Saudade dos tempos em que corríamos por vales e montes
Saltávamos dentro dos rios para com peixes nadar Saudávamos o pai e mãe com beijos de ternura Corríamos na estrada atravessando a ponte Já não sei se irei um dia voltarei a recordar Quando na horta de nosso pai colhíamos a verdura Entregávamos ao sr Tomé para fazer petiscos de amontes A lembrança se esvazia quando tento acordar Me fugindo o sonho de ternura E não sei se irei continuar a subir a escarpa do monte Ou se me deixarei simplesmente na vida afundar Neste mar revolto que só de longe recebo a ternura Que feiticeiros loucos apavoram com pesadelos aberrantes Não sei se isto será um adeus ou um aproximar Apenas sei do nada que sei, que cansaço atrofia a formosura Dos dias em que me sentia forte e dançante Pois só queria um dia de novo sentir o que é amar Para poder retribuir com toda minha ternura Neste mausoléu de vida onde sinto a saudade cantante Dos dias em que livres corríamos a brincar!