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História

de Camaçari
Ocupação Indígena

Ocupação Portuguesa

Remanescentes indígenas

Quilombolas

Linha Férrea

Estação de Veraneio

Pólo Petroquímico
PASSADO INDÍGENA

Gravuras do náufrago Hans Stadem e foto da Mandioca uma das


principais conquistas agrícolas dos índios brasileiros, que mais tarde
serviu também para fornecer farinha de mandioca para os homens
que fundaram a cidade de Salvador, entre 1549-1553.

A história de Camaçari nos leva a um passado muito distante de pelo


menos 8 mil anos. Quando pensamos neste território, devemos levá-lo em
consideração antes da chegada dos Portugueses, quando aqui, viviam
povos vindos da Ásia. Mas, que povos eram estes? E como chegaram
aqui sem os famosos navios portugueses?
A hipótese mais aceita para explicar a origem dos povos brasileiros (que mais
tarde foram chamados de índios pelos portugueses) é a de que eles são
descendentes de povos asiáticos que atravessaram o estreito de Berihng há 62
mil anos.
Estudos arqueológicos recentes estabelecem a chegada dos primeiros habitantes
do Brasil à Bahia e ao Piauí entre 20 mil e 40 mil anos atrás. É impossível saber
com certeza quantos índios habitavam o país quando Pedro Álvares Cabral
aportou no sul da Bahia.
As estimativas variam de 3,5 milhões a 8 milhões, mas o número mais aceito é 5
milhões.
Mas o que é mesmo esse “Estreito de Berihng?
Durante as últimas glaciações, com a
recessão da água dos oceanos, a
área do estreito transformou-se numa
ponte natural entre a Ásia e as
Américas, denominada atualmente
Ponte Terrestre de Berihng, por onde
poderiam ter chegado à América os
povos que primeiro a colonizaram.

Créditos: http://cienciahoje.uol.com.br/; Wikipedia;


http://www.gifmania.com/astronomia/planisferios/
Foto satélite do Estreito de Berihng. NASA
Reconstrução de Luzia
– crânio encontrado na
Lagoa Santa – MG na
década de 1970 – Os
especialistas a
caracterizaram como
afro descendente o que
nos remete a plausível
hipótese de contatos
com populações
africanas por travessia
do oceano atlântico
antes dos portugueses
aqui chegarem.

Kon-Tiki , onde
Hayerdahl
atravessou o
Pacífico em 1947
e barco a remo
com que Amyr
Klink atrevessou
o Atlântico
desembarcando
na praia de
Itacimirim em
1984 (6 meses
depois)
OCUPAÇÃO PORTUGUESA
Como foi visto, já existiam povos
nesta região antes da chegada dos

http://www.correiodabahia.com.br
portugueses, no entanto, a História da
ocupação do território de Camaçari
nos remete aos primeiros anos da
colonização, quando em 1558, foi
criada a Aldeia do Divino Espírito
Santo pelos padres jesuítas reunindo
índios das várias aldeias tupinambá,
ao redor de uma capela de taipa sob o
comando do padre João Gonçalves e
o Irmão Antonio Rodrigues às
margens do Rio Joanes.

Em carta do Pe. Manoel da Nóbrega (1559) identifica-se a descrição de 4 a


5 aldeias próximas à cidade de Salvador sendo a maior delas exatamente
“...onde chamam Rio de Joanne, esta chama Sant Spiritus onde há
mais gente junta que em todas; está sete ou oito léguas da cidade,
perto da costa do mar”....
Esse é um dos primeiros mapas que mostram o território
Terras de de Camaçari.
Garcia D’Ávila
Na parte de cima estava a propriedade de Garcia D’Ávila um
pouco mais abaixo as terras da Marqueza de Niza.

Nas margens do
Joanes existia a
maior das
aldeias dos
Terras da Tupinambás
Marqueza
de Niza
Aqui ficava
a Vila do
Pereira atual
Salvador E aqui a
Ilha de Este município praticamente
Itaparica teve início em duas grandes
propriedades, as terras da Marqueza
de Niza, tendo uma pequena área
parcialmente cedidas aos jesuítas para
as missões (aldeia do Espírito Santo,
com os índios Tupinambá), e a terra de
Garcia D´Ávila, ao norte do município.
Aos poucos essas terras foram se
dividindo formando pequenas fazendas e
depois povoados.
Por cálculos da Coroa Portuguesa,
descritos em cartas da época em que a
Bahia foi transformada em Capitania Real
existiam entre a foz do rio Paraguaçu e
Tatuapara (limite de Camaçari com Mata
de São João) cerca de 6000 guerreiros
tupinambá. (Risério).

Índios do Brasil hoje -


Mapa da revista Veja;
Gravura de dança
tupinambá em gravura
do século XVI.
Em 1562 na Igreja de “Sant Spiritus” ajuntaram sete aldeias, com mil almas
cristãs. Há indícios que esses índios tenham participado da “guerra do
Paraguaçu”, apesar de serem tupinambá, assim como os índios do Vale do
Paraguaçu (região onde é hoje o povoado de São Francisco de Iguape,
pertencente a Cachoeira) e mais tarde já entre 1624 – 1640, os índios da aldeia
do Espírito Santo participaram da luta contra invasão holandesa, juntamente com
o pessoal da Casa da Torre (hoje pertencente ao município de Mata de São
João) o que fez crescer o índice de mortalidade por razias e sucessivas
epidemias e fome. Registrando-se antes mesmo da expulsão dos Jesuítas no
governo do Marques de Pombal em 1755.

Índios Botocudos (Tapuias)


e Casal Tupinambás
Após a expulsão dos Jesuítas a Aldeia passou à categoria de Vila por provisão
do conselho Ultramarino, Alvará Régio de 28 de setembro de 1758,
denominando-se Vila Nova do Espírito Santo de Abrantes - Vila de Abrantes -
com a Inauguração da Casa da Câmara e cadeia municipal (senado da Câmara
e Pelourinho).

Casal Tupinambá (Leri);


Símbolos dos Jesuítas (Igreja
Foto da reinauguração após demolição do anexo lateral
(colégio) em foto da época ...comentando que esta recebeu a visita
Católica) e Bandeiras –
do Governador Geral Lourenço da Veiga e do Padre Anchietaa. Principado do Brasil e Reino
www.monarquia.org.br Unido a Portugal e Algarve.
População de algumas regiões da RMS - Bahia, por volta 1724
População de algumas regiões da RMS - Bahia, por volta 1724

Data de Homens Mulher


Paróquia fundação livres es Criados* Escravos Total Engenhos
Livres
Salvador 6611 5977 273 12 132 24 993

Passé 1606 713 648 122 2677 4160 8

Pitanga** 1563 1225 1234 34 2568 5051

Matoim 1606 234 241 32 1220 1727 6

S.Cruz 1563 640 666 8 1390 2704


Itaparica
Fonte: Schwaartz,1995
* O termo "criados"provavelmente significa dependentes residentes ou empregados domésticos.
** A nova Vila de Abrantes (Freguesia) foi desmembrada da Freguesia de Santo Amaro de Ipitanga.

Castelo de Garcia D’ ávila Engenho Capitão do Mato


Do passado ficam tradições, esqueletos
e fragmentos de objetos de uso cotidiano
reconstruídos por antropólogos em
sambaquís e outros sítios arqueológicos.
A CNN Litoral Norte e Fundação Garcia
d’Ávila vem mapeando o passado de
Camaçari.
População residente Estado da Bahia, Salvador e Camaçari por raça/cor em 2000

Bahia R.Mt.Salvador Camaçari


nº % nº % nº %

Branca 3297989 25,2% 658156 21,8% 29876 18,5%


Preta 1704248 13,0% 605199 20,0% 23409 14,5%
Amarela 23796 0,2% 9128 0,3% 670 0,4%
Parda 7869770 60,1% 1702815 56,4% 104496 64,6%
Indígena 64240 0,5% 23006 0,8% 1970 1,2%
Sem declaração 125726 1,0% 23267 0,8% 1305 0,8%

Total 13085769 100% 3021572 100% 161727 100%

IBGE, Censo 2000

Segundo dados do CADSUS - Cadastro de Usuários do SUS,


existem concentração de pessoas que se auto-denominaram
indígenas, em Vila de Abrantes, Buris de Abrantes e Verdes
Horizontes, estando entre os 1.970 que constam no censo de
2000 do IBGE. Possivelmente são descendentes das famílias
que restaram após a expulsão dos Jesuítas.
Desaparecimento da aldeia indígena e
possível junção com os Quilombolas

Região de Cordoaria

Estudos recentes abordam a possibilidade da junção entre índios e negros nos quilombos. Fugindo do
trabalho forçado, muitos nativos se aquilombavam, convivendo aí com escravos e ex-escravos na luta
contra a exploração da sua força de trabalho. Ou em alguns casos, os índios conviviam nos quilombos
como única forma de sobrevivência frente a pobreza e a fome.
Esse último caso, podendo ter existido em algumas localidades na região do que é hoje o município de
Camaçari.

Cordoaria, por exemplo, hoje já é reconhecida como região remanescente – quilombola, junto ao Instituto
Palmares, possivelmente ainda existem outras regiões com as mesmas características a exemplo de Zumbi
e Palmares no Distrito de Monte Gordo.

Não há dúvida quanto a nossa origem cultural quando se observa que o Munípio possui sobrevivências
africanas da capoeira de Angola, candomblés e artesanatos.
Estão presentes em Camaçari as etnias Bantus e Yorubás (Gatois) na sede e Orla.

Foto: Comunidade na região de Cordoaria


Luciana Vilela
www.monarquia.org.br

A vila foi extinta em 1846 (no período do Brasil Império) pela Resolução
provincial nº 241, de 16 de abril, sendo integrada ao município de Mata de
São João. Em 1848 foi restabelecida pela Resolução nº 310, de 03 de
junho, tendo o território desmembrado de Mata de São João.
Neste período foi implantada na região a linha férrea, que saia de Salvador,
passando por Simões Filho, Camaçari (Parafuso e Sede – Camaçari), Dias D
´Ávila, seguindo em direção a Alagoinhas, onde existe um cruzamento, dividindo a
estrada em duas direções: Região do São Francisco e Sergipe.

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Estação da Calçada em Salvador
Fotos do calendário da Cãmera de Vereadores

A estrada de ferro no município de Camaçari intensificou o crescimento demográfico e


urbano de algumas regiões em torno de seus locais de passagem. O arraial de Parafuso
ganhou grandes proporções com a chegada da linha férrea, inclusive seu nome é
atribuído a um acidente com o vagão que transportava parafusos no local. Intensificou a
minifundização (divisão das terras em propriedades menores). Na sede do município a
estação de trem deslocou o centro urbano de Camaçari de Dentro para o entorno da
atual praça da matriz (hoje Praça Desembargador Montenegro) e pouco a pouco criou um
bairro no local onde se instalaram as bombas de abastecimento de água das locomotivas
(Bairro da Bomba).
MAPA DA REGIÃO
METROPOLITANA DE
SALVADOR DESTACANDO
AS REGIÕES URBANAS E
FERROVIA

Calçada; Simões Filho (Água


Comprida); Camaçari; Dias
d’Ávila; Mata de São João
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Estações de Parafuso; Camaçari ;
Nossa Senhora do Carmo paradas
obrigatórias para quem seguia para o
norte
Com a chegada da linha férrea, o arraial de Parafuso chegou a
ser sede do Município por um período, em fins do século XIX.
Hoje sua estação está abandonada e a estação de Camaçari
serve de bar, pois não tem mais passageiros, sendo o trem
apenas de carga e a estação de Nossa Senhora do Carmo
desapareceu em ruínas.

Câmera Municipal de Camaçari (calendário)


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Bacia do
Município de Camaçari Pojuca Limite do
Município de
Bacias Hidrográficas Camaçari

Rio Pojuca
Bacia do
Jacuipe

Bacia do
Joanes

Rio Jacuipe
Município de o
a n ti c o
Camaçari c e
O tlân
A
Limite do
e

Município de
ara Grand

Camaçari
ane s

Rio Capiv
Rio Jo

LEGENDA

Rio

Limite de bacia hidrográfica

Limite municipal

Além da estrada de ferro outro importante vetor de crescimento do município pode ser atribuído ao fato de que o Pe.
Camillo Torrend descobriu e propagou a excelência das águas minerais da região do Rio Imbassaí (Dias d’Ávila) em
1918, segundo o historiador Cid Teixeira essa descoberta intensificou o processo de fragmentação fundiária –
“Minifundização”, que vinha acontecendo desde final do século XIX.
BREVE HISTÓRICO
A primeira composição administrativa de Vila de Abrantes, abrangia os distritos de
Abrantes, Monte Gordo e Ipitanga (atual Lauro de Freitas). A lei municipal de 22
de março de 1920 criou o distrito de Camaçari, com território desmembrado de
Abrantes, criação essa confirmada pela Lei estadual nº 1422, de 04 de agosto
desse mesmo ano. A lei estadual nº 1809, de 28 de julho de 1925, modificou-lhe o
topônimo para Montenegro e transferiu-lhe a sede para o arraial de Camaçari,
elevado a categoria de vila.

Em razão do Decreto-lei estadual nº 10.724, de 30 de março de 1938, o


município passou a denominar-se Camaçari, constituindo-se dos distritos de
Camaçari, Abrantes, e Monte Gordo.

Pela Lei nº 628, de 30 de dezembro de 1953, foi criado o distrito de Dias D’Ávila,
ficando o município composto de quatro distritos, até 1985, quando Dias D’Ávila
se desmembrou de Camaçari, voltando a ser composto dos três primeiros, sendo
essa a formação atual: Vila de Abrantes, Monte Gordo e Sede (Camaçari).
Linha do Tempo da divisão territorial do município

Administração da sesmaria do Conde de Castanheira/ Marqueza de Niza nos primeiros anos do


século XVIII – XIX. Tomáz da Silva Paranhos e herdeiros (9) 1864. Maria Joaquina da Silva
Paranhos e José Garcez Montenegro de quem descende o desembargador Tomas Garcez Paranhos
Montenegro.
1758 - Vila Nova de Abrantes do Espírito Santo
1846 - extinção da Vila, integrando seu território ao município de Mata de São João
1848 - Vila de Abrantes recriada - sede no Arraial de Parafuso – implantação da linha férrea
1892 - re-institui a sede do município em Vila de Abrantes
1918- Pe. Camillo Torrend descobriu e propagou a excelência das águas do Rio Imbassaí
final do século XIX intensifica-se o processo de fragmentação fundiária – “Minifundização”.
1925 - Góes Calmon transfere a sede do município de Abrantes para o Arraial de Camaçari elevado
à categoria de vila. Designando-se a partir de então o Município de Montenegro com as suas duas
Vilas de Camaçari e de Abrantes.
1938 - Decreto Federal institui o nome Camaçari para o município sendo Vila de Abrantes, Monte
Gordo e Dias D’Ávila seus distritos. Com a Lei 4404 de 25/2/1985 Dias D‘ Ávila torna-se um
município.
Lei nº. 301/94 de 01 de julho de 1994 -“Dispõe sobre a definição e divisão do território do Município
em Zonas Urbanas, Zonas Rurais e Zona Especial, para efeito de disciplinamento de uso e
ocupação do solo, planejamento e tributação e dá outras providências”..... Ficando o município
divido assim...
Município de Camaçari – Divisão por Distrito

Distrito de
Monte Gordo

Distrito Sede

Distrito de
Vila de Abrantes
EVOLUÇÃO DA DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO DO MUNICÍPIO DE CAMAÇARI POR DISTRITO

ANO SEDE V. DE ABRANTES M.GORDO D. D'ÁVILA CAMAÇARI


1940 1.419

1950 2.715 564 1.611 4.300 13.800


% 20% 4% 12% 31% 100%
1960 5.342 21.849

1970nº 16.333 5.102 7.365 5.391 34.191


% 48% 15% 22% 16% 100%
1980nº 57.059 10.064 7.630 14.425 89.178
% 64% 11% 9% 16% 100%
1991nº 89.826 13.984 9.805 31.254 113.615
% 79% 12% 9% 28% 100%
2000nº 116.700 27.504 17.523 161.727
% 72% 17% 11% 100%

Fonte: Censo Demográfico do IBGE 1940, 1950, 1960, 1970, 1980, 1991, 2000
Agora que compreendemos as principais características da ocupação humana no
município, bem como o processo histórico que determinou sua divisão territorial e
desenvolvimento de regiões específicas é preciso estar atento ao controle dessa
ocupação através do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano – Rural evitando-se o
crescimento desordenado e a preservação dos recursos naturais.

Já estão definidas e implantadas as Áreas de Proteção Ambiental – APAs do Rio Joanes


de cujas águas depende 40% do abastecimento de Salvador, das lagoas de Guarajuba e
do Rio Capivara além do que talvez seja nossa maior riqueza que é o Aquífero de São
Sebastião que se estende por mais de dez mil quilômetros quadrados, entre 100 e 300
metros de profundidade
APA Joanes - Ipitanga

APA Lagoas
de Guarajuba

APA Rio Capivara


CAMAÇARI

DISTRITO SEDE
Camaçari Antigo
Gravatá, Alto da Cruz, Bomba, Camaçari de Dentro, Triângulo,
Lama preta, Centro, Praça Abrantes e Praça Desembargador
Montenegro, Rua do Limão (Francisco Drumond), Dois de Julho
e Quarenta e seis

- 1970 – 1980 Pólo Petroquímico


- PURAS – Programa de Recuperação de Áreas Urbanas
PHOCS – Programa de Habitação Orientado
PHOC I, II, III
PROFILURB
INOOCOP (Bela Vista)
Glebas A, B, C, D, E
MUTIRÂO (DECOM)
FICAM (DECASA)

- 1978 – início da fase de operação do Pólo Petroquímico

- 1990, decisão de duplicação da capacidade produtiva do pólo,


construção da estrada litorânea que liga o estado da Bahia a
Sergipe
1994 Lei do Zoneamento
Primeiras empresas e infra-estrutura Pólo de Apoio
2000- implantação da Ford Camaçari
1970 - 1980
Invasão da Ciclovia / Parque Central

Invasão do Parque Florestal

Invasão do Gravatá

Invasão do Jaraguá (Rabo da Gata)

Invasão da Rodoviária

Invasão do Parque Verde

Invasão do PHOC

Invasão da Bela Vista

Foto: COSTAPPPR
Principais localidades do Distrito Sede

Pólo Petroquímico
Complexo Ford
Camaçari
(sede)
Pólo de Apoio

Machadinho
Parafuso
Zona Rural

Região de Parafuso
Natuba
Riacho do Dendê
Genipapeiro
Aroeira
Sapucaí
Jatahy
Macaúba
Mangueira de Parafuso

Região de Machadinho
Cajazeira
Água Fria
Maracaiúba (Macaúba do
Aterro)
Pedrinhas
Jorrinho Várzea Grande de Mineiro
Capivara
Jorrinho
Areal
Pq das Mangabas
Povoado da zona rural Serra Verde
do Distrito Sede
Zona Industrial

Pólo Industrial

Camaçari (sede)

Parafuso
Machadinho
Zona Urbana (Sede)

Pólo Industrial

Machadinho
Parafuso
Centro Administrativo Mutirão
Ponto Certo Mangueiral
INOOCOP Gleba A
Limoeiro Alto da Cruz
Dois de Julho Jardim Panorama
Caixa d'água FICAM
Piaçaveira Parque Satélite
Gleba D Parque Florestal
Novo Horizonte Buri Satuba
Verde Horizonte Lama preta
Nova Vitória Vila Luiza Maia
Camaçari de Dentro Santa Maria
Triângulo PHOC I
Rabo da Gata PHOC II
Gleba B Bairro dos 46
Bomba Morro dos Noivos
Natal Gleba C
Gravatá PHOC III
Cristo Redentor Gleba E
PHOC IV Parque Verde
CAMAÇARI

DISTRITO ABRANTES
Principais povoados

Arembepe
Areias

Abrantes
Jauá

Busca Vida
Vila de Abrantes Pedágio

Estrada do Coco
BA-099

Praça da Igraja Matriz

Parque das Dunas de Abrantes


Modelo de Vila construida pelos Jesuitas
Vila de Abrantes
Burís de Abrantes
Fonte da Caixa
PHOC Abrantes
Jauá
Busca Vida
Caraúna
Poção
Cordoaria
Pau Grande
Catú de Abrantes*
Sucupió
Colônia Boa União
Grama
Tererê
Gajiru /Gajerús
Mangueira
Morro

A orla marítima vem sofrendo intensa urbanização

Busca Vida
Areias
Pé de Areias
Piabas
Interlagos
Arembepe
Volta do Robalo
Coqueiro de Arembepe
Açu (Assu)
Aldeia
Cacimba Grande
Rancho Alegre
Lot Fonte das Águas
Araticum
Vila dos Artistas
Caraíba(s)
Capoeira Feia
Mataraca
Invasões
Pibas
Nova Esperança Malícia
Alto da Bela Vista
Arembepe Corre Nú (Fonte da Caixa)
Jardim Abrantes
Sítio Fradinho
Inv. Morada nobre
Cordoaria

Povoado da zona rural


do Distrito de Abrantes
ZONA RURAL – Cordoaria

Cordoaria - Associação de moradores Casa de Farinha - Cordoaria Capela de Terra Maior

Comunidade -Terra Maior Comunidade Morcego Escola Senhora Sant’ana


CAMAÇARI

DISTRITO MONTE GORDO


Principais povoados

Barra de Pojuca

Monte Gordo

Itacimirim

Guarajuba

B. do Jacuipe
Rio Pojuca – Imagem de
Satélite - LANDSAT

Igreja de São Bento de


Monte Gordo
A freguesia de São Bento do Monte Gordo foi uma destas paróquias criadas pelos Senhores
da Casa da Torre por volta de 1859 embora estas terras foram já povoadas na segunda
metade do século XVI, segundo Carlos Ott os terrenos dessa paróquia pertenciam a
descendentes do Visconde da Casa da Torre de Garcia d’Ávila e principiavam na Barra do
Jacuípe, tendo como limite superior a frequesia de Mata de São João.

Esse historiador registrou também que descendentes de Garcia d’Ávila, na região de Monte
Gordo e do Rio Pojuca para cima, no século XVII já criara os primeiros engenhos de açucar
especialmente nas regiões mais férteis da frequesia de Mata de São João (Bomfim da Mata).

Carlos Ott
Povoamento do recôncavo pelos
engenhos -1536 – 1888 v II, Salvador,
Bigraf, 1996

Igreja de São Francisco Monte


Gordo Guarajuba (Helío Queiroz)
Criação de Bubalinos / barra do
Jacuípe – Mário Pinto

Principais Localidades
Monte Gordo; Barra do Jacuípe; Saco; Trapiche; Várzea do Meira; Bela Vista; Bom
Jesus; São Bento; Taipú; Pilão; Pau d'Arco; Genipapo; Guarajuba; Jacaré; Guajirú;
Palheiro; Capela Feia; Lapinha; Jordão; Biribeira; Tambaí; Coqueiro de Monte Gordo;
Barra do Pojuca; Rodagem; Maria Dias; Itacimirim; Cachoeirinha; Tiririca; Emboacica;
Leandrinho; Sapato; Vila de Camaçari; Vila da Mira; Capoeira Feia; Zumbi; Palmares
Em três momentos –
Interligados a História de Camaçari

• A urbanização acompanha o gado, alguns povoados


foram criados em função dessa atividade, que contribuiu
para o crescimento de Camaçari e do seu antigo Distrito de
Dias D’Ávila. Em 2002 existia na regiao 6.857 cabeças de
gado (bovinos e bubalinos).

• A Feira de gado de Capuame foi substituída por Feira de Santana em meados do século XIX Dias
D’Ávila destaca-se no cenário estadual como uma estância hidromineral.

• O distrito de Dias D’Ávila se emancipa de Camaçari, em 1985.


Contribuições de Garcia D’Ávila: a origem da criação de gado no Município

O município de Mata de São João, Dias d’Ávila e Camaçari tem um passado em comum, seus
territórios já se intercruzaram muitas vezes. Thales de azevedo descreve a origem do gado neste
território:

...” Aquelas primeiras criações faziam-se nos campos dos arredores da cidade. Com as reses que lhe couberam, das
partidas iniciais e das sucessivas, estabeleceu Garcia d’Ávila um curral em Itapagipe, donde passou para Itapuã e
afinal estendeu-se a Tatuapara. Dali, rico e poderoso, ia partir seu filho Francisco Dias d’Ávila com sua gente armada,
os seus vaqueiros mamelucos e os seus rebanhos à conquista e povoamento do Rio São Francisco, onde veio a
dominar centenas de léguas de terra obtidas em sesmaria para seu criatório. Em Tatuapara, Dias d’Ávila ergueria
como símbolo da sua fortuna e marco da marcha em direção aos sertões, mais que uma torre para sua defesa, o
famoso castelo de boa cantaria que ainda hoje, arruinado embora, fala de sua opulência. Em seus terrenos, àquela
altura algumas léguas da praia, formou-se a primeira feira de gados da Bahia, a “feira velha” do Capoame, aonde os
marchantes iam comprar reses para os açougues e talhos da cidade” Azevedo, 1969 p.321 – 322 / Azevedo, Thales.
O Povoamento da cidade de Salvador. Ba, Ed. Itapuã, 1969
Referências

SEPLAN: Secretaria de Planejamento (Prefeitura Municipal de Camacari)


- Plano Piloto da Orla Marítima: Ipitanga. Jauá. Arembepe. Guarajuba. Tassimirim

Carlos Ott
Povoamento do recôncavo pelos engenhos -1536 – 1888 v II, Salvador, Bigraf, 1996

Prefeitura Municipal de Camaçari


Plano Diretor do Município de Camaçari – Relatório III (parcial)
Minuta do Anteprojeto da Lei do Plano Diretor, a ser discutida e revista a partir das audiências públicas. Agosto/2006

BANDEIRA, Luiz Alberto Moniz Bandeira. O feudo: a Casa da Torre de Garcia D’Ávila: da conquista dos sertões à
Independência do Brasil. Civilização Brasileira. 2000.

BRANDÃO, Maria de Azevedo. Propriedade e uso da terra na periferia norte do recôncavo açucareiro: aspectos de história
recente. Planejamento. Salvador. 1976.

CALMON, Pedro. História da Casa da torre. Rio de Janeiro. José Olimpio

CORDEIRO, Enio. Política indigenista brasileira e promoção internacional dos direitos das populações indígenas. Brasília:
Instituto Rio Branco; Fundação Alexandre Gusmão; Centro de estudos estratégicos, 1999.

LEITE, Serafin. Cartas dos Jesuítas . Volume III

PARENTE, Sandra. “Camaçari: Sua História, sua gente”. Artset Gráfica e Editora Ltda.

RISÉRIO, Antonio. “Uma História da Cidade da Bahia”. Rio de Janeiro: Versal, 2004.

-Tese de docência apresentada a UFBA por Maria D. de Azevedo Brandão “Relações Agrárias em Camacari” – Salvador, 1963

http://www.locavinny.com.br/fun_content.php?codpg=17Papagaio - Jauá
Equipe Técnica
Ana Cláudia O. Almeida (ORG)
Paulo Pedro P. R. Costa – SESAU
Flávia Manoela - SEPLAN
Eduardo da Silva Barreto SEPLAN

Diretoria de Planejamento – SESAU Leila Paixão


Coordenação de Informação e Comunicação em Saúde.

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