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€ 2,00 — Corriola — 190 000; e instalações técnicas para o exercício da actividade das
Dois blocos com um selo € 2 cada — 2 × 60 000. clínicas ou consultórios dentários.
O Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas Artigo 2.º
e das Comunicações, Paulo Jorge Oliveira Ribeiro de
Campos, em 30 de Abril de 2010. Definições
Para efeitos da presente portaria, consideram-se clínicas
Portaria n.º 267/2010 ou consultórios dentários as unidades ou estabelecimentos
de 12 de Maio de saúde privados que prossigam actividades de prevenção,
diagnóstico e tratamento das anomalias e doenças dos
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado Adjunto, dentes, boca, maxilares e estruturas anexas, independen-
das Obras Públicas e das Comunicações, ao abrigo das temente da forma jurídica e da designação adoptadas, no
disposições do artigo 4.º do Decreto-Lei n.º 360/85, de 3 de âmbito das competências legalmente atribuídas a cada um
Setembro, que seja lançado em circulação um inteiro postal dos grupos profissionais envolvidos.
comemorativo do Centenário da República — 1910-2010:
Design: António Magalhães; CAPÍTULO II
Dimensão: 150 mm × 105 mm;
Taxa: taxa paga (válido para o 1.º escalão do serviço Organização e funcionamento
normal nacional); Artigo 3.º
1.º dia de circulação: 31 de Maio de 2010;
Tiragem: 20 000 exemplares. Qualidade e segurança
O Secretário de Estado Adjunto, das Obras Públicas As normas de qualidade e segurança devem ser cum-
e das Comunicações, Paulo Jorge Oliveira Ribeiro de pridas em todas as situações previstas na presente portaria
Campos, em 30 de Abril de 2010. de acordo com as regras, os códigos científicos e técnicos
internacionalmente reconhecidos nas áreas abrangidas,
competindo à Direcção-Geral da Saúde, à Ordem dos
MINISTÉRIO DA SAÚDE Médicos ou à Ordem dos Médicos Dentistas propor ao
membro do Governo responsável pela área da saúde a
Portaria n.º 268/2010 sua adopção.
de 12 de Maio Artigo 4.º
Informação aos utentes
O Decreto-Lei n.º 279/2009, de 6 de Outubro, estabelece
o novo regime jurídico a que ficam sujeitos a abertura, a Deve ser colocado em local bem visível do público o
modificação e o funcionamento das unidades privadas de horário de funcionamento, o nome do director clínico,
saúde. os procedimentos a adoptar em situações de emergência
O novo modelo visa garantir que seja assegurada a e os direitos e deveres dos utentes, devendo ainda estar
qualidade dos serviços prestados no sector privado e, em disponível para consulta a tabela de preços.
paralelo, consagrar um procedimento mais simplificado,
assumindo os agentes a responsabilidade pelo cumprimento Artigo 5.º
dos requisitos técnicos exigidos.
Seguro profissional e de actividade
O procedimento de licenciamento das clínicas ou con-
sultórios dentários passa a ser disponibilizado online, o A responsabilidade civil e profissional bem como a
que permite com uma declaração electrónica validamente responsabilidade pela actividade das clínicas e consul-
submetida a imediata obtenção de licença, sem prejuízo tórios dentários devem ser transferidas para empresas de
da subsequente vistoria. seguros.
O novo procedimento simplificado de licenciamento é Artigo 6.º
exigente quanto ao cumprimento dos requisitos técnicos
e de qualidade. Regulamento interno da clínica ou consultório dentário
Importa assim estabelecer os requisitos técnicos a que As clínicas ou consultórios dentários devem dispor de
devem obedecer o exercício da actividade das clínicas ou um regulamento interno definido pelo director clínico, do
consultórios dentários. qual deve constar, pelo menos, o seguinte:
Assim:
Manda o Governo, pelo Secretário de Estado da Saúde, a) Identificação do director clínico e do seu substituto,
ao abrigo do n.º 4 do artigo 1.º, do artigo 25.º e do bem como do restante corpo clínico e colaboradores;
artigo 27.º do Decreto-Lei n.º 279/2009, de 6 de Outu- b) Estrutura organizacional da clínica ou do consultório;
bro, o seguinte: c) Normas de funcionamento.
b) Os resultados das vistorias realizadas pela ARS ou c) Inibição do exercício da actividade profissional pela
outras entidades; respectiva ordem ou associação profissional durante o
c) Os contratos celebrados com terceiros relativos às período determinado.
actividades identificadas no artigo 12.º da presente por-
taria. 3 — O disposto no número anterior deixa de produzir
efeitos após reabilitação ou pelo decurso do prazo de
CAPÍTULO III interdição fixado pela decisão condenatória.
Instrução do processo
CAPÍTULO IV
Artigo 8.º
Recursos humanos
Documentação
1 — As clínicas ou consultórios dentários devem dispor Artigo 10.º
em arquivo da seguinte documentação: Direcção clínica
a) Cópia autenticada do cartão de identificação de pes- 1 — As clínicas ou consultórios dentários são tecni-
soa colectiva ou no caso de pessoa singular do bilhete de camente dirigidos por um director clínico, com uma das
identidade do requerente e do respectivo cartão de con- seguintes qualificações:
tribuinte;
b) Relação nominal do pessoal e respectivo mapa com a) Médico com a especialidade de estomatologia ins-
a distribuição pelos diferentes grupos profissionais; crito no respectivo colégio da especialidade da Ordem
c) Levantamento actualizado de arquitectura; dos Médicos;
d) Autorização de utilização para comércio ou serviços b) Médico dentista inscrito na Ordem dos Médicos Den-
ou indústria ou outra finalidade mais específica emitida tistas;
pela câmara municipal competente; c) Nas clínicas ou consultórios dentários onde apenas se
e) Certidão actualizada do registo comercial; exerçam funções de odontologia, o director clínico pode
f) Cópia do contrato com entidade certificada para a ser um odontologista nas condições previstas na lei.
gestão de resíduos hospitalares.
2 — Sempre que existam outras áreas funcionais, haverá
2 — Adicionalmente, se aplicável, as clínicas ou con- um único director clínico a designar entre os directores
sultórios dentários devem dispor ainda em arquivo da técnicos ou clínicos das respectivas áreas.
seguinte documentação: 3 — A actividade da clínica ou consultório dentário
implica presença física do director clínico de forma a
a) Cópia do contrato com entidade certificada para o garantir a qualidade dos tratamentos devendo ser substitu-
fornecimento de artigos esterilizados;
ído nos seus impedimentos e ausências por um profissional
b) Cópia do termo de responsabilidade pela exploração
qualificado com formação equivalente.
das instalações eléctricas;
c) Certificado de inspecção das instalações de gás; 4 — Em caso de morte ou incapacidade permanente
d) Licença de funcionamento no âmbito da segurança do director clínico para o exercício da sua profissão, deve
radiológica, nos termos da lei em vigor. a clínica ou o consultório proceder imediatamente à sua
substituição e informar a respectiva ARS do especialista
Artigo 9.º designado.
5 — As situações descritas no número anterior devem
Condições de licenciamento ser resolvidas pela clínica ou consultório dentário de forma
1 — São condições de atribuição da licença de funcio- definitiva no prazo máximo de seis meses contados a partir
namento: da ocorrência dos factos.
6 — Compete exclusivamente ao director definir as
a) A idoneidade do requerente, a qual, no caso de se técnicas e os equipamentos que garantam a qualidade.
tratar de pessoa colectiva, deve ser preenchida pelos ad-
ministradores, ou directores ou gerentes que detenham a Artigo 11.º
direcção efectiva do estabelecimento;
b) A idoneidade profissional dos elementos da direcção Pessoal
clínica; As clínicas ou consultórios dentários devem, para além
c) O cumprimento dos requisitos que permitam a ga- do director clínico, dispor de assistente de consultório/pes-
rantia da qualidade técnica dos cuidados e tratamentos soal de atendimento.
a prestar, bem como dos equipamentos de que ficarão
dotados. Artigo 12.º
2 — Para efeitos do disposto na presente portaria, são Recurso a serviços contratados
consideradas idóneas as pessoas relativamente às quais se As clínicas ou consultórios dentários podem recorrer a
não verifique algum dos seguintes impedimentos: serviços de terceiros, nomeadamente no âmbito do trata-
a) Proibição legal do exercício do comércio, função mento de roupa e produtos esterilizados, e ainda a gestão
ou profissão; dos resíduos hospitalares, quando as entidades prestadoras
b) Condenação, com trânsito em julgado, qualquer que de tais serviços se encontrem, nos termos da legislação
tenha sido a natureza do crime, nos casos em que tenha em vigor, licenciadas, certificadas ou acreditadas para o
sido decretada a interdição do exercício de profissão; efeito.
Diário da República, 1.ª série — N.º 92 — 12 de Maio de 2010 1643
As clínicas ou consultórios dentários estão sujeitos A presente portaria entra em vigor no dia seguinte ao
à obrigatoriedade de existência e disponibilização de da sua publicação.
livro de reclamações, nos termos da legislação em O Secretário de Estado da Saúde, Óscar Manuel de
vigor. Oliveira Gaspar, em 3 de Maio de 2010.
ANEXO I
Compartimentos a considerar
Área útil
Largura (mínima)
Designação Função do compartimento (e outras informações) (mínima) Observações
(metros)
(metros quadrados)
Área de acolhimento
(a) Aplica-se o disposto no artigo 16.º da presente portaria relativamente ao equipamento de desinfecção e esterilização.
(b) Deve estar separada da zona de desinfecção por divisória preferencialmente integral até ao tecto (ou tecto falso).
Diário da República, 1.ª série — N.º 92 — 12 de Maio de 2010 1645
Área clínica/técnica
Gabinete de consulta . . . . . . . . . . . . . Tina de bancada (1).
Gabinete de consulta . . . Cadeira de medicina dentária/es- 1
Sala de apoio (se existir) . . . . . . . . . . Tina de bancada (1). tomatologia.
Laboratório de próteses (se existir) . . . Tina de bancada (1) (2). Equipamento de medicina dentá- 1
Sala/zona de sujos . . . . . . . . . . . . . . . Lavatório. ria/estomatologia.
Sala de desinfecção . . . . . . . . . . . . . . (3) Banco de trabalho (facultativo) 1
Instalação sanitária de público, adap- Aparelho para destartarização (fa- 1
tada a pessoas com mobilidade con- cultativo).
dicionada: Vibrador de produtos de obtura- 1
ção (facultativo).
Antecâmara (se existir) . . . . . . . . . Lavatório (recomendável). Aspirador de vácuo . . . . . . . . . . 1
Cabine de retrete . . . . . . . . . . . . . . Lavatório e bacia de retrete (4). Fotopolimerizador (facultativo) 1
Negatoscópio (facultativo) . . . . 1
Instalação sanitária de pessoal (se exis- Equipamento adequado a sedação 1
tir): consciente, quando aplicável.
Na clínica ou consultório Aparelho de raios X intra oral . . . 1
Antecâmara (se existir) . . . . . . . . . Lavatório (recomendável). dentário. Protectores de raios X adequados 1
Cabine de retrete . . . . . . . . . . . . . . Lavatório e bacia de retrete. Equipamento de ventilação ma- 1
nual tipo «ambu» . . . . . . . . . .
(1) Com torneiras de comando não manual.
(2) Com cesto retentor de gesso.
(3) Com pontos de água e de esgoto.
O compressor e a unidade de produção de vácuo devem
(4) Com acessórios para pessoas com mobilidade condicionada. estar situados em área isolada e insonorizada.