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As vozes do tempo:

quem está falando sobre


mudanças climáticas?
Carlos Fioravanti
13º Encontro Nacional de Professores
de Jornalismo (13º ENPJ)
21 de abril de 2010
Recife PE
Primeira dúvida
Só os cientistas fazem ciência?

Dois modos:
 linear
separação ciência e sociedade (passiva)
 Integrado
coletivo, com interações e sem separações
 Inglaterra e Brasil
Cobertura extensiva e crescente
The Independent: 278 matérias e artigos
sobre MC de julho 2006 a junho 2007
. Crescimento de 2,7 vezes (2006/2007)
Folha de São Paulo: 158 matérias e artigos
. Crescimento de 4 vezes
Natureza da cobertura na Inglaterra
The Independent expressou os interesses de
grupos sociais distintos: cientistas,
políticos, empresas e sociedade civil
(consumidores, ONGs).
Debate, interação
Ícones claros: Blair, Stern, David King
Natureza da cobertura no Brasil
Predomínio (FSP):
. pesquisadores acadêmicos (> outros países);
participação de outros grupos sociais quase
nula
. comunicação unilateral, sem debates nem
interação
. Ciências Naturais (Biologia, Zoologia, Ecologia e
Meteorologia); raramente Ciências Humanas
. conseqüências das MC no mundo (e o Brasil?)
Enfoque fatalista
Contrastes
Discurso da Ação x Discurso do Medo
Noticiário interferindo (ou não) na formulação de
Políticas Públicas

Visões de sociedade
Quem pode participar?
Conclusões Provisórias
MC encaixa-se bem com os padrões de
jornalismo no Brasil:
. Tem muitas facetas (pode ser explorado
exaustivamente)
. É preocupante e trágico, mas não tão trágico
quanto problemas nacionais autênticos
(desnutrição, violência, doenças tropicais,
erosão costeira)
. É internacional (Genoma Humano antes)
 Erros e acertos
Mais dúvidas
 MC é modismo, um problema importado ou
já incorporado?
 Assunto muito amplo?
 Estamos satisfeitos?
 Sabemos lidar?
Estratégias provisórias
 Trazer à terra
 Especificar problemas
(água, energia, pobreza, justiça social, saúde)
 Valorizar problemas locais
 Valorizar outros atores
(não ficar só nos mais poderosos)
 Evitar maniqueísmo
 Lembrar das incertezas
Abordagens de trabalho

 Escrever para
sobre
COM pesquisadores
Dúvida final
Jornalistas:

intermediários

ou

mediadores?
Muito obrigado!

Para mais informações:

 www.revistapesquisa.fapesp.br

 chfioravanti@gmail.com
Prioridade
 Evitar que os desastres naturais piorem a vida de
milhões de pessoas

MC:
 risco adicional para 600 milhões de pessoas em
estado de subnutrição crônica
 podem aumentar em 400 milhões os casos de
malária
 forçar o deslocamento de 332 milhões de
pessoas que vivem em áreas costeiras
Natureza e sociedade
 “O que falta é organização social para lidar com esses
problemas.” Wolfgang Grabs, chefe da divisão de recursos
hídricos da OMM.

 “Evitar o pior implica modelos de estado e de


desenvolvimento social e econômico mais
descentralizados, com engajamento da sociedade civil.”
Cecília Ugaz, UNDP

 “Todos podem participar.” Alexandre Epalle, coordenador do


serviço de desenvolvimento sustentável de Genebra.
História à vista
Exemplos do que pode se tornar mais comum do
que fazer (ou o que deveria ter sido feito) para
evitar e administrar os estragos deixados pelos
desastres naturais:
 Onda de calor da Europa em 2003: 70 mil mortos
 Catarina o primeiro furacão no Atlântico Sul em
2004
 Katrina, 2005: 2000 mortos e uma cidade
destruída

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