Portugal é o segundo país do mundo onde a energia eólica tem
mais peso, encaminhando-se para cumprir a meta dos 45 % de renováveis, embora precisando de manter o consumo e não impor- tar energia. Por cada 100 Watt de electricidade consumidos no ano passado nos lares portugueses, 15,03 Watt vieram do vento, um valor que eleva o país do terceiro para o segundo lugar mundial no contribu- to de energia eólica, atrás da Dinamarca e agora à frente da Espa- nha. O jornal cita dados publicados pela Redes Energéticas Nacionais (REN) sobre a produção de energia eléctrica em Portugal, em 2009, os quais mostram que, por cada 24 horas, três horas e 36 minutos, em média, vieram do vento, ou seja, mais 31,6 % do que no ano transacto. Num ano de 1,4% de quebra de consumo e de redução da importação de electricidade para metade, a produção nacional eóli- ca de 7493 GigaWatt-hora quase equivaleu (96 %) à de Sines e Tapada do Outeiro em conjunto e ficou pouco abaixo (94 %) do contributo de todas as barragens em funcionamento. Teve a ajudar as condições meteorológicas dos últimos dois meses do ano que foram especialmente ventosos. Com um crescimento de produção também nas outras fontes renováveis (mais 24,7 % de hidroelectricidade, mais 315 % de foto 8.º B voltaico, que partiu de uma base muito baixa) e ainda com o contri- buto das energias limpas usadas, por exemplo, na co-geração e na biomassa, as renováveis representaram 35,9 % de todo o consumo de energia eléctrica em Portugal no ano passado.