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Conto “ A saga”

Sophia de Mello
Breyner Andresen
o Sophia de Mello Breyner
Andresen, é sem sombra de
dúvida, uma das maiores
poetas portugueses
contemporâneos, um nome
que se transformou, em
sinónimo de Poesia e de
musa da própria poesia. 
o Sophia nasceu no Porto, em
1919, no seio de uma
família aristocrática. A sua
infância e adolescência
decorrem entre o Porto e
Lisboa, onde cursou Filologia
Clássica. 
o Sophia de Mello Breyner
Andresen começou a
realizar contos infantis para
os seus cinco filhos, mas
rapidamente se tornou um
clássico da literatura
Onde se situa a cidade?
Como se caracteriza?
• “O mar do Norte, verde e cinzento, rodeava
Vig, a ilha, e as espumas varriam os
rochedos escuros”

• “Havia nesse começo de tarde um vaivém
incessante de aves marítimas, as águas
engrossavam devagar, as nuvens empurradas
pelo vento sul…”


Sentimentos de Hans pela cidade

§ Ansiedade
§ Mágoa
§ Saudade
§ Incerteza
§
“Quando a sua mãe morreu, ele escreveu

ao pai, mas nunca recebeu resposta e foi


então que Hans percebeu que jamais
regressaria a Vig.”

O maior sonho de Hans.
• “Carregado de imaginações queria
ser, como os seus tios e avós,
marinheiro. Não para navegar
apenas entre as linhas e as
costas do norte , seguindo nas
ondas frias os cardumes de
peixes. Queria navegar para o
sul. Imaginava as grandes
solidões do oceano, o surgir
solene das promontórios, as
praias onde baloiçam coqueiros e
onde chega até ao mar a
respiração dos desertos.
A sua relação com o pai
• A sua relação com o pai(Soren) tornou-se
má, desde o momento em que ele lhe
disse que pretendia ser marinheiro, o pai
não estava de acordo com essa decisão,
porque os seus dois filhos (Gustav e
Niels), tinham morrido num naufrágio,
então a partir daí Soren vendeu todos os
seus barcos.
• Hans durante vários anos enviou cartas
para o seu pai, mas a mãe respondia
dizendo para não voltar a Vig, pois o seu
pai não o receberia.
O que Hans fez para realizar os
seus sonhos

• Hans para realizar o seu sonho alistou-se como


grumete num cargueiro inglês, chamava-se Angus
e seguia para sul.
A cidade que acolheu Hans(descrição da
cidade, sensações que despertou em Hans)

• “Contornaram a terra, navegaram para sul e , ao cair de uma tarde,


penetraram sob o arco das gaivotas, na barra estreita de um rio
esverdeado e turvo, flutuante de imagens entre as margens cavadas. Á
esquerda, subindo a vertente, erguia-se o casario branco, amarelo e
vermelho, misturado com os escuros granitos. Na luz vermelha do
poente a cidade parecia carregada de memórias, insondavelmente
antiga, feérica e magnetizada, com todos os vidros das suas janelas
cintilando. Animava-a uma veemência indistinta que aqui e além
aflorava em ecos, rumores, perpassar de vultos, gritos longínquos e
perdidos, reflexo de luzes sobre o rio.”
• “Hans amou desde o primeiro momento a respiração rouca da cidade, o
colorido intenso e sombrio, o arvoredo murmurante e espesso, o verde
espelhado do rio. Na estrada que corria junto ás margens viam-se bois
enfeitados e vermelhos, puxando carros de madeira que chiavam sob o
peso das pipas, pedra e areias.”
A cidade que acolheu Hans(descrição da
cidade, sensações que despertou em Hans)

• “ Mas nessa madrugada, em segredo, Hans abandonou o navio.


Caminhou ao acaso na cidade desconhecida, perdido no som
das palavras estrangeiras, perdido na diferença dos sons, da
luz, dos rostos e dos cheiros, carregando o seu pequeno saco,
procurando nas ruas o lado da sombra. Através de grades de
ferro pintadas de verde, abriam trémulos junquilhos. Parou em
frente dos ourives para olhar as montras, á porta das adegas
respirou a frescura sombria e o cheiro do vinho entornado.
Caminhou ao longo do rio, na margem onde as mulheres,
descalças, carregavam cestos de areia enquanto outras
discutiam, aos magotes, cortando com grandes brados e largos
gestos o ar liso de manhã. Penetrou nas igrejas de azulejo e
talha que não eram claras e frias como as igrejas do seu país,
mas doiradas e sombrias, numa penumbra trémula de velas
onde negrumes e brilhos, animavam o rosto das imagens que
num incerto sorriso pareciam reconhecê-lo.”


A simbologia do conto
• O conto retrata uma personagem, que
desde cedo quis ser marinheiro, o seu
pai sempre se opôs, mas Hans contrariou
a sua vontade e partiu num cargueiro
inglês, passado alguns anos ele teve
uma discussão com o capitão e dicidiu
partir do cargueiro, e tornou-se num
homem de negócios.
• Quando ele morreu pediu á sua mulher e
aos filhos que lhe construíssem um barco
naufragado em cima da sua sepultura,
isto significa um sonho naufragado,
deixou a sua família para ser marinheiro
e depois acabou por se tornar num
homem de negócios, o que certamente
A simbologia do conto
• Simbologia da tempestade
• Simbologia do sonho
• Simbologia do jazigo
• Simbologia da torre

A simbologia da
tempestade
• A tempestade significava perigo e
morte, pois os seus dois irmãos
(Gustav e Niels) tinham morrido no
mar, devido a uma tempestade.
A simbologia do sonho
• O maior sonho de Hans era ser
marinheiro , foi essa a razão
pela qual ele saiu de Vig , mas
após alguns anos deixou o seu
sonho de lado e tornou - se num
homem de negócios .
A simbologia do jazigo
• Hans pediu que lhe construíssem um navio naufragado em
cima da sua sepultura, pois significa, dois sonhos
naufragados, Hans saiu de Vig com o intuito de ser
marinheiro, contrariando a vontade do seu pai e partiu
em busca do seu sonho, ao fim de deitar fora a
oportunidade de ser marinheiro, durante todos esses
anos o maior sonho já era o regresso a Vig.
• No inicio o seu sonho era sair de Vig, mas depois o seu
principal sonho era voltar para junto da sua família.
A simbologia da torre
• A torre que ele mandou construir
fazia ele ter viagens pelo tempo.
• Era uma maneira de ele entrar em
contacto com o mar e com as
viagens.

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