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O / BOLETI Nº 3 -
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operário ... Há escassos dois anos to-


Depois dos PECs 1, 2, 3... todos falavam em “controlar o mer-
cado” e no estrepitoso falhanço da
os PECs 4, 5, 6...? sua economia de casino; hoje, até
quem queira acrescentar mais li-

Quantos PECs dariam as diversas medidas dos an- beralismo ao PEC de Sócrates...
teriores governos impostas nos últimos anos à classe Muitos de nós já percebemos que
docente e Administração Pública? Lembram-se da per- esta sociedade manietada pelo ca-
da de tempo de serviço sempre que entrava em vigor pitalismo e ânsia de de lucro precisa de
um novo estatuto? Lembram-se do congelamento das de “PECs sucessivos” em que a re-
progressões e novo roubo no tempo de serviço entre cuperação sempre prometida para l á
Agosto de 2005 e Dezembro de 2007?... Da perda de mais adiante funciona como droga
salário real por via dos “aumentos zero”?... Do aumento entorpecente que nos imobiliza... Agora, a prometida UE
da idade de reforma?... dourada nem sequer é capaz de “salvar” a sua Grécia...
Agora, o PEC do governo PS de José Sócrates recorre
ao congelamento salarial, ao aumento de impostos, à Luta e alternativa coerente, precisa-se
redução do investimento público na saúde e educação, Infelizmente tem imperado nos diversos sectores sin-
às privatizações, ao agravamento das condições para o dicais e políticos oposicionistas e contestatários, uma
acesso à aposentação justa na AP... Este PEC é uma orientação desmobilizadora, a “partilha de sacrifícos”.
peça mais da “guerra infinita” movida pelos banqueiros e Os animadores desta “alternativa”, supostamente sen-
governos contra quem trabalha, e o que resta das suas
conquistas, seja professor, reformado, desempregado,

parte da sua função profissional (ensinar, e não entreter). O interesse


pedagógico das aulas de substituição é nulo. Mas é assim desde o
“consulado” de Maria Lurdes Rodrigues: é proibido ir brincar,

nas aulas
conversar e namorar quando um professor falta. Os alunos ficam
dentro das 4 paredes da sala, e o “prof. substituto” não vai lá para
ensinar mas sim... para fazer de capataz!

de substituição
Esta sanha de pôr os miúdos fechados e vigiados no máximo
de tempo possível, mesmo que seja para nada aprenderem,
significa um total desrespeito pelo professor e pelos alunos. Pelo
professor porque nas aulas de substituição não ensina – toma
conta. Ou seja: exerce funções de auxiliar. Assim o ME escusa de
Tome-se um professor disponível para uma turma que não contratar auxiliares e de ter os espaços de recreio devidamente
conhece de lado nenhum. Meta-se o professor a fazer de baby- vigiados e acompanhados. Pelos alunos: as suas necessidades
sitter dos meninos porque um colega faltou. O resultado costuma de espaço próprio e de actividades lúdicas fora da sala de aula
ser: vinte e tal miúdos dentro duma sala de aula a sofrerem uma são completamente ignoradas. Em vez de se criarem clubes,
seca, e um professor desesperado para inventar “actividades” que espaços desportivos, oficinas de arte, etc., metem-se os alunos
entretenham uma turma durante 45 ou 90 minutos. Nem um minuto sem aulas dentro duma sala sob o “controle” de um professor e
deste tempo extra no horário do professor lhe é pago. Nada disto faz deixa-se passar o tempo…Não é muito mais económico??
movimentações da classe docente do ano 2008 e 2009...
Para esta “partilha de sacrifícios”, acordos como o de 8
... os PECs 4, 5, 6...? de Janeiro entre as direcções sindicais e Isabel Alçada
em que os “de baixo” são arredados da participação e
decisão democráticas, são essenciais.
sata, realista, construtiva, esquecem, acima de tudo, Esta é a “alternativa” que corre sempre atrás do mal
quem manda e governa este “barco comum”, os que menor, que não se compromete consequentemente com
‘partem e repartem com arte e não sendo tolos ficam as exigências da base em luta que procura afastar e
com a melhor parte’; ou seja, os poderosos, a sua ban- desmobilizar para efectuar burocraticamente as suas
ca, os seus governos... negociações e cedências; que, enfim, se recusa a apre-
Por exemplo, e de acordo com aquela cartilha, o go- sentar uma alternativa política e económica ao desvario
verno retira do novo estatuto a divisão entre “Titulares” e capitalista de José Sócrates que corroe a sociedade e o
“Professores”, despede Lurdes Rodrigues e os profes- seu desenvolvimento. Os professores, e o conjunto dos
sores ficam com a perda do tempo de serviço, uma car- outros trabalhadores, não resta outra alternativa senão
reira mais longa, uma avaliação em quase tudo seme- construir uma verdadeira alternativa de luta e democráti-
lhante à de Lurdes Rodrigues, novas divisões e disputas ca, que acrescente luta à luta, para derrotar de vez os
entre colegas... e escolas pacificadas e uma “ministra PECs e garantir uma escola e uma sociedade verdadei-
sorridente”; muito pouco, ou nada a ver com as grandes ramente democráticas e justas.

Movimento 3R:
Construindo uma alternativa de luta e democracia
com os professores
Em Abril do ano passado, vários activistas, com di- va viável é aquela que é construida
versas e, em alguns casos, prolongada intervenção no junto dos professores e das escolas,
movimento docente, juntaram-se para apresentar uma sem sectarismos ou autoproclamação, em todas
lista nas eleições para o CG do SPGL, o maior sindica- as suas lutas e movimentos, contando com a sua co-
to de professores do país. Dissemos então – e referin- laboração e mobilização. Por isso temos impulsionado
do-nos às históricas mobilizações da classe dos me- todas as mobilizações e greves, procurando acrescen-
ses anteriores e à deficiente resposta dos principais di- tar sempre luta e democracia; por isso participamos na
rigentes das organizações sindicais -, que “continua- medida das nossas forças, e na condição de associa-
mos com oportunidades perdidas”; embora minoritári- dos de base, na vida sindical do SPGL (e também FEN
os, assumimos claramente também, e hoje reafirma- PROF) e dos seus 18 mil colegas sócios aos quais não
mos, que é necessário construir uma alternativa aos recusamos apresentar e debater as nossas propostas
dirigentes que dominando burocraticamente o movimen- e balanços e que não confundimos sectariamente com
to reivindicativo organizado correm permanentemente as orientações erradas dos dirigentes.
para a mesa de negociações e lá deixam grande parte Assim lançamos um desafio a todos os colegas, sin-
das reivindicações da classe. Quer dizer, de nada serve, dicalizados ou não: participa e ajuda a construir o Movi-
fazer críticas, denúncias, se não nos propomos cons- mento 3R, para Renovar, Refundar e Rejuvenescer
truir e organizar essa alternativa para alterar a realidade. o movimento reivindicativo dos professores! Divulga na
Mas acima de tudo reafirmamos, que a única alternati- tua escola este boletim!

Horários de trabalho ilegais e sobrecarregados...


Todos sabemos e sentimos que a actual legislação prevê uma de avaliação, reuniões intercalares). À parte destas 2 horas para
clara sobrecarga de trabalho para os professores e educadores estas reuniões, o horário dos professores deve incluir no trabalho
(apesar da propaganda do governo que a classe docente é privile- individual no mínimo 10 horas (quando têm menos de 100 alunos)
giada); este aumento do ritmo de trabalho é mais uma consequên- e 11 horas (mais de 100 alunos). Nestas horas previstas para o
cia da política economicista e da austeridade imposta às escolas. trabalho individual é que se podem incluir o outro tipo de reuniões,
No entanto, temos recebido informações que muitos colegas estão designadas ocasionais (ex: conselho de turma extraordinário). Neste
ainda mais sobrecarregados que a própria lei, o que não só prejudi- contexto, esta sobrecarga de horas deve ser considerado
ca directamente os próprios professores como a qualidade de como trabalho docente extraordinário e como tal deve ser
aprendizagem dos seus alunos. Essas escolas nomeadamente corrigido ou compensado financeiramente aos professores
não têm previsto nos horários dos seus professores as 2 horas e educadores lesados.
semanais para as reuniões pedagógicas legalmente convocadas Esta é uma luta que tem mobilizado diversos colegas em várias
(ao abrigo da alínea c) , ponto 3. do artº 82º do Estatuto da Carreira escolas do país e que a partir deste boletim continuaremos a infor-
Docente). Nestas reuniões incluem-se as reuniões que desde o mar e divulgar. Contacta-nos ou ao teu sindicato.
início do ano estão previstas (reuniões de departamento, reuniões

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