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Tipos de óvulos, clivagem e anexos embrionários nos filos animais.
Segmentação
A segmentação varia de acordo com o tipo de óvulo. Na espécie humana o zigoto, originado na fecundação,
divide-se originando duas células filhas ou blastômeros, cada uma com a metade do volume do zigoto, logo cada
uma delas segmenta-se originando 4, cada uma com ¼ do volume do zigoto. Cada uma destas divisões é
denominada de mitose de clivagem pois origina células de menor volume mas geneticamente iguais entre si e à
célula mãe. Continuando o processo com sucessivas divisões atinge um determinado número de blastômeros,
dependendo da espécie não mais de 128, e teremos, então, uma estrutura maciça e pluricelular que lembra uma
amora, a mórula, com o mesmo volume que o zigoto.
Tipos de óvulos.
1. Os óvulos oligolécitos, isolécitos ou alécitos são de pequeno tamanho e pobres em vitelo, sob a forma de
finas granulações e cuja distribuição é uniforme. São próprios das espécies nas quais o embrião não obtém alimento
do ovo, mas, sim, do corpo materno ou do meio ambiente. Nos mamíferos podem ser chamados de metalécitos.
Também ocorrem em Poríferos, Celenterados, Equinodermas e Cefalocordados, como o Anfioxo. Apresentam,
quando fecundados, uma clivagem total (HOLOBÁSTICA) radial igual: é chamada radial porque os planos de
clivagem são orientados paralelamente ou em ângulos retos em relação ao eixo polar do zigoto.
A célula-ovo se segmenta integralmente em 2 blastômeros iguais. Logo, esses se dividem também segundo um
plano de clivagem perpendicular ao primeiro. Surgem 4 blastômeros. Uma clivagem num plano meridiano os divide
em 8. Daí por diante, as clivagens ocorrem sem planos organizados, até o aparecimento da mórula. Todos os
blastômeros dessa mórula são iguais. A clivagem radial, total e igual é facilmente observável em ovos de anfioxo e
ouriço do mar. As divisões subsequentes se sucedem com uma alternância regular dos planos.
2. Óvulos telolécitos com diferenciação polar incompleta, heterolécitos ou mediolécitos, mais volumosos
que os precedentes, o vitelo está presente sob a forma de granulações mais ou menos grossas distribuídas de tal
modo que é possível distinguir um polo vegetativo e um polo animal. No pólo animal, onde se localiza o núcleo, a
quantidade de vitelo é menor que no pólo vegetativo. Ocorre nos Platyhelminthes, Aschelminthes, Anelídeos,
Mollusca (Gastropoda e Pelecypoda) e Amphibia. Fecundados, apresentam uma clivagem total (HOLOBÁSTICA)
radial desigual: as divisões evoluem quase do mesmo modo que no exemplo anterior, exceto pelo fato de que a
divisão longitudinal não é em posição equatorial mas desviada para o polo animal; assim se isolam micrômeros no
polo animal e macrômeros no polo vegetativo.
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2.1. Nos óvulos telolécitos com diferenciação polar completa ou megalécitos, o vitelo é muito abundante,
ocupando a maior parte do volume do ovo; o polo animal é limitado a uma pequena zona periférica- disco
germinativo- ou cicatrícula, nas proximidades da qual está o núcleo. No pólo animal encontra-se o núcleo e o
citoplasma e no pólo vegetativo concentra-se o vitelo. Ocorre nos moluscos Cephalopoda, peixes, répteis e aves. A
clivagem, após a fecundação, será parcial (MEROBLÁSTICA) discoidal: a clivagem ocorre na região da
cicatrícula; inicialmente abrem-se dois sulcos perpendiculares ao outro, mas que não se prolonga no seio da massa
vitelina; um terceiro sulco, latitudinal, forma duas camadas de blastômeros, que continuam a se dividir segundo um
sincronismo confuso, progressivamente elaborando um disco germinativo o qual formará uma calota na superfície
da volumosa massa vitelina.
3. Os óvulos centrolécitos, variedade dos ovos telolécitos, cujo vitelo forma uma massa central circundada por
um citoplasma periférico, onde o núcleo se situa, concentram uma parte do seu vitelo no centro do citoplasma, ao
redor do núcleo e a outra parte na periferia citoplasmática, ou melhor, separa em duas zonas o citoplasma: uma
central, contendo o núcleo, e a outra periférica, circundando o vitelo. São uma das características dos artrópodos. A
clivagem será parcial (MEROBLÁSTICA) superficial: o núcleo se divide quatro vezes, ou seja 16 núcleos-filhos;
estes ganham a periferia e colonizam o citoplasma estendido na superfície do ovo.
Anexos Embrionários.
Junto aos embriões dos vertebrados desenvolvem-se estruturas especiais, muito importantes para a vida
embrionária: o saco vitelínico, o alantóide, o âmnios, o córion e a placenta.
1. O saco vitelínico envolve o vitelo e garante a nutrição do embrião. É o primeiro anexo a surgir e se caracteriza
por ser a fonte de nutrição do embrião que não tem contato com a mãe. Este anexo está presente em embriões de
todos os vertebrados, sendo especialmente desenvolvido nos peixes, répteis e aves. Corresponde a uma
estrutura em forma de saco ligada a região ventral do embrião. Sua principal função é armazenar reservas
nutritivas. Nos mamíferos eutérios ou placentados é reduzido, visto que a nutrição ocorre via placentária. Nesses, é
responsável pela produção das hemácias nos primeiros estágios de vida.
2. O alantóide origina-se do tubo digestivo e tem a forma de uma bolsa alongada. É muito desenvolvido em
répteis e aves, com funções nas trocas de gases, armazenamento de excretas e absorção de minerais presentes
na casca dos ovos e incorporação no esqueleto, facilitando a saída do animal ao nascer. Nos mamíferos participa da
formação do cordão umbilical.
3. O âmnios envolve todo o embrião, formando um saco membranoso cheio de líquido; é uma fina membrana que
delimita uma bolsa repleta de líquido - o líquido amniótico - que tem por funções evitar o ressecamento do embrião
e proteger contra choques mecânicos. O âmnio representou uma importante adaptação dos répteis à vida
terrestre, junto com a fecundação interna, e faz parte do chamado ovo terrestre. Esse anexo permitiu aos répteis
avançar em terras secas, e permitiu independência da água para a reprodução.
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4. O córion é a membrana mais externa, que se justapõe à casca dos ovos de répteis e de aves. Envolve os outros
anexos embrionários. Junta-se com o alantóide para formar o alantocórion com função respiratória em aves e
répteis. Nos mamíferos divide-se em córion liso e córion frondoso e vai formar as vilosidades coriônicas, que se
prendem a mucosa uterina, formando a placenta.
Nos mamíferos, com exceção de um pequeno grupo primitivo, os monotremados, o córion integra-se com o
revestimento interno do útero, formando a placenta, através da qual o embrião é alimentado. O córion, além de
participar da formação da placenta, envolve externamente todo o embrião. O âmnios, abaixo dele, limita a cavidade
amniótica, cheia de líquido. O alantóide, bastante reduzido, não tem a importante função que desempenha nos
répteis e nas aves, pois tanto as trocas gasosas quanto a eliminação de excretas se fazem através da placenta.
5. A placenta não é considerada por muitos autores como anexo embrionário já que tem uma parte materna e
outra fetal. É uma estrutura de origem mista, exclusiva da maioria dos mamíferos. Permite a troca de substâncias
entre o organismo materno e o fetal. Nos primeiros meses de gestação, a placenta trabalha produzindo hormônios,
além de substâncias de defesa, nutrição, respiração e excreção. Forma a barreira hemato - placentária e faz com
que o sangue da mãe nunca se misture ao sangue fetal porque os vasos sanguíneos de ambos não são contíguos,
ou seja, não se encontram. Isto gera uma barreira natural que impede a passagem de algumas substâncias
principalmente as de maior peso molecular.
6. O cordão umbilical também é uma exclusividade dos mamíferos formado a partir do alantóide. É o elemento
de ligação entre o feto e a placenta materna. Apresenta duas artérias e uma única veia, estruturas que garantem a
nutrição e respiração do embrião.
Importante:
Os AMNIOTAS (Alantoidianos), répteis + aves + mamíferos, apresentam “todos” os anexos!
Os ANAMNIOTAS (Analantoidianos), peixes e anfíbios, apresentam “somente” o saco vitelínico!
1. (UFJF) Uma das funções do anexo 2. (UFV) Com relação ao óvulo centrolécito, é
embrionário denominado âmnios é: CORRETO afirmar que suas características são:
a) armazenar substâncias tóxicas produzidas a) vitelo abundante ocupando quase toda a
pelo embrião; célula, com citoplasma e núcleo reduzidos à
b) promover a troca gasosa entre mãe e feto; cicatrícula.
c) oferecer proteção mecânica ao feto; b) ausência ou uma quantidade mínima de
d) armazenar substâncias nutritivas para vitelo homogeneamente distribuído por toda a
sobrevivência do feto; célula.
e) dar origem ao cório e âmnios. c) presença de vitelo misturado com
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Conceitos básicos em Genética Prof. Juarez
Gene: é a unidade hereditária presente nos cromossomos e que, agindo no ambiente, será
responsável por determinados caracteres do indivíduo. É um segmento do DNA responsável pela
síntese de um RNAm e, através deste, de uma proteína; assim, gene é uma região do DNA que
controla uma característica hereditária especifica, como cor do cabelo, altura, forma de nariz e
milhares de outros detalhes.
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Devemos entender claramente que é um segmento de DNA que, quando transcrito, gera
uma molécula de RNAm. Esse RNAm, quando traduzido, forma uma molécula de proteína capaz de
manifestar uma característica, um detalhe capaz de identificar um organismo. Em organismos
eucariontes, como é o caso da espécie humana, a informação genética armazenada no DNA é
convertida em uma seqüência de aminoácidos, formando as proteínas, moléculas fundamentais na
determinação das características dos organismos. Cada gene é representado por uma ou mais letras.
Ex: A, a, cch, IA, etc.
Como, na formação dos gametas, ocorre a separação dos homólogos, nos homens o X irá para um
espermatozóide (22A + X) e o Y irá para outro (22A + Y), o que caracteriza o sexo masculino como
heterogamético. O óvulo terá sempre o cromossomo X (22A + X), o que caracteriza o sexo feminino
como homogamético. Dependendo do espermatozóide que o fecundou, o óvulo dará origem a uma
criança do sexo masculino ou feminino.
Lócus ou loco: local, ou posição constante, no cromossomo, onde localiza-se um determinado gene
em todos os indivíduos de uma mesma espécie. Loci é o plural de lócus. O posicionamento de um
gene fora do seu locus normal em determinado cromossomo implica, quase sempre, uma mutação.
Genes Alelos: são genes que ocupam o mesmo locus (posição), em cromossomas homólogos (do
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mesmo par), e que determinam ao mesmo caráter; apresentam de diferente a origem, pois um foi
herdado da mãe e outro do pai. Cada caráter é determinado pelo menos por um par de genes. Se num
determinado local (locus) de um cromossomo houver um gene responsável pela manifestação da
característica cor dos olhos, no cromossomo homólogo haverá um gene que determina o mesmo
caráter, em locus correspondente. Se, por exemplo, houver um gene A num cromossomo, o gene a
localizado no homólogo correspondente será alelo de A. Da mesma forma B é alelo de b; mas A não é
alelo de b. Cada par de genes vai determinar um caráter, podendo ser homozigoto (letras iguais – AA
ou aa) ou heterozigoto (letras diferentes – Aa).
Genótipo: é a constituição genética de um indivíduo, a soma dos fatores hereditários (genes) que o
indivíduo recebe dos pais, e que transmitirá aos seus próprios filhos. Não é visível, mas pode ser
deduzido pela análise dos ascendentes e descendentes desse indivíduo. É representado por 2 letras
para cada caráter.
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expressividade variável. Também podemos dizer que é a capacidade que tem um gene de revelar a
sua expressão com maior ou menor intensidade. A forma como o gene manifesta o seu efeito no
fenótipo de um organismo é muito complexa. O fenótipo não é só afetado pela interação e expressão
dos genes. Existem também outros fatores que influenciam a manifestação do fenótipo. Esses fatores
são de origem ambiental tais como a temperatura, os agentes químicos, microorganismos infecciosos
e hormônios. Os genes que condicionam a produção de melanina, dando cor à pele, têm a sua
expressividade alterada pela exposição aos raios ultravioleta do Sol. O gene para a calvície e o gene
para o desenvolvimento das mamas têm sua expressividade alterada pela presença dos hormônios
sexuais masculinos ou femininos, respectivamente.
Os gatos siameses e os coelhos himalaia também são exemplos típicos. As patas, cauda, orelhas e a
zona do nariz têm pelagem escura. O crescimento dessa pelagem escura deve-se a fatores externos,
mais exatamente à temperatura: quanto mais baixas as temperaturas, mais escuras e maiores são as
áreas de pelagem alterada. Visto as extremidades de um animal serem sempre aquelas que estão
mais frias, justifica-se este fato. Dois indivíduos podem ter o mesmo genótipo e apresentarem
fenótipos diferentes.
FENÓTIPO= GENÓTIPO + AMBIENTE.
Homozigoto e Heterozigoto. Quando os pares de alelos são iguais, dizemos que os indivíduos são
homozigotos (puros) para aquele caráter, podendo ser dominantes ou recessivos. Quando os pares de
alelos são diferentes, dizemos que os indivíduos são heterozigotos (híbridos) para aquele caráter. São
homozigotos AA, aa, BB, bb, etc. São heterozigotos Aa, Bb, etc.
Caráter Dominante: é o caráter resultante da presença de um gene que, mesmo sozinho, em dose
simples ou heterozigose, encobre a manifestação de outro (chamado de recessivo).Os genes são
representados por letras. Geralmente usamos a primeira letra do recessivo para representá-los. Para o
gene recessivo usamos a letra em minúsculo, e para o gene dominante, a mesma letra, porém em
maiúsculo. Exemplo: no homem existe um gene normal para a pigmentação da pele que domina o
gene para a ausência de pigmentação (albinismo). Representamos, pois, esse caráter por A (gene
normal) e por a (gene para albinismo). Um indivíduo Aa terá um fenótipo normal porque o gene A
domina o gene a. Entretanto, esse indivíduo irá transmitir para alguns dos seus descendentes o gene
a, podendo ter filhos ou netos albinos.
Caráter Recessivo: é aquele que só se manifesta quando o gene está em dose dupla ou homozigose.
Assim, só teremos indivíduos albinos quando o genótipo for aa. Esses genes são chamados recessivos
porque ele fica escondido (em recesso) quando o gene dominante está presente. No caso de herança
ligada ou restrita aos cromossomos sexuais, o gene recessivo pode se manifestar, mesmo em dose
simples.
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quando um gene impede completamente a expressão de outro, na heterozigose, dizemos que aquele
gene apresenta dominância completa. Há casos, porém, em que os dois genes alelos, no indivíduo
heterozigoto, condicionam a manifestação de um caráter intermediário entre as expressões fenotípicas
dos homozigotos. Cruzando boninas (Mirabillis jalapa) de flores vermelhas (genótipos VV) com
boninas de flores brancas (genótipos BB), os resultantes são heterozigotos, com o genótipo BV, cujas
flores são fenotipicamente róseas. Nesse caso, os genes são codominantes.
Genes letais: são genes que determinam a morte do indivíduo quando em homozigose, no estado
embrionário ou após o nascimento. Podem ser dominantes ou recessivos. São letais os genes para a
cor amarela em ratos, a Talassemia ou anemia de Cooley, a Coréia de Huntington, a idiotia
amaurótica infantil, entre outros. A Coréia de Huntington é uma degeneração nervosa com tremores
generalizados e sinais de deterioração mental, às vezes só manifestados após os 30 anos o que leva à
transmissão dos genes aos descendentes. A idiotia amaurótica infantil causa demência, cegueira
progressiva e morte, se manifesta na infância ou adolescência. Nesse caso a manifestação fenotípica
do alelo é a morte do indivíduo, seja na fase pré-natal ou pós-natal, anterior a maturidade. Os alelos
letais dominantes surgem de mutações de um alelo normal. Os portadores morrem antes de deixar
descendente, sendo rapidamente removido da população. Os alelos letais recessivos só resultam na
morte do indivíduo quando em homozigose. Os heterozigotos podem não apresentar efeitos
fenotípicos deletérios, e assim permitem que esses alelos permaneçam na população, mesmo que em
baixa freqüência. Como ilustração cita-se o gene C/c que controla a quantidade de clorofila na flor
ornamental boca-de-leão. Assim, tem-se:
CC = folha verde
Cc = folha verde claro
cc = letal
Herança Mitocondrial: é caracterizado por uma herança materna. A mãe transmite o DNA de suas
mitocôndrias a todos os seus filhos. Suas filhas, por sua vez, o transmitem, mas seus filhos não. O
ovócito é bem suprido de mitocôndrias, mas o espermatozóide contém poucas e mesmo essas poucas
não persistem nos descendentes.
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Apostila de Biologia – Vol. 4
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Johann Mendel nasceu a 22 de julho de 1822, em Heinzendorf, na parte da Silésia que então
pertencia à Áustria. Em 1843 entrou no Mosteiro Agostiniano de São Tomás, em Brünn, hoje Brno, na
República Tcheca, onde foi ordenado padre com o nome de Gregório (Gregor), e tornou-se, mais
tarde, abade (Superior).
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Mendel destacou-se por ter adotado procedimentos metodológicos científicos e criteriosos. Destacam-
se os fatos de ter analisado um caráter por vez; trabalhado com pais puros, isolados em canteiros
diferentes do Mosteiro; e ter quantificado os dados. Para executar seus experimentos, Mendel adquiriu
em casas especializadas sementes de 34 variedades puras de ervilhas. Para assegurar-se de que
estava lidando com variedades verdadeiramente puras, cultivou-as durante vários anos, antes de
iniciar suas experiências. Os cruzamentos foram feitos com grande cuidado, quando as ervilhas
estavam em flor. Para prevenir a autofertilização nas "flores-teste", as anteras daquelas flores
escolhidas para serem as flores paternais eram removidas antes que suas estruturas receptoras de
pólen estivessem completamente maduras. O pólen do progenitor escolhido era transferido na época
apropriada para o estigma da flor designada para ser a geradora da semente.
Ao realizar experimentos com sete características diferentes de variedades puras de ervilhas, Mendel
deduziu a existência de unidades hereditárias, que atualmente chamamos de genes, os quais
expressam, freqüentemente, caracteres dominantes ou recessivos.
Uma das características estudadas por Mendel foi a "cor da semente" das ervilhas. Mendel cruzou
ervilhas de sementes amarelas, consideradas puras por serem obtidas por autofecundação natural,
com ervilhas de sementes verdes, também puras. Esta primeira geração é denominada parental e
simbolizada pela letra P. Como resultado obteve na geração seguinte, simbolizada por F1 (filhos da
primeira geração), apenas ervilhas de sementes amarelas. Em seguida deixou que os indivíduos da
geração F1 se autofecundassem naturalmente. Obteve assim os filhos da segunda geração,
simbolizados por F2. Na geração F2 encontrou 8023 descendentes, assim distribuídos: 6022 eram
ervilhas de sementes amarelas e 2001 ervilhas de sementes verdes. Ou seja, há em F2 uma
proporção de 3 ervilhas de sementes amarelas (6022/2001) para 1 de sementes verdes (2001/2001)
ou 75% para 25%.
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que as características hereditárias são determinadas por fatores ou elementos que não se misturam.
Concluiu ainda que: “cada característica é determinada por um par de fatores ou elementos. Estes se
separam ou segregam-se entre si durante a formação dos gametas, indo apenas um fator para cada
gameta. Ocorrida a união dos gametas, esses fatores voltam a se juntar reconstituindo o par”. O
experimento mendeliano aqui apresentado pode ser esquematizado.
Para isso representam-se os fatores mendelianos (atualmente genes) por letras, de acordo com a
seguinte regra: “toma-se à letra inicial do caráter recessivo. Esta letra, minúscula, representará o
fator recessivo. A mesma letra, maiúscula, representará o fator dominante”.
Como no cruzamento apresentado o caráter recessivo é a cor verde das sementes de ervilha, e o
dominante, a cor amarela, usam-se: v para representar o fator verde e V para o fator amarelo. O
fator para amarelo (V) domina o fator para verde (v).
Utiliza-se a primeira lei de Mendel ou lei da segregação, ou ainda lei da pureza dos gametas, sempre
que representamos os anterozóides ou as oosferas que uma ervilha pode produzir ou os
espermatozóides ou óvulos que um animal pode produzir para certa característica. Hoje ela é
conhecida como Meiose e corresponde ao final da metáfase e início da anáfase I.
Hoje também sabemos que os fatores propostos por Mendel são os genes alelos. Por isso, com base
nos atuais conhecimentos biológicos, podemos enunciar a primeira lei de Mendel da seguinte forma:
“Cada caráter é condicionado por um par de genes alelos que se segregam entre si, com a mesma
probabilidade, na formação dos gametas, indo apenas um gene para cada gameta”. Lembrar sempre
que os gametas são células haplóides e jamais apresentarão, enquanto normais, gens aos pares para
uma característica, de modo que qualquer gameta recebe apenas um dos alelos pareados, para cada
característica.
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heredograma.
Assinale, nos parênteses, V para as A seqüência correta de preenchimento dos
verdadeiras e F para as falsas. parênteses, de cima para baixo, é
( ) Os indivíduos I-1, I-2, II-1 e II-3 são A) F – V – F – V
homozigotos. B) F – V – V – F
( ) Os indivíduos II-1 e II-3 são heterozigotos. C) V – F – V – F
( ) Os indivíduos II-2 e II-4 são heterozigotos. D) V – F – F – V
( ) Os indivíduos III-1, III-2, III-3 e III-4 são E) V – F – V – V
homozigotos.
31
Segunda Lei de Mendel: Segregação Independente Prof. Juarez
Lei que Johann Gregor Mendel estabeleceu, analisando a transmissão simultânea de dois pares de
fatores (modernamente, alelos), e que pode ser assim enunciada: "Os fatores para duas
características segregam-se independentemente, combinando-se ao acaso nos gametas".
Esta lei pode ser estendida para a transmissão de mais de dois pares de fatores mas somente é
aplicada aos genes que se localizam em pares de cromossomos diferentes (ler ligação gênica, linkage
ou ligação fatorial, entre os arquivos para estudo do site www.marcobueno.net).
O que acontece quando estudamos cruzamentos de plantas puras que diferem em duas
características?
*Utilizaremos, para treinamento, letras convencionadas para os genes, como é comum, alterando a
regra da letra inicial do recessivo, em minúscula para representá-lo e em maiúscula para representar
o dominante; convencionaremos para um dos caracteres, cor, e seguiremos a regra em outro, a
superfície.
Y: determina cor amarela da semente.
y: determina cor verde da semente.
R: determina a superfície lisa da semente.
r: determina a superfície rugosa da semente.
Uma linhagem pura YYRR, ao se autopolinizar, vai produzir sementes amarelas e lisas apenas. Já
uma linhagem pura yyrr, ao se autopolinizar produz somente sementes verdes e rugosas. Mendel
cruzou estas duas linhagens e obteve na geração F1 sementes amarelas e lisas apenas, como era de
se esperar.
P: ervilhas amarelas e lisas X ervilhas verdes e rugosas
YYRR x yyrr
G: YR e yr
Mendel, em seguida, quis comparar a proporção de cada característica, na geração F2, num
cruzamento diíbrido para ver se era equivalente a proporção observada num cruzamento monoíbrido.
Por exemplo: será que a relação entre amarela e verde num cruzamento diibrido (entre
heterozigóticos para dois caracteres) é igual a relação entre amarelo e verde num cruzamento
monoíbrido (entre heterozigóticos para um caráter)?
P(F1): descendente da F1 X descendente da F1
YyRr x YyRr
G: YR , Yr , yR , yr e YR , Yr , yR , yr
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Ao cruzar os indivíduos desta geração F1, ele obteve sementes amarelas e lisas; amarelas e rugosas;
verdes e lisas, e, verdes e rugosas, na proporção 9:3:3:1. Ele repetiu este experimento para outros
pares de características e obteve a mesma relação.
Mendel contou todas as sementes amarelas (12/16= 3/4) da F2, não importando se eram rugosas ou
lisas. O mesmo ele fez para as verdes (4/16= 1/4). Depois ele contou as lisas (12/16) e as rugosas
(4/16), da mesma maneira. Ele chegou as seguintes proporções: 3:1 (amarelas e verdes) e 3:1 (lisas
e rugosas). A mesma proporção encontrada para as mesmas características analisadas num
cruzamento monoíbrido. Mendel concluiu que os dois sistemas de herança (transmissão hereditária da
cor e transmissão hereditária da superfície) são independentes. A relação 9:3:3:1 seria uma
combinação aleatória de duas proporções 3:1. O resultado seria o mesmo se tivessemos analisado um
caráter por vez e depois multiplicado as proporções de um pelas proporções do outro.
Assim:
1.Cor da semente :
P(F1): Amarela (Yy) x Amarela (Yy)
G: Y e y maternos e Y e y paternos
F2: 3/4 amarelas : 1/4 verdes
2.Superfície da semente :
P(F1): Lisa (Rr) x Lisa (Rr)
G: R e r femininos e R e r masculinos
F2 : 3/4 lisas : 1/4 verdes
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c) Probabilidade do nascimento de ervilhas com sementes verdes e lisas, filhas de diíbridos (YyRr x
YyRr) = 1/4 para serem verdes x 3/4 para serem lisas= 3/16.
d) Probabilidade do nascimento de ervilhas com sementes verdes e rugosas, filhas de diíbridos (YyRr x
YyRr) = 1/4 x 1/4= 1/16.
Portanto, analisa-se um caráter de cada vez, como Mendel fazia, método e comportamento
que devemos herdar, e depois, multiplicamos as probabilidades entre si.
2n: Número de tipos de gametas formados pelos híbridos(F1). Para um diíbrido YyRr foram obtidos 4
tipos de gametas, 2 do par Yy (ou Y ou y) e 2 do par Rr (ou R ou r) e 22= 4. Os 4 tipos de gametas
continham YR, Yr, yR ou yr, sempre 2 genes por gameta, porque são 2 os caracteres, e um gene para
cada característica em cada gameta.
3n: Número de genótipos diferentes na F2. Para 2 caracteres obtivemos 32= 9 genótipos, conforme o
quadro abaixo.
4n: Número de combinações, de probabilidades de fecundação ou de espaços no quadro de Punnet
resultante do cruzamento entre 2 poliíbridos. Para 2 caracteres obtivemos 42= 16 combinações,
visíveis nos Quadros de Punnet representados acima.
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10. Suponha que o alelo P seja dominante 14. A 2ª Lei de Mendel diz que
sobre p e que entre os alelos R e r não haja a) dois ou mais pares de genes, localizados em
dominância; suponha também que os genes cromossomos diferentes, segregam
considerados segreguem-se independentemente.
independentemente. Assinale a alternativa da b) na formação dos gametas, os pares de
tabela que indica corretamente o número de genes segregam-se.
fenótipos e o número de genótipos previstos c) dois ou mais pares de genes segregam,
entre os descendentes do cruzamento entre formando gametas na proporção 1: 1: 1: 1.
indivíduos PpRr. d) dois pares de genes recombinam-se, dando
Número de fenótipos Número de genótipos a proporção 9: 3: 3: 1.
A) 4 - 6 e) dois ou mais pares de genes recombinam-
B) 4 - 8 se, ao acaso, em todas as proporções
C) 6 - 8 possíveis.
D) 6 - 9
E ) 16 - 9 15. Sobre as características dos cromossomos
na espécie humana, associe a coluna da
11. (UFMatoGrosso) A fenilcetonúria é uma esquerda com a da direita.
doença hereditária causada por um gene I. Indivíduos homogaméticos A. Estão
autossômico recessivo, que resulta na relacionados com a determinação do sexo.
incapacidade de transformar a fenilalanina em II. Indivíduos heterogaméticos B. Formam
tirosina. Considerando os símbolos F e f, para exclusivamente gametas 22 + X.
representar os alelos dominantes e recessivos, III. Cromossomos sexuais. C. São idênticos em
respectivamente, julgue os itens (Verdadeiro ambos os sexos.
ou Falso). IV. Autossomos D. Formam gametas 22 + X
( ) Um indivíduo com o genótipo Ff apresenta ou gametas 22 + Y.
a doença fenilcetonúria.
( ) O fenótipo apresentado por um indivíduo ff Assinale a alternativa que apresenta as
é fenilcetonúrico. associações corretas.
( ) O resultado fenotípico do cruzamento de a) I-A II-C III-B IV-D
um indivíduo fenilcetonúrico e um indivíduo b) I-B II-D III-A IV-C
normal, filho de um fenilcetonúrico, será 75% c) I-C II-A III-D IV-B
normal e 25% fenilcetonúrico. d) I-D II-A III-B IV-C
( ) No cruzamento de dois indivíduos e) I-B II-C III-D IV-A
fenilcetonúricos, o percentual genotípico dos
descendentes será 25% Ff, 25% FF e 50% ff. 16. Assinale a alternativa que indica os
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32
Ausência de Dominância ou Codominância Prof. Juarez
Em Miriabilis jalapa (Maravilha) e Anthirhinum majus (Boca-de-Leão) ao analisarmos a cor da flor
observamos que ao cruzarmos indivíduos de flores vermelhas com indivíduos de flores brancas
obtemos uma F1 constituída somente por indivíduos de flores róseas. Cruzando os indivíduos de flores
róseas entre si obtemos uma F2 constituída por indivíduos vermelhos, homozigóticos, róseos,
heterozigóticos, e brancos, homozigóticos.
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33
Genes Letais Prof. Juarez
Genes que determinam a morte do indivíduo no qual estão presentes, no estado embrionário ou após
o nascimento. Podem ser dominantes ou recessivos. Exemplos:
A) Albinismo vegetal. Do cruzamento de plantas não albinas, heterozigotas, as plantinhas albinas
(aa, homozigotas recessivas) morrem.
B) Do cruzamento de ratos de pêlos amarelos, heterozigotos, os descendentes amarelos homozigotos
dominantes morrem.
C) Talassemia (tipo de anemia típica de populações mediterrâneas). Os indivíduos homozigotos
dominantes (TT) morrem.
D) Idiotia amaurótica infantil. Os indivíduos homozigotos recessivos (ii) morrem nos primeiros
anos de vida.
Cuénot os observou pela primeira vez no cruzamento entre ratos. A experiência consistia em
cruzamento entre um rato de pêlo amarelo e um rato de pêlo cinzento. Antes, os ratos de pêlo
cinzento foram cruzados repetidamente, entre si, resultando sempre indivíduos cinzentos, sendo
considerados por isso uma linhagem pura (homozigóticos).
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Como se obtém uma proporção de 50%: 50% (1: 1) e o rato cinzento é uma linhagem pura, o alelo
amarelo (A) é dominante em relação ao cinzento (a), sendo o genótipo do rato cinzento aa e o
genótipo do rato amarelo Aa. Realizando posteriormente um cruzamento entre dois ratos amarelos da
F1 seria de esperar uma proporção de 3: 1.
No entanto o resultado obtido foi uma proporção de 2 amarelos para 1 cinzento. Para descobrir o
genótipo dos ratos amarelos obtidos realizou-se um test-cross (A_ x aa), tendo-se obtido uma
proporção (1 amarelo: 1 cinzento) típica de indivíduos heterozigóticos. Deste modo deduz-se que o
genótipo AA não aparece pois é um genótipo letal. A explicação para o fato de um gene que controla a
cor do pêlo poder causar a morte do indivíduo pode encontrar-se no fato de o produto codificado pelo
gene numa única dose provocar o amarelecimento dos pêlos enquanto que em dose dupla esse
mesmo produto se revela mortal para o organismo ao alterar uma série de caracteres, um efeito
pleiotrópico. Isto foi confirmado abrindo o útero das ratas, após o nascimento dos filhotes, e
encontrando cerca de 1/4 dos embriões com notáveis alterações que haviam determinado o seu não
desenvolvimento.
34
Fator Rh. Prof. Juarez
O fator Rh foi descoberto em 1940 por Landesteiner e A.S. Wiener, investigando a filogenia do
aglutinogênio M (ver o arquivo para estudo ausência de dominância), em experimentos realizados com
coelhos e macacos. O objetivo era estabelecer quais espécies possuem ancestrais comuns e que,
conseqüentemente, apresentam genes e capacidade de síntese protéica iguais. Lembrar sempre que
os anticorpos são específicos e somente atuam na presença dos antígenos que estimularam a sua
produção.
A reação antígeno - anticorpo. Os sítios escuros dos antígenos são os determinantes da
especificidadeantigênica. Os sítios na molécula do anticorpo são estruturalmente complementares aos
sítos determinantes do antígeno. O anticorpo é divalente porém o antígeno pode ser multivalente
(Lehninger, Bioquímica.)
Há neste momento uma inferência evolutiva: se as proteínas que existem nas hemácias de vários
animais podem se assemelhar isto pode ser um indício de evolução. Na espécie humana, por exemplo,
temos vários tipos de sistemas sangüíneos e que podem ser observados em outras espécies
principalmente de macacos superiores.
Uma vez extraídos os anticorpos das cobaias, eles foram testados na população humana. Nestes
testes, foi verificado que parte da população humana apresentava reação de aglutinação enquanto
que outra mostrava-se insensível. Os indivíduos que apresentavam reação de aglutinação com
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anticorpos foram denominados pertencentes ao grupo Rh+, que significa presença do antígeno
Rh, os demais, que não apresentavam aglutinação, pertenciam ao grupo Rh-, caracterizado pela
ausência do antígeno Rh.
Em estudos genéticos ficou comprovado que a herança do fator Rh é monogênica, sendo a presença
do antígeno Rh condicionada a um alelo dominante (R) e a ausência pelo alelo recessivo (r). O anti-Rh
não ocorre naturalmente no sangue da população humana mas pode ser induzido na presença do
antígeno Rh (fator Rh) em quem não o possui.
Problema: Quase concomitantemente, Levine e Stetson descreveram o caso de uma mãe que, após
ter dado a luz um filho com uma doença hemolítica chamada eritroblastose fetal, sofreu uma grave
reação depois de ter recebido sangue de seu marido, apesar de ambos terem o mesmo tipo ABO.
Solução: Utilizando os anti-corpos anti-Rh obtidos do soro de cobaias foi determinado que a mãe era
Rh- (rr), o pai e o filho eram Rh+ . Durante a gestação ela teria produzido grande quantidade de
anticorpos anti-Rh que teriam agido contra o antígeno Rh do marido (Rh+) injetado durante a
transfusão.
Verificou-se que o soro anti-Rhesus, aglutinava as hemácias do pai (Rh+) e não aglutinava as da mãe
(Rh -). Em casos semelhantes verificou-se que as crianças com eritroblastose eram Rh +, com uma
mãe Rh – e um pai Rh +. Evidentemente, hemácias fetais, contendo o aglutinogênio paterno, podem
atravessar a placenta e sensibilizar a mãe; os anticorpos maternos podem então entrar na circulação
fetal e reagir com as hemácias do feto, causando destruição maciça das mesmas.
Doença Hemolítica do Recém-Nascido (DHR) : Eritroblastose Fetal : Mulheres Rh- (rr) que se
casam com homens Rh+ (RR ou Rr) podem dar origem a crianças Rh+. Como existe a possibilidade do
sangue materno ser transferido para o feto, em razão de um defeito na placenta ou hemorragias
durante a gestação e parto, há possibilidades de se formar, no organismo materno, o anti-Rh. As
crianças de partos subseqüentes, do grupo Rh+, podem apresentar sérios problemas. Os anticorpos
produzidos na gestação anterior poderão atingir o sangue do feto e provocar a destruição de suas
hemácias.
Problemas apresentados pelas crianças com DHR: Morte intra-uterina; morte logo após
parto; anemia grave; crianças surdas ou deficientes mentais; icterícia (coloração amarela
anormal devido ao derrame da bílis no corpo e no sangue, devido às bilirrubinas derivadas
da destruição da hemoglobina) e insuficiência hepática.
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1. Placenta friável: Na maioria das gestações, as hemácias fetais penetram na circulação materna
em pequenas quantidades. Contudo, somente 1 entre 100 crianças Rh+, filhas de mães Rh - , têm
doença hemolítica significativa.
2. Gestações repetidas mãe Rh- e feto Rh+: Uma razão é que a entrada de células fetais na
circulação materna é geralmente pequena no começo da gravidez e é grande apenas durante a
expulsão da placenta, no parto e pós parto. Por isso, é somente depois do estímulo imunogênico
sofrido no parto de seu primeiro filho Rh+ que a mãe Rh – pode produzir uma resposta a pequenas
quantidades de hemácias Rh+ que atravessam a placenta durante gestações subseqüentes. Assim, a
primeira criança Rh+ geralmente não é afetada e o risco de doença hemolítica aumenta com as
gestações sucessivas.
3. Mãe Rh-: somente reage ao antígeno Rh, produzindo anticorpos anti-Rh, quem não o possui.
4. Feto Rh+: se o feto for Rh- e a mãe Rh+ nada acontece porque uma criança somente passa a
produzir anticorpos alguns meses após o seu nascimento.
5. Pai Rh+: RR ou Rr, capaz, portanto, de transmitir o gene dominante. No Brasil uma mulher Rh-
corre muito risco, pois a freqüência de indivíduos Rh+ é de 87%.
6. Ausência de aglutininas que destruam as hemácias do feto: temos que considerar ainda o
efeito protetor do sistema ABO. A mãe Rh- do grupo O (possui aglutininas anti-A e anti-B), tendo
um filho Rh+ do grupo A não será induzida a produzir anti-Rh, pois seu anti-A destruirá as hemácias
do doador (feto) antes da indução.
Cuidados após o parto ou durante a gestação: Se os anticorpos estiverem presentes e for
detectada anemia no feto, é realizada uma transfusão de sangue para substituir o suprimento de
sangue do feto com sangue Rh negativo, que não será danificado pelos anticorpos que seu corpo
criou. A transfusão é feita pelo cordão umbilical enquanto o feto ainda estiver no útero, começando
nas 18 semanas ou mais de gestação. Este procedimento pode ser um pouco arriscado, portanto
alguns cirurgiões preferem induzir um trabalho de parto prematuro. A transfusão de sangue então é
administrada após o nascimento do bebê.
A prevenção do desenvolvimento de anticorpos Rh durante os cuidados pré-natais é a melhor forma
de proteção para o feto. Na verdade, as transfusões de sangue só são usadas em 1% desses tipos de
gestações. Se a mãe for Rh negativa, seu médico irá lhe prescrever uma dose de imunoglobulina
anti-Rh (RhoGAM) na 28ª semana de gestação, independentemente do tipo sangüíneo do feto. Essa
vacina irá destruir quaisquer glóbulos sangüíneos vermelhos que tenham entrado em sua corrente
sangüínea antes de seu corpo ter a chance de criar novos anticorpos. Se o bebê nascer Rh positivo,
será administrada outra dose dentro de 72 horas após o parto. Isso irá evitar que que seu corpo crie
futuros anticorpos que poderia causar danos durante uma subseqüente gestação Rh incompatível.
O Rh nas transfusões sangüíneas e doações possíveis:
RH- pode doar para RH+ e para RH-, pois não estará sendo injetado o antígeno.
RH+ pode doar para RH+ e Rh-. No último caso, apenas quando o Rh- não conta com anti-Rh, não
tendo sido sensibilixado por transfusão anterior Rh+.
A transfusão de sangue do doador Rh+ para o receptor Rh-, não terá problemas na primeira vez, pois
após a doação o receptor terá apenas anticorpos, uma vez que as hemáceas serão substituídas. Em
transfusões posteriores os anti-Rh existentes por indução, provocarão uma reação contrária ao fator
Rh estranho, com resultados clínicos bastante sérios.
35
Herança ligada ao sexo Prof. Juarez
Determinada por genes presentes no cromossoma X numa área que não apresenta correspondente em
Y. Nos indivíduos do sexo masculino o caráter será determinado por um único gene, sem a presença
do seu alelo. Na espécie humana destacamos:
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O homem, sexo masculino, em casos de herança ligada ao sexo, apresenta apenas uma cópia do
alelo, ele é por isto hemizigótico, dominante ou recessivo, pois herda um gene no X e não herda seu
alelo no Y. Com relação à hemofilia, uma mulher pode ser homozigota (XHXH, com coagulação normal,
ou X hXh, hemofílica) ou heterozigota (XHXh), geralmente com coagulação normal, mas um homem é
sempre hemizogótico (XHY, com coagulação normal, ou XhY, hemofílico).
É muito mais freqüente nos homens que nas mulheres por uma qüestão de probabilidade: para um
homem ser hemofílico basta herdar um único gen recessivo no seu único cromossoma X; estatísticas
informam que 1 em cada 10.000 homens é hemofílico. A deficiência ou a disfunção do fator VIII
(hemofilia A) ocorre em 1 a cada 5000 nascimentos vivos do sexo masculino, já a hemofilia B
(disfunção do fator IX – Doença de Christmas) ocorre em 1 a cada 30000. A probabilidade de
1/10.000 é uma média. A mais frequente é a hemofilia A e representa oitenta e cinco por cento dos
casos registados, a nível internacional, por isto a média é aceitável e tem sido apresentada em provas
de Vestibulares atuais e livros didáticos.
Para uma mulher ser hemofílica necessita herdar 2 gens recessivos, um em cada um dos seus 2
cromossomas X: a probabilidade é de 1/10.000 X 1/10.000= 1/100.000.000, o que as torna
extremamente raras. Não é mais aceita a explicação que o gen para hemofilia é letal em dose dupla,
como também não é mais aceita a explicação que nasceriam mas morreriam nas primeiras
menstruações, o que confundia descamação do endométrio com hemorragias.
II. Daltonismo: Também é conhecido como discromatopsia. Descoberto por John Dalton (1766 -
1844), químico e físico britânico que formulou a teoria atômica, em 1794, quando apresentou a
primeira descrição da anomalia da qual ele própio sofria.
Resumindo: O olho humano percebe luz e cor pelo estímulo dos receptores presentes no fundo do
olho, denominados cones e bastonetes. Os bastonetes são responsáveis pela visão noturna e operam
sob condições de pouca luz, não sendo habilitado para distinguir cores. Os cones são responsáveis
pela visão das cores e operam sob luz diurna. Há, aproximadamente, 130 milhões de bastonetes e
cones, na razão de 18 bastonetes para cada cone. Cada cone contém pigmentos visuais sensíveis a
um dos três comprimentos de onda de luz: um tipo percebe vermelho, o outro verde e o outro o azul.
As pessoas com visão de cores normal são capazes de combinar todas as cores do espectro através de
misturas de uma das três cores. A percepção limitada das cores está presente quando um ou mais das
3 células do cone (vermelha, verde ou azul) não funcionam adequadamente. A deficiência na visão de
cores não causa limitação total para vermelho ou verde, mas uma dificuldade maior em diferenciar
suas diversas tonalidades. A formação de cada cone é controlada hereditariamente. Um gene
incomum pode causar deficiência parcial ou total na visão de cores. As três cores receptoras são
chamadas por nomes gregos: protan (vermelho), deutan (verde) e tritan (azul). Uma desordem
rara que atinge 1 em cada 30.000 pessoas causa deficiência total na visão de cores. As pessoas
atingidas por este distúrbio percebem somente preto, branco e alguns tons de cinza.
b) Os dicromáticos, pessoas que têm dois tipos de cones em vez de três. São indivíduos insensíveis
ao vermelho intenso – protans - ( afecta 1 em 100), os que confundem o vermelho, o verde e o
amarelo – deutans – ( afecta 5 em 100) e os que confundem o verde e o azul, assim como o laranja e
o rosa – tritans.
Protan: O Protan designa o distúrbio para reconhecer a cor vermelha, a protanopia é quando o
indivíduo não tem o receptor para o vermelho (ausência completa) e a protanomalia é quando o
receptor é deficiente. Indivíduos desta classe são insensíveis ao vermelho intenso e representam um
em cada cem homens (1%).
Deutan: O Deutan designa o distúrbio para identificar a cor verde, na deutanopia o indivíduo não tem
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c) Os tricromáticos, os mais comuns, têm os três tipos de cones, mas percebem os tons das cores
alterados. Defeitos similares aos dicromáticos mas num grau inferior, mais atenuado.
Pessoas com percepção normal observam a letra O, pessoas com deficiência na percepção das cores
vermelho e verde, observam a letra Q, pessoas com ausência de percepção de cores não conseguem
fazer a leitura das letras.
O daltonismo é transmitido hereditariamente, sendo na maioria das vezes uma característica lligada
ao sexo, isto é, o gene que a transmite está localizado no locus Xq28 ( cromossoma X, braço longo,
região 2, posição 8). O gene d (recessivo) está, portanto, na porção do cromossomo X, que
não tem correspondência com o cromossomo Y e expressa o daltonismo. Já o gene D
(dominante) condiciona o caráter visão normal para cores. Na realidade existem 2 loci de cores
visíveis no cromossoma X, um é o sensível ao verde e o outro ao vermelho. O pigmento sensível ao
azul é autossômico, não ligado ao sexo ( cromossoma 7q31).
As mulheres por terem dois cromossomas X, raramente são daltônicas, isto é, podem ser portadoras
mas normalmente não sofrem da doença ( só será daltônica se o seu pai o for e a mãe for, no mínimo,
portadora). Os homens afetados transmitem o gene a todas as suas filhas, mas a nenhum dos seus
filhos. Há 50% de chance da mãe portadora passar o gene afetado a um filho ou filha. Assim, com
relação à visão para cores, uma mulher pode ser homozigota (XDXD, visão normal, ou XdXd, daltônica)
ou heterozigota (XDXd), mas um homem é sempre hemizogótico (XDY, visão normal, ou XdY,
daltônico).
III. Distrofia muscular de Duchenne: Doença em que ocorre degeneração e atrofia dos
músculos. Os sintomas começam a ser percebidos entre 2 e 6 anos; o quadro vai-se agravando com a
idade e os afetados raramente vivem além da adolescência. A distrofia de Duchenne ocorre quase que
exclusivamente em meninos e é causada por um gene recessivo ligado ao sexo.
IV. Cor dos olhos em Drosophila: Os gens que a determinam são ligados ao sexo e
cruzamentos mostram uma dominância do vermelho sobre o branco.
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(08) O avô paterno de uma mulher pertence como a existência de cromossomos extras ou
ao grupo sanguíneo AB e todos os outros avós de quebras cromossômicas, auxiliando no
são do grupo O. A probabilidade de essa diagnóstico de certas anomalias genéticas.
mulher ser do grupo AB é de 25%. (32) A Síndrome de Down, ou trissomia do
(16) Quando dois indivíduos que manifestam cromossomo 16, e o daltonismo são exemplos
um caráter dominante têm um primeiro filho de doenças de origem genética que podem ser
que manifesta o caráter recessivo, a diagnosticadas através do exame cariotípico.
probabilidade de um segundo ser igual ao
primeiro é de 1/2.
5. (UFMS 2003) No quadro abaixo, estão
resumidas informações sobre algumas
3. A hemofilia é uma doença hereditária em características biológicas humanas cujo padrão
que há um retardo no tempo de coagulação do de herança corresponde ao que conhecemos
sangue, e decorre do não funcionamento de como herança relacionada ao sexo.
um dos fatores bioquímicos de coagulação. Condição biológica
Com relação a essa doença, assinale a(s) Aspectos relacionados
proposição(ões) CORRETA(S).
(01) Não é possível a existência de mulheres Hemofilia A
hemofílicas. A doença decorre da deficiência de um fator
(02) É condicionada por um gene que se plasmático de coagulação sangüínea (fator
localiza no cromossomo X, em uma região sem VIII) e se caracteriza por episódios recorrentes
homologia no cromossomo Y. de sangramento que podem se desenvolver
(04) Entre as mulheres, é possível encontrar espontaneamente ou após traumatismos.
um máximo de três (2) fenótipos e dois (3) Herança recessiva ligada ao X.
genótipos.
(08) Entre os homens, é possível ocorrer Daltonismo
apenas um (2) genótipo (s); por isso, há uma Pessoas apresentam incapacidade de distinguir
maior incidência dessa doença entre eles. determinadas cores. Os casos em que a
(16) Entre os descendentes de um homem pessoa não distingue o verde do vermelho
hemofílico e de uma mulher normal, não seguem o padrão típico de herança recessiva
portadora, espera-se que 50% deles sejam ligada ao sexo.
normais e 50% sejam hemofílicos.
(32) É um exemplo de herança ligada ao sexo, Hipertricose auricular
em que os indivíduos afetados têm graves A presença abundante de pêlos longos na
hemorragias, mesmo no caso de pequenos orelha. Segue o padrão típico dos genes
ferimentos. holândricos.
Calvície
4. (UFSC 2002) O cariótipo consiste na O gene para calvície se comporta como
montagem fotográfica, em seqüência, de cada dominante no homem e recessivo na mulher.
um dos tipos cromossômicos. Ele nos permite Nas mulheres, a calvície freqüentemente se
saber qual o número e qual a forma dos apresenta como uma diminuição do número de
cromossomos de uma espécie, bem como fios e não a perda total do cabelo no topo da
estabelece o seu padrão cromossômico cabeça.
normal. É CORRETO afirmar que:
(01) O cariótipo é o “quadro cromossômico” Distrofia muscular de Duchenne
das células haplóides de cada espécie. Doença em que ocorre degeneração e atrofia
(02) Na espécie humana, os cromossomos são dos músculos. Os sintomas começam a ser
classificados em 7 grupos, compreendendo 22 percebidos entre 2 e 6 anos; o quadro vai-se
pares de cromossomos autossômicos, e mais agravando com a idade e os afetados
um par de cromossomos sexuais que, no raramente vivem além da adolescência. A
homem, é XY e, na mulher, XX. distrofia de Duchenne ocorre quase que
(04) Para a obtenção do cariótipo, são exclusivamente em meninos e é causada por
utilizadas células de leucócitos em anáfase um gene recessivo ligado ao sexo.
meiótica.
(08) Em fetos, normalmente a cariotipagem só
deve ser feita quando há real suspeita de Assinale, dentre as alternativas apresentadas
algum tipo de alteração cromossômica, já que abaixo, aquela(s) que traz(em)
as técnicas de coleta de material apresentam consideração(ões) correta(s) a respeito dos
risco de aborto. aspectos referidos acima.
(16) A partir da análise de cariótipos, (001) Indivíduos do sexo masculino que
informações valiosas podem ser obtidas, tais exibem características determinadas por genes
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36
Herança restrita, limitada e influenciada pelo Sexo Prof. Juarez
A espécie humana apresenta 23 pares de cromossomos nas suas células diplóides. Destes, 22 pares
são pares de autossomos, numerados em ordem decrescente de tamanho, e não tem relação direta
com a determinação do sexo. Um par, chamado de alossomos (X e Y), são os cromossomos sexuais.
A mulher apresenta dois alossomos X e é chamada de sexo homogamético, pois seus ovócitos
sempre apresentarão o cromossomo X. O homem apresenta um X e um Y e é o sexo
heterogamético, pois dos seus espermatozóides, cerca de 50% apresentam o cromossomo X e
outros 50% apresentam o cromossomo Y. Na mulher, na interfase, um dos dois cromossomos X
permanece inativo e se constitui na
cromatina sexual ou corpúsculo de
Barr.
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Um outro exemplo, ainda sem confirmação seria a ictiose grave; entretanto, segundo STERN, não é
a rigor, um caso conclusivo. Um cidadão inglês, Edward Lambert, nascido em 1917 tinha pelos longos
e duros, a semelhança de cerdas de porco, e daí o nome que se lhe deu de "porco espinho". Ele
casou-se e teve 6 filhos que também apresentavam a mesma característica. O fenótipo nunca foi
encontrado em mulheres
II. Herança limitada pelo sexo: diferenças hormonais limitam a expressão de algumas
características a um determinado sexo, definindo a herança limitada ao sexo. Em mamíferos, por
exemplo, a produção de leite é limitada às fêmeas.
III. Herança influenciada pelo sexo: a dominância de alelos, localizados em autossomos, pode
diferir em heterozigotos nos dois sexos, fenômeno conhecido como dominância influenciada pelo sexo.
Por exemplo, a calvície é mais comum nos homens que nas mulheres, por se expressar em homens
heterozigotos, e nas mulheres depender de homozigose. O gene para calvície se comporta como
dominante no homem e recessivo na mulher. Nas mulheres, a calvície freqüentemente se apresenta
como uma diminuição do número de fios e não a perda total do cabelo no topo da cabeça.
GENÓTIPO FENÓTIPO
homem: calvo
Cc
mulher: não calva
homem: calvo
CC
mulher: calva
IV. Herança Parcialmente ligada ao Sexo. A Xeroderma pigmentosum, uma alteração pigmentar
localizada que se caracteriza pela transformação em sarcoma de Kaposi, levando o indivíduo a morte,
é um bom exemplo deste tipo de herança. Os genes responsáveis pela doença localizam-se nos
segmentos homólogos dos cromossomos X e Y, comportando-se como herança autossômica (genes
aos pares, em ambos os sexos).
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