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HOMEOPATIA

As doses infinitesimais revelam outras surpresas

François Choffat,
É clínico geral, ensina homeopatia na Suiça

Infatigável e terrivelmente curioso, Hahnemann não de deteve aí.


Ele experimentou no homem sadio produtos não-tóxicos e
considerados sem efeito farmacológico, como o carvão feito a partir
da madeira, o sal marinho ou o pó de licopódio usado pelos
boticários para recobrir as pílulas. Por exemplo, ele constatou que o
carvão dinamizado podia provocar uma sufocação e mal-estares
graves semelhantes a certas crises de asma ou ao edema
pulmonar, e o carvão se tornou um remédio de emergência!
O sal marinho, o pó de licopódio, o calcário de ostra, a tinta de
siba, o quartzo e outros produtos inicialmente anódinos se tornaram
importantíssimos remédios homeopáticos. No ponto em que nos
encontramos, devemos admitir que nada mais poderia nos
surpreender! No que se refere à beladona, tudo se passa como se o
veículo do remédio diluído adquirisse propriedades não-químicas,
semelhantes às da tintura inicial. Com relação ao carvão de
madeira [carvão vegetal], a dinamização faz surgir propriedades
novas aparentemente desvinculadas das propriedades da matéria-
prima, porém ligadas à presença desta nas primeiras diluições. Os
efeitos destes últimos produtos estão, de resto, relacionados com o
metabolismo desses elementos: o do sódio para o sal marinho, o do
cálcio para o calcário ou o do gás carbônico para o carvão.
Para compreendermos a ação de um medicamento sem
substância química ativa, podemos imaginar uma mensagem de
tipo informática transmitida pelo medicamento a partir do modelo de
um disquete que contém uma informação inscrita na configuração
física das moléculas de apoio. Um farmacólogo teria tanta
dificuldade de distinguir, por meio da análise química, um disquete
com dados gravados de um disquete virgem quanto de diferenciar
grânulos de açúcar impregnados de uma diluição homeopática dos
grânulos virgens. A ação das altas diluições não pode ser explicada
pela química, mas pela física. O papel do suporte da informação é
provavelmente restituído à água presente tanto nas diluições
alcoólicas como nos grânulos de açúcar. Estudaremos essas
hipóteses no capítulo VI.
Devemos enunciar agora o quarto princípio da homeopatia, a lei
das diluições infinitesimais ou de diluição-dinamização: a diluição
permite eliminar os efeitos tóxicos dos medicamentos. A
dinamização lhes dá uma ação mais potente mais profunda e
duradoura.

Fonte: pág 49 a 50, do livro “Homeopatia e Medicina” Um novo


debate, Dr. François Choffat, 326 páginas, Edições Loyola, São
Paulo, Brasil, 1996.

Edições Loyola
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