburguense no carioca de 62, o
arqueiro, vacilão, desconhecendo a fama de “pé de chumbo” que o atacante herdara de sua época gloriosa no CSA
- o Azulão das Alagoas como é conhecido seu ex-time - pôs só três homens na barreira. Três! Ah! O Romualdo
pegou foi de bico mesmo, a pelota deve ter ido a uns 150 km por hora, pois ninguém conseguiu ver a trajetória
dela que depois de acertar bem no meio da fuça do goleiro foi descansar perto da bandeirinha de escanteio.
Infelizmente o coitado teve uma carreira curta, há uns dois anos o Romualdo sofreu um ataque do coração
durante um treino e bateu as bolas, pelo menos é o que rolou nos noticiários. O Pituca, desolado, ficou uma
semana sem ir às aulas.

Como ele entra na história dos moleques da Vila da Penha? Vai lendo.

Tudo começou num domingo de manhã quando o Pituca foi até o Largo do Bicão pra vê se tinha chegado os
botões novos do Fluminense, já que o Cartola desbancara o Bangu na final e levou o caneco do carioca de 64. O
velho Zé Hamilton havia prometido os botões novos nesse domingo e lá estava bem cedinho o Pituca no
entroncamento das avenidas Meriti e Brás da Pinha em frente à barraca do homem. “Pó seu Hamilton, é a terceira
vez que venho aqui, dessa vez chegou?” “Aquela remessa foi apreendida meu filho, os filhos da puta levaram tudo
quando eu tava lá na Circular, mas dessa vez tenho uma surpresa pra você...” Como já disse, o Pituca era fanático
pelo Romualdo, daqueles que não perde nenhum jogo, nenhuma transmissão de rádio, nenhum recorte de jornal,
e sua grande frustração foi saber que não havia estampado em botão nenhum o sagrado número 11 do ex-
atacante do flu e agora... “Olha isso Pituca.” Não é que o velho Zé havia conseguido o Romualdo pro Pituca! “Esse
botão vai te dar sorte garoto, ele é único!” “Onde conseguiu seu Hamilton?!” Dava gosto de vê, o Pituca fungando
o nariz, segurando duas lágrimas teimosas dos olhos radiantes, voltando à Vila com o Romualdo no bolso e
cantarolando, sou tricolor de coração. Sou do clube tantas vezes campeão...

A retrospectiva do Pituca era impressionante, 55 vitórias, 3 derrotas e 1 empate e adivinha quem era artilheiro
com 30 gols num só campeonato?

O Romualdo não era um botão comum, desses fabricados com celotex, uma resina importada lá dos states, e a
gente só soube disso no dia da final do campeonato quando o Pituca juntou a diretoria e foi se abrindo, “... o
Romualdo é feito de osso." "Osso?! Osso de que Pituca?!" "Osso de gente!" E a gurizada boquiaberta soltou
aquela, gargalhada! "Deixa de besteira Pituca, que papo é esse?" Amenizou Ferrugem. "Não querem acreditar
então deixa pra lá", e foi-se com o Romualdo num saquinho preto debaixo do braço isolado dos outros botões do
time, para o campo.

A Grande Final

O Pituca, como nos campeonatos anteriores foi pra final com tranquilidade, invicto. Iria enfrentar o Necão com
seu time acrílico do Botafogo, todo incrementado, com adesivos estampando a foto dos jogadores. Tinha até o
Mané! Lembra do camisa 7, canhoto, que foi pra seleção?

A final era só alegria. Juntava aquela molecada ao redor da mesa, tinha locutor e tudo. Foi a partida mais
emocionante que já vi, 0x0 até o segundo tempo. O Pituca nervoso, suando que nem tampa de marmita, a
gurizada amontoada se acotovelava pra vê quem tinha a melhor visão do campo, nossa diretoria de dedos
cruzados, tremulando alguns palpites no ouvido do Pituca (e não podia esquecer da Ana Clara, mulata, que
animava a torcida como podia com aquelas coxas sambando pra lá e pra cá, ou você achou que ia faltar samba?!),
a galera do boteco do Tilica se achegando com pandeiro e violão e não te conto quem também apareceu... Claro
que o Zé Hamilton não ia faltar e já fio logo se enturmando na roda de samba. E voltando ao jogo....Ih!!

Nem deu tempo de olhar, o Necão já enfiava 1x0 no Pituca! Justo na hora em que o jogo se arrastava pra os
pênaltis! Foi uma desolação só, 38 do segundo tempo! Mas o Pituca não desistia. Tocava 1, 2, 3... E gritava, "Pra
gol!" O Necão corria pra detrás da trave, arrumava o goleiro, tampava ali, aqui e era só aquela pancada. O jogo
teve de tudo, bola na trave, bola na caneca do Tilica, bola deslizando bueiro adentro e quando menos
esperávamos, "É pênalti!" Esgoelou o narrador, derramando cerveja em cima do Estrelão, e isso aos quarenta e
sete do segundo tempo (o chavão é pra dá aquele clima, o pênalti fora aos 17 minutos, pois no campeonato
jogava-se dois tempos de 15).

A torcida berrava, pulava, se contorcia! (Tô te falando rapaz, esses campeonatos na Vila eram disputadíssimos,
tinha troféu e tudo e, pó! Só de vê as coxas da Ana Clara dentro daquele shortinho...) E lá se foi o Pituca, pegando
o Romualdo com carinho, dando um beijo no cantinho amassado do botão (seu canto preferido para os chutes),
fazendo o sinal da cruz - nessa hora a mãe do Pituca até ligou a velha radiola com o vinil saltitante esgoelando o
hino do Fluminense. (É, ela também foi, e estava junto com outras mães-orgulhosas-roedoras-de-unha,
balbuciando algumas promessas pra o santo. O locutor fazia o que podia entre uma cerveja e outra...

“Olha lá, olha lá! Pituca tá concentrado, segura firme a palheta, pode ser o gol do empate meu povo! Opa!
Pára tudo! Pára tudo! Olha quem vem chegando pra apreciar... Ô minha nega, chega mais, senta aqui Clarinha.
Abre espaço aí gurizada fedida que a Ana Clara chegou pra pristigiar o evento! (Dispois quero baté um lero contigo
minha nega!) E lá vai o Necão arrumar o goleiro, puxa de cá, vai pra lá... Arruma logo essa muamba meu filho, num
tenho o dia todo não! Romualdo tá na marca da bola, Pituca meu filho bate três vezes na 'madeira pra dá sorte!
Preparou, vai bater, é a chance do empate, tá em jogo o tetra-campeonato. Ajeitou a bagaça, partiu pra bola e...”

O futebol tem dessas coisas, sabe aquele silêncio que antecede o gol? A torcida em pé, o grito sufocando na
garganta, aquela dorzinha de barriga quando a gente prende a respiração, tudo isso em poucos segundos até
que...

“... no PAUUUUUUU!!!!”

O Romualdo errou! Opa, o Pituca errou e pela primeira vez! Aí foi o fim do Romualdo. O Pituca de tão puto só
esbravejava, “... botão ordinário! Filho duma égua!” E lá se foi o botão da sorte pro chão, esmigalhado pela sola do
velho kichute (aquele tênis de lona que virou febre em 65) do Pituca. Final da partida, Botafogo um, Fluminense
zero.

Os meses que se seguiram foram de uma tristeza só. O Pituca de tão inconformado, não quis mais saber do
Clube, nem de jogar e até boicotar o seu time do coração, boicotou; Nunca mais pisou num estádio. E o botão de
osso Romualdo? Ah, esse ficou lá na calçada de terra batida, esmiuçado, reduzido ao esquecimento.

Um ano depois

Depois que o Clube de desfez e o Ferrugem foi passar as férias em São Paulo, a garotada da Vila não quis mais
saber de jogar botão e ainda faltava três meses pra começar a Copa que sempre empolgava a molecada. Então,
num domingo de abril encontro o velho Zé Hamilton em sua banca de bambu. “Chega mais meu filho, paga um
trago pro seu velho.” Vez ou outra eu sempre aparecia por lá pra saber das novidades (o Zé sempre trazia de fora
coisas legais pra vender na Vila). E entre um gole e outro enquanto conversávamos sobre o último campeonato de
botão, o velho solta um causo cabuloso. “... e bem que falei pra o Pituca que esse botão era abençoado. Cê sabe
que ele é de osso num sabe? Mas pouca gente sabe de quem é o osso...” E foi aí que ele contou que o osso era de
gente mesmo (até aí você sabia).

“E de quem é esse osso Zé?!” Indaguei desconfiado. “...o osso é do...”

Corri no Pituca, fazia um tempão que não o via, já fui chegando e falando. No meio da história ele já tava
daquele jeito, narigão fungando e aquela cara de choro contido, “Meu Romualdoooo!” Foi a última coisa que ele
disse e isso já em prantos.

O dedão de ouro do Romualdo


“... o osso é do Romualdo! O atacante Romualdo, o camisa onze do meu Fluminense querido! Comprei o botão
de um muambeiro conhecido em Macéio, ele me contou que depois de bater as botas, Romualdo virou santo nas
Alagoas. Comprei esse crucifixo feito de uma lasca de seu cotovelo e o botão do Pituca é do dedão do pé direito.
Tô te falando meu filho, isso é coisa sagrada! O que o Pituca fez foi sacrilégio. Coitado do Romualdo deve tá se
revirado no túmulo.”

Incrível? Balela? Eu também pensei assim, aí as notícias correram, correram, e foram cair no ouvido do
presidente do Flu. E pode ter certeza que o Pituca colaborou com isso, duvidoso como Tomé, foi tirar a história a
limpo, queria saber sobre o paradeiro do dedão do Romualdo. Ok, ele não tinha mais o botão da sorte, mas não ia
se aquietar até saber a verdade, daí caiu no jornal. Foi aquele bafafá. Desenterraram o coitado do Romualdo - pelo
menos o que sobrou dele - e depois de algumas horas os legistas alagoanos confirmaram o fato, “... consta
decapitado o primeiro pododactilo do pé direito...” melhor, “tá faltando o dedão do pé direito do Romualdo!”

Quem arrancou? Não tinham a menor idéia, e a galera da Vila estava pouco interessada em saber, agora tudo
era “Festa! O dedão do Romualdo é nosso!” Uma faixa gigantesca, toda colorida, estendida pela rua, dava boas-
vindas a rapaziada do Clube do Botão que depois de saber que um pedacinho do maior craque do Fluminense
pintou pela Vila, não fizeram outra coisa, “Ô ferrugem traz o Estrelão lá moleque! Vamo jogá!”

E foi assim que o Romualdo se imortalizou na Vila. Sempre pintava por lá repórteres querendo saber da
história do dedão de ouro que virou botão da sorte na palheta mágica de um garoto chamado Pituca.

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