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2ª Edição
Revisada e Atualizada: Inclui os anais do VII Seminário Internacional sobre
Atividades Físicas para a 3ª Idade
Princípios Metodológicos da
Atividade Física para Idosos
(Organizadores)
BRASÍLIA
2007
Conselho Regional de Educação Física da 7ª Região – CREF7
Endereço: SGAN 604 conjunto C – Clube de Vizinhança Norte
CEP: 70840-040 - Brasília-DF
Tel: (61)3321-1417 (61)3322-6351
Site: www.cref7.org.br
COMISSÃO EDITORIAL:
Autores
Marisete Peralta Safons
Doutora em Ciências da Saúde pela UnB
Editoração Eletrônica
Aderson Peixoto Ulisses de Carvalho
Publicação
CREF7
218 p.:il.
ISBN 978-85-60259-04-5
CDU 796.4-053.9
AGRADECIMENTO:
Exterior, atuantes no campo de intervenções e pesquisas sobre atividades físicas para idosos.
Ela é fruto do ―VII Seminário Internacional sobre Atividades Físicas para a Terceira
Idade – VII SIAFT‖ apresentada aos estudiosos e pesquisadores da área agora em sua segunda
discutir as tendências nacionais e internacionais das pesquisas no campo das atividades físicas
sobre atividade física para a terceira idade. Além disso, o VII Seminário proporcionou espaço
para apresentação das produções e experiências de intervenção na área da atividade física para
idosos.
atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Júnior.
atividade física e envelhecimento no Brasil, realizado pelo Prof. Alfredo Faria Junior.
possibilidades humanas, como espaço de revisão e construção como bem apresenta o texto da
Prof.ª Altair Lahud. Ao mesmo tempo em que com a Prof.ª Maria Lais as questões políticas e
atividade física e saúde; a Prof. Ana Patrícia apresenta a atividade física como recurso
funcional do idoso.
As bases teóricas e metodológicas da Educação Física para idosos são discutidas pelos
professores José Francisco, Silene Okuma, Maria Luíza e Márcio Moura que apresentam
Nas produções científicas - temas livres e pôsteres - o foco central das discussões é a
atividade física e suas relações com o ser idoso. A temática é abordada nas dimensões:
envelhecer.
Os organizadores
SUMÁRIO
desafio social. O quarto Caderno foi escrito por Antônio Boaventura da Silva e teve como
subtítulo ―Aspectos físicos e psicológicos do envelhecimento‖ (1984).
Começamos também a ter acesso a obras estrangeiras ou a traduções de obras de
autores estrangeiros. Isto se deu tanto em partes de obras gerais sobre o envelhecimento como
na ―A Boa Idade‖, de Alex Confort (1997) quanto em obras completas como o livro
―Ginástica, jogos e esportes para idosos‖ [Gymnastik, Spiel und Sport fur Seniorem] (BAUR,
EGELER, 1983). Este livro foi recomendado à editora Ao Livro Técnico por Jürgen Dieckert,
professor alemão, visitante na Universidade de Santa Maria (UFSM) e coordenador da série
‗Educação Física – Prática‘. No prefácio Dieckert, criticava o preconceito de encarar o jogo e
o esporte como ―atividades somente para gente jovem, especialmente homens‖ (p. III). A
mesma coisa ocorreu com o livro ―Motricidade – O desenvolvimento motor do ser humano‖
[Bewegungslehre]‖ de Kurt Meinnel (1984), que mais tarde viria a influenciar na construção
teórica do Projeto ―Universidade na Terceira Idade Adulta‖ (1993) desenvolvido na
Universidade Federal do Amazonas, por Rita Puga Barbosa.
Em 1990, os brasileiros tomaram conhecimento do livro publicado em Portugal
intitulado ―Educação Física Geriátrica‖ (FRADINHO, 1990), da tradução do livro de C. Raul
Lorda Paz, intitulado ―Educação física e recreação para a terceira idade‖ (1990) e mais tarde
do livro ―Actividade física e saúde na terceira idade‖ (MARQUES, BENTO,
CONSTANTINO, 1993).
A hegemonia dos livros estrangeiros, traduzidos do alemão e do espanhol ou editados
em Portugal, só começou a se desfazer com a publicação da obra ―A Atividade Física para a
Terceira Idade‖, de Rosemary Rauchbach (1990), seguido de outros dois títulos: ―O idoso e a
atividade física‖, organizado por Alfredo Faria Junior (1991), e ―Yoga para a Terceira Idade‖,
escrito por Beatriz Esteves (1991).
Quanto aos artigos de autores nacionais publicados em periódicos, os temas
continuaram dispersos: envelhecimento, atividade física, lazer e esporte (natação, ioga,
exercícios aeróbicos, desporto máster, segurança, prescrição e benefícios, questões de
gênero); atividade física – um imperativo para todas as idades; treinamento (físico, aeróbico,
com pesos) na terceira idade; atitudes, auto-estima, auto-conceito, expectativas dos idosos
frente às atividades físicas; longevidade desportiva; gênero e saúde na terceira Idade;
diagnóstico da situação do idoso em Santa Maria (RS).
A partir da segunda metade dos anos 80, os temas dos artigos começaram a se voltar
mais para uma vertente acadêmico/científica, com enfoque médico ou não – osteoporose,
envelhecimento e atividade física; respostas cardiorrespiratórias em função da intensidade do
de comunicações e por sua regularidade. Nestes sete anos, os organizadores locais dos
Seminários sempre colocaram à disposição os Anais dos encontros (FARIA JUNIOR, 19996;
FARIA JUNIOR, MARQUES, KRIGEL, 1998; FARIA JUNIOR, DECARO, SANCHES,
2000; GUEDES, 2001a; 2001b; OKUMA, 2002) com exceção do realizado em Belém, no
Pará.
No período, continuou-se a não ter periódicos especializados, sendo o que mais se
aproximaria disto o ‗Caderno Adulto‘, do Núcleo Integrado de Apoio à Terceira Idade, da
Universidade Federal de Santa Maria - UFSM (1997). Entretanto, alguns periódicos lançaram
números temáticos - ‗Terceira Idade‘ (Ano I, n. 10, jul. 1995), ‗Motus Corporis‘ (v. 4, n. 2,
nov. 1997), ‗Revista do Colégio Brasileiro de Ciências do Esporte‘ (v. 23, n. 3, maio 2002) e
‗Fitness & Performance‘ (maio/jun. 2002).
Quanto aos artigos em periódicos, em alguns casos, os temas passaram a refletir os
rumos que as pesquisas estavam tomando, com temas mais voltados para a vertente biomédica
- capacidade funcional de idosos, avaliação isocinética e isotônica, composição corporal, risco
cardiovascular, desenvolvimento motor, e menos para as ciências humanas e sociais –
atividade física e bem estar psicológico, motivação para a prática regular do exercício físico
e/ou atividade desportiva, atitudes dos idosos quanto à prática de atividade física.
A publicação de livros aumentou no período, destacando-se as obras de autores
nacionais: Terceira Idade: uma experiência de amor: terapia corporal para idosos (VILAS-
BOAS, 1994), Idosos em Movimento – Mantendo a Autonomia: evolução e referencial
teórico (FARIA JUNIOR, RIBEIRO, 1995), Idosos em Movimento: Mantendo a Autonomia.
Ensaios e Pesquisas (FARIA JUNIOR, NOZAKI, RIBEIRO, 1996), Exercício,
envelhecimento e promoção da saúde (LEITE, 1996), Atividades Físicas para a Terceira Idade
(FARIA JUNIOR et al. 1997), Atividade Física na 3ª Idade (MEIRELES, 1997), ―Saúde na
Terceira Idade‖, com temas sobre ginástica, Yoga para idosos (HERMÓGENES, 1997). O
Idoso e a Atividade Física (OKUMA, 1998), Por que não Educação Física Gerontológica?
(BARBOSA, 1998a), Manual de Regras e Súmulas de Esportes Gerontológicos (BARBOSA,
1998,b) e Universidade e Terceira Idade: percorrendo novos caminhos (MAZO, 1998),
Ginástica, Dança e Desporto para a terceira idade (FARIA JUNIOR, 1999), Hidroginástica na
Maturidade (BONACHELA, 199 -), Avaliação do Idoso – física & funcional (MATSUDO,
2000), Idoso, Esporte e Atividade Física (GUEDES, 2001b), Atividade física na maturidade
(MOREIRA, 2001), Terceira Idade & Atividade Física (CORAZZA, 2001); Idoso, Esporte e
Atividades Físicas (GUEDES, 2001); A Atividade Física para a Terceira Idade
(RAUCHBACH, 2001) e Envelhecimento e Atividade Física (MATSUDO, 2001),
compra implantado pelas Instituições de Ensino Superior (IES). Assim é nesses livros que os
mais de 116 mil estudantes de educação física do país encontram os conhecimentos básicos
sobre o tema, dentro de uma ótica de professor generalista. Este fato é desconsiderado pelos
consultores da CAPES, que desvalorizem os livros nas avaliações dos programas de pós-
graduação stricto sensu, só permitindo que a ―a produção de livros e capítulos‖ seja
―considerada até o máximo de 25% da produção qualificada em A ou B‖ (CAPES, Grande
Área da Saúde).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FARIA JUNIOR, A.; BOTELHO, R. G. Esporte e inclusão social – Atividades físicas para
idosos In: COSTA, L. P. da (org.). Atlas do esporte no Brasil. Rio de Janeiro: Shape, 2004.
cultura/pressões externas. Pode ser que o convívio familiar, religioso, social, escolar, cultural
e as condições por vezes precárias de sobrevivência tenham pressionado o eu interior pulsante
de humanidade e de solidariedade para com o diferente, no caso para com o velho, pesando,
de forma não-harmônica, no ―trajeto antropológico‖, o caminho circular simbiótico de interior
e exterior. Mas Seefeldt e col. (apud Néri, 1991: 51) registra – em investigação sobre as
percepções de crianças sobre velhos –, ―que atitudes e estereótipos se desenvolvem
precocemente e tendem a permanecer como influências relativamente estáveis‖. Pressupõe-se,
então, que a visão de mundo gerada e permeada com as influências da escola, na tenra idade,
desperte, aprimore ou incentive no aluno – o homem em formação – a compreensão do
fenômeno da velhice e da(s) realidade(s) do velho, entendendo o ser humano velho na sua
singularidade, tão digno e com direitos e deveres, como qualquer outro em qualquer idade –
como na infância e na adolescência, ―fase‖ em que os alunos se encontram. Isto fará a
diferença no encarar, entender e se relacionar com os seus idosos de casa, da comunidade e da
sociedade em geral. Erikson (1984: 156 in Andrade, 2002) diz que ―a velhice precisa encontrar
um lugar significativo na ordem social e econômica – significativa para os velhos e para os que
fazem parte de todos os outros grupos de idade, começando pela infância‖.
Acompanhar o olhar, descobrir o imaginário destas crianças/destes adolescentes e dos
dirigentes da escola, nas suas ações e na organização, sobre a velhice, o processo do
envelhecimento e a(s) realidade(s) do velho, do idoso, possibilitará, por um lado, a influência
formadora da escola na elaboração ou na revisão dos seus projetos pedagógicos e na
formulação ou reformulação curricular, notadamente na sua possibilidade transversal e, por
outro, o possível sair do idoso da inatividade segregada e quiçá solitária, desenvolvendo ou
imiscuindo-se em atividade, por ele desejada, no convívio intergeracional saudável, na
interação com escolares crianças e/ou adolescentes. As vantagens serão recíprocas quando os
avós se desenrugam no sorriso que resulta da estima recuperada ou ampliada na possibilidade
de se sentir útil e prestigiado, ouvido e considerado, da interação com criaturinhas, que
sempre lembram seus netos, em uma escola, enquanto as crianças terão ao vivo a evidência
das possibilidades dos idosos, contando histórias vividas, reais ou fictícias, cantando canções
folclóricas ou não, aprendidas em um passado há tempos vivido e agora revivido mas ainda
desconhecido das crianças. É preciso deixar falar nestes momentos tanto os velhos como as
crianças, sem a imposição da hierarquia rígida vazia do apenas respeito sem fundamento. O
velho deve ser respeitado como todo ser humano, mas precisa também respeitar. Ao
demonstrarem sua atenção para com as crianças, os avós, os idosos, estarão recuperando ou
condicionando o resgate do respeito aparente ou realmente perdido nesta época de violência e
de desprezo pelo que não é novo, pelo velho ou envelhecido; pelo que não mais entra no
mosaico preconcebido de uma sociedade desamorosa do apenas lucro e produção. O que se
considera é que, no caleidoscópio da vida, o velho feliz pode ainda ser produtor de felicidade
e neste movimento ser considerado.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
massa óssea, sendo um método não-invasivo que, além de fornecer o diagnóstico, permite o
seguimento dos pacientes. Através da densitometria óssea mensura-se o conteúdo mineral
ósseo ou a densidade mineral areal, que corresponde à quantidade mineral divida pela área
óssea estudada. O exame deve ser realizado rotineiramente em coluna lombar e fêmur
proximal.
É importante lembrar que o nosso esqueleto constitui-se de ossos cortical (80%) e
trabecular (20%), ressaltando-se que o colo femoral tem 75% de osso cortical e a coluna
lombar tem 66% de osso trabecular. O Osso trabecular tem um metabolismo mais ativo que o
cortical, portanto sendo este o que primeiro apresenta redução frente a um desequilíbrio no
processo de remodelação óssea. A remodelação óssea é um processo contínuo de formação e
reabsorção ósseas, resultante do acoplamento das funções dos osteoblastos e osteoclastos,
relacionado a homeostasia de cálcio e fósforo. O remodelamento ósseo ocorre em unidades
circunscritas, disseminadas por todo o esqueleto. O remodelamento de cada unidade requer
um período estimado em cerca de três a quatro meses. A seqüência dos fenômenos celulares é
sempre a mesma: ativação dos precursores dos osteoclastos e depois reabsorção óssea
osteoclástica, seguida de formação osteoblástica do osso.
A puberdade é o período crucial para a aquisição da massa óssea, após a menarca, a
taxa de aumento de massa óssea é desacelerada e entre os 17 - 20 anos os ganhos são
mínimos. É de fundamental importância reconhecer que maximizando o pico de massa óssea
estaremos contribuindo para uma redução do risco de fraturas anos depois. Sabe-se que um
aumento de 10% no pico de massa óssea pode representar uma redução de até 50% no rico de
fratura após os 50 anos de idade. Existe um declínio da densidade mineral óssea com a idade e
a mulher inicia uma perda rápida, logo nos primeiros anos após a menopausa (observe o
gráfico abaixo). Os homens têm uma curva desviada para a direita já que a pubarca acontece
um pouco mais tarde e a perda rápida ocorre mais tarde do que nas mulheres.
Pico de
massa
óssea Menopausa
Massa Óssea
0 10 20 30 40 50 60 70 80
Idade (anos)
FRATURA
Fraturas Vertebrais
A maioria das fraturas vertebrais é assintomática. Menos de 1/3 dos pacientes com
deformidades vertebrais procuram assistência médica. Após a primeira fratura vertebral
aumenta-se em 2 a 5 vezes o risco de nova fratura. Nenhum tratamento medicamentoso ou é
tão eficiente quanto antes da primeira fratura.
Fratura de quadril
A mortalidade nos primeiros seis meses após fratura de quadril é de 18-34%, sendo
maior entre os homens do que entre as mulheres. Após um ano a mortalidade é de 20%. Seis
meses após o evento fratura mais de 50% dos pacientes ainda queixam-se de dor e requerem
assistência para deambular e cerca de 1/3 dos pacientes perdem a independência e necessitam
de cuidados familiares ou de outro cuidador permanente.
Vertebral
40
30
20
Quadril
10 Antebraço
50 60 70 80
idade(anos)
Tratamento
Cálcio
Vitamina D
TRH
Alendronato
Prevenção - 5 mg
Tratamento: 10 mg/ dia
70 mg/ semana
Reduz reabsorção óssea
86% dos indivíduos tratados apresentam aumento de massa óssea
Reduz taxa de fratura vertebrais, não-vertebrais e de quadril.
Risedronato
Teriparatida
Teriparat ida é uma nova forma de tratamento da osteoporose severa de mulheres e ho mens
Teriparat ida aumenta a DMO em mulheres e ho mens.
Teriparat ida reduz o risco de fraturas vertebrais e não vertebrais em mulheres e ho mens
com osteoporose
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Eino Heikkinen
The Finnish Centre for Interdisciplinary Gerontology
University of Jyväskylä, Finland.
Background
The individual and social burden of diseases increases in parallel with the
increase in human life expectancy and the proportion of elderly people in both the developing
and industrialized countries. The ongoing demographic change has sometimes been called as
an ―apocalyptic demography‖ referring to the mass nature of the issue which would require
mass solutions (e.g. Ebrahim 2002). The increase in the proportion of people over 80 years of
age presents a particular challenge. It has been estimated that in many developed countries
their proportion will increase by about 40% during the first two decades of the 21 st century,
and that the most rapid relative increase in life expectancy will occur in this age group. On the
other hand the uncomfortable and uncompromised consequences of ageing are the increasing
number of diseases, functional limitations and disabilities (E.g. Heikkinen 2003). Only about
10% of people aged 80 years are free of a clinically diagnosed disease, and various disabilities
decrease the quality of life. In the industrialized European societies approximately 20% of
people aged 70 years or older and 50% of people aged 85 and over report difficulties in basic
activities of daily living (e.g. BURDIS report, 2004). It has been estimated that the use of
social and health services increases in parallel with the increase in various disabilities.
Disability increases, e.g., the risk of need for home help, hospitalization, nursing home
admission and premature death. Disability prevention has become an important public health
concern.
Osteoporotic fractures and falls are common, interrelated conditions in elderly
people. Approximately one third of community-dwelling older people fall at least once each
year, multiple falls are common and the cumulative incidence of falls has led to an epidemic
of osteoporotic fractures, particularly among postmenopausal women. Fractures are associated
with increased mortality and healthcare costs.
Significant increase in life expectancy has occurred in both developed and
developing countries during the 20th century. In many developed countries the average life
expectancy at birth is over 80 for women and over 75 years for men. In addition, among
women the average life expectancy at 65 is over 20 years and in men over 15 years. It has
been estimated that genetic factors determine about 25 % of the difference in the age of death;
the environmental factors in different phases of life seem to be more important in modifying
the differences in life expectancy.
Physical activity level decreases with advancing age. There does not seem to be,
however, any consensus about the definition of physical inactivity or sedentary behavior in
elderly populations. People whose physical activity is limited to mainly sitting in one place or
practicing only light physical activity can be regarded as sedentary people. According to our
observations their proportion among people aged 75-80 years vary between 20 and 40 percent
among, for example, urban populations in the Nordic countries Denmark, Finland and Sweden
(NORA studies 2002). The proportions of those regarded as moderately active (moderate
physical activity for about 3 hours per week) vary between 30 and 50% whereas the
proportion of physically active (moderate physical activity over 4 hours per week or intense
physical activity up to 4 hours per week or active sports at least 3hours per week) vary
between 15 and 40%. It is obvious that at least one third of elderly populations should start
practising some form of physical exercise and that an additional one third should consider
increase of their physical activity.
This paper aims at describing, on the basis of the current scientific literature,
including our own research work, the roles of physical activity in the prevention of disability,
falls and fall related fractures in old age and as a determinant of longevity.
Research on disability in old age has identified several factors that contribute to
shaping the dimensions of disabilities in old age. These factors include both non-modifiable
risk factors such as age, gender and genetics and modifiable risk factors such as unhealthy
behaviors, and characteristics of the environment and the degree to which it is free from, or
encumbered with physical, social and cultural barriers. A part of the modifiable risk factors
stem from earlier phases of life. Currently some, if limited knowledge exists on the role of
genetic factors predisposing older people to functional limitation and disability (Tiainen et al.
2004). There is a marked gender difference in longevity. In European countries women often
live about five years longer than men but women have a longer duration of life lived with
disability.
Much research has been dedicated to identifying risk factors for the onset of
disability by applying the disablement model developed by Nagi (1976). The main pathway of
the model consists of four components: pathology, functional impairments, functional
limitations, and disability. In elderly people, pathology causes impairments (e.g. decreased
muscle strength, low oxygen consumption, poor balance). Impairments predispose people fo
functional limitations (e.g. poor walking speed) which may lead to disabilities (e.g.
difficulties in carrying out daily activities and in mobility). In a systematic literature review
Stuck et al. (1999) listed various behavioral and health factors that at on individual level
contribute to the development of disability in old age. The highest strength of evidence for an
increased risk in functional status decline, defined as disability or physical function limitation
was found for (in alphabetical order):
- cognitive impairment - low level of physical activity
- depression - no alcohol use compared to
- disease burden - moderate use
- increased and decreased body mass index - poor self-perceived health
- lower extremity functional limitation - smoking
- low frequency of social contacts - vision impairment
Other risk factors include elevated blood lipids and glucose, low bone density
and alcohol and drug misuse. Research has also shown that certain psychological and
psychosocial characteristics, such as poor self-efficacy, coping strategies and social
integration predict the development of disability. Recent evidence suggests that the
accumulation of deficits across multiple domains (co-impairment) may better explain the
development of functional limitation than decline in a single domain.
Disability can be defined as a gap between a person´s abilities and
environmental requirements. Identical physical and mental conditions may results in different
patterns of disability depending, for example, on the occupation, housing conditions or family
structure of a person. On the other hand, a similar type of disability may arise from different
types of health conditions. Women have a longer duration of life lived with disability and it
has been suggested that they may suffer from ‖multiple jeopardy‖, i.e. have combinations of
social and health disadvantages. Also cultural factors may produce disability. Prejudice and
discrimination in different arenas of life may disable and restrict people´s activities even more
than impairments and functional limitations.
Current research suggests, however, that among other factors physical activity is
associated and may counteract several individual level risk factors of old age disability.
Chronic illnesses
Current studies suggest that the health benefits of physical activity that have
been observed in middle-aged persons also are likely to occur in elderly men and women.
Sedentary lifestyle and aging increase a person´s risk of many chronic diseases including
coronary heart disease, hypertension, stroke, cancer, certain metabolic disorders (e.g. non-
insulin dependent diabetes) and osteoporosis (e.g. Spirduso 1994, Carlson et al. 1999,
Christmas et al. 2000). It has been estimated that about one third of deaths from coronary
heart disease, colon cancer and diabetes could be prevented if all American adults were
vigorously active (Powell & Blair 1994). It has also been estimated that individuals of all
ages with established osteoarthritis can benefit from exercise programs.
Both aerobic and resistive exercises have resulted in diminished pain and
disability scores and enhanced measures of physical function without worsening of the
disease radiographically. Diseases are often associated with sarcopenia which may result from
disease related nutritional deficiencies and inflammatory reactions. Sarcopenia on the other
hand may lead to functional limitations and disability. The current physical activity guidelines
for adults of 30 minutes of moderate intensity activity preferably all days a week is of
importance for reducing health risks for a number of chronic diseases (ACSM 1998). The
dose-response relationship shows that ―a moderate physical activity program is likely to give
important health benefits and indicates that some activity is better thant none, and that more is
better than less‖ (e.g. Bokovoy & Blair 1994).
Depression
Depression is one of the most common mental health disorders in older people.
The prevalence of clinically important depressive symptoms among community-dwelling
older adults ranges from approximately 8 % to 16% (Blazer 2003).
Depression is associated with physical illness and disability, and it is often accompanied by
decreased physical activity, resulting in functional limitations and disability. On the other
hand exercise may reduce depressive symptoms among older persons (0´Connor et al. 1993,
Penninx et al. 1998).
Self-rated health
A change in body composition is one of the most apparent findings with human
aging. There is a loss of muscle mass and strength (sarcopenia), and a relative increase in
body fat. In the 70- to 79-year-old age group about one third has been reported to be Obese
(BMI >- 27.8 for men and 27.3 for women; Kuszmarski et al. 1994). The decline in daily
physical activity is clearly a major factor contributing to the current obesity epidemic
affecting both developed and developing countries. The required amount of physical activity
to maintain a recommended BMI values may be higher compared to the guidelines concerning
chronic diseases. Although definite data are lacking, it seems likely that moderate intensity
activity of approximately 45 to 60 minutes per day is required to prevent the transition to
overweight or obesity (Erlichman et al. 2002b, Saris et al. 2003). The low BIM also seems to
be a risk factor of disability. Both chronic diseases and lack of physical activity reduce muscle
mass and may increase the proportion of fat tissue leading to a lower BMI which is associated
with poor functional performance and increased mortality.
Functional limitation
Social factors
The low levels of social activity and social contacts seem to be associated with
poor functional outcomes, even if correcting for potential confounding factors such as
cognitive functioning (Moritz et al. 1995). It has also been observed that a greater frequency
of emotional support from social networks has a favorable impact on functional outcomes
(Seeman et al. 1995).
Physical activity facilitates the involvement of elderly people in social activities
through preventing functional limitations, which may become obstacles to social
participation. In addition, physical exercise often involves group activities being thus able to
maintain and create social contacts.
Several risk factors have been identified for non-vertebral fracture, which is
ultimately determined by bone strength, the risk of falling and the force of impact in the event
of fall. Established risk factors for falls in older adults include lower-extremity muscle
weakness, impaired balance and vision, decreased reaction time, impaired cognition,
decreased body mass, and impaired mobility in general. In addition, medications, alcohol
intake, inappropriate footwear, physical factors in the environment and acute situational
factors have also been identified as important risk factors for falls.
A review of the epidemiologic evidence on the relationships between physical
activity, falls and fractures among older adults (Gregg et al. 2000) suggests that
higher levels of leisure time physical activity prevent hip fractures, and that certain exercise
programs may reduce risk of falls. In addition to preventing functional limitation physical
activity helps maintain mobility and bone mineral density and in doing so, may prevent falls
and osteoprotic fractures. It is, however, unclear whether physical activity is associated with
the risk of osteoporotic fractures at sites other than the hip. Future research is also needed to
identify which populations will benefit most from physical activity and to evaluate the types
and amount of exercise needed for protection of falls in old people.
Several prospective observational studies have shown that low physical activity
levels predict an increased risk of mortality among older people (E. g. Bokovoy & Blair 1994,
Erlichman et al. 2002a). The highest mortality rates, both overall and from cardiovascular
disease has been found in sedentary men, and on the other hand physically active elderly
people have a longer life-expectancy compared to their more sedentary counterparts (Äijö et
al. 2002). The differences between the sedentary and physically active elderly people remain
after controlling for their status of health.
It has been suggested that the effect of physical activity on survival is most
important among those elderly individuals who already have disabilities such as mobility
difficulties (e.g. Hirvensalo et al. 2000). It is, however, difficult to control for all the factors
(health behaviors, socio-economic position, education, genetic factors, severity of diseases)
which may modify or confound the relationships between physical activity and survival
among elderly people. Additional research is, therefore, needed to determine the amount and
Concluding remarks
There now exists a wealth of data demonstrating that physical activity and
exercise may ameliorate diseases, reduce depressive symptoms and delay the occurrence of
functional limitations and disabilities in elderly populations. Physical activity may also
contribute to increased longevity compared to sedentary lifestyle.
There are, however, both conflicting finding and gaps in our knowledge
concerning the importance of physical activity amongst the various risk factors and the
effectiveness of physical activity interventions aimed at maintaining health and preventing
diseases and disabilities in elderly people and increasing longevity.
The situation is complex and has recently rendered even more complex by
observations showing that individuals of the same age, gender and ethnic group vary
markedly in their physiological responses to the same dose of physical activity and that this
variability is characterized by a familial aggregation of these responses, which has both
genetic and environmental components (Bouchard & Rankinen 2001).
There is, however, enough evidence regarding the beneficial health effects of
physical activity in older people to start strengthen research activities with the aim of
developing effective interventions for the prevention of physical inactivity and facilitation of
physically active lifestyles. An important goal for exercise scientists and sport medicine
clinicians is to discover new ways to encourage physical activity in the unfit and most
sedentary elderly people.
A step forward would be to consider the disablement concept in the context of
the newer concept of enablement. Disabling processes are described as those that increase the
needs of help of the individual and also often lead to isolation and dependency. Enabling
processes, including physical activities, restore and improve function and expand access to
social and physical environment.
REFERENCES
HEIKKINEN E (2003).What are the main risk factors for disability in old age and how can
disability be prevented? WHO regional Office for Europe´s health evidence network
synthesis report. Available online at: http://www.euro.who.int
HIRVENSALO M, RANTANEN T, HEIKKINEN E (2000). Mobility difficulties and
physical activity as predictors of mortality and loss of independence in community-living
older population. JAGS 48:493-498
KUJALA UM, KAPRIO J, KOSKENVUO M (2002). Modifiable Risk Factors as Predictors
of All-Cause Mortality: The Roles of Genetics and Childhood Environment. American
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LAMPINEN P, HEIKKINEN R-L, RUOPPILA I (2000). Changes in Intensity of Physical
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C. Jessie Jones
FACSM - Division of Kinesiology and Health Science
California State University, Fullerton
Introduction
Chances are you‘re going to live a long life because of the advances in sanitation, public
health, medical and pharmaceutical technology, and food science. However, what is your
prognosis for a successful old age? First it is important to understand want is meant by the
phrase ―successful old age‖. It is difficult to define because the term ―success‖ itself is quite
ambiguous. The concept of successful aging dates back several decades (Baltes & Baltes,
1980; Havighurst, 1961; Palmore, 1979; Rowe & Kahn, 1987). Havighurst (1961) coined the
term ―successful aging‖ referring to it as ―adding life to the years‖ and ―getting satisfaction
from life‖. Palmore (1979) defined successful aging as including longevity, lack of disability,
and life satisfaction. Rowe and Kahn (1987) further defined successful agers as people with
better than average physiological and psychosocial characteristics in late life, and positive
genes. Other experts in the field have added the following indicators of successful aging:
autonomy (independence), financial and social status, sense of meaningful purpose in life, and
self-actualization.
Successful aging is not something that begins in later life; rather it is an accumulation of
where and how we have lived our lives, experiences we have encountered, people in our lives,
how we feel about ourselves, our attitudes, and choices we make regarding how we care for
ourselves and manage our lives (see figure 1). In fact, people who seem to age successfully
tend to be those who stay ―actively‖ involved with the many pleasures of everyday living, and
have a passion for living life to the fullest.
Genetics
Life Events
Figure 1. Predictors of Successful Aging. Adapted from the determinants of Active Ageing,
Figure 8, pg19, Growing Older – Staying Well, World Health Organization (2002).
While heredity contributes to the age-associated changes in the physical body, the rate
of change is determined for the most part by our lifestyle behaviors (e.g., physical activity
patterns, eating habits, tobacco and alcohol use, regular physical examinations, work ethic,
and engagement in leisure and social activities). Research that focuses on the prevention of
physical declines and health problems associated with aging is important, however far too
little research has focused on better understanding the predictors of successful aging. The
purpose of this paper is to discuss three prominent psychosocial theories for predicting a
successful old age, Maslow‘s (1943) hierarchy of needs, Erikson‘s (1986) psychosocial stages
of development, and the theory of selective optimization with compensation developed by
Baltes (1990).
One of the most popular theories related to successful aging is Maslow‘s hierarchy of
needs (1943). He described a hierarchy of human needs in which lower level needs must be
satisfied before moving to the next higher level (Maslow & Lowery, 1998). According to
Maslow, the more one becomes self-actualized and transcendent, the wiser an individual
becomes. Self-actualization is defined as finding self-fulfillment and realizing one‘s potential.
Transcendence is defined as helping others find self-fulfillment and realize their potential.
Although there is little agreement about the order of basic human needs, or wording used to
describe basic needs, it is at least generally accepted that people age in a more successful way
when their basic needs are fulfilled (Deci & Ryan, 2002; Ryan, 1991).
Baltes and Baltes (1990) provide yet another perspective on the prognosis of a
successful old age in their theory of selective optimization with compensation. According to
this theory, successful aging has much to do with the ability of an older adult to adapt to
physical, mental, and social losses in later life. This theory focuses on three behavioral life
management strategies for maintaining functional independence in later life: (1) focusing on
high priority areas of life, areas that result in feelings of satisfaction and personal control, (2)
optimizing personal skills and talents that a person still has that will enrich and enhance life,
and (3) compensating for losses of physical and mental function by using various personal
strategies and technological resources, either one‘s own or others‘, to achieve objectives. For
example, one strategy might be to use a cane or walker so he or she can continue to participate
in various occupational, social, and recreational activities.
Conclusion
In conclusion, successful aging is best defined through the eye of the beholder. What
we do know is successful aging is dependent on the interplay of such factors as genetics,
personal and social environment, lifestyle behaviors, attitudes, adaptability, social supports,
and certain personality characteristics. The key then to successful aging is to integrate positive
physical, social, mental, emotional, and spiritual activities into our daily lives. Everything I
have learned from my research, literature reviews, and working with older adults has led me
to believe that the prognosis for a successful old age lies within our ability to adapt to change
in our lives, to stay connected with other people, to be positive about life, to devote ourselves
to improving the welfare of others, to have faith and spirituality in our lives, and to have
found a purpose to life. It also involves intelligence (e.g., ability to learn and adapt to new
environments, ability to think nonverbally, knowledge of important facts in one‘s culture),
cognitive capacity (e.g., central processing speed, ability to solve problems, and memory),
self-efficacy (i.e., a belief in one‘s capabilities to handle situations and tasks in life), self-
esteem (i.e., feelings about self), personal-control, (i.e., belief in one‘s ability to exert control
over life), coping styles (e.g., how well a person adapts to transitions and handles daily hassles
and crises, and resilience (i.e., ability to overcome adversity), and mental and physical
stimulation. In closing, after interacting with thousands of older adults in various
environments, I agree with Pelletier (1994), that perhaps the most important determinant of
successful aging is in the wisdom to cultivate moral virtue, self-discipline, compassion, and a
deep commitment to a spiritual purpose beyond ourselves.
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HAVIGHURST, R.J. (1961). Successful aging. Gerontologist, 1, 8-13.
física adequada irá preparando, gradativamente, o organismo para suportar estímulos cada vez
mais exigentes.O essencial aqui é que seja desenvolvido o hábito da atividade física,
introduzindo-se, gradualmente, pequenas modificações que resultem em um melhor
condicionamento físico.
D - Princípio da sobrecarga da atividade física – Aumentando-se gradativamente, a
freqüência, a duração e a intensidade, pode-se dosar a atividade física. Uma maneira boa de
melhorar a condição física na terceira idade é aumentar, de forma lenta e gradual, o tempo de
duração dos exercícios, mantendo-se a mesma intensidade.
E - Princípio da totalidade da atividade física - Segundo TARGA (1983), não basta
que exercitemos a maior parte dos grupos musculares, é necessário que consigamos também
exercitar o espírito do individuo de modo a que todo seu corpo vibre. Totalidade quer dizer
participação geral de todos os componentes do ser, isto é, a perfeita integração nas
manifestações físicas, psíquicas e espirituais.
A atividade física cada vez mais se apresenta como verdadeiro seguro de vida para
todas as idades, em especial para o idoso. Estar em constante movimento faz parte de nossa
composição de ser que precisa sempre estar interagindo com o meio, num ir e vir, numa troca
constante de energia. Isto nos mantém vivos!
O exercício físico produz uma necessidade que conduz a uma finalidade ou meta, que
dá margem a uma filosofia de vida, de profissão, e até mesmo de mundo. É através do
movimento que se concentra tudo o que existe, o que inclui, segundo SOBRAL (1985):
- satisfação;
- consideração com os demais;
- os grandes e pequenos valores;
- a realização dos desejos mais queridos;
- o efeito (bom ou mal) sobre a vida dos outros.
Através dessas premissas é que podemos dimensionar a função socializadora,
vitalizadora, recreadora e também reabilitadora que a prática da atividade física, caracterizada
pelo fomento e implementação de exercícios físicos, pode proporcionar ao homem e,
principalmente, ao homem idoso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
INTRODUÇÃO
OBJETIVO DO ESTUDO
MÉTODO
RESULTADOS
Não houve diferença significativa na idade média (66.9 0.8 versus 65.4 1.0 anos,
p > 0.05) assim como nas características físicas com relação à altura (164 1.7 versus 162.1
1.4 cm, p > 0.05), peso (61.8 1.6 versus 61.0 1.8 Kg, p > 0.05) e índice de massa corpórea
(22.9 0.4 versus 23.2 0.5 Kg·m2, p > 0.05) entre os respectivos grupos FA e SED. Houve
uma diferença significativa nos hábitos de atividade física no grupo FA comparado ao grupo
SED com relação à freqüência semanal em programas de exercício físico (4.3 0.4 versus 0.3
0.2 dias/semana, p < 0.05), tempo por sessão em programas de exercício físico (88.3 13.6
versus 36 18.3 min/sessão, p < 0.05) e anos consecutivos de participação em programas de
exercício físico (11.2 3.9 versus 0.2 0.1 anos, p < 0.05), respectivamente. Os valores de
DPIRR e CV foram significativamente maiores no grupo FA comparado ao grupo SED
durante a condição basal (59.5 10.4 versus 27.7 7.8 ms, p < 0.05; 5.5 0.8 versus 2.81
CONCLUSÕES
INTRODUÇÃO
Embora as danças de salão sejam uma modalidade relativamente nova, tendo suas
primeiras manifestações nos bailes das cortes do final da idade média e início do
renascimento, o hábito de dançar e o prazer a ele associado acompanham a humanidade desde
seus primórdios e se faz presente ao longo da história de todas as culturas. A dança é uma
atividade capaz de proporcionar condicionamento físico, integração social e lazer a indivíduos
idosos, além de inúmeros benefícios psicológicos (HANNA,1979; PETERS, 1994).
METODOLOGIA DE TRABALHO
Objetivos
Educar adultos idosos utilizando a atividade física como meio para promover
incrementos na saúde física e mental, no condicionamento físico e na qualidade de vida, numa
perspectiva inclusiva e centrada na conquista de autonomia, paz e integração com a natureza.
Recursos
Planejamento
Com a finalidade de tornar mais objetiva a seleção dos ritmos e permitir uma margem
de segurança maior na prescrição para grupos, os diversos ritmos foram classificados de
acordo com a expectativa de intensidade e distribuídos dentro das diversas fases da aula
(Tabela 1).
Avaliação
CONCLUSÃO
desenvolver o respeito pelos próprios ritmos e limitações, bem como pelos ritmos e limitações
das pessoas ao redor (PICART, 1988).
Durante a aula de dança de salão nota-se que o trabalho integrado dos diversos
componentes do ser (biopsíquico e social) ajuda a despertar a consciência de que também no
cosmos os diversos componentes do universo estão interligados e harmonizados numa grande
rede de interações. Essa rede por vezes é associada à ecologia outras vezes à espiritualidade,
mas a sensação de pertencer a essa rede é sempre descrita como uma experiência de
transcendência. E isto estimula no indivíduo o sentimento de ser uma parte importante do
equilíbrio social, ecológico e universal (MASLOW, 1943; HOLME, 2003; MOOKERJEE &
KHANNA, 1977). Com isso se reduzem os níveis de ansiedade decorrentes da vida moderna,
permitindo ao praticante tornar-se mais participante, cooperativo, integrado tanto no trabalho
quanto na família e na comunidade.
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Conceito de Educação
A Educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais. (Lei
nº 9.384 de 20.12.96 – Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional).
opções. O tempo livre da aposentadoria será mais ativo e satisfatório se o seu preenchimento
corresponder a interessantes novidades para o idoso.
Governos estaduais e municipais (prefeituras) assim como as universidades, pessoas
esclarecidas, organizadoras das ONGs e de cursos esporádicos destinados a melhorar a
qualidade de vida dos idosos, desenvolvem ações que buscam a valorização do idoso e
aumentam a sua auto-estima, tornando prazerosa a terceira idade. O relacionamento no
trabalho ou no estudo leva o idoso a usufruir momentos importantes, agradáveis e
significativos, que evitarão a solidão considerada pelos idosos a maior queixa, como
insatisfação, psicose, estresse, ansiedade, nostalgia, e outras doenças de ordem neurológica.
Estes milhões de velhos brasileiros ainda não foram reconhecidos pelo Ministério de
Educação - MEC, que tem estado sempre ausente na elaboração das leis, decretos e,
principalmente nos estudos e reuniões para chegarmos ao ESTATUTO DO IDOSO (Lei n°
10.741, de 1º de outubro de 2003). O MEC ainda não assumiu o seu papel na gestão do ensino
para a terceira idade, na didática, nos programas e nos currículos. Os cursinhos avulsos para
os idosos vão se multiplicando, principalmente, com interesses financeiros ou religiosos, com
professores despreparados, sem formação geriátrica e ou gerontológica.
Terminamos com a máxima de MARTIN LUTHER KING (1929/1968) PRÊMIO
NOBEL, pela paz e não violência, em 1964:
―Aprendemos a voar como pássaros e a nadar como peixes, mas não
aprendemos a conviver como irmãos‖.
gama de aspectos que, em nível macro, envolve fatores como os determinantes sociais,
políticos e econômicos e, em nível micro, coloca o desenvolvimento da autonomia dos
sujeitos no centro de suas discussões, reconhecendo que a perda desta constitui um fator de
risco para o adoecimento (Buss, 2003; Teixeira, 2002).
Assim, esta vertente congrega a combinação de apoios educacionais, que visam
capacitar (empowerment) os indivíduos e comunidades com os meios adequados para
cuidarem de si próprios com autonomia, com apoios ambientais, que visam a atingir ações e
condições de vida que transformem a realidade e garantam saúde (Buss, 2003; Czeresnia,
2003; Pereira, 2003).
Diferentemente do paradigma biomédico, que concebe a saúde como ausência de
doenças e reduz suas intervenções unicamente ao domínio biológico, a Promoção da Saúde
concebe a saúde pelo prisma biopsicossial e, desta forma, sugere que suas intervenções,
principalmente aquelas em educação para saúde, devam estar se desenvolvendo também sobre
os outros determinantes, atribuindo à população maior controle e aumento nas possibilidades
de escolhas sobre os comportamentos de saúde.
Entendendo que a Educação Física se insere no campo da Saúde Publica como uma
das estratégias de Educação em Saúde, consideramos essas reflexões bastante pertinentes para
pensar sobre a nossa prática docente, pois somente ―fazer‖ atividade física não seria o
suficiente para a construção de um posicionamento autônomo e crítico diante dela. Ou seja,
os idosos precisariam aprender de maneira crítica sobre o que realizam, para que pudessem
adotar ou não as atividades, julgando a partir daquilo que consideram ser importante para si
(Velardi, 2003).
Por influência do paradigma biomédico, observamos ainda com bastante freqüência
nesta área, uma tendência em reduzir as práticas educativas ao mero treinamento das
capacidades físicas, desconsiderando todas as outras dimensões da existência humana,
concebendo autonomia como sinônimo de independência física (Farinatti, 2002). Entendemos
que este posicionamento, além de trazer uma visão dicotômica de homem, poderá reforçar os
estereótipos, preconceitos e a falta de respeito às diversidades de quem não se enquadra num
padrão físico determinado como bom ou normal pela ciência.
Obviamente, não podemos negar que a independência física é um fator importante
para o exercício da autonomia. No entanto, o que não podemos é reduzi-la somente a isso,
pois assim não estaríamos considerando a possibilidade de um deficiente físico ou um idoso,
por exemplo, continuar a manter o controle sobre sua vida mesmo na presença de alguma
limitação física. Dessa forma, buscamos olhar o sujeito idoso na perspectiva do que ele tem
para ser desenvolvido, das suas diversas potencialidades, pautados numa visão mais
humanizadora, não negando suas limitações, mas reforçando o que o sujeito possui como
qualidades e como potencial, levando-se em conta os desejos e as necessidades individuais.
Neste caso, a autonomia passa a ser concebida não só a partir da independência física, mas
como algo que envolve a reflexão, tomada de decisão e escolhas conscientes.
Diante deste olhar entendemos que a Educação Física como uma das estratégias em
educação para a saúde, deve proporcionar ações educativas a partir da realidade e das
necessidades de quem aprende, para que os indivíduos se apropriem de maneira significativa
dos conhecimentos difundidos por essa área, conhecendo e respeitando suas potencialidades e
limitações, podendo praticá-la de maneira autônoma, a partir de uma escolha consciente.
Reconhecendo, neste ponto, o enorme potencial que a educação apresenta para impulsionar o
desenvolvimento da autonomia, as questões que se colocaram para refletir o processo
educativo no Projeto Sênior foram: será qualquer educação capaz de contribuir para a
construção da autonomia frente à prática de atividades físicas? Admitir que a sua construção é
facilitada pelos processos de aprendizagem, nos conduziu a uma outra reflexão, como o
homem aprende? Aqui, estamos diante de uma grande questão epistemológica: qual a origem
do conhecimento?
A teoria histórico-cultural ou sócio-interacionismo, formulada por Vigotsky para
caracterizar aspectos tipicamente humanos do comportamento psicológico, como a
plasticidade do cérebro, fornece subsídios para refletir sobre os processos de aprendizagem, a
partir de uma perspectiva de construção do conhecimento. Explica, ainda, como os processos
intelectuais podem se desenvolver durante toda vida do indivíduo, considerando que o
pensamento adulto é culturalmente mediado, sendo a linguagem o principal meio de
mediação. A cultura torna-se, então, parte integrante da natureza humana, uma vez que os
processos psicológicos superiores se desenvolvem a partir da relação dialética que o indivíduo
estabelece em seu universo social e cultural (Rego, 2001; Vigotsky e Cole, 2000).
Both (2002) ressalta a importância de refletir sobre as considerações de Vigotsky no
contexto da educação de idosos, pois destaca que as operações mentais são resultado de
formas culturais de lidar com a realidade.
Embora Vigotsky não tenha desenvolvido nenhuma teoria pedagógica, pois o seu
objetivo era estudar os processos psicológicos superiores tipicamente humanos, muitas foram
as contribuições deixadas por ele na área da educação, principalmente pela grande ênfase que
deu aos estudos sobre a relação entre pensamento e linguagem, indicando a importância do
diálogo nos processos de formação da mente humana e da internalização de novas formas
desenvolvimento que se deseja, de quais objetivos são importantes serem atingidos para que
seja possível garantir o processo de desenvolvimento.
Assim, em consonância com a perspectiva filosófica que embasa as ações no
programa, optou-se então, por uma direção construtivista de ensino, tornando fundamental a
reflexão sobre como organizar os conteúdos de Educação Física no Projeto Sênior com vistas
a atingir os objetivos aos quais se propõe. Com base nisto, adotou-se a proposta de Coll e
colaboradores (1998) para a organização das intenções educacionais, pois este parece apontar
na direção de um ensino que considere a aprendizagem como um processo que conduza à
autonomia.
Embora estes autores tenham desenvolvido suas propostas curriculares refletindo a
Reforma Educacional no ensino formal, podemos considerar suas reflexões bastante
pertinentes na organização e ensino dos conteúdos de Educação Física do Projeto Sênior,
primeiro porque suas proposições têm como base de sustentação os estudos sobre o
funcionamento psicológico humano e o caráter construtivista de qualquer aprendizagem;
segundo porque atualmente, cada vez mais se ampliam os espaços de ensino e aprendizagem
no que se denomina de ensino não-formal, como é o caso do Projeto Sênior, trazendo também
a necessidade de reflexões sobre ―o que, para que e como ensinar‖.
Desta maneira, os conhecimentos são transmitidos por meio de ações pedagógicas que
promovem o desenvolvimento dos conteúdos factuais, conceituais, procedimentais e
atitudinais, julgados necessários para favorecer as mudanças no comportamento dos
indivíduos. Através de aulas teórico-práticas os idosos são estimulados à reflexão sobre sua
realidade e à compreensão da atuação do processo de envelhecimento sobre os diversos
sistemas do corpo bem como em que medida a atividade física pode colaborar para o estímulo
desses sistemas, promovendo adaptações.
Tendo como temas geradores os sistemas cardiovascular-respiratório, nervoso,
articular e músculo-esquelético, são propostas atividades que estimulem cada um desses
sistemas. A partir da prática das atividades os idosos são levados a refletirem sobre o que
sentem ao realizar os exercícios, ao mesmo tempo em que são propostas associações entre
aquilo que é feito no Projeto e a vida cotidiana. Além disso, é a partir daquilo que é
experimentado que os alunos aprendem os fatos e conceitos associados a cada sistema e a
realizarem os exercícios específicos. Espera-se que cada vivência encerre em si o ensino e
aprendizagem de fatos, conceitos, procedimentos, valores e atitudes pertinentes à atividade
física.
Nesse contexto os alunos são também levados a refletir sobre como seriam capazes de,
com base nos conhecimentos adquiridos, superarem as barreiras mais comuns para a
manutenção da prática de atividades físicas. Para isso são propostas tarefas do tipo solução de
problemas, em que os alunos são colocados em situações concretas para que possam criar
alternativas a partir daquilo que os impediria de manterem-se ativos. Com base em suas
respostas, são estabelecidas discussões em grupo que podem se transformar, futuramente, em
soluções individuais ou coletivas.
Ainda em consonância com a proposta de favorecer a autonomia para a atividade
física, o idoso deve deixar o programa após os 12 meses para que possa se inserir em
programas já disponíveis, ou procurar atuar junto à comunidade ou às autoridades no sentido
de buscar soluções para a criação de novos programas ou espaços para a prática de atividades
físicas das pessoas idosas.
A criação de um momento final para o Projeto segue os princípios de autonomia
adotados para a solidificação das intenções educacionais do Sênior, segundo os quais faz-se
também necessário o enfrentamento das "situações-limite", ou seja, os obstáculos e barreiras
que precisam ser vencidos ao longo de nossas vidas pessoal e social. Segundo Paulo Freire
(Freire, 1993) as pessoas têm várias atitudes frente a essas situações-limite: "ou as percebem
como um obstáculo que não podem transpor; ou como algo que não querem transpor; ou
ainda como algo que sabem que existe e precisa ser rompido e então se empenham na sua
superação" (p. 205).
Para que seja possível sentirem-se apoiados nas mudanças, para que tenham auxílio na
resolução de problemas concernentes a essas modificações ou mesmo para que continuem
aprendendo, estabeleceu-se uma fase de transição, caracterizada por uma supervisão à
distância no intuito de levantar as atitudes dos idosos frente ao desligamento do programa e,
também, para complementar conhecimentos que favoreçam tomadas de decisão no que diz
respeito a incluir a prática sistemática de atividades físicas em suas vidas.
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Introdução
tornozelo e quadril (graus) (FLEXT e FLEXQ). A AMP e CAP foram comparadas com as
variáveis dos componentes de aptidão muscular, por meio de técnicas de correlação simples e
multivariada. Os resultados indicaram que: a) AMP e CAP associaram-se significativamente
com o conjunto das variáveis de força e flexibilidade, conforme sugerido pela boa correlação
canônica (rcan=0,79; p<0,05); b) A AMP teve correlação mais forte com a força máxima e
endurance de força que com a flexibilidade de membros inferiores; c) a associação conjunta
das variáveis dos componentes de aptidão muscular (FLEXT, FLEXQ, FORCAR e RESISR)
com as do passo (AMP e CAP) foi mais forte do que as correlações identificadas para cada
variável tomada isoladamente. Com base nos resultados, foi possível propor uma equação
para prever a eficiência da marcha a partir dos CAM, exibida no Quadro 1.
EMB=7,53-0,26(FLEXQ)+0,29(FLEXT)-1,87(FORCAR)-0,05(RESISR)
EMF=7(EMB)+76
onde EMB = Escore de Marcha Bruto, EMF = Escore de Marcha Final
(r2=0,90; SEE=0,35; p<0,0001).
Com esse fim, os participantes do estudo foram divididos em dois grupos, sendo o
primeiro grupo composto por indivíduos com faixa etária de 23±3 anos (G1, n=10) e um
segundo grupo por voluntários com faixa etária de 55±6 anos (G2, n=10). Todos os
voluntários foram submetidos a uma rotina de três testes, com intervalos de no mínimo 48
horas entre eles. O primeiro teste foi realizado para a identificação da VT, além da obtenção
de medidas antropométricas, o segundo teste para a determinação das respostas fisiológicas
em teste retangular na VT utilizando-se a caminhada como forma de deslocamento, e no
terceiro teste repetia-se o teste retangular utilizando-se a VT como intensidade de esforço,
porém com os indivíduos testados se deslocando em forma de corrida.
Para coleta dos dados antropométricos tanto, foi utilizada uma balança munida de um
estadiômetro de metal (Filizola® Br.) e um antropômetro de metal. Os teste físicos foram
®
feitos com auxílio de uma esteira rolante (Imbramed KT-ATL, Br), além de um
cardiotacômetro para a mensuração da freqüência cardíaca (Polar ® Acurex Plus, Finlândia).
Um analisador de gases (MedGraphics® VO2000, USA) foi usado para as medidas
metabólicas. A eficiência mecânica (EM) foi obtida pela razão entre o equivalente calórico da
carga e o produto final da diferença entre o equivalente calórico do consumo na carga e o
equivalente calórico do consumo em repouso. Utilizou-se estatística descritiva em forma de
média e desvio padrão, além do teste-t de student e uma ANOVA de duas entradas com teste
post-hoc de Tukey (p0,05).
Não houve diferenças nas intensidades referentes a VT entre os grupos, (G1 =
7,04km/h; G2 = 6,84km/h). Pode-se notar uma tendência de aumento no consumo de oxigênio
em G2 quando comparados valores de caminhada e corrida (VO 2 caminhando = 21,362,03
ml/kg/min. E VO2 correndo = 25,012,65 ml/kg/min.). No deslocamento em forma de
corrida, ainda em G2, observou-se um aumento significativo tanto na produção de gás
carbônico (VCO2 andando = 18,732.51ml/kg/min. e VCO2 correndo = 23,183,49
ml/kg/min) como na ventilação pulmonar (VE caminhando = 43,889,08 L/min e VE
correndo = 54,619,68L/min), sendo que o mesmo não foi observado no comportamento
dessas variáveis para G1. Observou-se também uma tendência de queda da EM em G2
durante o teste retangular com deslocamento em forma de corrida (EM caminhando
=12,931,35% e EM correndo =10,79 1,6%).
Em conclusão, os dados obtidos no presente estudo sugerem uma maior intensidade de
esforço para os idosos durante o deslocamento em forma de corrida em relação à caminhada
em intensidade de esforço referente a VT. O mesmo não se deu para os sujeitos mais jovens.
Roberta E. Rikli
College of Human Development and Community Service
California State University, Fullerton
Introduction
The dramatic growth projections in older adult populations throughout most of the
world has important implications for researchers and practitioners everywhere, particularly for
those interested in addressing the high cost of disease, disability, and reduced quality of life
often associated with aging. Statistics show that even in well-developed countries, one-third
of the people over the age of 70 have difficulty performing one or more common everyday
activities, such as walking 400 meters, climbing stairs, carrying their groceries, or doing their
own house work (Older Americans 2000). Maintaining good physical ability well into the
later years contributes to the quality of life for individuals and has important social and
economic implications. Not only can high-functioning older adults continue to be productive
in the work force and within their communities, but they also are less burden to society in
terms of health care costs and social services required.
An important concern in studying factors related to maintaining physical ability during
aging is the availability of valid assessment tools that can measure the underlying physical
parameters associated with mobility, especially measures that are easy to use in the "field"
non-laboratory setting. The purpose of this paper is to address the following topics: 1)
importance of fitness and fitness evaluation in older adults, 2) procedures for assessing
functional fitness in older adults, and 3) interpretation and use of test results.
assistance. Studies show that much of the physical frailty commonly associated with aging
could be prevented if weaknesses were detected and treated before they lead to an overt loss
of functional ability (Lawrence & Jette, 1996; Rikli & Jones, 1997; American College of
Sports Medicine, 1998; Morey, Pieper et al., 1998). Administering fitness tests to older adults
can be of benefit in several ways including: (1) evaluating the performance of individuals, (2)
in program evaluation, and (3) in conducting research.
Individual evaluation. Assessing the fitness level of older individuals can help them
see how they compare to others in their age group and can help identify weaknesses and plan
appropriate activity or therapeutic interventions. By assessing physical performance on
multiple occasions, it is possible to determine how a person‘s condition is changing over time.
Also, because most people are inherently curious about their own ability level and how it
compares to their peers, fitness evaluation can be a very motivating experience. Upon
receiving their test results, people often are motivated to begin working towards improving
their personal performance.
Program evaluation. Whether in a worksite, clinical, research, or recreational setting,
health/wellness program leaders increasingly are being asked to provide ―outcome measures‖
to document the effectiveness of their programs. Evidence showing changes in the physical
performance of older adults can provide important evidence of a program‘s success.
Research. A fitness test developed and validated for older adults can provide
important data for research studies on physical performance variables in later years. Fitness
tests for seniors can provide baseline scores for longitudinal studies, posttest measures for
evaluating intervention effects, and accurate measures for correlational analysis in cross-
sectional studies.
However, a limitation in the use of fitness testing in the older adult population has
been the lack of appropriate tests. To date, most physical performance tests have been
developed for younger people and are not appropriate for older individuals without
adaptations in testing protocols. In response to the need for a more appropriate battery of
fitness tests for older adults, we initiated (at the LifeSpan Wellness Clinic at California State
University, Fullerton) a series of studies to develop, validate, and norm a new fitness test
battery especially for men and women over the age of 60.
To evaluate the fitness of older adults it is important to use a simple battery of tests
that can be administered in the field (non laboratory) setting. At our university we saw a need
for such a test and spent several years developing a suitable test battery with test items that
represent relevant functional fitness components--that is, test items that could assess the key
physiological parameters needed for performing common everyday activities in later years.
The functional fitness framework presented in Figure 1 illustrates the relationship
between activity goals, functional behaviors, and physical performance parameters. The
common activities in the far right column (shopping/errands, occupational activities,
housework, etc.) require the ability to perform the functions in column two (walking, stair
climbing, lifting/reaching, etc.). The functional behaviors in column two require adequate
reserve in the physical parameters listed in column one -- strength, endurance, flexibility, and
agility/balance, as well as a manageable body weight. Functional fitness, then (the type of
fitness that becomes increasingly important in later years), is defined as the capacity to
perform normal everyday activities safely and independently without undue fatigue (Rikli &
Jones, 1999a).
Figure 1: relationship between activity goals, functional behaviors, and physical performance
parameters
PHYSICAL
PARAMETERS FUNCTIONS ACTIVITY GOALS
or 'reference points' for evaluating a person's performance relative to some performance goal
such as maintaining the ability to perform common everyday activities in later years.
Figure 2 provides an overview of each of the Senior Fitness Test items, along with its
purpose and a brief description of the test protocol. A full report of the test development and
validation procedures has been published elsewhere (Rikli & Jones, 1999a; 1999b; Rikli &
Jones, 2001), along with accompanying performance tables and charts. The test items were
designed to assess lower body strength, upper body strength, aerobic endurance, lower body
flexibility, upper body flexibility, and agility and dynamic balance.
Arm Curl
6-Minute Walk
Chair Sit-and-Reach
Back Scratch
8-Foot Up-and-Go
Figure 2. A brief overview of the Senior Fitness Test items. Adapted by permission from R.
E. Rikli and C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual, Champaign, IL: Human Kinetics.
1-800-747-4457. (Web site: www.humankinetics.com)
As a aid in interpreting test results, percentile norms were developed for the Senior
Fitness Test based on a study of over 7,000 men and women, ages 60-94. The normative data
were collected at 267 different test sites in 21 different states within the United States. All
participants were independent-living volunteers who were 89% white and 11% non-white.
Prior to testing, all participants engaged in 8-10 minutes of warm-up exercises and were given
the following standardized instructions: "Do the best you can on each test item but never
push yourself to a point of overexertion or beyond what your think is safe for you." Only the
participants who had one of the following conditions were required to obtain medical release
prior to testing: (1) had previously been told by their physician not to exercise because of a
medical condition, (2) had experienced congestive heart failure, (3) reported experiencing
chest pain, dizziness, or exertional angina during exercise, or (4) had uncontrolled high blood
pressure (greater than 160/100).
The results of the normative study produced four types of information: (1) percentile
norms for men and women in 5-year age groups on each of the test items, (2) graphs showing
the pattern and rate of physical decline over the 30-year period for men and women separately
on each test item, (3) graphs indicating the pattern and rate of physical decline over the 30-
year period for physically active older people compared to those who reported less active
lifestyles, and (4) charts showing the threshold or "reference" scores associated with having
low functional ability.
Although a complete discussion of the normative scores and other findings is beyond
the scope of this article (see Rikli & Jones, 2001 for additional details), Table 1 does contain a
summary of the normal range of scores of the participants ages 60-94. The 'normal range' is
defined as the middle 50 percent of the population tested for each age group, with the lower
limits being equivalent to the 25th percentile rank and the upper limits equivalent with the
75th percentile rank within each 5-year age group.
Table 1.0 – Normal range of scores on the SFT with ―normal‖ defined as the middle 50% of
the population. Those scoring above this range would be considered 'above normal' for their
age and those below the range as 'below normal'. Adapted by permission from R. E. Rikli and
C. J. Jones, 2001, Senior Fitness Test Manual. Champaign, IL: Human Kinetics. 1-800-747-
4457. www.humankinetics.com
Men 16 - 22 15 - 21 14 - 21 13 - 19 13 - 19 11 -17 10 - 14
6-min step (no. of meters walked)
457 - 439 - 393 - 352 - 311 - 251 -
Women 498 - 604
581 562 535 494 466 402
512 - 498 - 430 - 407 - 348 - 279 -
Men 578 - 672
640 622 585 553 521 457
2-min step (no. of
steps)
Women 75 - 107 73 - 107 68 - 101 68 - 100 60 - 91 55 - 85 44 - 72
Men 87 - 115 86 - 116 80 - 110 73 - 109 71 - 103 59 - 91 52 - 86
Chair sit/reach (cm)
Women -1 - +13 -1 - +11 -3 - +10 -4 - +9 -5 - +8 -6 - +6 -11 - +3
Men -6 - +10 -8 - +8 -9 - +6 -10 - +5 -14 - +4 -14 - +1 -17 - +1
Back scratch (cm)
Women -8 - +4 -9 - +4 -10 - +3 -13 - +1 -14 - 0 -18 - -3 -20 - -3
Men -17 - 0 -19 - -3 -20 - -3 -23 - -5 -24 - -5 -25 - -8 -27- -10
8-ft up-and-go
(seconds)
11.5 -
Women 6.0 - 4.4 6.4 - 4.8 7.1 - 4.9 7.4 - 5.2 8.7 - 5.7 9.6 - 6.2
7.3
10.0 -
Men 5.6 - 3.8 5.7 - 4.3 6.0 - 4.2 7.2 - 4.6 7.6 - 5.2 8.9 - 5.3
6.2
Other findings from the study indicated that the typical amount of decline in most
physical performance parameters was about 1 to 1 1/2% per year, or 10-15% per decade for
both men and women. Interestingly, the patterns of declines observed in the SFT "field test"
data is similar to that of previously published data based on laboratory studies, thus, adding
further support for these test items as reasonably valid measures of physical ability in later
years. In the SFT data, for example, lower body strength (as measured by the chair stand test)
declined by just over 40% over the three decades--from the early 60s to the early 90s (Rikli &
Jones 1999b), changes which are similar to the 15% per decade declines that have been
reported elsewhere (Vandervoort, 1992; White, 1995; Shephard, 1997; American College of
Sports Medicine, 1998). Also, the 30-40% declines in aerobic endurance as measured by the
SFT 6-minute walk and the 2-minute step tests is similar to the average 1% per year or 5-15%
per decade declines reported in laboratory-measured maximal oxygen uptake (Frontera &
Evans, 1986; Spirduso, 1995; Shephard, 1997; American College of Sports Medicine 1998).
Data from the SFT study also showed that people who maintained physically active
lifestyles (something equivalent to 30 minutes of brisk walking at least 3 times per week)
scored significantly higher on all test items within all age groups than did people who were
less active. In fact, the data suggest that at least 50 percent of the usual declines in physical
performance that are observed during aging could be prevented by regular participation in
moderate physical activity (Rikli & Jones, 2001). Again, these statistics are in line with those
from other studies suggesting that physical exercise can help reduce physical declines during
aging by half and can delay age-related functional losses by as much as 10 to 20 years
(Lacroix, Guralnik et al., 1993; Stewart, Hays et al., 1994; Seeman, Berkman et al., 1995;
Chandler & Hadley, 1996; Morey, Pieper et al., 1998).
Finally, the data from the Senior Fitness Study also provided information on fitness
scores of people who were highly functional versus those who, through self-report, indicated
that they were having difficulty performing many normal everyday activities such as walking
1/2 mile (800 meters), lifting and carrying 10 pounds (4.5 kg), or doing their own house work.
These data provided a type of "threshold score" or "reference point" for identifying fitness
scores that may indicate being "at risk" for losing functional mobility. Although further
research is needed to validate these reference scores, we believe that they provide an
important initial attempt at identifying criterion-referenced performance standards for
functional ability in older adults. Additional details, along with performance charts showing
the threshold cut-points can be found in Rikli and Jones (2001).
Summary
Although physical fitness traditionally has been mainly a concern of younger people, it
is becoming increasing clear that it is equally important for older adults. Adequate physical
ability (e.g., strength, endurance, and agility) is needed to perform the common everyday
activities required to remain active in the workplace and within the community. A past
limitation in studying variables related to physical ability and aging was the lack of
appropriate assessment tools for older adults, particularly tests that could be used in the
"field" (non-laboratory) setting. Based on this need, a new functional fitness test (The Senior
Fitness Test) has been developed and validated for use with adults over 60. The
accompanying performance standards (based on data collected on 7,000 Americans) make it
possible to evaluate physical performance of older adults compared to other people of their
same age and gender.
Recommendation
For the Senior Fitness Test to be of maximum benefit in evaluating older adults in
countries outside of the United States, it is recommended that normative data be collected on
populations of older adults where the test is going to be used. Such data would provide a
more relevant frame of reference for interpreting scores of people from other countries and
would make it possible to evaluate and compare aging patterns across different international
cultures.
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Sandor Balsamo
Companhia Atlética
repetição máxima (1RM), de 8 a 12 repetições por exercício e uma regularidade de duas a três
vezes por semana.
A prática de atividade física regular e sistemática aumenta ou mantém a aptidão física
da população idosa e tem o potencial de melhorar o bem-estar funcional e, conseqüentemente,
diminuir a taxa de morbidade e de mortalidade entre essa população (Okuma, 1998), sendo
que o treinamento de força (TF) é o meio mais eficaz de aumentar a força e melhorar a
condição funcional nos idoso (Fleck & Kramer, 1998).
Verifica-se, portanto, que considerando o processo natural do envelhecimento no
organismo humano, as atividades físicas, principalmente o TF, contribuem sobremaneira para
a manutenção de uma vida saudável e com qualidade de vida considerável.
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INTRODUÇÃO
Devido a que grande parte das evidências epidemiológicas sustenta um efeito positivo
de um estilo de vida ativo e/ou do envolvimento dos indivíduos em programas de atividade
física e exercício na prevenção e minimização dos efeitos deletérios do envelhecimento
(AMERICAN COLLEGE OF SPORTS MEDICINE, 1998), os cientistas enfatizam cada vez
mais a necessidade de que a atividade física seja parte fundamental dos programas mundiais
de promoção da saúde. Não se pode pensar hoje em dia em ―prevenir‖ ou minimizar os
efeitos do envelhecimento sem que além das medidas gerais de saúde se inclua a atividade
física. Esta preocupação tem sido discutida não somente nos chamados países desenvolvidos
ou do primeiro mundo como também nos países em desenvolvimento como é o caso do
Brasil.
O Centro de Estudos do Laboratório de Aptidão Física de São Caetano do Sul tem
dedicado atenção especial nos 26 anos de atividades ao estudo da relação entre
envelhecimento, atividade física e aptidão física, 81% das pesquisas nesta área têm sido feitas
na última década. Dando continuidade a esses estudos científicos dos últimos 15 anos do
nosso Centro e pela pouca disponibilidade de dados longitudinais surgiu em 1997 a idéia de
iniciar um projeto longitudinal para analisar o efeito do processo de envelhecimento na
aptidão física, nível de atividade física e capacidade funcional. Surgiu assim o Projeto
Longitudinal de Aptidão Física e Envelhecimento de São Caetano do Sul que inclui a
avaliação de variáveis antropométricas e neuromotoras da aptidão física, avaliação da
capacidade funcional, mensuração do nível de atividade física, avaliação de variáveis
psicológicas (auto-imagem, perfil de estado de humor, depressão) e avaliação da ingestão
alimentar (MATSUDO 2000a; 2000b, 2000c; 2001a, 2001b; 2002).
Uma das mais evidentes alterações que acontecem com o aumento da idade
cronológica é a mudança nas dimensões corporais. Com o processo de envelhecimento
existem mudanças principalmente na estatura, no peso e na composição corporal. Apesar do
alto componente genético no peso e na estatura dos indivíduos, outros fatores como a dieta, a
atividade física, fatores psico-sociais e doenças, dentre outros, estão envolvidos nas alterações
destes dois componentes durante o envelhecimento. Existe uma diminuição da estatura com o
passar dos anos por causa da compressão vertebral, o estreitamento dos discos e a cifose
(FIATARONE-SINGH, 1998a). Este processo parece ser mais rápido nas mulheres do que
nos homens devido especialmente à maior prevalência de osteoporose após a menopausa.
Embora a maioria dos dados provenha de estudos transversais e não longitudinais, outra
alteração da estrutura corporal é o incremento do peso corporal que geralmente começa em
torno dos 45 a 50 anos, se estabilizando aos 70 anos, quando começa a declinar até os 80. A
perda de peso é um fenômeno multifatorial que envolve mudanças nos neurotransmissores e
fatores hormonais que controlam a fome e a saciedade, a dependência funcional nas
atividades da vida diária relacionadas com a nutrição, o uso excessivo de medicamentos, a
depressão e o isolamento, o estresse financeiro, as alterações na dentição, o alcoolismo, o
sedentarismo extremo, a atrofia muscular e o catabolismo associado a doenças agudas e a
certas doenças crônicas.
Com estas mudanças no peso e na estatura o índice de massa corporal (IMC) também
se modifica com o transcorrer dos anos. De acordo com dados da população americana os
homens atingem seu máximo valor de IMC entre os 45 e 49 anos apresentando em seguida
um ligeiro declínio. Por outro lado, as mulheres somente atingem o pico entre os 60 e 70 anos
o que significa que elas continuam aumentando seu peso em relação à estatura por 20 anos
mais, depois dos homens terem estabilizado o seu valor (SPIRDUSO, 1995). A importância
do IMC no processo de envelhecimento se deve a que valores acima da normalidade (26-27)
estão relacionados com incremento da mortalidade por doenças cardiovasculares e diabetes,
enquanto que índices abaixo desses valores, com aumento da mortalidade por câncer, doenças
respiratórias e infecciosas. Além deste aumento da mortalidade, FIATARONE-SINGH (1998)
cita também a maior prevalência em idosos obesos de osteoartrite do joelho, apnéia do sono,
hipertensão, intolerância à glicose, diabetes, acidente vascular cerebral, baixa auto-estima,
intolerância ao exercício, alteração da mobilidade e níveis elevados de dependência funcional.
Da mesma forma a autora coloca que o peso abaixo do ideal está associado com depressão,
(35% no período ou seja em torno de 25,5 ml.min -1.ano) e a freqüência cardíaca máxima a
uma taxa de 0,685 batimentos.min-1.ano-1 (em torno de 13%). No estudo de JACKSON et
al.com uma amostra similar ao de INBAR et al.de 1499 homens sadios, analisados
transversalmente e longitudinalmente (em média 4 anos), o declínio do pico de VO 2 máx.
relacionado à idade foi de 0,46 ml/kg -1.min-1/ano. Esses dados foram bem similares aos
cálculos realizados por SHEPHARD (1991) de 0,4-0,5 ml/kg-1.min-1 por ano e de WIEBE et
al. (1999) de 0,51 ml/kg -1.min-1/ano. No entanto, segundo SHEPHARD (1991), sempre
deveriam ser consideradas a atividade física e a porcentagem de gordura corporal quando se
avalia a diminuição do VO2máx. com a idade, o que corrobora o posterior posicionamento de
JACKSON et al. (1995) de explicar 50% dessa diminuição pelo aumento da porcentagem de
gordura corporal, a diminuição no peso de massa magra (0,12 – 0,15 kg/ano) e o auto-relato
do nível de atividade física.
CONCLUSÕES
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7, n. 1, p. 2-14, 2001a.
MATSUDO, S.M.; MATSUDO, V.K.; ARAUJO, T.L. Perfil do nível de atividade física e
capacidade funcional de mulheres maiores de 50 anos de idade de acordo com a idade
cronológica. Revista Brasileira Atividade Física e Saúde, v. 6, n. 1, p. 12-24, 2001b.
MATSUDO, S.M. Envelhecimento e Atividade Física. Midiograf, 2002.
MATSUDO, S.M.M.; MATSUDO, V.K.R.; BARROS NETO, T.L. Perfil antropométrico de
mulheres maiores de 50 anos fisicamente ativas de acordo com a idade cronológica –
evolução de 1 ano. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 10, n. 2, p. 21-32, 2002.
MATSUDO, V.K.; MATSUDO, S.M.; ANDRADE, D.R.; ARAUJO, T.L.; ANDRADE, E.L.;
OLIVEIRA, L.C.; BRAGGION, G. Promotion of physical activity in a developing country:
The Agita São Paulo experience. Public Health Nutrition: v. 5, n. 1A, p. 1-10, 2002.
MELTON, L.J.; KHOSLA, S.; CROWSON, C.S.; O‘CONNOR, M.K.; FALLON, M.O.;
RIGGS, B.L. Epidemiology of sarcopenia. Journal of the American Geriatrics Society, v.
48, p. 625-630, 2000.
OLIVEIRA, R.; PEREIRA, M.H.N.; MATSUDO, V.K.R. Terceira idade: características
antropométricas e consumo de oxigênio em mulheres praticantes e não praticantes de
atividade física. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, v. 2, p. 17-21, 1988.
PAIN, B.; MATSUDO, S.M.M.; ANDRADE, E.L.; BRAGGION, G.F.; MATSUDO, V.K.R.
Efeito de um programa de atividade física na aptidão física e na auto-percepção da aptidão
física em mulheres acima de 50 anos de idade. Revista Brasileira de Atividade Física e
Saúde, v. 6, n. 3, p. 50-64, 2001.
Esta é uma síntese do texto original: ―Cuidados com o corpo: um modelo pedagógico de
educação física para idosos‖. In: Freitas, EV et al (orgs). Tratado de Geriatria e
Gerontologia. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, cap.135, p. 1092-1110.
Está bem estabelecido que do mesmo modo que a qualidade do envelhecer depende de
competências comportamentais e de condições pessoais subjetivas, ou seja, do bem-estar
subjetivo, ela também depende das condições objetivas promovidas pelo contexto social.
Considerando que uma das condições para se envelhecer bem é ter acesso a serviços de saúde,
lazer e educação, é que se distingue o papel da educação física e da atividade física. Esta
última destaca-se como uma atividade que contribui marcadamente para a melhoria e
manutenção da saúde e da funcionalidade física do idoso e para o seu lazer, visto que tem
efeitos positivos sobre as funções fisiológicas, cognitivas, emocionais e, conseqüentemente,
sobre a qualidade de seu envelhecer. A educação física destaca-se como uma das
possibilidades de educação permanente, que contribui para atualização e inserção social do
idoso, as quais são condições necessárias para que acompanhe as transformações da sociedade
e adapte-se a elas, de modo a conviver bem com o próprio envelhecimento.
Várias são os efeitos positivos produzidos pela atividade física, fartamente
demonstrados por inúmeras pesquisas, particularmente os relacionados com o controle de
doenças. Isso, por si só, poderia parecer motivo mais do que suficiente para as pessoas a
praticarem sistematicamente. Entretanto, apenas saber dos efeitos benéficos que ela causa não
tem se mostrado eficaz para promover nas pessoas tal hábito. Há muito mais em jogo do que
apenas conhecer sobre tais efeitos, pois, antes de tudo, deve-se considerar a complexidade do
comportamento humano, que torna cada um peculiar, particularmente na sua relação com a
atividade física.
Entendendo que são inúmeros os fatores que influem no comportamento humano, em
especial no comportamento para a prática da atividade física e entendendo que seria
importante para os idosos praticá-la, de modo a ampliar suas possibilidades de envelhecer
bem, é que propusemos um programa de educação física, com vista a ensiná-los sobre esta
prática e a motivá-los a serem fisicamente ativos.
personalidade e funcionamento social. Olha-se, portanto, a velhice como fase com potencial
para o desenvolvimento, à semelhança das demais fases do curso de vida, em que as fronteiras
do envelhecimento se modificam, contrariamente ao conceito que ainda se tem dele.
Considerando que o desenvolvimento está presente na velhice e levando em conta que
a maior parte das pessoas idosas é capaz e competente, devendo ter sua autonomia preservada,
entendemos que, com estas condições, elas podem ser responsáveis por si próprias. Desta
maneira, uma proposta educacional com tais preocupações deve fornecer conhecimentos
sobre atividade física, para que as pessoas se cuidem e não para que sejam cuidadas
(dependentes de profissionais de educação física para orientá-las e motivá-las nesta prática),
reconhecendo que é delas a responsabilidade por tal direcionamento.
Aprender sobre o próprio corpo, ter consciência dele, perceber e reconhecer suas
limitações e potencialidades, através da atividade física, possibilita ao idoso ampliar um
pouco mais o conhecimento de si mesmo, pois o corpo é a dimensão concreta de sua
existência (Merleau-Ponty 1994). As experiências corporais permitem que ele descubra,
gradativamente, suas possibilidades de realização, propiciando novos modos de se perceber e
se autodescobrir, levando às transformações pessoais.
Este princípio diz respeito à resolução de problemas que se apresentam quando o idoso
encontra-se em ambientes não comumente utilizados por ele para praticar sua atividade física
(Por exemplo, quando viaja; ou num período longo de chuva, que o prende em casa por
muitos dias). É necessário despertar na pessoa a capacidade de analisar objetivamente o
ambiente em que ela está, usando os recursos que o próprio ambiente fornece, que podem ser
adaptados em benefício da sua prática de atividade física. O uso do conhecimento sobre ela e
sobre si próprio e a busca de solução para adaptar os meios fornecidos pelo ambiente para
praticá-la, deve estar sempre integrado ao processo educativo que quer dar autonomia para o
idoso.
que é capaz de aprender, que tem competência para isso e que seu aprender depende de sua
participação ativa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VII SIAFT - EDUCAÇÃO FÍSICA PARA IDOSOS: POR UMA PRÁTICA FUNDAMENTADA
Presidente do seminário
Comissão Organizadora
Comissão Científica
Convidados Nacionais
Convidados Internacionais
Programação
Boas-vindas
Informações importantes
Sobre os Cursos:
No período da manhã, os cursos serão desenvolvidos nas dependências da Faculdade
de Educação Física. O horário dos cursos é de 08h30 até 11h30. Com um intervalo de 20
minutos por volta de 10h00. Este intervalo fica a critério do Professor do curso.
Na Faculdade de Educação Física estamos disponibilizando xerox (R$ 0,10 a cópia)
caso você deseje levar consigo algum material relativo ao curso.
Teremos uma Secretaria do Seminário funcionando na Faculdade de Educação Física
pela manhã e à tarde no auditório Dois Candangos.
Sobre Alimentação:
Como não existem restaurantes abertos no Campus Universitário aos sábados, muito
menos aos domingos. Organizamos uma “praça da alimentação” ao lado do auditório Dois
Candangos (local do Seminário à tarde).
Esta “praça” serve como opção de alimentação para quem quiser ficar no campus no
intervalo do almoço.
Aos sábados existe a opção de almoçar nos restaurantes self-service que ficam na
SCLN 407 Norte, perto do auditório Dois Candangos. Da para ir e voltar a pé sem problemas.
Sobre transporte:
O ônibus 110 da Empresa São José faz a linha Rodoviária-UnB e Vice versa. Aos
sábados, domingos e feriados os horários de saída da rodoviária são:
06:10hs 06:50hs 08:10hs 09:30hs 10:10hs 10:50hs 11:30hs 12:10hs
12:50hs 14:10hs 15:30hs 16:50hs 17:30hs 18:10hs 18:50hs 19:30hs
20:10hs 20:50hs 21:30hs 23:00hs
O Seminário está com uma programação bastante intensa. Vamos ser rigorosos com o
cumprimento dos horários de nossas atividades. Solicitamos ajuda de todos no que se refere
ao cumprimento de horários.
PROGRAMAÇÃO CIENTÍFICA
13/11/2004 – Sábado
Tema Livre
Área Temática: Saúde
Sala 01
Tema Livre
Área Temática: Saúde
Sala 02:
Co-autores: Doralice Orrigo da Cunha Pol, Veridiana Mota Moreira, Giovanni Sanchotene
Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni, Vera Maria Boni Signori
Hora: 18h00
Sala 02
Tema Livre
Área Temática: Psicossocial
Sala 03:
Hora: 18h00
Sala 03
21 - Afinal, ―Quem sou eu?‖ Pergunta a educação física no trabalho com terceira idade.
Autor: Marco Aurélio Acosta (Área Temática educação)
Hora: 19h00
Sala 03
Tema Livre
Área Temática: Educação
Sala 04
Hora: 18h15
Sala 04
25 - Processo de ensino da atitude crítica sobre atividade física para idosos.
Primeiro autor: Tiemi Okimura
Co-autor: Silene Sumire Okuma
Pôsteres
Área Temática: Saúde
Caminhada, hidroginástica e alongamento são atividades mais indicadas para pessoas idosas.
Primeiro autor: Vagner Raso
Co-autores: Ivete Balen, Mônica Schwarz, Cristiane Ribeiro Coppi.
Painel 11
Co-autores: Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier, Giovanni
Sanchotene Pacheco, Carolina Blaschke Monteiro dos Santos, Ramon Diego Guillermo
Cardoso
Painel 15
Evolução da satisfação com a imagem corporal percebida por mulheres fisicamente ativas.
Primeiro autor: Francini Vilela Novais
Co-autores: Geni Araújo Costa, Paula Guimarães de Azevedo, Luciana Mendonça Arantes
Painel 16
Idade cronológica, peso corporal, estatura, IMC, adiposidade corporal e altura de elevação do
joelho não influenciam o desempenho na marcha estacionária.
Autor: Adriana G Nardi
Co-autores: Rodrigo G Quito, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 20
Marcha estacionária até a fadiga voluntária mensura cerca de 98% do consumo de oxigênio de
pico-estudo piloto.
Primeiro autor: Rodrigo G. Quito
Co-autores: Adriana G Nardi, Francisco L Pontes Jr., Vagner Raso
Painel 21
Painel 24
O gasto calórico e o uso de substrato energético no teste de Marcha estacionária são similares
aos do teste cardiopulmonar de exercício máximo.
Primeiro autor: Francisco L. Pontes Jr.
Co-autor: Vagner Raso
Painel 28
Relação entre o índice de massa corporal e densidade mineral óssea em mulheres pós-
menopausa.
Primeiro autor: Priscilla Marques
Co-autores: Cassiano Ricardo Rech, Sheilla Tribess, Edio Luiz Petroski
Painel 33
Teste de Marcha estacionária mensura cerca de 73% do VO2 pico alcançado no teste
cardiopulmonar de exercício máximo.
Primeiro autor: André R. Quina
Co-autores: Marcel B Rocha, Sabine A Oliveira, Vivian A Martins, Francisco L Pontes Jr,
Vagner Raso
Painel 37
Resposta ao duplo produto em idosos durante um exercício de força para membros superiores,
utilizando como implemento um elástico.
Primeiro autor: Rafaella Parca
Co-autores: Tatiana Rodrigues, Marisete Peralta Safons
Painel 39
Pôsteres
Área Temática: Psico – social
Eu no meu corpo ao longo do tempo: O uso das duas peças no banho de praia.
Primeiro autor: Nazaré Marques Mota
Co-autores: Rita Puga Barbosa, Maria Consolação Silva, Alan de Souza Rodrigues
Painel 46
Qualidade de vida e bem-estar subjetivo analisado por idosos praticantes de hidroginástica por
mais de sete anos.
Primeiro autor: Eliane Rosa dos Santos
Co-autores: Lucélia Justino Borges, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa
Painel 47
Pôsteres
Área Temática: Educação
Pôsteres
Área Temática: Esporte e Lazer
19h15 às 20h15 - Conferência 2: Atividade Física para Idosos numa perspectiva da saúde
Conferencista: Prof. Dr. Eino Heikkinen
Coordenador: Prof. Dr. Paulo Farinatti
14/11/2004 - Domingo
Brasília)
15/11/2004 – Segunda-feira
08h00 às 09h00 - Apresentação das candidaturas para sediar o VIII Seminário Internacional
sobre atividades físicas para a Terceira Idade.
Introdução.As reflexões que seguem, são fruto de 15 anos de trabalho e posteriores reflexões
sobre este mesmo trabalho junto à Terceira Idade, quando o movimento humano foi pensado
por diferentes matizes. Objetivo. Apresentar algumas contribuições para que pensemos
melhor nossas intervenções junto à população da terceira idade, visto que a educação física
historicamente se constituiu em uma área com característica de atividade ―prática‖.
Metodologia. Estas reflexões surgem do trabalho desenvolvido junto ao NIEATI da UFSM,
que já conta com 20 anos de intervenção junto aos idosos da região central do RS. Ocorre que
não construímos um consenso acadêmico mínimo quanto à justificativa científica de nossa
atuação, embora existam convencimentos de ordem emocional e até mesmo da ordem do
desejo (que de fato dê certo nosso trabalho). Devemos tentar definir qual seja nosso objeto na
atuação junto aos idosos, e isso implica um embate entre os pares, relegando para segundo
plano em nossos encontros, as tradicionais preferências por fatos pitorescos como: ―meu
grupo tem x velhos‖, ou então ―eu tenho uma aluna com TAL idade‖, ou ainda ―meu projeto
atende tantos mil velhos‖, o que representa a prevalência da dimensão quantitativa sobre
questões cruciais e a pouca maturidade dos profissionais da área nesta temática. Conclusões.
Acredito que vive a Educação Física um momento muito rico, onde algumas proposições
epistemológicas tem conseguido nos fazer superar a fase do ―ativismo do movimento‖,
enunciando possibilidades mais adequadas às diferentes populações. Portanto, se é verdade
que o ―fazer‖ sem discussões nos levou a este quadro confuso, também é verdade que nos
permitiu ficarmos mais velhos, e aí talvez, resida o caminho para qualificar nossas
intervenções.
Introdução: Estilo de vida nos idosos deve ser considerado de forma subjetiva, porém
associada à qualidade de vida. Objetivo: Analisar o perfil do estilo de vida deste grupo,
devido ser necessário conhecer as mudanças ocorridas nesta fase da vida, para melhor
compreensão e elaboração dos trabalhos desenvolvidos. Metodologia: O estudo é baseado em
uma entrevista de campo, através de dois questionários, um (1 o) elaborado pelo pesquisador
abrangendo as atividades pregressas, e o outro (2o) sobre estilo de vida de indivíduo ou
grupo, validado por NAHAS (2000), conhecido como ―O Pentáculo de Bem Estar‖. Os
entrevistados foram 70 idosos de 60 a 80 anos, que participam do programa de atividades
físicas do Núcleo da Terceira Idade do CED – Centro de Excelência Desportiva da
Universidade de Rio Verde – Goiás. Resultados: O primeiro questionário relata que a maioria
é composta de mulheres, casadas, moravam com seus companheiros, tinham até seis filhos,
grau de instrução até a 4ª série do ensino primário. A principal profissão verificada era dona
de casa, os demais trabalhavam cerca de 8 à 9hs por dia e a maior parte não tinha lazer pois
não sobrava tempo, apesar que, nos horários de folga, distribuíssem o tempo descansando,
dormindo, vendo televisão, ouvindo música ou mesmo ficando sem realizar qualquer
atividade. Tinham bom relacionamento com família, parentes e amigos; Já o segundo
levantamento de dados aponta que a grande parte se alimenta, consideravelmente bem, tendo
de 4 a 5 porções ao dia incluindo frutas, verduras e evitando alimentos gordurosos. Metade
dos entrevistados divide as despesas em casa e tem no trabalho a principal fonte de renda;
realizam pelo menos 30 minutos de atividades físicas por dia, duas vezes na semana
Conclusão: Verificou-se que a maioria preocupa-se em prevenir-se ante a pressão arterial e
colesterol evitando cigarros e controlando o consumo de bebidas alcoólicas, além de praticar
atividades físicas, curtir horas de lazer e respeitar sinais de trânsitos ou seja, cuidam da saúde
física, mental e emocional.
Rafael Botelho
Universidade do Estado do Rio de Janeiro
rafaelgbotelho@ig.com.br
―Bolsista do CNPq – Brasil‖
Introdução: A imprensa tem freqüentemente noticiado o fim triste que muitos dos grandes
craques tiveram, mas pouco tem abordado sobre os outros jogadores que nunca tiveram
grande expressão e que envelheceram.Objetivo: apresentar um quadro da aposentadoria do
jogador profissional de futebol no Brasil, seus problemas, lutas e reivindicações.
Metodologia: Arthur Antunes Coimbra (Zico), ex-jogador e ex-Ministro dos Esportes
respondeu a um questionário e presidentes de associações, federações e sindicatos de
jogadores de futebol foram entrevistados. Resultados: Foram interpretados à luz do
referencial teórico da educação gerontológica e da teoria da sub-cultura. Os resultados
mostraram que: (a) o ex-jogador de futebol geralmente apresenta dificuldades de ajustamento
e adaptação após a aposentadoria; (b) que não existe, tanto nos setores governamentais quanto
em setores da sociedade civil, preocupação com aposentadoria do jogador de futebol; (c) os
jogadores e os ex-jogadores profissionais de futebol não vêm participando do processo de luta
pela aposentadoria da categoria e (d) não demonstram consciência da importância de sua
participação nessa luta. A legislação previdenciária brasileira não faz nenhuma menção à
aposentadoria do jogador profissional de futebol que fica desamparado após o encerramento
da carreira, o que em geral ocorre em torno dos 35 anos de idade. Conclusão: A sub-cultura
do futebol não prepara o jogador para uma segunda carreira fora do futebol e, sem apoio do
sistema previdenciário muitos craques do passado passam dificuldades e morrem pobres e no
ostracismo.
Rita Puga Barbosa - UFAM-FEF, Nazaré Marques Mota - SEDUC-SEMED, Dione Carvalho
Gomes DETRAN-AM, Alan de Souza Rodrigues - UFAM-FEF
ritapuga@bol.com.br
Introdução: a Psicologia Social, busca romper com comportamentos que contribui apenas
para a manipulação e massificação da sociedade tanto individual quanto social. Objetivo:
efetuar o estudo sobre o dinamismo social no envelhecimento, a partir da Psicologia Social.
Material e Métodos: este estudo reuniu 6 grupos de gerontes na meia idade e idosos, 20
representantes entre professores e idosos, total de 120 pessoas, onde apresentaram 4 mesas
com os seguintes temas: Conflitos familiares no envelhecimento na visão do idoso; causas e
efeitos das posições religiosas no envelhecimento e; causas e efeitos da educação que
tivemos. A última mesa constou de uma síntese do que retratava os grupos, com a perspectiva
onde estamos e para onde vamos. Resultados: os resultados demonstram que a percepção dos
participantes está aumentada, assim como o grau de consciência das questões que deveriam
enfrentar, embora desorganizada pelo conflito de gerações. A comunicação é boa, mas
resumida por causa da educação formal opressiva. As atitudes são boas e começam a escolher
o melhor para eles. Sabem trabalhar em grupo, se unem para melhorar o comportamento.
Recíproca mudança de atitude de forma lúdica, mostra crescimento proporcionado pelo grupo.
O processo de socialização com maturidade, ajuda o de sensibilização. Há tolerância com a
crença de cada um. Os grupos apontam lideranças já definidas por áreas de identificação. Os
papeis sociais têm perspectivas comuns de comportamento. Conclusão: em suma querem que
o idoso seja respeitado, em qualquer acepção; Fortificam-se no grupo, sozinhos se percebem
frágeis, buscam usar ao máximo a oportunidade de participar. Este é um quadro do
dinamismo social no envelhecimento em grupos de Educação Física Gerontológica pintado
em Manaus.
Introdução: A literatura indica que este tema vem sendo discutido no quadro teórico da
motivação que estuda o processo de adesão-evasão-reinserção em programas de atividades
físicas (A.F.). Os estudos relacionados à motivação de idosos em relação às A.F. são
geralmente estudados nos projetos freqüentados por idosos não institucionalizados. Objetivo:
analisar a evasão de idosos do projeto de A.F. no asilo situado em Montes Claros – MG.
Metodologia: observação sistemática de 112 idosos, idade entre 55 a 87 anos. Resultados: A
maior parte dos idosos não recebe visita de familiares. As doenças mais comuns são:
hipertensão, diabetes, Parkinson, esquizofrenia. As A.F. foram oferecidas para os idosos
fisicamente autônomos no Campus de uma faculdade. Iniciou-se com 23 idosos (18 mulheres
e 05 homens). Percebeu-se, que nos dois primeiros meses do segundo semestre de 2003, a
evasão de 07 idosos (05 mulheres e 02 homens) e os que continuavam a freqüentar não
mantinham uma regularidade. Neste período ocorreu a troca de coordenação do projeto e
término da parceria com a empresa de ônibus, com isso, as atividades passaram a ser
realizadas no asilo. Após a resolução destes fatos houve um retorno dos idosos evadidos e a
regularidade na freqüência. Conclusão: Tais fatos nos levam a concluir, preliminarmente que
um dos motivos para adesão de idosos em situação asilar em programas de A.F. (quando
oferecidas fora do ambiente), é a oportunidade de estarem em contato com outros locais e
pessoas diferentes de seu cotidiano.
Introdução: Força muscular é a capacidade derivada da contração muscular, que nos permite
mover o corpo, levantar objetos, puxar e empurrar, resistir a pressões ou sustentar cargas.
Objetivos: O presente estudo tem por objetivo analisar a influência da prática de
hidroginástica, na aquisição de força de membros superiores, utilizando-se como referência
um pré-teste, com média e desvio padrão, realizado há 8 meses. Metodologia: O instrumento
utilizado foi o teste de flexão de cotovelo protocolado por Rikli & Jones (1999). A pesquisa
foi realizada com 85 idosas, com idade entre 60 a 79 anos. A amostragem do pré-teste foi
dividida em 4 grupos, de acordo com a idade cronológica: 60- 64 anos (19,12; 3,98); 65-69
anos (20,68; 2,84); 70-74 anos (18,06; 3,74) e 75-79 anos (17,45; 4,27). Verificou-se na
análise dos dados do pós-teste: 60- 64 anos (22,54; 3,93); 65-69 anos (23,14; 3,82); 70-74
anos (21,55; 3,26) e 75-79 anos (20,45; 3,49). Resultados: Diante dos dados obtidos o teste t
Student para variáveis dependentes, mostrou que os 3 primeiros grupos apresentaram
significância para p<0,05 e somente o grupo de 75-79 anos, não apresentou significância
estatística. Porém pôde ser observado aumento da média e diminuição do desvio padrão neste
grupo. Conclusão: Conclui-se que as atividades de hidroginástica têm influência na aquisição
de força dos membros superiores, tendo em vista a comparação dos dados do pré-teste.
Introdução: A perda de massa muscular parece ser a principal razão da diminuição de força
nos idosos. Em média há uma perda de 30% de força muscular entre 20 e 70 anos de idade
(NIEMAN, 1999). Objetivo: Verificar se há aumento significante na força e resistência
muscular de idosos que já praticam atividade física regular. Material e métodos: Foram
avaliados 48 idosos praticantes de atividade física regular (3x/semana durante 1 hora), sendo
15 do sexo feminino (71,6 ±7,4 anos) e 33 do sexo masculino (66,5±5,5 anos). Foram
realizados os testes de sentar e levantar da cadeira e teste de flexão de cotovelo (RIKLI &
JONES, 1999) com intervalo de seis meses entre eles (T1 e T2). Neste intervalo os idosos
continuaram a praticar regularmente suas atividades sendo 40% de exercícios aeróbios e 60%
de exercícios resistidos. Resultados: Os resultados mostraram aumento estatisticamente
significativo do número de repetições realizados nos testes, quando comparados o T1 com o
T2 de ambos os grupos (usou-se Teste t de Student.). O resultados, para o sexo feminino
foram: T1: 14,2±2,1, e T2: 15,5±3,1 repetições para membros inferiores (p<0,003); T1: 18,8 ±
3,8 e T2: 20,7 ±5,1 repetições para membros superiores (p<0,03). E para o sexo masculino:
T1: 15,6±2,1, e T2:16,8±2,6 repetições para membros inferiores (p<0,001); e, T1: 20,0±5,4,
T2 23,0±4,8 repetições para membros superiores (p<0,0004). Conclusão: o estudo verificou
que a atividade física regular promoveu aumento na força muscular nos idosos analisados.
Introdução: sabe-se que o trabalho multidisciplinar pode ser considerado uma maneira
facilitadora para a melhoria da qualidade de vida e saúde dos indivíduos. Objetivo: comparar
as variáveis de força muscular e atividade de vida diária de indivíduos institucionalizados
cadeirantes e não-cadeirantes. Métodos: foram analisadas 17 fichas de pacientes de uma
instituição de longa permanência ―Abrigo Irmã Tereza à velhice desamparada‖, São Caetano
do Sul. A amostra foi composta por 17 indivíduos de ambos os sexos, com idade entre 57 e 98
anos (x = 77,0 11,0 anos), sendo 10 pacientes não cadeirantes e 7 cadeirantes. Estes
indivíduos apresentavam um tempo de internação que variou de 11 meses a 13, 6 anos. Estes
são acompanhados por fisioterapeutas e educadores físicos. Para analisar as variáveis, foi
utilizado o questionário de atividade de vida diária – AVD (MATSUDO, 2004), com questões
relacionadas a atividades de higiene pessoal e alimentação independente (Q2 – lavar cabelos;
Q5 – cortar pedaço de carne; Q6 – levar uma xícara à boca; Q13 – levantar um objeto de 2,5
kg;Q16 – abrir um pote que já fora aberto;Q17 – abrir e fechar torneiras). Para análise dos
dados foi utilizado o teste Qui Quadrado com a finalidade de comparar os valores de
indivíduos cadeirantes e não-cadeirantes. O nível de significância adotado foi p<0,05.
Resultados: Apresentados na tabela em freqüência:
QUESTÕES CADEIRANTES NÃO-CADEIRANTES
0 1 2 3 0 1 2 3
Q2 * 2 1 3 2 8 1 0 0
Q5 * 2 2 1 3 7 2 0 0
Q6 * 6 0 0 2 9 0 0 0
Q13 * 3 0 1 4 5 4 0 0
Q16 * 2 0 2 4 7 1 1 0
Q17 * 3 0 1 4 9 0 0 0
* p<0,05. 0=s/qualquer dificuldade; 1=c/alguma dificuldade; 2= c/muita dificuldade; 3= incapaz
Conclusão: Foi observada diferença significativa para as variáveis analisadas, nas quais os
indivíduos institucionalizados não cadeirantes obtiveram melhores valores de desempenho nas
atividades de vida diária relacionadas. Os indivíduos cadeirantes mostraram maior
dependência para estas variáveis citadas.
Méris Sayuri Tanaka, Rosângela Villa Marin, Sandra Matsudo e Victor Matsudo
CELAFISCS. meris_sayuri@ig.com.br;
Apoio CNPq processo: 309481/2003-1
Conclusão: dentro das limitações de uma análise transversal, os achados sugerem que o
processo de envelhecimento teria um impacto negativo na agilidade, equilíbrio, velocidade de
andar e velocidade máxima de andar de mulheres fisicamente ativas, que por outro lado não
demonstraram a mesma repercussão nas variáveis flexibilidade, força de membros superiores
e inferiores e velocidade de levantar da cadeira; reforçando a expectativa do papel positivo da
atividade física nessa fase da vida.
Palavras-chave: variáveis neuromotoras, aptidão física, capacidade funcional
Introdução: A população brasileira, até pouco tempo considerada jovem, está envelhecendo.
No envelhecimento é normal a observação de lentas e progressivas mudanças, dentre elas
estão as alterações na composição corporal. Vários estudos sugerem que a atividade física
tem um papel fundamental nestas modificações antropométricas relacionadas à idade.
Objetivo: Verificar a composição corporal de idosas praticantes de musculação e
hidroginástica. Metodologia: As mensurações foram feitas em 160 idosas, pertencentes ao
Projeto AFRID da Universidade Federal de Uberlândia. A amostra foi dividida em, GI-
musculação (n=29) e GII-hidroginástica (n=131). Para análise dos dados, utilizou-se a
estatística descritiva e teste t de Student para amostras independentes, em nível de p<0,05.
Resultados:Tabela 1-Características descritivas e teste t independente de Student das duas
diferentes modalidades.
Idade MC EST CC CQ DT
GI 65,3 ± 8,9 60,1± 9,1 1,54±0,06 84,6±9,07 98,9±7,79 19,07±5,2
GII 63,5±6,21 66,5±13,9 1,52±0,05 87,9±11,6 102,8±11,9 26,5±10,5
P 0,218 0,021 0,082 0,172 0,106 0,0003
DSE DSI DA %G RCQ IMC
GI 18,5±6,79 23,6±8,37 31,9±9,9 20,0±4,07 0,854±0,05 25,3±3,8
GII 28,5±11,8 29,6±11,6 42,4±14,3 25,2±6,3 0,855±0,06 28,6±5,3
P 3,35421E-05 0,01 0,0003 6,11696E-05 0,93 0,001
Conclusão: Pode-se concluir que há diferenças antropométricas estatisticamente relevantes
entre as duas modalidades em questão. Estas diferenças podem ser especialmente notadas no
que tange aos aspectos referentes à massa corporal, às dobras cutâneas, ao percentual de
gordura e ao índice de massa corporal.
Introdução: Muitos estudos têm sido realizados objetivando a melhoria da qualidade de vida,
saúde e a importância de aspectos sociais na vida de indivíduos idosos. Objetivo: Comparar a
percepção da qualidade de vida entre homens acima de 50 anos de idade, praticantes de
ginástica localizada e hidroginástica. Qual a diferença na qualidade de vida de homens idosos
praticantes de dois diferentes estilos de atividades físicas. Metodologia: A amostra foi
composta por 20 homens, sendo 13 praticantes de hidroginástica e 7 praticantes de ginástica
pertencentes aos Centros da Terceira Idade ―Parque aquático Dirce Pereira Montanari‖ e ―Dr.
Moacyr Rodrigues‖, com média de idade de 67,7 7,37 e 64,3 6,0 anos respectivamente. O
tempo de prática variou entre 1 ano e 14 anos (7,2 4,0 anos). Mediante a utilização do
Questionário de Qualidade de Vida elaborado pela Organização Mundial de Saúde
(WHOQOL- Bref, 2000). O questionário está dividido em 4 domínios: Físico (máximo de 35
pontos), Psicológico (máximo de 30 pontos), Relações Sociais (máximo de 15 pontos), e
Meio Ambiente (máximo de 40 pontos). A análise estatística utilizada foi o teste ―t‖ de
Student para amostras independentes e o delta percentual (Δ%) para quantificar as diferenças
percentuais entre os praticantes de hidroginástica e de ginástica e as diferenças entre os
valores da percepção dos indivíduos e os considerados ideais. O nível de significância
adotado foi de p<0,01. Resultados: Na tabela estão resumidos
DOMÍNIO HIDRO IDEAL % GINÁSTICA IDEAL% ∆%
x s x s
Físico 25,0 1,8 - 28,6 27,6 * 0,9 - 21,2 - 9,3
Psicológico 19,6 1,8 - 34,7 20,7 1,3 - 31,0 - 5,3
Relações Sociais 10,9 1,3 - 27,3 13,1 * 0,8 - 12,4 - 17,0
Meio Ambiente 29,5 3,5 - 26,4 30,8 2,0 - 23,0 - 4,4
* p<0,01. IDEAL % - valor extraído do cálculo de porcentagem do valor encontrado e o valor máximo.
∆% - valores percentuais entre HIDRO e GINÁSTICA
Conclusão: Foi observada diferença significativa na percepção da qualidade de vida nos
domínios físico e relações sociais quando comparados os grupos. Quanto aos domínios
psicológico e meio ambiente os grupos apresentaram percepções similares.
PÔSTER: EDUCAÇÃO
Introdução: A musculação, pelas suas qualidades passou a ocupar lugar de destaque nas
academias, atendendo homens e mulheres de todas as idades, adaptando-se facilmente à
condição física individual. No entanto, para um trabalho eficaz e seguro com a terceira idade
são necessárias algumas adaptações. Objetivo: O objetivo principal foi analisar a forma com
que o idoso se adapta ao programa, como também salientar erros mais comuns na utilização
do equipamento e orientação da prática da atividade. Metodologia: Essa pesquisa é um relato
de experiência que teve sua origem nas observações feitas no cotidiano das academias, na
intervenção diária e orientação de idosos à prática da musculação. Resultados: Observou-se
que, no trabalho com a terceira idade são necessárias as seguintes adaptações: nos
equipamentos oferecer apoios, certificar-se quanto à carga, observar se as travas de segurança
realmente estão ao alcance, verificar se aquele corpo idoso se encaixa no equipamento, cuidar
para que o aluno não se empolgue com o ritmo do ambiente e exceda seu limite, estar sempre
presente. O grande desafio está em saber trabalhar com o idoso dentro das suas capacidades e
limitações físicas, consciência e aceitação corporal, timidez, vergonha dos próprios
movimentos, e ainda na arquitetura do ambiente das academias, nas projeções dos
equipamentos, no layout da sala de musculação, na iluminação, na dificuldade da leitura da
ficha de exercícios, no som, no público, geralmente jovem que contrasta com o idoso.
Conclusão: É necessário, tornar o ambiente da musculação adaptado e agradável, onde o
idoso possa criar vínculos com o local, com as pessoas da sua e de outras faixas etárias e com
seu professor de forma direta e aberta, tirando suas dúvidas e expondo suas necessidades.
Thiago Nunes, Camila Gonçalves, Cláudia Esteves, Roberta Salvini, Marisete Peralta Safons
Faculdade de Educação Física – UnB - th-df@uol.com.br
Introdução: O curso de Licenciatura em Educação Física da UnB tem como objetivo formar
licenciados aptos para atuarem como professores na Pré-escola, Ensinos Fundamental, Médio
e Superior, na modalidade regular ou especial. A aptidão se dará também na Educação Física
não escolar, tais como recreação e esportes em academias, clubes, hotéis, centros
comunitários, condomínios, associações recreativas, empresas e outros, onde o profissional
demonstrará habilidade ao lidar com clientela diversificada, sejam crianças, jovens, adultos,
idosos, gestantes, sedentários, portadores de deficiência, etc. A formação do aluno abrange
conhecimentos humanísticos (filosóficos, do ser humano e da sociedade) e técnicos.
Objetivo: Traçar o perfil do currículo que contemple as particularidades e necessidades para o
trabalho com indivíduos na Terceira Idade. Metodologia: Foi aplicado um questionário
composto por três questões subjetivas aos alunos matriculados nas disciplinas Prática de
Ensino em Educação Física 1 e 2, participantes dos programas de Atividade Física para Idosos
da Universidade de Brasília. As respostas foram quantificadas e comparadas ao perfil do
curso de Educação Física. Resultados: Os alunos destacaram como essenciais as seguintes
disciplinas obrigatórias: Anatomia Humana, Fisiologia do Exercício 1 e 2, Cinesiologia,
Psicologia da Educação e Didática da Educação Física. Dentre as disciplinas optativas (de
escolha livre), as mais citadas foram as que versavam sobre os conteúdos: Atividades Físicas
para 3ª idade, Exercícios Físicos Terapêuticos, Musculação e conhecimento mais aprofundado
de Fisiologia Humana, Citologia e Histologia. Conclusão: Conforme sugerido pelos alunos,
idealiza-se um currículo com formação técnica e humanística, o que segue o proposto pelo
perfil do curso de Educação Física da Universidade de Brasília. Urge o problema da
indisponibilidade das disciplinas que atendam as expectativas dos alunos ainda na graduação,
contudo, tal complemento pode ser adquirido em cursos extra-curriculares ou especializações
lato/stricto sensu.
Introdução: Enraizada no modo de viver do ilhéu está a dança, como expressão legítima de
sua cultura, cultivada em diferentes rincões da Ilha de Santa Catarina. Objetivando preservar,
recriar e divulgar as danças folclóricas do litoral catarinense, criou-se um grupo folclórico. A
idéia de envolver idosos foi em virtude do seu próprio interesse e da baixa rotatividade dos
membros, ao contrário do que ocorria com os universitários. Objetivo: relatar experiência
bem sucedida de inclusão social através de um programa de dança folclórica. Metodologia:
este relato de experiência de um projeto de extensão e pesquisa desenvolvido a partir de 1989
com as danças do litoral catarinense. Foram avaliados: contexto sócio-cultural, movimentos,
gestos, músicas e indumentárias. As atividades são desenvolvidas 2 vezes por semana com 2
horas de duração, envolvendo montagens coreográficas enriquecidas com pesquisa histórica,
ensaios e apresentações. Resultados: destacam 9 danças com enfoque na etnia portuguesa de
base açoriana, que foram recriadas com a participação dos idosos. A divulgação destas
danças envolve 30 pessoas de 50 a 84 anos e 9 músicos, e se fazem presente em festas
comunitárias e beneficentes, de âmbito municipal, estadual, nacional e internacional. São
realizadas entre 35 e 40 apresentações num ano. O grupo transmite seus conhecimentos
folclóricos aos alunos e professores da rede escolar através da dança e entrevistas. Em 2002
foi lançado um CD com seis músicas folclóricas, que se constitui num acervo musical da
cultura regional de base portuguesa açoriana, disponível às escolas e comunidades.
Conclusão: a dança começou a fazer parte da vida destes idosos, favorecendo a comunicação
de seus ideais e descobertas. Este projeto de extensão proporciona aos idosos uma
oportunidade de pesquisar e de sentir-se útil na preservação da história cultural catarinense,
além de favorecer as trocas de informações entre gerações e da universidade com a
comunidade.
Introdução: Os caminhos por onde estudamos o envelhecimento humano são muitos, e como
não poderia deixar de ser, instiga-nos a dúvida de como a educação pensa atuar nessa
população, quais os aspectos que a educação deve abordar para atingir plenamente o velho em
sua condição humana. A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), juntamente com o
Centro de Educação Física e o NIEATI*, possui um projeto chamado Aluno Especial II, onde
pessoas acima de 55 anos podem matricular-se no saldo das vagas das disciplinas oferecidas
pelos diversos cursos. Este projeto leva às salas da universidade, três diferentes gerações: o
acadêmico regular, o professor e o idoso. Essa investigação teve como objetivo compreender
como se desenvolve o processo educacional, levando em consideração as relações
intergeracionais que ocorrem no projeto. Metodologia: Nessa investigação caracterizada
como Estudo de Caso, foram feitas entrevistas com amostras de professores, alunos regulares
e alunos especiais II matriculados no segundo semestre de 2003, e observações das aulas.
Como Principais Resultados destacamos, a influência do professor e sua formação
pedagógica nas oportunidades de relacionamento e crescimento mútuo com os idosos, o
aspecto humanizador que o idoso leva a sala de aula e a sua contribuição com experiência de
vida para a cultura e informação dos alunos mais novos, nos levando a concluir que o
processo de educação que se constrói dessa relação de três gerações pode-se chamar de uma
prática compartilhada de educação.
PÔSTER: PSICOSSOCIAL
Andréa Krüger Gonçalves, Rosa Maria Freitas Groenwald, Ana Lígia Finamor Bavier,
Giovanni Sanchotene Pacheco, Angélica de Souza Moreira, Dilamara Jesus Longoni
Universidade Luterana do Brasil/Canoas (CEAFE/LAFIMED)
Departamento de Vigilância da Saúde/Prefeitura Municipal de Canoas
ceafeulbra@yahoo.com.br
Introdução: O perfil etário mundial está se alterando, sendo possível perceber o crescente
envelhecimento da população atual em relação a toda história social. Na vida em sociedade,
costuma-se aceitar tipos de imagens que facilitam a compreensão do processo civilizatório em
que nos situamos. A velhice apresentada através da imagem da vovó gorda, sempre calma,
sentada numa cadeira de balanço, internaliza em nós a imagem do velho benevolente e
alienado. Já as crianças são mostradas nestes meios como seres saudáveis, alegres, o que nos
remete à infância como a melhor fase de nossas vidas. Objetivos: O presente estudo tem
como objetivo analisar o pensamento de crianças, a respeito de sua percepção sobre os idosos.
Metodologia: A pesquisa foi realizada de forma descritiva com 40 crianças do Ensino
Fundamental, com idade variando entre 7 a 11 anos. Os dados foram coletados na Escola de
Educação Básica da Universidade Federal de Uberlândia. Utilizou-se a Escala Néri (1999) por
Todaro (1999), de acordo com o conceito ―os velhos são‖, contendo trinta itens com adjetivos
bipolares, só podendo escolher um grau de intensidade entre as duas palavras opostas.
Resultados: Os adjetivos bipolares selecionados foram os que obtiveram maior e menor
aceitação do grupo pesquisado.
Muito Sábios – 50% Ignorantes – 0% Entusiasmados-35% Deprimidos-7,5%
Conclusão: A partir dos resultados podemos concluir que as crianças têm uma imagem
positiva dos idosos, pois se assemelham a seus avós.
Introdução: A relação atividade física e saúde vem sendo gradualmente substituída pelo
enfoque da qualidade de vida. Objetivos: este estudo objetiva avaliar o efeito da atividade de
hidroginástica na qualidade de vida e no bem-estar subjetivo percebido por idosos a partir de
diferentes grupos de categorias etárias e de tempo de prática desta atividade. Metodologia: A
amostra contou com 54 idosos divididos em: GI com média de idade 60,2 anos e G II média
de 71,9 anos. Em relação ao tempo de prática de hidroginástica a amostra foi dividida em GI
com média de tempo de 8,7 anos e G II média de 13,4 anos. Foi realizada uma pesquisa de
campo com aplicação do questionário SF-36 (Medical Outcomes Study Short form 36-item
questionnaire) e um questionário do bem-estar subjetivo. Resultados: A análise da qualidade
de vida dos idosos demonstra que os benefícios gerados com a hidroginástica realizada há 8
anos são similares aos benefícios adquiridos pelos praticantes há 13 anos de atividade, sem
nenhuma diferença significativa entre os domínios analisados. Os praticantes de
hidroginástica com média de idade de 71,9 anos apresentam, na grande maioria dos domínios
analisados, maiores benefícios da atividade em relação à qualidade de vida do que o grupo de
idosos de 60 anos. Conclusão: A partir dos testes de avaliação subjetiva, os idosos julgam ,
de forma geral, favoravelmente a qualidade de suas vidas, englobando aspectos físicos e
emocionais, como pôde ser comprovado em relatos e anotações sistematizadas nos
questionários.
Introdução: a literatura aponta que atividade física tem importante impacto sobre os estados
subjetivos de idosos, dentre eles, o senso de auto-eficácia física (AEF). Objetivo: nesse
sentido, o objetivo deste trabalho foi determinar o grau de relação entre o nível de AEF e as
variáveis de aptidão física (VAF), obtidas em testes motores, no momento do ingresso dos
idosos participantes do Projeto Sênior para a Vida Ativa da Universidade São Judas Tadeu,
entre os anos de 2002 e 2004. Método: para avaliar a AEF foi utilizada a Escala de AEF
(Ryckman et al, 1982) e para mensurar a aptidão física foram utilizados os testes de potência
aeróbia, força de membros superiores e inferiores, flexibilidade, agilidade e equilíbrio estático
(Matsudo, 2000), em 83 idosos (68,6±5,5 anos). Os dados foram analisados utilizando-se a
estatística descritiva e a correlação de Pearson (p<0,05). Resultados: os resultados
demonstraram apenas uma fraca e significativa correlação entre a AEF e força de membros
inferiores (r=0,28), não apresentando significância para as demais VAF, todavia a AEF e a
aptidão física mostraram-se elevados. Conclusão: isso pode indicar que a percepção de AEF
não corresponde ao nível de aptidão física deste grupo. Portanto, apenas um nível elevado de
aptidão física não garante uma percepção de AEF correspondente, mas talvez, a participação
sistemática em programas de educação física pode levar o idoso a melhorar essa percepção.
PÔSTER: SAÚDE
Keila Lopes1,2, Cecília S.P. Martins1, Carlos Kemper2, Ricardo Jacó de Oliveira1
1-Universidade Católica de Brasília 2 - Universidade Paulista - Campus Brasília
lkeilal@yahoo.com.br
Introdução: A força muscular tem sido referida como importante marcador de desempenho.
Objetivo: Determinar o nível de associação entre a força muscular e o número absoluto e
relativo de elevações do joelho no teste de marcha estacionária (TME). Matérial e Métodos:
A amostra foi constituída por 18 voluntárias na faixa etária de 54 a 70 anos (x=63,33 ± 5,90
anos). A força muscular foi determinada por meio do teste de uma repetição máxima (1-RM)
no exercício leg press 45º. O TME foi realizado de acordo com modelo proposto por Raso et
al. (2001). A contagem da elevação do joelho direito (EJabs) assim como a quantidade relativa
de elevações executadas (EJrel) foram feitas em intervalos de 30 segundos (Raso et al. 2001).
Resultados: São apresentados na tabela:
0 – 30 30 – 60 60 – 90 90 – 120 Total
EJabs 0,02 0,10 0,08
0,07 0,08
EJrel -0,02 0,20 0,05
*p<0,01
Os valores de força muscular variaram de 90 a 150 kg (116,67 ± 19,40 kg). Os valores
absolutos de elevação do joelho incrementaram progressivamente em função do tempo
enquanto que os valores relativos permaneceram constante (p<0,01). Não houve associação
estatisticamente significativa seja para o número absoluto ou relativo de elevações do joelho
independente do intervalo de tempo analisado. Conclusão: A força muscular não prediz o
desempenho no teste de marcha estacionária.
Sandor Balsamo, Renata Carneiro, Ricardo Franco, Guilherme Pontes, Valdinar Júnior
Companhia Athletica
sbalsamo@ig.com.br
Suiara PereiraTeixeira
Centro de Medicina do Idoso – Hospital Universitário de Brasília - UnB
suiara@unb.br
Introdução: O número de pessoas que ultrapassam a linha dos 60 anos vem crescendo
paulatinamente e com o envelhecimento ocorrem mudanças significativas na composição
corporal associadas à inabilidade, dependência e morbidade. Estudos vêm demonstrando o
papel desempenhado pela atividade física regular no controle a estes declínios inerentes ao
processo de envelhecimento. Objetivo: verificar o quanto um programa de hidroginástica
pode influenciar na melhoria ou na manutenção de uma composição corporal saudável em
idosas. Metodologia: As mensurações foram feitas antes e após um período 12 semanas, em
uma amostra de 107 idosas, com idade média de 63 anos, selecionadas aleatoriamente do
grupo de praticantes de hidroginástica, três horas semanais, no Projeto AFRID da
Universidade Federal de Uberlândia. Enfocou-se o %G, o IMC, e a RCQ. Para a análise dos
dados, utilizou-se a estatística descritiva e teste t de Student para amostras dependentes, em
nível de significância de p< 0,05.
Resultados:
Tabela 1: Estatística Descritiva e teste t para os valores antropométricos do pré e pós-teste
Conclusão: Apesar de não ter significância estatística para os dados de %G e IMC, pode-se
notar também um decréscimo entre o pré e o pós-teste, e levando em consideração a
população em questão, podemos afirmar que a hidroginástica feita de forma regular presta-se
a minimizar os efeitos deletérios na antropometria causados pelo envelhecimento.
Introdução: O número cada vez mais expressivo de pessoas com posturas corporais
inadequadas e conseqüentes desconfortos, nos leva a questionar como o educador físico pode
contribuir para melhora na qualidade de vida destas pessoas. O presente estudo está
caracterizado por uma abordagem qualitativa de cunho exploratório descritivo. Objetivo:
Relacionar a autopercepção da postura corporal de adultos acima de 55 anos, participantes de
um programa de Ginástica Postural, com as estruturas psicocorporais definidas no método de
Godelieve Denys-Struyf - G.D.S., que se apóia na concepção das cadeias musculares.
Material e métodos: A amostra foi composta de 16 participantes (26% do total da população)
de ambos os sexos. Foram realizadas entrevistas e avaliações posturais. As entrevistas tiveram
duração média de vinte minutos, gravadas em fitas magnéticas. As avaliações posturais foram
feitas a partir de quatro fotos digitalizadas de cada indivíduo nas vistas anterior, posterior e
laterais direita e esquerda em um posturógrafo com base giratória. As informações coletadas
nas entrevistas foram analisadas com base nos procedimentos da análise de conteúdo. Os
dados das avaliações posturais foram obtidos através da observação das fotos e classificação
dos principais desalinhamentos das vistas laterais e posteriormente relacionados com as
estruturas psicocorporais definidas no método G.D.S. Resultados: A triangulação das
informações apontou os seguintes resultados: 62,5 % da amostra relacionou coerentemente a
sua autopercepção de postura corporal com as estruturas psicocoporais definidas no método
G.D.S. No terceiro ponto da triangulação identificou-se a coerência entre a escolha dos
participantes e os desalinhamentos posturais observados nas fotos da avaliação postural.
Conclusões: Os adultos acima de 55 anos conseguem perceber a sua estrutura psicocorporal e
relacioná-la com aspectos da sua vida e a participação no programa de Ginástica Postural.
Introdução: O conhecimento das características das atividades físicas (AF) indicadas para
pessoas idosas representa conhecimento adicional importante. Objetivo: Determinar tipo,
freqüência, duração e intensidade das AF que os profissionais da área de saúde acreditam ser
mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis. Material e Métodos: A amostra
foi constituída por 1572 voluntários de ambos os gêneros na faixa etária de 17 a 65 anos. Os
voluntários eram estudantes e/ou profissionais (Educação Física, Enfermagem, Fisioterapia,
Medicina, Nutrição, Psicologia) de quatro estados (Paraná, Rio Grande do Sul, Santa
Catarina, São Paulo). As variáveis foram determinadas por meio de questionário semi-aberto
onde os voluntários estabeleciam em ordem de importância, as três atividades que
acreditavam ser mais indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis assim como
freqüência (diassem-1), duração (mindia-1) e intensidade (leve, moderada, vigorosa).
Resultados: A caminhada, a hidroginástica e o alongamento representam em ordem de
importância as atividades mais indicadas. A freqüência semanal varia de 3 (39,1% [atividade
3]; 41,4% [atividade 2]) a 5 diassem-1 (46,8% [atividade 1]). A duração variou de 43,18
17,82 mindia-1 (atividade 1) a 45,15 23,95 mindia-1 (atividade 3). Existe consenso de que a
intensidade deve ser de leve (43,9% [atividade 2]; 54,2% [atividade 3]) a moderada (54,5%
[atividade 1]). Conclusão: Caminhada, hidroginástica e alongamento são as atividades mais
indicadas para pessoas idosas clinicamente saudáveis.
Palavras-chave: índice de massa corporal (IMC), massa magra (MM), massa gorda (MG).
Introdução: Estudos mostram que com o passar dos anos o ser humano perde flexibilidade, o
que pode acarretar prejuízos para a qualidade de vida. Objetivo: o presente estudo avaliou a
flexibilidade da articulação do ombro e do quadril em idosos praticantes e não praticantes de
atividade física. Metodologia: a amostra foi composta de 100 idosos, de ambos os sexos,
sendo que 50 praticavam atividade física 2 vezes por semana, e 50 não praticavam. Os
praticantes foram selecionados no GETI, no núcleo de cardiologia do CEFID e nos Grupos de
Convivência da comunidade de Coqueiros. Os não praticantes foram selecionados de forma
aleatória. Os instrumentos utilizados: a) formulário de dados pessoais; b) teste de flexibilidade
―coçar as costas‖, validado por Corbin e Lindsey (1985), e c) o teste de ―sentar e alcançar‖,
adaptado e validado por Nieman (1990), ambos citados por Nahas (2001). Para a análise dos
dados fez-se uso da estatística descritiva. Resultados: os dados obtidos sobre o perfil dos
idosos identificaram que a média de idade destes foi de 68,5 anos (SD= 6,9), 53% dos idosos
encontram-se na faixa etária dos 60 a 69 anos, sendo que 74% deles eram casados e 45% não
haviam completado o ensino fundamental. Como era esperado a maioria dos idosos são
aposentados (79%) e dos 50 não praticantes 30% alegaram falta de tempo o motivo principal
para não praticar atividade física. No índice de flexibilidade da articulação do ombro não
houve grande diferença entre os praticantes e não praticantes os quais apresentaram-se na
categoria de baixa condição e na articulação do quadril, 62% dos idosos apresentaram-se nas
categorias consideradas boas para a saúde e os não praticantes foram os que apresentaram
melhores resultados. Conclusão: desta forma a de se considerar que praticar atividade física
duas vezes por semana pode não ser suficiente para melhorar a flexibilidade, principalmente
desta população.
Introdução: A idade cronológica assim como a composição corporal têm sido implicadas
com decréscimo de desempenho. Objetivo: Determinar a influência da idade cronológica
(IC), peso corporal (PC), estatura (E), índice de massa corporal (IMC), adiposidade corporal
(Adp) e da altura de elevação do joelho (hEJ) no desempenho do teste de marcha estacionária
(TME). Material e Métodos: A amostra foi constituída por 134 voluntários na faixa etária de
50 a 85 anos (x: 65,69 6,57 anos). A Adp foi determinada por meio da somatória de três
dobras cutâneas (tríceps, subescapular, suprailíaca). O TME foi realizado de acordo com
modelo proposto por Raso et al. (2001), mas somente o número máximo de elevações do
joelho foi considerado. Resultados: Não houve associação estatisticamente significativa
(p<0,01) para nenhuma das variáveis independentes (IC, PC, E, IMC, Adp, hEJ) analisadas
quando associadas ao desempenho no TME. Os valores de correlação foram muito baixos e
variaram de –0,15 (hEJ [p>0,01]) a 0,04 (PC [p>0,01]). Conclusão: O desempenho no TME
não é influenciado seja pela IC, PC, E, IMC, Adp ou pela hEJ. A ausência de deslocamento
assim como de transporte do peso corporal podem talvez serem os principais fatores que
explicam a baixa correlação. No entanto, trabalhos futuros são necessários para melhor
compreender esse fenômeno, visto a associação freqüentemente encontrada quando estas
variáveis independentes são correlacionadas com parâmetros similares que exigem
deslocamento.
Introdução: Nosso serviço tem demonstrado que o teste de marcha estacionária (TME) de 2
minutos prediz 73% do consumo de oxigênio de pico (VO2pico [mlkg-1min-1]). Objetivo:
Determinar o nível de associação entre o VO2pico alcançado no teste cardiopulmonar de
exercício máximo (TCEM) com o obtido no teste de marcha estacionária com análise direta
de gases (TME) até a fadiga voluntária em intervalos de 30 segundos após 120 segundos.
Material e Métodos: A amostra foi constituída por 9 voluntárias na faixa etária de 65 a 78
anos (x= 69,00 3,64 anos). O TCEM foi realizado em esteira rolante com inclinação de 1%
e aumento progressivo da velocidade (1,2 km·h-1) a cada 2 minutos. O TME foi realizado até
a fadiga voluntária de acordo com modelo proposto por Raso et al. (2001). Resultados: São
apresentados na tabela:
TCEM TME à Fadiga Voluntária
Duração (s) 457,50 92,87 390 (n: 4) 420 (n: 4)
VO2pico 20,20 3,39 17,03 2,51 16,78 3,05 (420 s)
Pearson 0,89 (r2: 0,79)* 0,99 (r2: 0,98)*
Somente quatro voluntárias conseguiram alcançar o intervalo de tempo de 420 segundos; após
este período, o número de voluntárias diminuiu proporcionalmente para 3 (450 s), 2 (480 s) e
1 (510 s). Houve correlação muito alta e estatisticamente significativa para ambos os
intervalos de tempo (390 s e 420 s), sendo que a melhor correlação ocorreu aos 420 s (0,99
[r2: 0,98]). Conclusão: O TME até a fadiga voluntária possui alta sensibilidade na
mensuração do VO2pico. Estes dados são superiores aos demonstrados em estudo anterior
quando o TME foi realizado até 120 s.
Luiz Humberto Rodrigues Souza, Maria Alcione Freitas e Silva, Geni Araújo Costa.
Universidade Federal de Uberlândia.
luizhrsouza21@yahoo.com.br
Introdução: Segundo alguns autores, American College of Sports Medicine (2003); Shephard
(2003); Matsudo (2004), a velocidade pode ser considerada como a capacidade de realizar
ações motoras em curtos intervalos de tempo a partir das aptidões disponíveis do
condicionamento. Objetivos: Este estudo tem a finalidade de comparar os valores padrões de
referência de mobilidade geral, de acordo com a idade cronológica de mulheres fisicamente
independentes de São Caetano do Sul (SCS), com os resultados obtidos pelas idosas
pertencentes ao projeto AFRID. Metodologia: A amostra foi composta por 184 mulheres,
com idade cronológica entre 50 e 79 anos, praticantes de hidroginástica no projeto AFRID.
Utilizou-se os testes de mobilidade geral, protocolado por Matsudo, 2004, (velocidade normal
de andar – VNA -, velocidade máxima de andar – VMA - e velocidade de levantar da cadeira
– VLC), para obter os dados da amostra. Para a realização dos testes foram utilizados os
materiais e procedimentos descritos por Matsudo, 2004. Resultados e Conclusão: Valores
padrões de referência (tabela superior) e valores obtidos (tabela inferior), em média e desvio
padrão, da VNA, VMA, VLC (segundos), respectivamente, para os grupos analisados:
SCS 50-59 60-69 70-79
x 2,84 2,34 0,62 3,0 2,49 0,69 3,28 2,65 0,76
s 0,3 0,4 0,2 0,4 0,4 0,2 0,5 0,3 0,2
Emerson de Melo
Universidade Federal de Pernambuco
massoterapeutaemerson@bol.com.br
Introdução: O Brasil, como outros países, dispõe-se de poucos dados sobre a prevalência da
inatividade física e a sua relação com a qualidade de vida de idosos. Objetivo geral: Analisar
o nível de atividade física e a relação com a qualidade de vida (QV) de mulheres idosas
participantes de Grupos de Convivência de Idosos. Material e Método: A amostra foi do tipo
probabilística, com a técnica de seleção aleatória estratificada, composta por 198 mulheres
idosas ( =73.6 anos, DP=5.9), participantes em Grupos de Convivência de Idosos, em
Florianópolis, SC. Instrumentos: Formulário com os dados de identificação; Questionário
Internacional de Atividade Física (IPAQ), versão 8, forma longa e semana normal, para
verificar o nível de atividade física das idosas; Questionário de Qualidade de Vida da
Organização Mundial da Saúde (WHOQOL abreviado). Coleta de dados: Os instrumentos
foram aplicados em forma de entrevista individual. Tratamento dos dados: Através do IPAQ,
a amostra foi dividida em dois níveis de atividade física: menos ativo (<150 min/sem) e mais
ativo (≥150 min/sem). Os dados foram analisados através da estatística descritiva, de testes
não-paramétricos e da análise de regressão logística binária. Adotou-se um nível de
significância de 5%. Resultados: Grande parte das idosas pertence ao nível de AF mais ativo.
O nível de atividade física menos e mais ativo fisicamente está relacionado com os domínios
de QV e as suas facetas. Os resultados indicam associações significativas entre o domínio
físico e os níveis de atividade física. As idosas que revelam um pior resultado no domínio
físico da QV apresentam um risco acrescido de terem um nível de atividade física menos
ativo. Conclusão: A AF tem um papel importante na melhoria da QV das idosas. Assim, torna-se
necessário intervir nesta realidade, para que as idosas menos ativas se tornem ativas e as mais ativas
se mantenham ou aumentem o seu nível de AF e, com isto, mantenham ou melhorem a sua QV.
Maria Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Camilla Carvalho,
Dayanne Christine Borges Mendonça, Eliane Rosa Santos, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
mafsilva05@yahoo.com.br
Tibúrcio, Fernando Roberto Nunes Tibúrcio, Joyce Buiate Lopes Maria, Maria
Alcione Freitas e Silva, Luiz Humberto Rodrigues Souza, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
frntiburcio@yahoo.com.br
Introdução: Sabe-se que com o envelhecimento há perda de memória. Esta função cerebral
serve para armazenar informações e conhecimentos. Fatores como genética, nível
educacional, estilo de vida e relações sociais podem afetar o desempenho da memória de
forma geral. Objetivos: O objetivo desta pesquisa foi analisar o nível da memória visual, tátil,
imediata e temporal de idosos institucionalizados. Metodologia: A amostra foi composta por
8 idosos (4 homens e 4 mulheres), todos com lucidez e poder de comunicação, com idade
média de 68,6 anos, residentes no asilo São Vicente e Santo Antônio no município de
Uberlândia/MG. Os testes utilizados foram: relógio (Clock Drawing Tast), mini-mental
(Folstein et.al.1975), figuras (Bertolucci et. al.1998 ) e objetos (Germano Neto, 1997).
Resultados: Os resultados estão demonstrados na tabela abaixo:
Avaliação Figuras Objetos Mini-mental Relógio
Percepção visual 91,2% 100%
Percepção tátil 91,2%
Memória incidental 45%
Memória imediata 60,6% 100%
Orientação 63,7%
Recordação 63,7% 66,2% 54,2%
Atenção e cálculo 62,6%
Linguagem 73,7%
Círculo fechado 100%
Seqüência horária 12,5%
Conclusões: Analisando os dados pudemos perceber que mesmo estando segregados em
abrigos, e apesar dos idosos possuírem um comprometimento cognitivo, apenas 12% não tem
noção bem definida do tempo presente e consciência da sua realidade atual. Esta realidade
sobre as capacidades de memória dos idosos pode enriquecer a realização de atividades que
remetem o envelhecimento bem sucedido.
Eliane Rosa dos Santos, Lucélia Justino Borges, Maria Alcione Freitas
e Silva, Patrícia Vieira do Nascimento, Geni Araújo Costa
Universidade Federal de Uberlândia
lilikapink@yahoo.com.br
Introdução: A análise das respostas fisiológicas durante a atividade física usa normalmente
como parâmetro qualitativo e de segurança cardiovascular, a freqüência cardíaca e a pressão
arterial, de forma isolada ou conjunta, por meio do duplo produto (DP). O DP é definido
como produto entre freqüência cardíaca e pressão arterial sistólica (FC X PAS). Esse índice
tem forte correlação com o consumo de oxigênio do miocárdio apresentando-se como o
melhor preditor indireto do esforço cardiovascular. Exercícios de força realizados com
elásticos têm sido utilizados com a população idosa, mas há poucos estudos dos efeitos
cardiovasculares que esses exercícios desencadeiam durante sua execução. Objetivo:
Verificar a resposta do DP ao final de três séries (com 10 repetições) de flexão do cotovelo,
utilizando um elástico como implemento. Metodologia: A amostra foi composta de 10
idosos, 3 do sexo masculino e 7 do sexo feminino, do Programa Melhor Idade (Brasília-DF) -
praticantes regulares das aulas de condicionamento físico há pelo menos 1 ano, com
freqüência mínima de 3 sessões semanais de treinamento. Os dados foram avaliados de forma
transversal e utilizou-se estatística descritiva para tratamento dos dados. Resultados: O
exercício de flexão de cotovelo, com elástico, impôs uma sobrecarga cardíaca média de 58%
quando comparado ao repouso. Conclusão: Como em toda forma de atividade física, a PA se
elevou, mas dentro de limites seguros, e a FC elevou-se em níveis discretos. O resultado é um
DP de baixo risco cardíaco. A variação do DP não alcançou o limiar de isquemia do
miocárdio, que a partir de 30000 é considerado como ponto de corte para a angina pectoris.