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Texto : INTRODUÇÃO AO ESTUDO DA CINEMÁTICA
A todo instante você pode ver aviões cortarem o céu, automóveis percorrerem ruas e
estradas, pessoas andarem de um lado para outro na cidade. O movimento está presente em
cada momento do seu dia – a – dia .
Como podemos verificar com exatidão se um corpo está em movimento ou em
repouso? Vejamos exemplo: uma pessoa está sentada dentro de um ônibus e você, parado
na calçada, a vê passar .
Ou:
Intervalo de tempo
2
determinado ponto P0 em instante t0 , e está no ponto p1 no instante t1 . O tempo que a
partícula levou de sua posição inicial P0 a posição P1, denomina-se intervalo de tempo .
O intervalo de tempo ∆t é então definido como a diferença entre o instante final e o
instante inicial .
∆t = tf – t1
O deslocamento dessa partícula pode também ser definido como a diferença entre a
sua posição final , no ponto P1, e a sua posição inicial no ponto P0 . Dessa forma, teremos,
chamado o deslocamento de ∆s, a posição final de Sf e a inicial de Si :
∆s = Sf - Si
Vm = ∆s = Sf - Si
∆t tf - t i
As grandezas físicas podem ser medidas usando-se diversas unidades. Por exemplo,
o comprimento pode ser medido em metros , centímetros, quilômetros, pés, milhas, etc.
A medição das grandezas físicas deve ser feita de forma coerente . Para isso, foram
estabelecidos alguns sistemas de unidades físicas, dos quais os mais usados são três : O
Sistema Internacional (SI ) , também chamado de sistema MKS – metro, quilograma,
segundo; o sistema CGS centímetro , grama, segundo; e o sistema MK*S ou MKgfS –
Metro , quilograma – força, segundo.
Na resolução de qualquer problema é necessário que todas as unidades sejam de um
mesmo sistema de unidades.
Assim sendo, elaboramos a tabela que se segue, a fim de que você possa se
familiarizar com as grandezas dos vários sistemas. Pedimos que você tenha especial
atenção com os sistema MKS, CGS, pois serão os que você mais empregará no seu estudo.
( Decreto nº 52 423, de 30/08/63. )
Seja , por exemplo, dada a velocidade de um móvel igual a 90 Km/h. Vamos transformar o
valor da sua velocidade para os sistema MKS e CGS.
3
1 ) Transformando para o sistema MKS, temos :
Pense e responda.
1 EXERCÍCIO
6. A relação entre o deslocamento realizado por um móvel e o tempo gasto por esse móvel
para realizar esse deslocamento é chamado de .......................................................................
1 – Chave de Correção .
I – 1 . Mecânica / movimentos
4
2. Rígido / sistema de eixos / posição
3. caminho / movimento .
4. diferença / instante final / instante inicial
5. diferença / final / inicial
6. velocidade média
2. 60 m/m = 60 m = 60 m = 1 m/s
1 minuto 60 s
Vimos que a velocidade de um corpo é a rapidez com que ele muda de posição . Essa
mudança de posição pode ser efetuada de diferentes maneira . Cada maneira caracteriza um
determinado tipo de movimento. Vejamos m desses tipos: o movimento retilíneo uniforme
(MRU ).
Chamamos de MRU àquele em que o deslocamento do corpo ( em relação a um
referencial ) se dá em uma trajetória retilínea ( em linha reta ) com o valor de velocidade
constante.
Assim, quando afirmamos que um móvel executa movimente retilíneo uniforme
com velocidade de 10 m/s, isto significa que em qualquer instante o valor da velocidade
deste móvel será de 10 m/s.
Sabemos que todo corpo em movimento sofre uma variação de posição . Para indicar a
posição de um corpo em um determinado instante, usamos a equação denominada equação
horária.
Veja o exemplo.
Um móvel está se movendo em MRU. Tomamos um ponto X com referencial. O móvel
parte do ponto 1 no instante t1 = 0 e chega ao ponto 2 no instante tf = t, como mostra o
esquema a seguir
Ti = 0
Tf = t
∆S
Si
Quando o móvel atinge o ponto 2, sua posição em relação ao ponto x é dada pela expressão
S = si + ∆s
5
∆s = Vm . t , ou simplesmente
∆s = V . t
S = Sj + V t
∆s = s – sj
∆s = 52 – 2
∆s = 50 resp: o deslocamento do móvel é de 50 metros.
d) a velocidade do móvel
Vm = ∆s tomando –se t= 10 e ∆s = 50 m
∆t
Vm = 50 m : Vm = 5m/s
10s
6
GRÁFICO HORÁRIO DO MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORME
O gráfico horário de um movimento retilíneo uniforme é a representação gráfica de
sua equação horária , num sistema de coordenadas cartesianas. Nele, marcamos os tempos
no eixo das abscissas e os espaços no eixo das ordenadas.
Vamos fazer uma tabela tempo x posição para a equação s = 10 + 5t ; atribuindo
valores para o tempo, Assim teremos ;
Para t = 0 ⇒ s = 10 + ( 5 . 0 ) = 10
Para t = 1 ⇒ s = 10 + ( 5 . 1 ) = 15
Para t = 2 ⇒ s = 10 + (5 . 2 ) = 20
Para t = 3 ⇒ s = 10 + (5 . 3 ) = 25
Para t = 4 ⇒ s = 10 + (5 . 4 ) = 30
Para t = 5 ⇒ s = 10 + ( 5 . 5 ) = 35
Para t = 6 ⇒ s = 10 + ( 5 . 6 ) = 40
Para t = 7 ⇒ s = 10 + ( 5 . 7 ) = 45
Vamos transportar os valores da tabela para o gráfico s x t , onde o eixo das abscissas
terá os valores do tempo e o eixo das ordenadas, os valores da posição.
7
b) fazer o gráfico da velocidade do movimento
Resolução
Dados : t = 0 ⇒ s = 0
t = 10 ⇒ s = 15
Vm = ∆s .
∆t
Vm = 15 cm
10 s
Vm = 1,5 cm/s
Exercícios
Faça a verificação do que você aprendeu nesse texto. Para resolver os exercícios que se
seguem, você deve saber:
I – Escreva nos parênteses, (V) se afirmativa for verdadeira ou (f) se for falsa.
II – Preencha o quadro:
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1. Um móvel percorre, num movimento uniforme, uma trajetória retilínea com a
velocidade de 1,5 m/s. Sabendo-se que o espaço inicial é de 40 m , calcule o valor do
espaço percorrido ao fim de 5 minutos.
2. Uma tartaruga encontra-se a quatro metros de uma folha de alface e começa a se mover
em direção a folha com velocidade constante igual a um décimo de quilômetro por
hora. Quanto tempo a tartaruga vai gastar para atingir a folha ?
3. Dois Móveis deslocam-se sobre uma reta, em movimento uniforme, partindo
simultaneamente de dois pontos A e B da reta, afastados 70 cm . Quando eles se movem
em sentidos opostos ( um ao encontro do outro ) , encontram-se 7 segundos após a
partida. Quando eles se movem no mesmo sentido, um deles alcança o outro ao cabo de
35 segundos . Calcule a velocidade dos dois móveis .
2 Chave de correção
I–
1.(v);
2.(f) – um movimento retilíneo uniforme pode ser progressivo ou regressivo.
3.(v)
II-
Equação da Posição Inicial Deslocamento Posição em Velocidade do
Posição (t=0) em 3s 5s Móvel ( em m/s)
S = 2 + 3t 2m 9m 17m 3m/s
S = 5 + 2t 5m 6m 15m 2m/s
S = 4t 0 12m 20m 4m/s
III –
1. v = 1,5 m/s
Tj = 0 Sj = 40 m
Sf = ? Tf = 5 min = 300s
s = sj + vt
9
4 = 0 0,027 . t
t = 4 t = 148 segundos
0,027
AB = s = 70 cm
T1 = 7s 70 cm
T2 = 35s s = sj + v . t
Sa = Va . T1 ⇒ Sa = Va . 7 ⇒ Sa = 7 Va
Sb = Vb . T1 ⇒ Sb = Vb . 7 ⇒ Sb = 7 Vb
Sa = 7 Va
Sb = 7 Vb .
As + Sb = 7 Va + 7 Vb
7 Va + 7 Vb = 70
A C B D
Sb
Sa
as = Va . 35 ⇒ Sa = 35 Vz
Sb = Vb + 35 ⇒ Sb = 35 Vb
10
Subtraindo membro a membro as duas equações , temos
Sa = 35 Va
Sb = 35 Vb .
As – Sb = 35 Va – 35 Vb
Va + Vb = 10
Va - Vb = 2 , resolvendo , temos :
2 Va = 12 ⇒ Va = 6
Atividades de ensino
Nestas atividades de ensino, você vai ler o texto e resolver exercícios que lhe permitirão :
Caracterizar Aceleração .
1 – Texto : Aceleração
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Na nossa vida diária , entretanto, o MRU é pouco comum . Se entrarmos em um
ônibus ou em um carro e ficarmos observando o ponteiro do velocímetro, veremos que a
velocidade raramente será constante, aumentando e diminuindo várias vezes .
Assim, um ônibus ou automóvel no trânsito de uma cidade , um jogador de futebol
durante uma partida, uma criança brincado são exemplos típicos de movimento variado.
O Movimento Retilíneo Uniforme Variado é aquele que se realiza em uma trajetória
retilínea e que o valor numérico da sua velocidade varia com o decorrer do tempo.
a = ∆v = V2 - V1
∆t t2 – t1
1s 5s 5s2
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VELOCIDADE MÉDIA MENOR QUE ZERO
ACELERAÇÃO MÉDIA MENOR QUE ZERO
VELOCIDADE, EM MÓDULO, CRESCENTE.
1 – Exercícios
O QUE É ACELERAÇÃO
QUAIS OS TIPOS DE MOVIMENTO EM FUNÇÃO DOS VALORES DA
VELOCIDADE E DA ACELERAÇÃO.
COMO CALCULAR OS VALORES DA VELOCIDADE E DA ACELERAÇÃO
I –RESPONDA
1 . O que é o movimento retilíneo uniformemente variado ?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
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3. Quando um movimento é acelerado ?
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
1 – Chave de correção
I – 1 . o movimento retilíneo uniformemente variado é aquele que se realiza em uma
trajetória retilínea e que o valor numérico da sua velocidade varia com o decorrer do
tempo .
a= ∆v .
∆t
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Texto : MOVIMENTO RETILÍNEO UNIFORMEMENTE VARIADO
Terminado nosso estudo sobre aceleração, vamos nos aprofundar um pouco mais no
estudo do Movimento retilíneo uniformemente variado .
Consideremos um móvel em MRUV com uma velocidade inicial a vo no instante
to = 0 , em que vamos começar o estudo do movimento. Se o móvel está em MRUV, ele
possui uma aceleração a constante; então , usando a equação a = ∆v , que nos define a
aceleração , podemos escrever : ∆t
∆v = a . ∆t
como ∆v = v – vo e ∆t = t – to, temos que
v – vo = a ( t – to ), mas to = 0 , então
v – vo = a t,
e v = vo + a . t, que é a equação que nos permite calcular a velocidade de um
móvel, depois de decorrido um tempo t qualquer .
Para completar a descrição do MRUV , precisamos conhecer, além da aceleração e
da velocidade, a posição do corpo com o decorrer do tempo .
No movimento retilíneo uniformemente variado, a variação da velocidade escalar é
proporcional ao tempo , o que nos permite dizer que a velocidade escalar média entre dois
pontos é igual a media aritmética das velocidade escalares instantâneas nos pontos
considerados .
Vm = v + vo .
2
os , substituindo v pela sua equação ( v = vo = at ),
Vm = ( vo at ) + vo ⇒ vm = 2 vo + at ⇒ vm = vo + at .
2 2 2
mas você sabe que Vm = s – so , ⇒ Vo + at ⇒ s – so = vo . t + a . t . t,
2 2 2
resolução :
a ) Dados : a = 5 m/s2 t = 10s
vo = 40 m /s v=?
v = vo + at
v = 40 + 5 . 10 ⇒ v = 40 + 50 ⇒ v = 90 m/s
resp : a velocidade do avião será de 90 m/s.
b) dados : a = 5 m/s2 vo = 0
v= 40 m/s t=?
v = vo + a t
40 = 0 + 5 t ⇒ t = 40 ⇒ t = 8 s
15
5
resp: o tempo necessário para que o avião atingisse a velocidade de 40 m/s foi de 8
segundos.
c) dados : a = 5 m/s so = 0
t = 20 s vo = 0
s = so + vo t + at2
2
s = 0 + 0 . t + 5 . ( 20 )2
2
s = 5 . 400 = 2000 ⇒ s = 1000 m
2 2
v = v o + at
v = 0 + 5 . 20 ⇒ v = 100 m/s
resp ⇒ o espaço percorrido pelo avião . nos primeiros 20 segundo de movimento , será de
1000 m e sua velocidade será 100 m /s.
Equação de Torricelli.
v= vo + at
0 = 20 + (-2 )t ⇒ 2t = 20 ⇒ t = 10 s
vejamos .
temos os dados : a = - 2 m/s2
v=0
vo = 20 m/s
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Antes de continuarmos , gostaríamos que você percebesse não ser necessário
memorizar todas as variantes das equações apresentadas. Qualquer problema sobre
movimento retilíneo uniformemente variado será resolvido por você com o auxílio de
apenas três fórmulas :
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A representação gráfica de uma equação do segundo grau é sempre uma parábola,
então , vamos construir o gráfico para um movimento que tenha a equação s = t + 2t2 .
2
T S 12
0 0
1 2 20
2 6
3 12
4 20 6
1
1 2 3 4
Determine :
a) a velocidade inicial vo do movimento
b) a aceleração a do movimento
c) a equação horária da velocidade no intervalo de tempo da tabela
d) em que intervalo de tempo o movimento é retardado
e) em que intervalo de tempo o movimento é acelerado
f) em que intervalo de tempo o movimento é progressivo
g) em que intervalo de tempo o movimento é regressivo
h) o espaço percorrido pelo móvel entre os instantes to e t9
i) o gráfico da função v x t
j) o gráfico da função s x t .
resolução :
c) pelo anunciado do problema , sabemos que o móvel está em MRUV e que sua
aceleração e´constante em qualquer intervalo de tempo considerado. Entre os instantes t
= 0s e t = 1s, temos : a = ∆s ⇒ a = 12 – 16 ⇒ a = -4 m/s
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∆t 1
v = 16 – 4t
g) O movimento é regressivo quando sua velocidade e negativa.Na tebela , vemos que isso
ocorre entre os instantes t = 4s e t = 9s
h) Vamos calcular o espaço percorrido pelo móvel em duas etapas . A primeira entre os
instantes t = 0s e t = 4s e a segunda entre os instantes t = 4s e t = 9s .
Entre os instantes t = 0s e t = 4s , o móvel percorreu :
S = so + vot + at2 ⇒ s = 0 + ( 16 . 4 ) + ( - 4 . 42 ) ⇒ s = 64 – 32 = 32 m
2 2
s = so + vo t + at2 ⇒ s = 0 + 0 . 5 + | ( - 4 . 52 ) | ⇒ s = 100 = 50 m
2 2 2
Note que o instante t = 4s, quando a velocidade do móvel se anula, ocorre mudança
no sentido do movimento .
Poderíamos, também , resolver essa questão da seguinte forme:
Considerar o espaço inicial So como sendo o percorrido entre os instantes t = 0s e t = 4s
Calcular o módulo do espaço percorrido entre os instantes t = 4s e t = 9s e somá-lo ao
espaço inicial , assim :
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S = So
( t = 0 ⇒ t = 4 f) + Vot + at2
2
⇒ s = 16 . 4 + ( - 4 . 42 ) + | 0 . 5 + ( -4 . 52) ⇒ s = 64 + ( - 32 ) + | - 50 |
⇒ s = 32 + 50 = 82 m 2
A = base x altura
2
e a área do triângulo B é : 9 – 4 x 20 = 5 x 20 = 50 m
2 2
A soma do valor das áreas dos triângulos A e B , então, é 32m + 50m = 82m m que
é o valor do deslocamento do móvel.
J ) Vamos construir a tabela da função s x t , substituindo o valor de t na equação
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2. Exercícios
Faça a verificação do que aprendeu do estudo deste texto, sugerimos a você não tentar
responder aos exercícios sem ter certeza do domínio do conteúdo apresentado.
Para resolvê-los você deverá saber :
I - Escreva , nos parênteses, (v) se a afirmação for verdadeira ou (f) se for falsa.
1 ( ) No movimento retilíneo uniformemente retardado, o gráfico sx t fornece uma reta
inclinada em relação ao eixo dos tempos.
2 ( ) No MRUV , a reta obtida ao se construir o gráfico V x T indica o espaço percorrido
pelo móvel.
3 ( ) A velocidade média de um móvel em MRUV , entre dois instantes, vale a média
aritmética das velocidades instantâneas que o móvel apresenta em cada um desses instantes.
4 ( ) No movimento retilíneo uniformemente variado, a variação da velocidade é
proporcional ao tempo.
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1.Um móvel gasta 15 segundos para passar da velocidade de 11 m/s para 29 m/s . Qual é a
sua aceleração ?
2. Um móvel tem movimento retilíneo uniformemente acelerado, com aceleração de
6 cm/s2. Sabendo-se que a velocidade inicial vale 4 cm/s e o espaço inicial vale 20 cm,
qual a equação horária desse movimento e qual será o espaço percorrido no instante t= 4s ?
3. Um automóvel acha-se a uma velocidade de 54 km/h e seu motorista é obrigado a frear
repentinamente. Sabendo-se que os freios imprimem ao carro uma aceleração negativa de
2m/s2, pergunta-se quanto tempo gasta o carro até parar e que distância percorre nesse
tempo?
4. Um cano de fuzil tem 90 cm de comprimento e uma bala deixa o fuzil com uma
velocidade de 600 m/s . Que aceleração média age sobre a bala durante seu percurso dentro
do cano e qual é o tempo gasto pela bala para percorrer o cano ?
2 . Chave de correção
I–
1. ( F ) no movimento retilíneo uniformemente retardado e no movimento retilíneo
uniformemente acelerado, o gráfico s x t fornece uma parábola.
2. ( F ) No MRUV, a reta que se obtém ao se construir o gráfico v x t indica a velocidade e
a aceleração do móvel. O espaço percorrido é indicado pela área delimitada pelo eixo dos
tempos ( abscissa ), pela reta e pelas perpendiculares ao eixo dos tempos traçadas pelos
pontos dos intervalos de tempo inicial e final .
3. ( V ) 4. ( V )
II - 1. ( c ) ; 2. ( d ) ; 3 (a ) ; 4. ( b ) .
2. Dados :
a = 6 cm/s2 So = 20 cm
vo = 4 cm/s t =4s s=?
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Se todos estão se movimentando a 36 km/h, podemos dizer que possuem a mesma
velocidade escalar. Entretanto, observe que:
Os móveis A e C movimentam–se na mesma direção, indicada pela reta em que se
encontram ( no caso, a rua ), mas em sentidos opostos( o sentido é indicado pela seta ),
o mesmo ocorrendo com os móveis B e D;
Os móveis A e B movimentam – se em direções e sentidos diferentes, o mesmo
ocorrendo com os móveis C e D.
Se você observar um conjunto de retas paralelas, verá que elas apresentam uma
característica comum : têm a mesma direção .
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_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
_________________________________________________________________________
A B
Sentido de B para A
A B
Sentido de A para B
módulo
vetor ( do latim vector = condutor ) é o ente matemático que reúne em si módulo, direção e
sentido . Todo segmento que apresenta essas três características pode representar um vetor:
direção
Vetor sentido
Módulo ( número real não – negativo )
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Representação vetorial :
C = D
ADIÇÃO DE VETORES
Uma importante aplicação prática da adição de vetores é a determinação da rota de
embarcações e aviões. Por exemplo, quando um avião está está voando de um lugar ( A)
para outro ( B ) e enfrenta uma vento que sopra em ângulo reto em sua direção , o piloto
deve alterar sua rota, fazendo um desvio como o representado na figura. A nova direção é
dada pela adição dos vetores .
Rumo do avião C
Direção
A Do vento
Rota a seguir
B
Método da poligonal
A
A
P
S
C B B
Q
C
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P : Ponto do plano no qual começa o processo
Q : Ponto do plano no qual termina o processo
Logo : S=A+B+C
Observação :
P=Q A
A
B C B
S=O
C
Regra do paralelogramo
Para obter o vetor soma por esta regra, construímos um paralelogramo com origem
comum par cada par de vetores :
A S=A+ B
| S | = √ |A|2 + |B|2 + 2|A| |B| . cos ∝ ( obtido a partir
∝ S
B da lei dos cossenos )
F1
F2
25
Método das projeções
A medida algébrica do segmento obtido pela ligação dos pontos de intersecção das
perpendiculares com os eixos recebe o nome de projeção do vetor no eixo:
Sx = Ax + Bx + Cx + D
Sy = Ay + By + Cy + Dy
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Observação :
Para operar com vetores é importante conhecer as seguiste relações trigonométricas no
triângulo retângulo:
4. Subtração de Vetores
Na figura a seguir, vemos que para subtrair dois vetores, devemos adicionar um
deles ao oposto do outro.
Então
D = A – B = A + (-B)
Sendo D o vetor diferença.
Direção : a mesma de P
P= ks Sentido : para k > 0 : o mesmo de P
Para k < 0 : contrário ao de P
Módulo : |P| = |k| . |x|
Por exemplo, vamos considerar o vetor A representado abaixo e os números k = 2 e
k = -0,5
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Para determinar os vetores B = ka e C = K’A procedemos da seguinte maneira :
Direção : a mesma de A
B sentido : o mesmo de A
|B| = 2|A|
B
Direção : a mesma de A
C sentido : contrário ao de A
|C| = | - 0,5 | |A|
c
1 . Dados os vetores abaixo, determine :
B
2
A
C
6. Vetor deslocamento
Um móvel parte da praça da Sé, em São Paulo , às 8h e chega à praça da Apoteose,
no Rio de Janeiro, às 13h.
Com base nessa informação , podemos representar o vetor deslocamento ( ∆r) do
corpo e conhecer previamente sua trajetória, apenas ligando as posições iniciais e final,
através de um segmento orientado de reta.
10 km
∆r B
30º
reta A
28
Direção : a mesma da reta que forma ângulo de 30º com a horizontal
Sentido : de A para B
Intensidade : 10 km(|Rr| = 10 ; unidade : km )
direção a mesma de ∆r
Vm sentido: o mesmo ∆r
intensidade : Vm = ∆r .
∆t
No SI, a unidade de intensidade da velocidade média é m/s
8 . vetor velocidade
V = ∆r ( ∆t muito pequeno )
∆t
29
A parti daí, concluímos que a direção do vetor velocidade nesse ponto é tangente à
trajetória e possui o sentido do movimento ; concluímos também que a intensidade da
velocidade vetorial em cada ponto coincide com a intensidade da velocidade escalar .
Assim, para qualquer ponto de uma trajetória, o vetor velocidade é sempre
tangente a ela.
Podemos observar evidências dessa conclusão em experiências simples como girar
uma pedra amarrada num barbante : soltando o barbante em qualquer posição , a pedra
prossegue na direção tangente à trajetória e no mesmo sentido do movimento.
0
10 . Vetor aceleração média
Sempre que observamos uma variação no vetor velocidade de um móvel, podemos
determinar de que maneira essa variação ocorre no tempo . O resultado obtido recebe o
nome de aceleração vetorial média ou vetor aceleração média :
Direção : igual à de ∆v
Sentido : igual ao de ∆v
Intensidade : ym = |∆v| .
∆t
30
Aceleração tangencial ( at): tem sempre a direção da velocidade do móvel, e o sentido
depende do movimento ser acelerado ou retardado :
observação :
A aceleração centrípeta também pode ser chamada de aceleração normal ou aceleração
radial.
LEI DA INÉRCIA
Aristóteles afirmava que o estado natural do corpo era o repouso, ou seja, quando
um corpo adquire velocidade, sua tendência natural é voltar ao repouso ( daí a explicação
dos antigos filósofos de que os corpos celestes deviam ser empurrados por anjo ...)
Em oposição ao que afirmava Aristóletes, Galileu elaborou hipótese de que não há
necessidade de forças para manter um corpo com velocidade constante, pois uma
aceleração nula está necessariamente associada a uma força resultante nula :
Nos Diálogos sobre os dois principais sistemas do mundo, Galileu formulou pela
primeira vez a Lei da Inércia : Numa situação ideal ( como o caso de uma esfera lançada
sobre um plano horizontal perfeitamente polido ), o corpo adquire um movimento retilíneo
e uniforme.
Nesse caso , o movimento seria perpétuo.
Galileu não chegou a comprovar experimentalmente sua hipótese, pois, na prática, a
situação por ele imaginada é difícil de realizar-se . Uma comprovação experimental pode
31
ser feita em laboratório, com discos de bases polidas, que deslizam em movimento retilíneo o
Puxando bruscamente
Quando o ônibus parte, o motorista e os passageiros tendem a
e uniforme, sobre camadas de ar ou gás carbônico . cartão na direção
continuar em repouso em relação ao solo. Quando o ônibus
Mas podemos pensar num caso quase ideal , como , por exemplo, a patinação
horizontal , a moedano cai
freia, o motorista e os passageiros tendem a continuar em dentro do copo
gelo : quando o patinador é empurrado, seu movimento tende a persistir durante razoável
movimento em relação ao solo
intervalo de tempo .
Resolva:
1. A lei da inércia é válida para qualquer referencial ?
2. Indique a diferença entre o raciocínio de Aristóteles e o de Galileu , que levou à
descoberta da Lei da Inércia .
3. Newton ao enunciar suas leis, deu razão a Aristóteles ou a Galileu ? Justifique .
4. Por que , na prática, o princípio da inércia é de difícil comprovação ?
5. Os lançamentos espaciais se baseiam rigorosamente nas leis de Newton. O êxito
desse lançamento solidifica a crença nessas leis ?
6. Qual a importância do uso do cinto de segurança nos automóveis ?
7. Um pára-quedista desce verticalmente , próximo à superfície da Terra, com
velocidade constante . Qual a resultante das forças que agem sobre o conjunto ?
Lei Fundamental
32
semelhantes, chegamos à conclusão de que a resultante (R) e aceleração ( y) são grandezas
diretamente proporcionais. Levando em conta que a aceleração adquirida apresenta sempre
a mesma direção e o mesmo sentido da força aplicada, podemos escrever .
R=ky
A força resultante, neste caso, é a mesma da figura 1 , mas aplicada a dois discos
idênticos e superpostos. Em conseqüência, a aceleração fica reduzida à metade.
Podemos dizer , portanto, que o coeficiente k recebe o nome de massa inercial (m)
do corpo.
Experiências desse tipo permitiram o surgimento da mais importante relação
Fundamental da Dinâmica, que é a formalização matemática da Segunda lei de Newton:
R = my
As características de y são ;
Direção : a mesma de R
Sentido : o mesmo de R
Intensidade : y = R .
M
1 N = 1 kg . 1 m/s2
Exercícios resolvidos
33
1 – Sobre um corpo de 10 kg de massa agem duas forças constantes, que formam entre si
um ângulo de 60º e cujas intensidades são respectivamente iguais a 12N e 16N. Sabendo
que o corpo se encontrava inicialmente em repouso, determine:
a) a aceleração do corpo;
b) sua velocidade escalar após 5s;
c) o movimento do corpo a partir do instante t = 5s, quando as forças deixam de agir.
2 – Sob a ação exclusiva de duas forças, F1 e F2, de mesma direção , um corpo de 6,0 kg
de massa adquire aceleração de módulo igual a 4,0 m/s2. se o módulo de F1 vale 20 N, o
módulo de F2, em Newton , só pode valer :
Essa situação ilustra a Terceira Lei de Newton, chamada Lei ou Princípio da Ação e
Reação.
34
Tipo de máquina a vapor, construída para explicar a Terceira lei de Newton. A
qualquer ação corresponde uma reação oposta.
Essa lei sugere que na natureza as forças ocorrem sempre aos pares , não havendo
ação sem uma correspondente reação .
Força peso
Vimos anteriormente que a força peso (P) é uma força de campo, pois ocorre pela
ação a distância entre os corpos.
Imagine, então, a seguinte situação: duas bolas, de massas m1 e m2, foram
abandonadas em repouso no mesmo nível e estão em queda livre vertical próximo à
superfície da Terra.
Nesta situação , a única força que atua sobre cada bola é a força gravitacional P.
A intensidade de P pode ser calculada multiplicando a massa m pela intensidade da
aceleração da gravidade g.
P = mg
Vetorialmente, temos :
P = mg
Logo h
P1
Y1 = Y2 = g P2
35
Aceleração e campo gravitacional
Na queda de corpos muitos leves ou de baixo
densidade, a influência do ar é tão importante a ponto de
atrasá-los na queda. Por isso, alguns anos depois de Galileu,
Newton imaginou um tubo cujo interior o ar fosse retirado.
Não havendo ar, podemos ver uma pena e uma pedrinha
caírem juntas. Isso acontece também na Lua, onde não existe
atmosfera .
A aceleração com que os corpos caem caracteriza o
campo gravitacional . Nos lugares em que os corpos caem
mais depressa, isto é , com maior aceleração, dizemos que o
campo gravitacional é mais intenso.
36
Mas , o que são forças de atrito?
São forças tangenciais que aparecem quando há escorregamento ( ou tendência de
escorregamento ) entre superfícies sólidas que se comprimem. A ocorrência desse
fenômeno depende, entre outras coisas, do estado de polimento e da natureza das
superfícies.
FAc = F
Aumentando gradativamente a intensidade de F, o bloco continua em repouso até que F
atinja um valor – limite entre o repouso e o movimento iminente. Nesse momento, o bloco
se encontra na iminência de movimento e temos;
FAe = Fams = F
Experimentalmente , podemos estabelecer as seguiste leis para o atrito:
A intensidade da força de atrito estático varia de zero até o valor máximo de Famx
A intensidade da força de atrito máxima é diretamente proporcional à intensidade da
força Normal (N) que a superfície aplica sobre o bloco.
FAmas = µeN
37
Força de Atrito Cinético
O gráfico seguinte mostra de que maneira variam os atritos estático e cinético entre
as superfícies .
µe > µc
38
1 . um bloco de 5 kg de massa está em repouso numa superfície. Os coeficientes de atrito
estático e cinético são respectivamente iguais a 0,4 e 0,3 e g = 10 m/s2.
a) Determine a intensidade da força horizontal com que o
bloco deve ser puxado para que fique na iminência de
deslizamento.
b) Se o bloco for puxado por uma força 30 N que forma com
a horizontal um ângulo de 60º , ele começará a se move? Justifique.
c) Determine a intensidade da aceleração e da força normal sobre o bloco quando ele é
puxado por uma força de 50N que forma um ângulo de 60º com a horizontal.
F’ = N + FA
Superfície lisa
39
6. Na figura ao lado a roldana e os fios são ideais e os atritos são desprezíveis. O corpo B
tem massa mB = 10 m/s . Determine :
a) a tração no fio.
b) a massa do bloco A
2
para obter o espaço percorrido no instante t = 4 segundos , basta substituir nessa equação o
valor de t .
s = 20 + 4 . 4 + 3 . 42 ⇒ s = 20 + 16 + 48 ⇒ s = 84
Se queremos calcular o tempo que o carro gasta até parar V = 0 m/s, então temos :
V = Vo + at ⇒ 0 = 15 ( -2t ) ⇒ 2t = 15 ⇒ t = 7,5s
4. Dados : Vo = 0 s = 90 cm = 0,9 m
V = 600 m/s a=?
Resp. A aceleração média da bala durante seu percurso dentro do cano do fuzil é de
200.000 m/s2 e a bala gasta 0,003 s para percorrer o cano.
40
TEXTO : TRABALHO DE UMA FORÇA
No nosso dia –a – dia , a palavra trabalho é usada para designar genericamente uma
atividade física ou intelectual : fabricar um móvel, dirigir um caminhão ou um ônibus,
cuidar da lavoura, escrever um livro são algumas formas de trabalho. Em física, o termo
trabalho está associado a forças e não a corpos; assim, para a física, se um operário estiver
parado segurando uma carga qualquer, ele não estará realizando nenhum trabalho, por
maior que seja essa carga.
Para uma força realizar um trabalho, é necessário que ela se desloque e que admita
um componente na direção desse deslocamento.
Vamos considerar um ponto material que se desloca sobre uma reta, de A para B,
sob a ação de um sistema de força. Seja d o vetor deslocamento, F um força constante entre
as que atuam sobre o ponto , e θ o ângulo formado por F e d. O trabalho da força F no
deslocamento d é definido pela grandeza escalar:
τ = F . d . cos θ F
θ
A d B
Como F e d não têm sinal ( são módulos ) , o sinal do trabalho τ ( lê-se tau) é dado
pelo sinal do cosseno do ângulo θ. Vejamos
a) se o ângulo θ for agudo, temos cós θ > 0 e , nesse caso , o trabalho da força F será
positivo, o que significa que a força esta ajudando o movimento do ponto material;
b) se o ângulo θ for abtuso, temos cós θ < 0 , e o trabalho da força F será negativo,
significando que a força está agindo contra o movimento do ponto;
c) se o ângulo θ for reto, temos cós θ = 0, o que fará com que o trabalho da força F
seja nulo, o trabalho da força F não ajudará nem atrapalhará o movimento .
Pense e responda.
Unidades de trabalho
A unidade de trabalho no sistema SI é o joule (J) 2, equivalente ao trabalho de
uma força constante de intensidade de 1N que desloca seu ponto de aplicação na
direção e no sentido de uma força em um comprimento de um metro : J = N . m . São
usadas, também , outras unidades como o erg = dyn . cm , no sistema CGS ; o kgm =
kgf . m , no sistema MK*S. o quilowatt- hora ( kwh) = 3,6 . 106j; o elétron-volt ( eV) =
1,602 . 10 –19 J e a caloría ( cal ) = 4,1868 j(3).
41
1. Determine o trabalho realizado pela força constante F, de intensidade F = 20N, que
atua sobre uma partícula , deslocando –a ao longo de uma reta com extensão de 5
metros, conforme os esquemas:
42
O TRABALHO DA FORÇA – PESO
Vamos , agora , estudar um caso muito particular. Trata-se do trabalho realizado
quando uma partícula, sob a ação do seu peso, passa de uma posição inicial A para uma
posição final B. Consideremos dois casos distintos.
Vejamos, agora , o que vem a ser potência . Suponhamos que , em um grande depósito
de materiais ,um empregado eleve uma caixa de 60 quilos a uma altura de um metro, em 30
segundos , e que uma empilhadeira gaste apenas 10 segundos para elevar a mesma caixa à
mesma altura . Embora o empregado tenha realizado o mesmo trabalho que a empilhadeira ,
a máquina realizou o trabalho em menos tempo.
Seja uma força F que , num intervalo de tempo ∆t qualquer, realiza um trabalho τ.
Chamamos de potência média (pm) da força F, no intervalo de tempo, ao quociente:
Pm = τ .
∆t
Vamos calcular a relação existente entre a potência e a velocidade quando uma partícula se
movimenta retilineamente sob a ação de uma força constante F, paralela ao deslocamento.
Suponhamos que uma partícula se desloque de A para B sob a ação de um força F.
Nesse caso, o trabalho da força F será dado por :
τ=F.d
43
A F B
A potência média de F será dada
d por:
Pm = τ .
∆t
mas τ = F . d , então : Pm = F . d
∆t
Pm = F . Vm
Unidade de Potência
Você já sabe que a potência é o quociente entre o trabalho e o intervalo de tempo, então as
unidades de potência serão quocientes das unidades trabalho pelas unidades de tempo,
assim temos:
a) no sistema MKS (SI )
unidade trabalho: J (joule )
unidade de tempo: s (segundo )
unidade de potência : J que recebe o nome de watt e tem o símbolo W.
s
um watt (lw) é a potência de um sistema capaz de realizar uma trabalho de 1 joule em 1
segundo.
b) no sistema CGS
unidade de trabalho : erg
unidade de tempo : s
unidade de potência : erg/s (erg por segundo ).
Um erg por segundo é a potência de um sistema capaz de realizar o trabalho de 1 erg
em 1 segundo .
c) no sistema MK*S:
unidade de trabalho : kgm ( quilogrâmetro )
unidade de tempo : s
unidade de potência : kgm / s ( quilogrametro por segundo ).
Além dessas unidades temos , também , algumas unidades de potência e a sua relação
com o watt.
44
O conceito de rendimento é comum em nossa vida diária “ meu carro não tem
apresentado bom rendimento” “ estou tendo um ótimo rendimento no estudo desta
disciplina”, são frases que você já deve ter dito e ouvido várias vezes . Para estudarmos o
que é rendimento , vejamos alguns conceitos novos.
Consideremos um motor de um automóvel que tem a finalidade de fazer o veículo
se deslocar. Para que o motor possa funcionar, devemos fornecer uma certa quantidade de
combustível e, em troca, ele nos fornece um trabalho (o deslocamento do
automóvel ).
O trabalho que fornecemos ao sistema, chama-se trabalho motriz , e o trabalho que
o sistema nos devolve, chama-se trabalho útil. O trabalho útil é sempre menor que o
trabalho motriz, porque uma certa parte é gasta para vencer o atrito e outras resistências, a
que chamamos de resistências passivas ou trabalho passivo.
R =τu .
τm
Onde R será sempre menor que a unidade.
Sabendo que a potência é dada pela relação existente entre o trabalho e a unidade de
tempo, podemos calcular, também o rendimento R em função da potência :
R=Pu
Pm
Resolução:
a) dados
P = 50 N velocidade constante
AB = h = 1,2m
45
b) como o corpo está sendo suspenso com velocidade constante, concluímos que o homem
equilibra a força – peso durante o trajeto, aplicando ao corpo uma força F de mesma
intensidade , mesma direção ( vertical ) . Porém de sentido oposto ao da força P : F = - P.
τ=p. h
Resolução:
Dados : τ = 25j ∆t = 5s
Pm = τ ⇒ Pm = 25 ⇒ Pm = 5 j /s ⇒ Pm = 5w
∆t 5
1 HP ------------- 746W
X HP------------- 5W
X = 5 J /S
Para acionar uma máquina são fornecidos 5 HP, dos quais 3 HP são gastos para vencer as
resistências passivas. Calcule o rendimento dessa máquina.
Resolução .
R = Pu ⇒ r = 2 ⇒ r = 0,4
Pm 5
O rendimento da máquina é de 40% ( ou 0,4 ).
EXERCÍCIOS:
46
O que é trabalho de uma força , trabalho motor, trabalho resistente e trabalho nulo.
O que é pontência
O que é rendimento .
1. um pequeno bloco desliza num trilho reto, sem atrito, submetido à ação de uma
força constante F = 250 N . Calcule o trabalho desta força num deslocamento de
10m no mesmo sentido da força.
Chave de correção
I–
1.( F ) – o trabalho é uma grandeza escalar.
2.( F ) - A força de atrito realiza um trabalho resistente pois age contra o deslocamento .
3.(V) -
47
4.(v) –
5. ( v) -
II –
1.(A)
2.(B)
3.(A)
4.(B)
5.(A)
III –
1.Dados : F = 250 n d = 10m
Para calcular o trabalho da força F, basta aplicar diretamente a fórmula, lembrando que, se
o deslocamento é no mesmo sentido da força , cós θ = 1.
τ = F . d . cós θ ⇒ τ = 250 . 10 . 1 ⇒ τ = 2 500 j
o trabalho das função P = 100 N e N = 40 N é nulo porque o ângulo que essas forças
fazem com a horizontal é reto ( cós θ 90º = 0 ⇒ τ = F . d . 0 = 0 ).
τF = 100 . 10 . 0,8
τ = 800 j
τf = f . d . cos θ
τf = 4 . 10 . –1
τf = -40 j
resp. O trabalho das forças N e P è nulo , o da força F e de 800 joules e o da força f e de
-40 joules.
48
TERMOMETRIA
Uma ciência quantitativa
Temperatura
Com base nessa experiência , podemos definir que temperatura é uma grandeza que
permite avaliar o grau de agitação térmica das moléculas de um corpo .Esse movimento
está associado a um tipo de energia cinética, denominada energia térmica.
49
Assim , os pontos de ebulição da água e de fusão do gelo permaneceram como
pontos fixos da escala Celsius. O intervalo entre eles foi dividido em cem partes iguais,
cada uma valendo 1 ºC ( um grau Celsius).
Essa escala é utilizada em quase todo o mundo, apenas alguns países de língua
inglesa utilizam a Fahrenheit.
Escala Fahrenheit
Proposta pelo físico alemão Gabriel Daniel Fahrenheit ( 1686 - 1736 ) , que
também era fabricante de instrumentos meteorológicos, essa escala faz corresponder a 32 º
F ( trinta e dois graus Fahrenheit ) o ponto de fusão do gelo e a 212 º F o ponto de ebulição
da água, com 180 ºF compreendidos entre esses dois pontos fixos.
Desse modo , podemos estabelecer a relação entre as escalas Celsius e Fahrenheit.
θf - 32 = θ c - 0 ⇒ θc = 5 ( θf - 32 )
180 100 9
Escala Kelvin
As escalas Celsius e Fahrenheit são conhecidas como escalas relativas, pois o zero
nelas não significa ausência de agitação molecular.
Foi o físico britânico lorde Kelvim ( William Thomson Delvin, 1824 – 1907 ) quem
inventou a escala absoluta. Nela , a temperatura de fusão do gelo corresponde a 273 K.
(duzentos e setenta e três kelvins; que na escala Celsius a fusão do gelo corresponde a 0ºC e
a ebulição da água a 100 ºC)
A escala de Kelvin é absoluta porque tem origem no zero absoluto de temperatura .
Isso significa que a temperatura de um corpo não pode decrescer indefinidamente : seu
ponto máximo de esfriamento é o zero absoluto, que corresponde a –273 ºC. Inexistente na
Terra ou em suas proximidades , temperaturas próximas ao zero absoluto podem ser
alcançadas apenas em laboratório .
Como a temperatura está relacionada à agitação das moléculas, o corpo com zero
absoluto de temperatura não possuiria agitação molecular.
50
A passagem da escala Celsius para a kelvin é simples : basta adicionar ou subtrair
273 . Observe :
Resolução:
Em dois segmentos paralelos, representamos as escalas termométricas, anotando em cada
um as temperaturas dos pontos fixos,a temperatura normal do corpo humano e a nossa
incógnita :
Você sabia?
3. Equilíbrio térmico
4. Escalas de temperatura
51
vigor, com enormes diferenças entre uma e outra. Apenas três são usadas hoje : a escala
Celsius, a Fahrenheit e a Kelvin.
Escala Celsius
Apresentada em 1742 pelo astrônomo sueco Anders Celsius ( 1701 – 1744 ) , essa
escala tem uma divisão centesimal que facilita a leitura . Curiosamente, o primeiro
termômetro feito nessa escala fixava em 100 ºC ( cem graus Celsius ) o ponto de ebulição
da água. Posteriormente , esses pontos foram invertidos .
Usando um termômetro de mercúrio, Celsius observou que ao colocá-lo em contato
com a água em ebulição, a uma pressão constante, a expansão do mercúrio cessava após
algum tempo, pois ele entrava em equilíbrio térmico com a água e permanecia nesse ponto
enquanto houvesse água em ebulição. Colocando o termômetro em uma mistura de gelo
fundente e água , a contração do mercúrio também era interrompida no ponto em que o
mercúrio entrava em equilíbrio térmico com a mistura.
A termômetro em contato com gelo fundente e água . termômetro em contato com água em
ebulição . Nos dois casos , o mercúrio cessa o movimento ( de contração em A, de
expansão em B) ao atingir o equilíbrio térmico com as respectivas misturas .
1. Efeitos da dilatação
Portões de ferro abrem mais facilmente no inverno do que no verão. Recipientes de
vidro grosso se quebram quando neles colocamos água fervendo. A tampa metálica dos
vidros de conserva e a tampa de plástico dos vidros de esmalte são facilmente retiradas
quando aquecidas, a água de um recipiente totalmente cheio transborda mesmo antes de
ferver.
Você sabe por quê?
No capítulo anterior dissemos que um dos efeitos provocados pelo calor é a
dilatação dos corpos. Isso acontece porque, ao elevar-se a temperatura, a energia cinética de
cada molécula aumenta , fazendo com que a distância média entre elas também aumente.
Veja o esquema .
52
Esquema mostrando a energia potencial (representada pelas molinhas) entre as moléculas
de um sólido ( representadas pelas bolinhas ) . cada molécula apresenta também uma
energia cinética de vibração (representadas pelos tracinhos em volta das molecular ) .
quando a temperatura se eleva, aumenta a distância média entre as moléculas
Assim , no verão o ferro tem seu volume aumentado, o que dificulta a abertura
desses portões. Quando aos recipientes de vidro grosso, a ruptura acontece porque, ao
contato com a água fervendo, as paredes internas se expandem antes das externas ( existem
vidros, como o pirex, preparados especialmente para que isso não ocorra ) ; recipiente de
vidro poço espesso não quebram tão facilmente em contato com a água fedendo porque o
vidro se aquece uniformemente, dilatando-se praticamente por igual. As tampas metálicas
ou de plástico também se dilatam com o aquecimento, soltando-se mais facilmente. O
simples aquecimento já aumenta o volume da água e ela trasborda se o recipiente estiver
totalmente cheio.
Dilatação pode causar grandes transtornos se não for levada em conta na construção
de estradas, pontes e edifícios. Por exemplo, quando se constrói uma ferrovia é preciso
deixar determinados vãos entre as emendas dos trilhos , para que no verão , com o aumento
da temperatura, cada parte possa dilatar-se sem empurra a outra.
Todos os corpos - sólidos, líquidos e gasosos - estão sujeitos à dilatação térmica,
embora ela apresente variações de um material para outro, Neste capitulo vamos estudar
apenas a dilatação de sólidos e líquidos Pelo comportamento particular que apresentam , os
gases serão estudados em capítulo à parte.
No estado sólido a matéria tem forma própria e volume definido. Isso porque as
moléculas que compõem o corpo sólido:
Estão fortemente ligadas entre si;
Apresentam um movimento tão pequeno que permanecem praticamente
estacionárias .
O aquecimento leva o sólido a dilatar se em todas a direções . Mas dependendo do
caso, a dilatação de um sólido pode ser considerada :
Linear – quando levamos em conta apenas a variação de uma de suas dimensões,
Superficial – quando levamos em consideração a variação da área de uma secção, por
exemplo, comprimento e largura;
Volumétrica - quando consideramos a variação de volume, isto é , do comprimento , da
altura e da largura.
53
Veja o exemplo de uma barra de ferro aquecida :
Dilatação linear
Dilatação volumétrica
54
Experiências com barra metálica aquecida mostram uma variação ∆l no
comprimento que é diretamente proporcional tanto ao comprimento original lo da barra
como à variação ∆θ da temperatura. Assim, podemos escrever a seguinte equação da
dilatação linear :
∆l = αlo∆θ
Substância Coeficiente ( 10 –5 / º C )
Alumínio 2,4
Bronze 1,8
Concreto 0,7 – 1,2
Cobre 1,7
Ferro 1,2
Chumbo 3,0
Quartzo 0,05
Prata 2,0
Aço 1,2
∆S = βSo∆θ
β : coeficiente de dilatação superficial do material
em que So área original da superfície
∆V = γ Vo∆θ
β = 2α e γ = 3α
55
Em um líquido, as partículas em suspensão apresentam movimento
aleatório, , causado pela agitação molecular do líquido . Esse
movimento foi denominado browniano. Em homenagem ao botânico
inglês. Robgert Brown, o primeiro a tratar do movimento desordenado
de grãos de pólen flutuando na água, constatando que isso era desde de
uma agitação das moléculas do líquido.
logo :
Calorimetria
CONCEITO DE CALOR
56
forma , no filamento de uma lâmpada. A energia elétrica é transformada em energia
térmica.
Nos séculos XVII e XVIII, vários cientistas procuraram descobrir a natureza do
calor. Os trabalhos mais significativos foram apresentados no século XVIII, pelo médico
químico e físico escocês Joseph Black ( 1728 – 1799) e pelo físico americano Benjamin
Thompson (1753 – 1814) , tornado conde Rumford da Baviera.
Black verificou que, expostos à mesma fonte de calor , um bloco de ferro e um de
madeira de igual volume e à mesma temperatura inicial variam de maneira diferente sua
temperatura . Constatou, então, que corpos de materiais diferentes, expostos à mesma fonte
de calor, apresentam diferentes maneiras de variar a temperatura .
As primeiras evidências de que o calor é uma forma de energia foram apresentadas
pelo conde Rumford. Ele realizou essa descoberta quando supervisionava para o governo
bávaro o uso de canhões. Para evitar o aquecimento excessivo, o orifício do canhão
precisava ser mantido cheio de água, que se evaporava pelo aquecimento à medida que o
canhão ia sendo usado.
Em sua observações de que o orifício do canhão era aquecido por causa da força de
atrito está a origem da idéia de que o trabalho mecânico pode gerar calor.
No século XIX , graças às pesquisas do físico Inglês James Prescott Joule ( 1818 –
1889 ), do físico alemão Rudolf Clausius ( 1822 – 1888 ) e de Lod Kelvin , uma teoria
modena sobre o calor foi formulada : calor é a energia transferida de um corpo para outro
em conseqüência da diferença de temperatura entre eles.
A unidade usual de calor é caloria (clã), ou pequena caloria, que corresponde à
energia necessária para variar em 1º C a temperatura de 1 g de água . Outra unidade,
utilizada principalmente por nutricionistas, é a quilocaloria ( kcal ), ou grande caloria, que
corresponde à quantidade de calor necessária para aumentar em 1º C a temperatura de 4 kg
de água . Assim:
1 . O corpo humano necessita de energia para sua manutenção e para desempenhar tarefas.
A tabela a seguir mostra a energia absorvida pelo organismo para cada 100g de certos
alimentos
57
2. Qual o significado de caloria?
3. cite três situaçõ9es nas quais ocorrem transformações de energia mecânica em
energia térmica
4. o que diferencia capacidade térmica de calor específico ?
5. qual a diferença entre calor sensível e calor latente ?
suporte
C = ∆Q
∆θ
∆Q : quantidade de calor
∆θ : correspondente variação de temperatura
Observação :
O conceito de capacidade térmica não deve ser interpretado como a de calor que um
corpo pode reter .
Calor específico dos materiais .
58
As diferentes sensações térmicas que temos de corpos em um mesmo ambiente,
recebendo a mesma quantidade de calor, num mesmo intervalo de tempo, são explicadas
pela natureza de cada material .
Isto significa que , para elevar em 1ºC a temperatura de 1 g , cada material necessita
de uma quantidade deferente de calor e, definida como calor específico de material .
Podemos dizer que o calor especifico corresponde à capacidade térmica por unidade
de massa :
A unidade usual de calor específico é cal / g . ºC ( caloria por grama por grau
Celsius ) , No SI , sua unidade é J/kg . K ( joule por quilograma por kelvin )
A tabela de alguma substância :
O conhecimento sobre o calor específico das sustâncias tem grande aplicação nos
processos de aquecimento industrial . Através dele podemos calcular a quantidade de calor
que uma substância deve absorver para atingir determinada temperatura e,
conseqüentemente, a quantidade necessária de combustível que deverá ser usada nesse
processo .
Q ( cal )
160 A
140
120 B
100
80
60
40
20
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100
θ (ºC )
a ) determine a capacidade térmica de cada substância .
59
b) Sabendo que as massas dos corpos são iguais a 100 g . determine o calor especifico de
cada corpo.
2. O gráfico ao lado representa as quantidade de calor sensível recebido por dois corpos, A
e B , em função das temperaturas de cada um dos corpos.
a) determine a capacidade térmica de cada um dos corpos.
b) Esses corpos podem ser constituídos pelo mesmo material ?
Justifique as respostas .
Q(cal )
320 60
200 60 θ ( ºC)
0 20 60
20
t ( min)
0 20
60
40
20
Q(cal )
min)
0 100
5. Determine o calor específico do alumínio sabendo que, ao serem fornecidas 110 cal a
uma placa de 50g, ela sofre variação de temperatura de 10ºC
ÓPTICA GEOMÉTRICA
Nestas atividades , você vai ler textos e resolver exercícios que lhe permitirão :
60
1 – Caracterizar os fenômenos luminosos: luz , fontes, propagação, reflexão e refração .
E através dos nossos sentidos que temos a percepção do mundo que está a nossa
volta. Grande parte dessa percepção é proporcional pela visão , graças a luz que recebemos
dos objetos de nosso ambiente.
A óptica Geométrica é a parte da física que estuda o comprtamento da luz,
utilizando –se da geometria.
Vejamos alguns conceitos importantes para o nosso estudo.
Os copos que emitem luz são chamados de corpos luminosos; é o caso do sol, das
estrelas , da chama de uma vela, das lâmpadas elétricas, etc. Se o corpo apenas da Lua, das
paredes, das roupas , etc.
Os corpos luminosos e iluminados constituem as fontes de luz; os primeiros são
fontes primárias de luz e os outros fontes secundárias de luz.
Qualquer que seja o tipo de luz vermelha, alaranjada, amarela, verde, azul, (anil ou
violeta) , a sua velocidade de propagação no vácuo e a mesma (aproximadamente 300 00
km/s) ; em meio material, entretanto, a velocidade da luz varia conforme o tipo de luz
monocromática, sendo , porém, menor do que a velocidade no vácuo. A luz vermelha, por
exemplo, é a mais rápida, enquanto que a luza violeta é mais lenta. No esquema do lado
estão as luzes monocromáticas em ordem decrescente de velocidade quando num meio
material.
61
Vermelha
Alaranjada
Amarela
Verde azul
Anil
Violeta
2. A fonte de luz
Quando a fonte luminosa é extensa, além da sombra, forma-se em torno desta uma
região parcialmente iluminada, denominada penumbra.
A formação de sombra
e penumbra envolvendo o Sol,
a Lua e a Terra , para um
observador na superfície do
planeta, dá origem aos
eclipses.
62
A percepção que temos dos objetos e de suas cores ´determinada pela luz que
refletem difusamente.
Vemos um corpo amarelo porque ele reflete difusamente a luz amarela, absorvendo
as outra que nele incidem. Se , sobre o corpo amarelo, incidir um raio de luz
monocromática que não seja amarela, ele nos parecerá preto porque o corpo amarelo só
reflete a cor amarela, absorvendo as demais .
Quando um raio de luz de reflete numa superfície, o ângulo que raio incidente forma
com a normal (N) é denominado ângulo de incidência ( I ) e o ângulo formado pelo raio
refletido com a normal é chamado de ângulo de reflexão (r) . Estas são as duas leis de
reflexão luminosa :
Primeira lei:
Segunda lei:
O ÂNGULO DE REFLEXÃO É IGUAL AO ÂNGULO DE INCIDÊNCIA.
Essas leis também são válidas para os espelhos esféricos (côncavos e convexos) .
No estudo da refração da luz, você vai descobrir por que o canudinho de refresco
( ou até mesmo um lápis ) parece quebrado quando dentro de um copo de água, por que se
forma o arco – íris e ainda outras coisas mais que, provavelmente, o deixam curioso.
63
Como a velocidade da luz no vácuo é sempre maior do que em qualquer outro meio
material, o índice de refração de um meio e sempre maior que a unidadel
O fenômeno da refração sempre envolve dois meios, desse modo , é comum
definisse o índice de refração relativo de um meio B, em relação a outro A em função das
velocidades da luz nos dois meios , então :
NA,3 = Vb ou nA,B = nA .
VA nB
Entre os dois meios considerados na refração, chamamos de mais refringente ao que
apresenta maior índice de refração e de menos refringente ao outro.
Se um feixe de luz branca incidir na superfície de separação entre dois meios, como
por exemplo, na superfície livre da água, ao se refratar, o feixe abre-se num leque multicor.
A luz violeta é a componente que mais se desvia em relação a normal. E a luz vermelha, ao
contrário, é a que menos se desvia. Isso ocorre porque o índice de refração da água depende
da cor da luz, sendo máximo para a luz violeta e mínimo para a vermelha. Esse fenômeno é
chamado de dispersão luminosa.
A dispersão da luz solar em gotículas de água suspensas no ar e a posterior reflexão
no interior das mesmas determinam a formação do arco-íris .
A ilusão da existência de poças de água em estradas asfaltadas nos dias quentes e
secos e a visualização de miragens no deserto são fatos que podem ser explicados pela
variação do índice de refração do ar atmosférico com a temperatura . Nas condições em que
ocorrem tais fenômenos ,o ar em contato com o solo fica muito quente, por isso menos
refringente que as camadas superiores . então , os raios luminosos que partem de um objeto
a distância, ao descerem, passam de regiões mais refringentes para regiões sucessivamente
menos refringentes, até sofrerem reflexão total numa camada próxima ao solo; daí os raios
refletidos sobem e podem atingir um observador que terá a impressão de que existe, no,
solo uma imagem especular do objeto . Veja as ilustrações .
As lentes são
dispositivos empregados em um
grande número de instrumentos
muito conhecidos, tais como
64
óculos, máquinas fotográficas , lunetas, microscópios, etc. você já deve ter observado que
uma lente é constituída por um meio
transparente, geralmente vidro ou plástico, limitado por faces curvas que normalmente são
esféricas .
As lentes esféricas possuem faces côncavas ou convexas, podendo uma delas ser
plana.
Só consideraremos , no nosso
estudo, as lentes em que os meios
extremos são idênticos e os meios
intermediários são os mais refringentes
(n2 > n1) . O caso mais comum é o de
lentes feitas de vidro, imersas no ar.
Nessa condição , dividimos as
lentes em dois grupos:
Lentes convergentes – são as que
fazem convergir um feixe luminoso
incidente paralelo ao eixo principal; e
Lentes divergentes – são as que fazem divergir um feixe principal .
Nas lentes delgadas, por ser a distância entre as faces muito pequena, não se indica
o percurso do raio luminoso no interior das lentes. Elas são representadas por um segmento
de reta perpendicular ao eixo principal e o comportamento do feixe luminoso ao atravessa-
las é o indicado na ilustração . O ponto em que o eixo principal E corta a lente é chamado
de centro óptico O da lente.
65
QUALQUER RAIO LUMINOSO QUE PASSE PELO CENTRO ÓPTICO DE UMA
LENTE, SEJA ELA CONVERGENTE OU DIVERGENTE, NÃO SOFRE NENHUM
DESVIO.
Os instrumentos ópticos, em sua maioria, não são constituídos por uma única lente,
mas sim, por uma associação de duas ou mais lentes, dependendo do tipo e da qualidade da
imagem que se quer obter.
A lente ou o conjunto de lentes que fica do lado do objeto é denominado objetiva e a
que fica do lado do olho do observador é chamada de ocular.
Na maioria das vezes, cada objetiva e cada ocular de um aparelho óptico é formada
por duas lentes delgadas , sem separação entre elas, que funcionam como se fossem uma só,
isto é , são lentes justapostas.
Vejamos, agora, um problema resolvido sobre o conteúdo estudado.
Para resolver esse problema você deve ter usar os seus conhecimentos de álgebra,
estabelecendo a relação entre dois triângulos semelhantes:
AB = AC = BC ⇒ então : H = S ⇒ H = 60 ⇒ H = 12 ⇒ H = 15m
DE DF EF h s 0,20 0,80 0,8
EXERCÍCIOS
66
CONFIRA SUAS RESPOSTA NA CHAVE DE CORREÇÃO
1.( ) Raios de luz são linhas orientadas que representam , graficamente , o sentido e a
direção de propagação da luz.
2. ( ) Os corpos luminosos são fonte primárias de luz.
3. ( ) A luz monocromática é o resultado da superposição de luzes de cores diferentes.
4. ( ) No vácuo, a velocidade da luz violeta é menor do que a da luz vermelha.
5.( ) Em um meio homogêneo e transparente, a luz propaga-se em trajetórias retilíneas.
6.( ) Quando dois raios de luz se cruzam, cada um deles segue sua trajetória como se o
outro não existisse.
7.( ) A reflexão regular ocorre quando,sobre uma superfície perfeitamente polia, incide um
feixe de raios paralelos .
8.( ) O raio refletido é sempre pertencente ao plano oposto ao raio incidente
1 – Chave de Correção
1.(V);
2.(V);
3.(F) – A luz monocromática ( ou simples ) é a luz de uma cor só. A luz que resulta da
superposição de luzes de cores diferente é a luz policromática (ou composta)
4.(F) – No vácuo, a velocidae de qualquer que seja tipo de luz é a mesma
(aproximadamente 3. 105 km/s). Em um meio natural, a velocidade da luz violeta é menor
que a da luz vermelha .
5.( V)
6.(V)
7.(V)
8.(F) – O raio refletido, o raio incidente e a normal são coplanares, de acordo com a
primeira lei da reflaxão.
67
II - 1.b(x);
2.c.(x).
III –
1.(F);
2.(C);
3.(E);
4.(B);
5.(a);
6.(D).
Texto : Ondas
Você já deve ter observado que, ao jogar um objeto qualquer nas águas tranqüilas de
um lago ou até mesmo de um tanque, a partir do ponto atingido, forma-se uma linha
circular, com centro no local onde o objeto atingiu a água e cujo raio vai aumentando à
medida que o tempo passa . A essa perturbação em propagação provocada pelo impacto do
objeto com a água, chamamos de onda.
68
horizontal, isto é, a direção da propagação coincide com a da perturbação . As ondas
sonoras são longitudinais.
Concluímos , então, que a onda mecânica , como por exemplo a onda sonora , não
se propaga no vácuo. Este fato é
demonstrado experimentalmente quando
colocamos um relógio dentro de uma
redoma de vidro completamente vedada.
Ouve-se perfeitamente o som do relógio desde
que exista ar no interior da redoma. Retirando-
se o ar que serve de suporte para a onda sonora,
ou seja, criando-se o vácuo no interior da
redoma, não mais conseguiremos ouvir o tique
– taque de relógio.
Quando a perturbação decorre da variação da velocidade de uma partícula
eletricamente carregada, ela propaga-se tanto em presença de um meio material como no
vácuo, dando origem ao que chamamos de onda eletromagnética – a luz é um exemplo de
onde eletromagnética.
Todos as ondas eletromagnética propagam-se no vácuo, com a velocidade de a
8
3. 10 /s ou seja 300 000 000 m/s
Características da onda
Suponha que uma perturbação se propague em um meio, ao longo de uma direção x, como
no gráfico a seguir.
69
Através desse gráfico podemos identificar e definir as características de uma onda:
O segmento OA corresponde a distância máxima percorrida pela onda em sentido vertical
e é chamado de amplitude da onda;
O segmento OG corresponde a maior distância entre dois pontos consecutivos da onda sem
que haja repetição da forma.
Note que a partir de G repete-se o movimento de origem em O e que OG = GI . A
essa distância OG chamamos de comprimento de onda e representamos pela letra grega
lambda λ.
Resumindo :
No gráfico anterior você deve ter reparado que os segmentos BC, EF, KJ, e LM são iguais .
PERÍODO DE UMA ONDA (T) É O TEMPO NECESSÁRIO PARA QUE UMA ONDA
EXECUTE UMA OSCILAÇÃO COMPLETA.
70
simultâneas propagando-se na superfície da água; se duas pessoas seguram as extremidades
de uma mola, elas poderão produzir , também , pulsos simultâneos .
1º caso:
2º caso
71
os pontos aparecem mais brilhantes ou mais escuros, também dependendo do tipo de
superposição .
Para finalizar o estudo deste módulo, vamos estudar três tópicos que o ajudarão a
compreender melhor alguns fenômenos que você observa no dia-a-dia. Qualidades
fisiológicas do som, a reflexão das ondas sonoras e um tipo de onda eletromagnética = a luz
visível.
Qualidades fisiológicas do som
As ondas sonoras possuem três qualidade que estão relacionadas com a sensação
produzida em nosso ouvido: a altura, a intensidade e o timbre.
A altura é a qualidade que nos permite classificar os sons em graves ou agudo e está
relacionada com a freqüência do som: quanto menor for a freqüência do som mais grave ele
será e quanto maior a freqüência , mais agudo.
A intensidade é a qualidade que nos permite classificar o som em forte ou fraco e
está relacionado com a energia transportada pela onda sonora, assim o som de um explosão
é forte para uma pessoa que está nas proximidades e fraco para outra que está em local
mais distante .
A intensidade fisiológica ou nível sonoro é uma grandeza medida geralmente em
decibel (dB). Veja , na tabela, os níveis sonoros com os quais convivemos quase
diariamente e perceba por que a poluição sonora é muito combatida em nossos dias .
Uma pessoa exposta por longo tempo a níveis sonoros superiores a 80 dB está sujeita a
sofrer danos irreparáveis no aparelho auditivo. Os níveis superiores a 120 dB provocam, ao
invés de sensação sonora, uma sensação dolorosa.
O timbre é a qualidade do som que permite ao ouvido distinguir dois sons . de
mesma altura e mesma intensidade emitidos por instrumentos diferentes .
72
Admitindo a velocidade do som no ar igual a 340 m/s, o obstáculo refletor deve
estar a uma distância superior a 17 metros para que uma pessoa ouça o seu próprio
grito . Confira
λ vácuo )
D f Ondas longas de rádio (Aº) λ ( vácuo )
E C Ondas médias de rádio
C R Ondas curtas de rádio 7800 A 3,8.10 14 Raios infravermelhos
R E Freqüência modulada Luz vermelha
E S Televisão Luz alaranjada
S C Radar Luz amarela
C E Microondas Luz azul
E N Raios infravermelhos 3600 A 8,3 . 10 14 Luz anil
N T Luz visível Luz violeta
T E Raios ultravioleta Raios ultravioleta
E Raios x
Raios Gama
Raios Cósmicos F(Hz)
EXERCÍCIOS
73
VOCÊ AGORA VAI VERIFICAR O QUE APRENDEU DO ESTUDO DO TEXTO E,
SE FOR O CASO, O QUE PRECISA ESTUDAR MAIS .
SUGERIMOS QUE NÃO TENTE RESOLVER OS EXERCÍCIOS SEM QUE TENHA
CERTEZA DA RESPOSTA QUE VAI DAR.
PARA RESOLVÊ-LOS, VOCÊ DEVE SABER :
74
1. dadas as duas ondas da figura ao lado e sabendo –se que a amplitude de cada uma vale A
= 2 cm, a amplitude total quando da superposição das duas ondas, no ponto P, será :
a . ( ) A = 0 cm.
b. ( ) A = 2 cm
c. ( ) A = 3 cm
d. ( ) A = 4 cm.
Chave de correção .
I
1. ( C);
2. (A);
3. (D);
4. (B);
5. ( E);
II
1. ( V)
2. (V)
3. (V)
4. (F) – o timbre e´ a qualidade que permite ao ouvido distinguir dois sons de mesma
altura e intensidade, emitidos por instrumentos diferentes A qualidade que permite
classificar o som em grave ou agudo é altura .
III –
1. a (x)
2. d ( x )
Auto – avaliação
75
7. ( ) No movimento ondulatório , ocorre transferência de energia de um ponto para
outro sem que haja transferência real de matéria.
8. ( ) Um raio luminoso que passa pelo centro óptico de uma lente, converge ou
diverge, de acordo com o tipo da lente.
9. ( ) A ilusão de existência de poças de água em estradas asfaltadas, nos dias quentes
e secos, pode ser explicada pela variação do índice de refração do ar atmosférico
com a temperatura .
10. ( ) Quando um raio luminoso passa de um meio menos para outro mais refringente,
ele se aproxima da normal.
11. ( ) Se sobre um corpo amarelo incidir um raio de luz monocromática vermelha esse
corpo nos parecerá preto.
12. ( ) Quando dois raios de luz se cruzam, há uma superposição de ondas que provoca
interferência nos raios.
13. ( ) Em um meio homogêneo e transparente, a luz propaga-se segundo trajetórias
retilíneas .
14. ( ) Os corpos iluminados são fontes secundárias de luz.
76
d. ( ) H e I
21. Uma onda propaga –se em uma corda com velocidade de 4 m/s . Sabendo –se que o seu
período e: T = 2 s , qual o comprimento dessa onda ?
22. O som propaga-se na água com velocidade de 450 m/s. Qual a menor distância entre
uma pessoa e um obstáculo refletor para que ela possa perceber o eco de um som que
emita?
23. Um navio equipado com sonar verificou que, em uma dada região do oceano Atlântico,
o intervalo de tempo entre a emissão e a recepção de um pulso sonoro é de 4 segundos.
Qual a profundidade dessa região, se a velocidade do som na água é de 1 450 m/s ?
Questões Respostas
I–1 (V)
2 (F) – Para que percebamos dois impulsos sonoros , é necessário que haja um intervalo de
0,12 segundo entre eles.
3 (V)
4 (V)
5 (F) – Acontece exatamente o inverso: uma onda bidimensional pode propagar –se em um
meio tridimensional, mas uma onda tridimensional não pode propaga-se em um meio
bidimensional
77
7 (V)
8 (F) – Qualquer raio luminoso que passa pelo centro óptico de uma lente, seja ela
convergente ou divergente, não sofre nenhum desvio .
9 (V)
10 (V)
11 (V)
12 (F) – De acordo com o princípio da independência dos raios de luz, quando raios de luz de
cruzam , cada um deles segue seu trajeto como se os outros não existissem.
13 (V)
14 (V)
II – 15 d. ( x ) objetiva
16 b. ( x ) ocular
17 b. ( x ) transversal
18 a. ( x ) C e G
19 d. ( x ) H e I
Dados v = 4ms T = 2s λ= ?
Resolução :
λ = v . T ⇒ λ = 4 .2 ⇒ λ = 8m
Resolução
Sabemos que o menor intervalo de tempo para que se possa percorrer o eco e de 0,1
78
segundo e com nesse intervalo de tempo a onda sonora percorre 145 metros ( 1 450 . 0,1 )
, a pessoa deve estar a uma distância de 145 m ⇒ 2 = 72 ,5 m
Resp: a menor distância deve ser de 72,5 metros.
Resolução :
A resolução é idêntica ao exercício anterior : se o pulso sonoro gastou 4 segundos para ir
ao fundo e voltar , o tempo gasto para encontrar o fundo foi de 2 s ( : 2 ) . Como a
velocidade do som na água é 1450 m/s , em dois segundos o pulso percorreu 2 900 m ( 1
450 . 2 ) .
Resp. .: a profundidade dessa região é 2 900 metros .
IV – 24 (F)
25 (A)
ELETRICIDADE
Nestas atividades de ensino, você vai ler textos e resolver exercícios que lhe permitirão:
1 - IDENTIFICAR CARGA ELÉTRICA, TIPOS DE ELETRIZAÇÃO, MATERIAIS
ISOLANTES E CONDUTORES , CORRENTE ELÉTRICA, RESISTÊNCIA ELÉTRICA,
AS LEIS DE COULOMB E DE OHM.
2 – INTERPRETAR CIRCUITOS ELÉTRICOS E ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES .
FENÔMENOS ELÉTRICOS
Realizando –se experiências com vários corpos eletrizados, verificou-se que eles
podem ser separados em dois grandes grupos : um , constituído pelos corpos que têm
comportamento igual ao de uma barra de vidro atritada com seda e que chamamos de
corpos eletrizados positivamente 9 adquiriram carga elétrica positiva) e outro, constituído
pelos corpos que se comportam com uma barra de borracha atritada com um pedaço de lã e
que dizemos que estão eletrizados negativamente ou que possuem carga negativa.
Observa-se que os corpos pertencentes a cada um dos grupos repelem –se uns ao
outros, mas atraem os corpos do outro grupo, o que nos faz concluir que :
79
A experiência que se faz quando se passa um pente seguidamente nos
cabelos e logo após , o colocamos próximo a pedacinhos de papel ( você já viu que o papel
é atraído pelo pente) , demonstra um dos tipos de eletrização : a eletrização por atrito .
Mas não é o atrito a única forma de eletrizarmos um corpo; existe uma outra forma
de eletrização que é observada em certos materiais , conhecida como eletrização por
indução.
Você sabe que os corpos são constituídos por átomos, _que, por sua vez, se
constituem de prótons (partículas com carga positiva), neutros (partículas sem carga) e
elétrons (partículas com carga negativa). Nos metais, as cargas negativas dos átomos têm a
capacidade de se movimentar no interior do material, como se pode ver por essa
experiência: se colocarmos duas metades de uma esfera metálica (A), suspensas por dois
fios de seda, de forma que fiquem juntas (veja a ilustração) e aproximarmos um bastão
carregado positivamente do lado esquerdo da esfera (B), os elétrons do metal serão atraídos
para este lado, deixando a metade da direita com falta de elétrons, ou seja, carregada
positivamente. Se, neste instante, afastamos rapidamente a meia esfera da direita,
separando-a da metade da esquerda (C), cada uma das partes se apresentará carregada
eletricamente: uma positiva (a da direita) e outra negativa (a da esquerda).
Há dois tipos de eletrização : eletrização por atrito, onde há necessidade de contato entre os
corpos, e eletrização por indução, onde é necessário, apenas , a aproximação dos corpos.
Lembre-se de que :
ISOLANTES E CONDUTORES
80
Assim :
Isolantes ou Dielétricos são materiais que dificultam a transmissão de eletricidade.
Ou seja :
F = k . q1 q2
R2
Onde:
F é a força de atração ou repulsão
k é uma constante de proporcionalidade denominada constante dielétrica do meio,
q1 e q2 são as duas cargas elétricas é
r e a distância entre as cargas.
K = 9 . 109 Nm2
C2
Onde:
N = newton
m = metro
C = coulonb ( unidade de carga elétrica no S.I )
81
CAMPO ELÉTRICO
O campo elétrico pode ser representado em cada ponto do espaço, por um vetor,
usualmente simbolizado por E, chamado de vetor campo elétrico e que tem as seguistes
características
E= F .
q
onde:
F é módulo da força F, que atua em uma carga situada em um ponto do campo e
q é módulo da intensidade da carga sobre a qual está agindo a força F.
CORRENTE ELÉTRICA
Já sabemos que nos metais os elétrons livres existem em grande número e que
percorrem o material em trajetórias desordenadas, devido aos choques de uns com outros.
Quando se consegue fazer com que esse elétrons se desloquem em um mesmo
sentido, temos o que se denomina corrente elétrica.
Assim, para obtermos uma corrente elétrica, é necessário que tenhamos uma forma de
orientar esses elétrons, fazendo com que eles se movimentem em uma certa direção.
Suponhamos que as duas esferas ao lado estejam carregadas eletricamente uma com carga
positiva e a outra negativa – e que a distância que as separa não permita que apareça uma
força de atração entre elas, conforme enunciado na lei de Coulomb.
82
+ + - -
+ -
+ - - -
+ - -
+
+
+ + - - - -
Se tomarmos um fio condutor e colocarmos suas extremidades nas duas esferas, estaremos
fornecendo caminho aos elétrons livres da esfera B, que poderão atingir , assim , as cargas
positivas pelas quais são atraídos.
Pense e responda . por que são os elétrons e não os prótons , que se movimentam
SENTIDO DO
MOVIMENTO DOS
ELÉTRONS
SENTIDO CONVENCIONAL
DA CORRENTE ELÉTRICA
1V= 1 J .
C
E isto significa que o campo elétrico transmite a cada carga de 10 uma energia de 1 J.
Quando dizemos que a bateria de um automóvel apresenta uma voltagem de 12 V,
significa que uma energia de 12 J é transferida para cada 1 C, que se desloca de um polo
para outro.
83
É muito comum alguém dizer que um fio é de alta - voltagem ou de alta – tensão ,
isso que dizer que o campo elétrico realiza um grande trabalho sobre um dada carga que se
desloca entre dois pontos desse fio ( a carga recebe, do campo, uma grande quantidade de
energia em seu deslocamento ) .
Consideremos, agora, um fio condutor que é percorrido por uma corrente elétrica.
Quanto maior o número de elétrons, que passarem pelo fio em uma unidade de tempo ,
maior será a intensidade da corrente no fio. Com isso , definimos uma outra grandeza: a
intensidade de corrente elétrica ou , simplesmente intensidade.
i = q .
t
Blindagem eletrostática
Lei de Ohm.
Consideremos um fio condutor , percorrido por uma corrente de intensidade i. Para que isso
aconteça é necessário, já sabemos, que entre os pontos A e B haja, uma. Diferença de
potencial.
V = constante
i
84
Ohm notou, também , que para cada material , a constante tinha um valor distinto, sendo
essa uma propriedade do material do qual é feito o condutor. A essa constante de cada
material foi dado o nome de resistência elétrica, R.
Assim, podemos escrever a equação da lei de Ohm das seguintes formas :
V = R ou V = i R
i
sendo R o quociente entre a diferença de potencial ( V ) e a intensidade da corrente ( i ) em
um condutor, sua unidade de medida no SI será dada por :
1V.
1A
que recebeu o nome de 1 Ohm e que é representada pela letra grega ômega :
1 Ohm = 1 Ω = 1 V .
1A
RESISTÊNCIA ELÉTRICA
Como você já aprendeu, a resistência de um condutor é dada pela relação entre a diferença
de potencial nos terminais deste condutor e a corrente que o percorre :
R=V .
i
Experimental, nota-se que para um dado condutor, sua resistência dependerá de dois fatores
importantes : o comprimento e a área do condutor . Vamos estudá – los.
Seja um fio metálico condutor, de comprimento e seção transversa de área a .
A intensidade de correntes i que percorre o condutor é a medida da quantidade de
carga que atravessa, por unidade de tempo, uma seção transversal do condutor.
Para que as cargas elétricas que se movem em dois condutores, feitos do mesmo
material, com a mesma área de seção transversal a e de comprimento 1 e 2 ( sendo
1 >2 ), atravessem estes condutores, terão que percorrer respectivamente as
distância 1 e 2 .
Como todos os materiais existentes apresentam, em maior ou menor grau, uma certa
resistência elétrica , quando maior for o condutor, maior será a dificuldade que as cargas
encontrarão para atravessá-lo . Assim, para o caso dos condutores 1 e 2, será mais fácil
para as cargas elétricas percorrerem o condutor 2 pois a distância a ser percorrida é
menor , ou seja :
R ~
Onde R é a resistência do condutor e o seu comprimento.
O outro fator que influi no valor da resistência de um condutor é a sua área de seção
transversal.
Examinemos o caso de dois condutores, feitos do mesmo material, com o mesmo
comprimento (1 = 2 ) , mas com áreas de seção transversal diferentes : a1 < a2. Se uma
mesma quantidade de carga atravessar os dois condutores, ela percorrerá a mesma
distância, mas no condutor de área a1, o espaço disponível para esta carga se mover é
menor do que no de área a2, então , no
condutor mais fino, a carga encontrará
maior oposição à sua passagem do que no
condutor de maior diâmetro. Podemos,
então , escrever:
85
R = 1 Resumindo as duas conclusões anteriores, temos :
a
R =
a
R =
a
a constante de proporcionalidade P, denominada resistividade do material, teremos uma
igualdade:
R = P
a
No sistema internacional de medidas, SI , a unidade de resistividade do material
será dada por :
P = Ω . m2 ⇒ p = Ω . m
m
A resistividade de vários materiais já foi determinada . Na tabela a seguir, damos
alguns desses valores .
86
Exercícios:
2 . Por uma seção de um condutor, durante um tempo de 30 segundos, passou uma carga
de 60 C. A intensidade da corrente, nesse caso, vale:
a.( ) 0,5 A
b.( ) 18A
87
c.( ) 3A
d.( ) 2A
1 – Chave de correção
I–
1.( V);
2.( V);
3.( F ) - No processo de eletrização , o número de prótons e de elétrons não se altera, o que
acontece é uma separação das cargas elétricas.
4.(V);
5.(V);
6.(V);
7.( F ) – Cargas elétricas de mesmo sinal se repelem e de sinais contrários se atraem.
8.(V);
9.( F) – O tipo de eletrização que necessita de contato entre os corpos é a eletrização por
atrito.
10.(V);
11.(V);
12.(V);
II –
1.c.(x) 5,4 . 105N
dados : q1 = -3 . 10-2C
K = 9 . 10 9 Nm2 / c2
q2 = - 5 . 10 –2C
distância = 5 m
resolução : pela lei de Coulomb, a força de repulsão entre as duas cargas será diretamente
proporcional ao produto de suas cargas e inversamente proporcional ao quadrado da
distância entre elas, então :
F = K q1 . q2
R2
2.d.(x) 2 A
Dados : t = 30s q = 60 c
Resolução : do conceito de intensidade de corrente, temos:
88
i = q ,
t
substituindo, nessa equação , os valores dados :
i = 60 C
30s
i = 2 C/s
i = 2A
3. a . (x) 10Ω
Dados ; i = 0,5 A diferença de potencial V = 5V
Resolução : pela lei de Ohm , temos :
V = i R,
Substituindo os valores conhecidos :
V=i.R
5 V = 0,5 A . R
R = 5V .
0,5 A
R = 10 V/A
R = 10Ω
CIRCUITOS ELÉTRICOS
Veja, agora, algumas representações que serão muito usadas neste texto:
Resistores: ou
Geradores ou fontes:
89
O valor da intensidade de corrente será dado pela lei de Ohm :
V=i R 4 V = i . 2Ω i = 4V i = 2 A
2Ω
V1,2 = 2 A . R
V1,2 = 0 V
Associação de Resistores
90
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM SÉRIE
R1 = R4 = 3Ω
R2 = 1 , 5 Ω
R3 = 1Ω, vemos calcular as diferenças de potencial V2,3, V4,5, V6,7 e V 8,9.
V 2,3 = i . R1 = 6A . 3 Ω V2,3 = 18 V
V 4,5 = i . R2 = 6A . 1,5 Ω V4,5 = 9V
V 6,7 = i . R 3 = 6A . 1Ω V6,7 = 6V
V 8,9 = I . R4 = 6A . Ω V 8,9 = 18 V
91
ASSOCIAÇÃO DE RESISTORES EM PARALELO
i1= 10 V ⇒ I1 = 10 A
1Ω
i2 = 10 V ⇒ i2 = 5A
2Ω
i3 = 10 V ⇒ i3 = 2,5 A
4Ω
i = 10 . 5 . 2,5 ⇒ 17,5 A
Isso acontece porque a intensidade da corrente, ao atingir o ponto 1 , dividir –se – á em três
parcelas que atravessarão as resistências.
Podemos concluir que no resistor de maior valor teremos a menor corrente e vice-
versa.
Na associação em paralelo, a resistência equivalente e dada por .
92
1 = 1 + 1 + 1 . Analisando essa expressão, podemos concluir que o valor de R
R R 1 R2 R3
1 = 1 + 1 ⇒ 1 = 2 ⇒ 1 = 1 ⇒ R = 30Ω
R 60 60 R 60 R 30
P=i.V
Onde:
P é a potência desenvolvida pelo trabalho
i = e´a corrente elétrica
V é diferença de potencial a que esse aparelho é
submetido .
i = 1A = 1 C e V=1V = 1 J .
s C
93
P = i . V, 1P = 1i . 1V , 1P = 1 C . 1 J
S C
1P =1 J .
s
Você aprendeu no texto 1 que uma carga cria ao seu redor um campo elétrico e que
outras cargas, nessa região, ficam sujeitas a forças de origem elétrica.
De modo semelhante, uma carga q, em movimento , cria , no espaço em torno dela,
um campo magnético que atuará sobre outra carga também em movimento, exercendo
sobre ela uma força magnética.
Conclui-se, então , que se existir uma corrente elétrica passando por um fio, haverá
um campo magnético no espaço em torno desse fio, pois, como sabemos , uma corrente
elétrica e constituído por cargas elétricas em movimento.
EXERCÍCIOS
Chave de Correção .
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I – 1. As peças especialmente construídas para oferecer resistência á passagem de corrente,
chamamos resistores .
2. Os sinais e representam um resistor.
3. O sinal representa um gerador ou fonte.
II –
1. (V);
2.(V);
3.(F) – Em uma associação de resistores em paralelo, a diferença de potencial , nos
extremos de cada resistor e a mesma, mesmo para resistores diferentes.
III –
1.Dados : i = 6 A, R1 = R2 = 3Ω ,R3 = 1Ω
Resolução : A diferença de potencial é dada por
V = i .R
Então :
V1,2 = 6A . 3 Ω ⇒ V 1,2 = 18V
V2,3 = 6A . 3Ω ⇒ V2,3 = 18V
V3,4 = 6A . 1Ω ⇒ V3,4 = 6V
V4,5 = 6A . 0 ⇒ V4,5 = 0V
2. Dados : R1 = 2Ω, R2 = 4Ω e V = 12 V
Resolução : sendo i = V ,temos :
R
i 1 = 12 V ⇒ i1 = 12V ⇒ i1 = 6A
R1 2Ω
I2 = 12 V ⇒ i2 = 12V ⇒ i2 = 3A
R2 4Ω
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11.( ) quanto maior o diâmetro de um condutor, maior a resistência á passagem de uma
carga.
12.( ) Uma corrente elétrica, passado por um condutor , cria em torno dele um campo
magnético .
III - Relacione a coluna da esquerda de acordo com a figura da direita escrevendo nos
parênteses a letra adequada.
16.( ) Sentido do movimento dos elétrons
17.( ) Sentido convencional da corrente elétrica
20. Na associação esquematizada ao lado, todos os resistores têm resistência elétrica R=20
Ω . A intensidade da corrente indicada e i = 10 A. A resistência equivalente à associação e
a diferença de potencial entre os pontos X e Y são, respectivamente.
a.( ) 2Ω e 200V
b.( ) 4Ω e 200V
c.( ) 0,5Ω e 100V
d.( ) 2Ω e 200V
21. Duas cargas elétricas puntiformes q1 = 1. 10-8 C e q2 = 2 .10-8C estão separadas por
uma distância 3 centímetro. A intensidade da força de repulsão entre elas, se k = 9 .
109Nm2/C2, é
a.( ) 2 . 10 –3N b.( ) 6 . 10 –4N c.( ) 4 . 103N d.( ) 8 . 10-3N
22. A intensidade do vetor campo elétrico em um determinado ponto P de um campo
elétrico é igual a 4 .104N/C. A intensidade da força elétrica que agirá sobre uma carga
q = 2 .10-7C colocada nesse ponto P será
a.( ) 8 . 104N
b.( ) 2 . 10-4N
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c.( ) 4 . 103N
d.( ) 8 . 10-3N
23. O(s) condutor(es) que esta(ão) de acordo com a lei de Ohm é (são )
a.( ) apenas o condutor 2.
b.( ) apenas o condutor 3.
c.( ) os condutores 2 e 3 .
d.( ) os condutores 1 e 2.
II – (C)
13 (A)
14 (D)
15
III-
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16 (A)
17 (B) – por convenção, o sentido da corrente elétrica é considerado como sendo
contrário ao do movimento dos elétrons.
IV – d . (x) e
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19 ⇒ um resistor pode ser representado por ou
a.(x) 15A e 45 V
20 b. (x) 4Ω e 200V
⇒ resolução : A resistência equivalente a vários resitores associados em
paralelo é dada por :
1 = 1 + 1 + 1 + 1 + 1 ⇒ 1 = 5 1 ⇒ 1 = 5 ⇒ P = 20 ⇒ R = 4Ω
R R1 R2 R3 R4 R5 R 20 R 20 5
a . ( x ) 2. 10-3 N
21 ⇒ dados : q1 = 1 . 10-8C, q = 2 . 10 –8C
r = 3 cm e k = 9 . 109Nm2 /C2
resolução : pela lei de Coulomb, temos:
F = k q1 . q2
r2
então :
d. (x) 8 . 10 –3N
22
dados : E = 4 . 104 N/C q = 2 . 10 –7 C
Resolução : Sabemos que :
E = F .
Q
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Então :
4 . 104N = F ⇒ F = ( 4 . 104N ) . ( 2 . 10-2 C ) ⇒ F = 8 . 10-3N
–7
C 2 . 10 C C
23 d . (x) os condutores 1 e 2
sabemos que, de acordo com a lei de Ohm,
V = i R ou R = V .
i
24 a. ( x ) 10Ω
Dados : L = 200Cm, a = 4. 10 –4 cm2 P= 2 . 10-5 Ω cm
Resolução : sabemos que
R = p . l ⇒ então
a 100
R = 2 . 10 -5Ω cm . 200 cm ⇒ R = 10-5Ω . 100 . 104 ⇒
4 . 10-4cm2
2
R = 10 –5 Ω . 100 . 104
R = 10 –5 . 102 . 104Ω ⇒ R = 106 . 10-5 Ω ⇒ R = 10Ω
BIBLIOGRAFIA A CONSULTAR
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1. ÁLVARES, Beatriz Alvarenga, Curso de Física. SP, Harbra, 1989, volime I.
2. MORTTO, Vasco Pedro et alli. Física em módulo de ensino. SP, Ática, 1983.
3 .RAMALHO, Júnio et alli. Os fundamentos da Física. SP, Moderna, 1986.
4 .PAULI, Ronald Ulysses et alli. Ferramentas matemáticas para estudo da Física. SP,
E.P.U.,1988.
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