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Realização
Comissão Organizadora da I Conferência Estadual de Saúde
Mental Intersetorial
Arichele Queiroz
Edna Granja
Monik Duarte
Mariana Olívia
Apoiadoras Institucionais da Educação Permanente
Organização e diagramação
Mariana Olívia
Apresentação
Bem-vindos a I Mostra sobre Saúde Mental de Pernambuco da
III Conferência Estadual de Saúde Mental Intersetorial!
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Resumos
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Cordel dos Sanitaristas Encantados -
Saúde Mental
desde o dia 1 de fevereiro deste ano. O Caps foi implantado com a filosofia
de resolver dentro do próprio município questões psiquiátricas de seus
usuários evitando ao máximo o encaminhamento para internações
psiquiátricas, sem que seja esgotada a possibilidade de se acolher este no
município. Sendo assim, recebemos o encaminhamento de um paciente
que apresentava quadro psicótico e alucinações freqüentes, além de
muita agressividade e por fim, a tentativa de matar a esposa. Este paciente
foi acolhido no Caps, encaminhado ao hospital geral da cidade para que
fosse feita o atendimento médico, assim que este ficou em condições de
freqüentar o Caps, foi novamente reencaminhado para lá.
Acolhido pela equipe de técnicos, medicado pelo psiquiatra, o paciente a
cada dia mostrava melhora significativa, retornou ao vínculo familiar cada
dia mais lúcido, a família também foi acompanhada pelo Caps.
Hoje, este paciente encontra-se na modalidade semi-intensivo e
esta experiência nos mostra que é possível sim resolvermos no próprio
município situações de internamentos psiquiátricos, é necessário que a
equipe do município esteja empenhada em trabalhar através de parcerias
que se disponham a unir forças para que o paciente seja acolhido nos tipos
de serviços que necessita, e para isto, é necessário antes de tudo, que se
quebre o preconceito, que a doença mental seja vista também como
possível de ser tratada num hospital geral quando ainda não for possível a
permanência deste no Caps. As internações só precisam de fato ser
realizadas em último caso, isto nossa experiência no dia-a-dia do Caps em
parceria com o Hospital Geral de nosso município tem nos mostrado.
Clarissa Lacerda, Luiza Barros, Rafaela Theodosio, Roberta Soriano e Roberta Uchôa
HOSPITAL PSIQUIÁTRICO: PERFIL DOS
PACIENTES DO HOSPITAL JOSÉ ALBERTO
MAIA
Galba Taciana S. Vieira/ Débora G. Moraes; Patrícia de Freitas; Eliane Siqueira, Jorge R Ramos,
À PESSOA COM TRANSTORNO MENTAL NO
CONTEXTO DA DESINSTITUCIONALIZAÇÃO
EM CAPS I
Ataíde de Amorim, Riva Karla Vieira da Silva, Viviane Lucia da Silva Pinto Alves
Vera Lúcia Dutra Facundes, Othon Bastos, Maria Gorete Lucena de Vasconcelos
No Brasil, o modelo assistencial proposto a partir da reforma
psiquiátrica foi constituído de uma rede de atenção psicossocial, com
serviços de base comunitária. Nesse contexto, os Centros de Atenção
Psicossocial (CAPS) têm merecido especial atenção pelo fato de ter sido
delegado a esses serviços o papel de articulador de uma rede de
atenção à Saúde Mental. Este trabalho tem por objetivo apresentar as
percepções que foram construídas pelos sujeitos que compõem um
CAPS do município de Recife, sobre as ações de cuidado desenvolvidas
no contexto institucional. Esse trabalho é parte de uma pesquisa
qualitativa realizada através das técnicas de observação participante,
entrevistas e análise documental. Utilizou-se análise de conteúdo das
informações e foram respeitados os procedimentos éticos previstos na
resolução nº 196/96 do Conselho Nacional de Pesquisa (CONEP).
Os resultados apontaram que a categoria temática 'O cuidado na
Atenção Psicossocial nova chance de recompor a vida' evidenciou as
percepções mais amplas acerca do CAPS, com destaque para a sub-
categoria 'Compreensão sobre a doença mental(re)construindo
conceitos'. O cuidado no âmbito da atenção à Saúde Mental a partir do
modelo psicossocial se constrói por avanços, contradições e paradoxos
de uma clínica permeada por ideais políticos, científicos, sociais e éticos.
Esse complexo de saberes e valores, onde se inserem as práticas em
Saúde Mental, caracteriza o interior dos serviços e o contexto territorial
onde ele se localiza.
Por um lado observou-se que os sujeitos expressam uma
concepção mais ampliada do processo saúde-doença, associando a
saúde à condição de liberdade e atividades institucionais de caráter
psicossocial. No entanto, também se observaram percepções e ações
ainda centradas, predominantemente, na concepção organicista e na
perspectiva medicalizante dos sintomas, revelando contradições de
uma prática em transformação.
A sustentação da reforma da assistência em Saúde Mental passa
pelo investimento técnico, político, científico e ético. Desta maneira, para
a construção das bases do cuidado em saúde mental, tão fundamental
quanto investir na transformação relativas às características das
interações interpessoais nos atos assistenciais, é debruçar-se, cada vez
mais, sobre as raízes e significados biopsicossociais das diferentes
formas de adoecer mentalmente, acrescidos de forma articulada, das
tecnologias e serviços disponíveis para sua superação.
São eles que podem dizer o que querem. São eles, os que hoje freqüentam
os Serviços Substitutivos e que tem sua cidadania e inclusão social
potencializadas, é quem pode dizer que a Reforma Psiquiátrica Brasileira
se constitui num patrimônio técnico, ético e político, do qual não estão
dispostos a abrir mão. São eles, os usuários e familiares da Luta
Antimanicomial, a prova viva de que os loucos podem viver em sociedade
e que podem ser tratados em liberdade e com cidadania.
NUMANS
Fórum de Mobilização Antimanicomial (FMA), previsto para maio de
2010, surgiu, a partir da convocação para a IV Conferência Nacional de
Saúde Mental - Intersetorial, a proposta de conjugar a realização do II
FMA com uma conferência regional, agregando municípios
circunvizinhos dos estados da Bahia e de Pernambuco.
Os integrantes do NUMANS (estudantes, usuários, profissionais
da rede de saúde, gestores, professores) partiram para as articulações,
apenas intuindo a dimensão do desafio e encontraram receptividade das
Secretarias Estaduais de Saúde da Bahia e de Pernambuco e de outros
parceiros, como a UNEB e o CRP-02. Com muita ousadia, vontade e
tenacidade, foi realizada I Conferência Interestadual de Saúde Mental
do Submédio São Francisco/II Fórum de Mobilização Antimanicomial,
fruto de trabalho coletivo, certamente um marco histórico-político para
os municípios envolvidos e um avanço no que se refere à discussão da
regionalização e integração da rede de cuidados às pessoas que
apresentam transtornos psíquicos na região. As reverberações dessa
ousadia se multiplicam, com a ida das delegações da região às
respectivas Conferências Estaduais (BA/PE).
O trajeto do NUMANS apenas se inicia e o desafio está posto. A
identidade almejada é clara (ainda que em trânsito contínuo): ser
movimento social, escapando a determinações institucionais e
burocráticas. Essa é história (em andamento) que se pretende relatar,
acreditando-se que revela a força da mobilização social, podendo
iluminar outras iniciativas do gênero.
Tavares, Silvana, Silva, Maristela de A. S. da, Espinhara, Ana E. de S., Silva, Marileide G. do N. e
INTERSETORIALIDADE NA INTEGRACÃO
DAS ESCOLAS MUNICIPAIS, ESTADUAIS E
PARTICULARES NA PROMOCAO E
PREVENÇÃO A SAÚDE MENTAL EM AGUAS
BELAS
As Escolas Municipais Gerson Albuquerque Maranhão, Eliza Cabral e
Leonizio Duarte, as Escolas Estaduais João Rodrigues Cardoso e Nicolau
Siqueira e as Escolas Indigenas fulni-ô Marechal Rondon , Ambrosio Pereira
Junior e Antonio Jose Moreira além do Instituto Educacional Santa Cecilia, ,
sendo todas urbanas e 1 rural, de clientela dos anos iniciais e finais do ensino
fundamental e ensino medio, propuseram a participar do Programa Viver a
Diferenca que foi implantada desde Janeiro de 2010, desenvolvido pela
parceria das Secretarias Municipais de Assistencia Social, Educação, Saúde,
Esportes, Cultura, Turismo, Meio Ambiente, alem das Assessorias Especiais da
Mulher e da Segurança Publica com o objetivo de implantar o Programa
Municipal de Saúde Mental, estimulando a Inclusao Social dos usuários com
transtornos mentais e de álcool e outras drogas, priorizando a atenção as
Fidelis, Fernando A. P
crianças e adolescentes, gestantes, mulheres, idosos, homens, trabalhadores
urbanos e rurais além das Comunidades Indigenas, Quilombolas e do Campo,
promovendo ações educativas bilingue e de promoção e prevenção em saúde
mental no tocante ao cuidado em saúde mental aos trabalhadores em
educação e a comunidade escolar. No decorrer deste ano e dos anos seguintes
até o fim da gestão municipal, como forma de avaliação será apresentado um
projeto de intervenção em cada escola, no intuito de desenvolver ações
coletivas junto aos trabalhadores de educação, gestores, estudantes,
familiares, comunidade em geral alem dos parceiros institucionais. O objetivo
geral dos projetos de intervenção será incluir nos projetos político pedagógico e
no currículo através de temas transversais, que promovam ações que
garantam o bom desenvolvimento físico e mental da comunidade escolar
relacionadas a promoção e prevenção do cuidado em saúde mental
contribuindo para a formação de trabalhadores em educação, de adolescentes
e de familiares em cidadão criticos, cumpridor dos deveres e esclarecidos
quanto aos seus direitos. O trabalho esta sendo desenvolvido utilizando-se da
seguinte metodologia: sensibilização dos gestores, professores e funcionários
administrativos; estabelecendo parcerias com instituições públicas e privadas;
capacitação para todos os trabalhadores em educação semanalmente
alternando os turnos; formação de grupos operativos em cada escola, oficinas;
confecção de cartazes, panfletos entre outros; projeção de filmes; promoção de
trabalhos de redação sobre o tema; apresentação de trabalhos realizados
pelos trabalhadores em educação e alunos; realização de seminários; mostra
de teatro, entre outros. Nesta parceria entre Saúde Mental e Educacão,
pretendemos elevar a auto estima dos trabalhadores em educação e dos
estudantes, bem como sensibilizar a comunidade escolar e local que os
Transtornos Mentais e o uso de álcool e outras drogas é prejudicial ao
desenvolvimento do ser humano no contexto sócio econômico cultural,
formando assim trabalhadores em educação e adolescentes multiplicadores
para disseminar a promoção e prevenção da Saúde mental e o uso de drogas
na localidade, diminuindo os fatores de risco e aumentando os fatores de
proteção no espaço urbano e consequentemente rural constituindo de fato uma
rede social de promoção e prevenção a saúde mental.
Kely Santos, Kelma Teixeira, Lorena Galvão, Marília Benício, Rebeca Vidal
A rede básica de saúde do município do Cabo de Santo Agostinho
conta com 39 USF, 03 ESPACS e 01 CS E 03 UBS, que estão
distribuídas dentro de 04 Regionais.
Já a rede de saúde mental possui 03 CAPS's, sendo 01 destinado a
Transtornos Mentais Severos-nível II; 01 CAPS Infantil e 01 CAPS ad, 02
Ambulatórios de Psiquiatria e 01 de psicologia e 01 Residência
Terapêutica.
As Equipes Matriciais foram implantadas com o objetivo de atuar
nas 04 regiões politico-administrativas existentes, e devem ser
compostas por 01 psicólogo, 01 assistente social, 01 terapeuta
ocupacional, 01 arte-educador e 01 psiquiatra, como membro itinerante,
dando o suporte necessário a cada uma delas.
Tem como principal objetivo, ser suporte técnico-pedagógico em
saúde mental na atenção básica, na perspectiva de promover maior
resolutividade aos casos de saúde mental no território e uma maior
articulação com a rede de saúde mental do município. Preconiza um
modelo de atenção descentralizado e de base comunitária, que, através
da transversalização de saberes, visa oferecer melhor cobertura
assistencial dos agravos mentais e maior potencial de reabilitação
psicossocial para os usuários da atenção primária.
As ações das EM passam prioritariamente pelo conhecimento e
domínio do território, adequando-se segundo as demandas específicas
de cada Regional a que estão vinculadas, bem como atuam num melhor
direcionamento do fluxo da rede de saúde mental e na sua melhor
articulação.
Os principais resultados obtidos desde a sua implantação tem
sido: Fortalecimento das ações conjuntas entre a EM e as Equipes de
Saúde da Família; Maior articulação junto aos supervisores da Atenção
Básica no tocante às ações de Saúde Mental no território; Maior
articulação com outras Setores (Ministério Público; Guarda Municipal;
Delegacias; Hospitais Gerais etc.) na realização de intervenções junto a
usuários em sofrimento psíquico; Redução no número de internações
psiquiátricas.
Suas ações, porém, só tem maior eficiência e eficácia quando
inseridas e articuladas com uma rede de cuidados e de atenção à saúde,
assistência social e educação, no sentido de potencializá-las e ampliá-
las, bem como, inserir-se enquanto metodologia de ação, que busca
diminuir a fragmentação imposta ao processo de trabalho decorrente da
especialização crescente em quase todas as áreas de conhecimento.
Araujo, Elianne de O
cavalinho e banho morno e tambem orientações sobre o trabalho de parto.
Paralelo a isto é conversado com gestantes: antes da consulta de pré-natal e na
realização do exame de ultrasonografia gestacional, além de ações educativas
sobre aleitamento materno, sexualidade, planejamento familiar, gravidez,
conhecimento do trabalho de parto, visita a sala de parto e orientações sobre o
toque vaginal.
O Programa Mae coruja tem como objetivo a redução da
morbimortalidade materno infantil com visão intersetorial, onde articula sete
secretarias : Saúde, educação, assistência social, agricultura, planejamento,
mulher e juventude, dentre as ações realizadas destacamos: aumento do
numero de pré natal no primeiro trimestre, realização de exames antes do
parto, melhora no preenchimento do cartão das gestantes,identificação de
gestantes de baixo e alto peso e dos óbitos materno infantil, realização de
cursos profissionalizantes com objetivo de gerar renda, visitas institucionais e
domiciliares, palestras educativas, levantamento de gestantes e criancas com
desnutrição e desidratação, alem de aquisição de alimentos do programa
compra direta para gestantes de baixo peso, comemoração de datas festivas,
distribuição de jornal informativo, envolvimento com lideres comunitários,
formação de círculos de educação e cultura,planejamento estrutural no
combate a desnutrição e a concessão de documentos tardiamente em parceria
com o município além da adesão do selo UNICEF.
Nesta parceria entre Saúde Mental e Atencao Materno Infantil,
pretendemos elevar a auto estima das gestantes e puerperas, bem como
sensibilizar a comunidade local que os Transtornos Mentais e o uso de álcool e
outras drogas é prejudicial ao desenvolvimento do ser humano no contexto
sócio econômico cultural, formando assim gestantes e puerperas
multiplicadoras para disseminar a promoção e prevenção da Saúde mental e o
uso de drogas na localidade, diminuindo os fatores de risco e aumentando os
fatores de proteção no espaço urbano e consequentemente rural constituindo
de fato uma rede social de promoção e prevenção a saúde mental com maior
numero de partos normais humanizados e redução nas transferências para
outros municípios evitando assim o maior risco psicossocial para o
acontecimento de morbidades e mortalidade materno infantil.
Maria da Silva
divulgação no território da Lei 10.216/01. A natureza do trabalho é
romper paradigmas tradicionais de segregação e tutela da pessoa com
transtorno. Objetiva contribuir para democratização e socialização do
acesso ao conhecimento sobre o modelo de Saúde Mental tendo como
premissa a socialização dos direitos da pessoa com transtorno, inserir
os usuários desta Unidade em espaços coletivos de participação, tais
como: encontros, fóruns, associações e Conferências que articulam
saúde mental e território.
Efeitos alcançados: A participação de usuários e familiares
nestes espaços, contribui para o exercício da cidadania, aproxima o
CAPS da comunidade, institui um canal de interlocução com a
instituição, reduz crises psíquicas, estimula a autonomia, oportuniza
espaços terapêuticos de fala, de convivência e de solidariedade.
Desmistifica a relação técnico-paciente, incluindo-os numa
contratualidade capaz de favorecer sua co-responsabilidade no
tratamento.
Recomendações: Verificamos que aqueles que participam das
reuniões ampliadas de familiares, do Conselho, e vem ocupando
espaços públicos como as Conferências passam a compreender melhor
a dinâmica do CAPS, desenvolvendo um sentimento de identidade, de
pertencimento e de reconhecimento como sujeitos de desejo e de
direitos. A vivência oportuniza a melhora da auto-estima, descoberta de
potencialidades, consolida espaços de construção coletiva e de
socialização de direitos. Oportuniza aos usuários e familiares o acesso a
informações e esclarecimentos sobre a Reforma Psiquiátrica. Possibilita
formação política, na perspectiva de uma inserção qualificada nos
espaços das organizações sociais e de deliberação das Políticas
Públicas.
Carlos Gustavo da Silva Martin de Arribas, Carla Cynyra Cândido Graciano, Karla Emanuella
Ataíde de Amorim, Riva Karla Vieira da Silva, Viviane Lucia da Silva Pinto Alves
No ano 2008 a equipe do CAPS Flor da Mata acolheu a demanda
de pessoas que faziam uso abusivo do álcool, devido às comorbidades
presentes. Diante dessa “nova” demanda, outros casos foram sendo
admitidos no serviço, que até então, só atendiam pessoas portadoras de
t r a n s t o r n o m e n t a l .
Kely Santos, Kelma Teixeira, Lorena Galvão, Marília Benício e Rebeca Vidal.
A implantação do Apoio Matricial em Saúde Mental no município
do Cabo de Santo Agostinho iniciou no ano de 2007, com a elaboração
de um projeto piloto baseado nas necessidades identificadas por
profissionais de saúde no território.
Apresentam-se as intervenções da Equipe Matricial junto a
Equipe de Saúde da Família (ESF) para o atendimento de três usuários
em situação de adoecimento psíquico neste município, caracterizada
por altos níveis de prejuízo nos vínculos familiares e comunitários. O
estudo tem como finalidade demonstrar a relevância do matriciamento
na tessitura de uma rede de cuidados pautada na mobilização dos
recursos da Equipe de Saúde da Família (ESF), dos membros da
comunidade, além dos diversos setores que integram a rede de atenção
ao usuário em sofrimento psíquico.
As intervenções da Equipe de Apoio Matricial (EM) constituíram-
se na Educação Permanente das ESF's, realizadas com abordagens
domiciliares conjuntas entre membros da ESF e profissionais da EM,
além de grupos de estudos sistemáticos nas Unidades Básicas de
Saúde sobre a temática da Saúde Mental na Atenção Básica. Alguns
resultados encontrados foram a reorganização da dinâmica e o
fortalecimento dos vínculos na família; mobilização e fortalecimento dos
vínculos comunitários e adesão de membros da família ao tratamento no
Centro de Atenção Psicossocial (CAPS II).
Considera-se que a metodologia de matriciamento em Saúde
Mental é eficiente para a mobilização da Rede de cuidados em Saúde,
fomentando a intersetorialidade e a co-responsabilização dos
profissionais e comunitários, contribuindo para uma maior resolutividade
das ações de Saúde Mental no território.
Relevância:
Monica Lima
ASSIM, A COORDENAÇÃO PROPÔS UM COLEGIADO AMPLIADO,
COM TODOS OS PROFISSIONAIS INTEGRANTES DA REDE DE
SAUDE MENTAL. TAL ESTRATEGIA FOI O PONTO DE PARTIDA PARA
MAIOR ARTICULAÇAO DAS EQUIPES DA REDE DE SAUDE
MENTAL. NOS CASOS DAS COMORBIDADES PSIQUIÁTRICAS E
DEPENDÊNCIA QUÍMICA CONSTITUIA-SE UM ENTRAVE ENTRE OS
INTEGRANTES DAS EQUIPES, NO QUE DIZ RESPEITO AO LOCAL
MAIS ADEQUADO PARA O USUÁRIO TRATAR-SE. ATUALMENTE
ESTAMOS VIVENCIANDO COMPARTILHAMENTE DOS CASOS DE
MAIORES DÚVIDAS E TEMOS OBTIDO MELHORES RESPOSTAS
MEDIANTE DISCUSSÃO DOS CASOS E VISITAS DOMICILIARES EM
CONJUNTO, COM RERESENTANTES DA EQUIPE MATRICIAL, DO
CAPS II E CAPS AD. ALÉM DE EM ALGUNS CASOS OS USUARIOS
DE COMOBIRDADES PSIQUIARICAS E DEPENDÊNCIA QUÍMICA
INTEGRAREM OS DOIS CAPS, OU INTERCALAR PERÍODOS DE
TEMPO EM CADA SERVIÇO DEPENDENDO DA DEMANDA DO
MOMENTO. TAL EXPERIÊNCIA TEM CONSTITUÍDO UM AVANÇO NA
REDE DE SAUDE MENTAL DO CABO DE SANTO AGOSTINHO
PRINCIPALMENTE DEVIDO MAIOR INTEGRAÇÃO E ARTICULAÇÃO
DOS EQUIPAMENTOS DESTA REDE.