You are on page 1of 1

O que é o feedback e para que serve?

Feedback: é a informação de retorno ou a resposta a um estímulo. No que respeita ao


processo de ensino-aprendizagem, o feedback serve uma dupla função: por um lado, confere
aos alunos informação relativa ao seu desempenho escolar (a nível de comportamento e de
aprendizagens); por outro lado, permite ao professor diagnosticar as dificuldades dos alunos e
adoptar estratégias para a resolução das mesmas.

O feedback pode ser uma ferramenta muito útil para o professor motivar os aprendentes. Para
o efeito, contribuiu a técnica do “reforço positivo”, introduzida por Frederic Skinner, que se
traduz na recompensa e amplificação de acções consideradas desejadas. Em termos práticos, o
reconhecimento e valorização do esforço de trabalho e da correcção ética constituem um bom
incentivo para assegurar a continuidade dos mesmos.

Por outro lado, mecanismos como o “reforço negativo” auxiliam a que os efeitos prejudiciais
de uma acção não se voltem a manifestar no futuro. Neste sentido, utilizando a terminologia
de Flemming e Levie, é necessário que o feedback, além de “confirmativo” (do erro), seja
“correctivo” (indicando a alternativa adequada) e “explicativo” (explicando o porquê do erro).

Diversos autores se referiram ao valor construtivo do feedback. Num artigo intitulado Refletive
Practice, da autoria de Umesh Sharma e Margaret O’Connell, lê-se que a adopção de práticas
reflexivas é um poderoso auxiliar para promover uma aprendizagem centrada no aluno. O
feedback ou avaliação formativa promovida individualmente pelo professor ao aluno bem
como as observações de colegas poderão levar o mesmo a reflectir acerca do seu percurso,
tomando consciência dos aspectos positivos e das lacunas do seu trabalho, enriquecendo os
seus conhecimentos e orientando o seu percurso.

Não devemos esquecer que as práticas reflexivas são um bom instrumento para avaliar (e
melhorar) a relação entre docentes, designers educacionais e alunos, sendo que no final de
cada curso um questionário de satisfação deveria ser preenchido no sentido de reflectir (por
exemplo) acerca da pertinência dos recursos disponibilizados on-line e do grau de
acessibilidade aos mesmos. Tendo presente a espiral de Kemmis e MCTaggart, além de planear
é necessário actuar e observar os resultados obtidos, reflectindo-se, posteriormente, acerca
dos mesmos para voltar a planear com mais precisão (num crescendo de qualidade).

Fontes consultadas:

FLEMING, M., & Levie, W.H. Instructional message design: principles from the behavioral and
cognitive sciences (1993). Englewood Cliffs NJ: Educational Technology Publications.

KEMMIS, S. & McTaggart, R. The action research planner (1998). Melbourn: Deakin University
Press, p. 11.

SHARMA, Umesh and O'Connell, Margaret (2007). “Reflective Practice”, in Designing for
learning: action reflections. London: Routledge, pp. 433 – 446.

SKINNER, B. F. Sobre O Behaviorismo (1974). São Paulo: Editora Cultrix.

You might also like