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Ou
por
Galileu-Galilei
- Esta frase foi dita por Galileu após ter sido obrigado pelo Tribunal do Santo
Ofício (Inquisição) - que o estava julgado, entre outras acusações, pela sua
afirmação, baseada em Nicolau Compérnico e em suas próprias observações
científicas, de que a Terra não é o centro do universo - a renegar suas
descobertas
Eis que então lá vinha ele... Aos poucos sua silhueta vai se deixando formar
por entre a penumbra e a névoa artificial, feita pela fumaça de gelo seco, em um
cenário que lembra os corredores que levam ao salão de torturas de um castelo
medieval...
Quem seria este personagem que vem de negro, ao som de uma música
misteriosa, fazendo aguçar atenção dos telespectadores de forma tão
explicitamente calculada, para criar um clima artificial de mistério, como se diante
de nós estivesse a se materializar um antigo monge medieval atualizado, porém,
por um moderno (?) blusão de couro igualmente negro, e tendo no rosto o riso de
quem se julga detentor dos segredos de "conhecimentos ocultos"?
Mas Quevedo é conhecido - como vimos pelas citações dos Srs Drs.
Martinez-Tabos e Charles Tart - por jamais produzir qualquer pesquisa
experimental séria, mas em se apropriar e manipular a de outros (veja maiores
detalhes mais adiante). Mas, ao contrário disto, a - para ele Lei da - "escotografia"
inconsciente (faltou dizer como isso se dá, e porque é preciso que a fita magnética
de vídeo tenha de correr em equipamentos eletrônicos de gravação para que a
imagem seja registrada, quando a "escotografia", ou seja, a hipótese da impressão
mental em meios físicos de registro, poderia simplesmente agir sobre a própria fita)
foi apresentada como uma certeza do tipo "Dogma", sobre o qual que não há
possibilidade de contestação (o que, na verdade, é o que mais há, como veremos
mais adiante). E dogma é algo que a ciência não pode admitir, pois impossibilita
qualquer confronto sério de argumentos, sendo, portanto, imposto como uma
verdade estabelecida.
De qualquer modo, nas imagens do "debate" que foram ao ar, sem que
tenham sido feitas edições pró-contratado, ficou bem visível o semblante de
deboche do ilustre sacerdote parapsicólogo por todo o tempo em que seu
interlocutor explicava a técnica de registro de sons e imagens paranormais. O
padre, enfim, parece, em seu programa, que "possui a chave" que desvenda os
enígmas do "desconhecido" - ou ao menos é nisso que ele crê (a íntegra do debate
entre "O Caçador de Enigmas" e Nunes, porém, foi gravada pela Globo e pode ser
obtida com o professor Nunes, cujo e-mail é: paz@gd.com.br. Neste vídeo vemos
que o Sr. Sacerdote "Parapsicólogo" fica a tal ponto em dificuldades para manter
seus argumentos, que tenta acabar o debate várias vezes, incluisive com seu
habitual ponto final: "Não discuto com fanático!").
Isso é fazer arrogante pouco caso de pesquisas sérias levadas à cabo com
sábios das mais diversas áreas que confirmaram a existência autêntica de
fenômenos metapsíquics e paranormais sem afirmar, contudo, que estejamos
sequer perto de entende-los dentro da visão de mundo que a ciência de hoje nos dá,
quanto mais de imputá-los à pecha de fraudulentos em sua totalidade, ou frutos do
inconsciente (palavra mágica que aparenta explicar não explicando, de fato, nada).
Citemos o Prêmio Nobel Charles Richet, os Físicos Sir William Crookes e Oliver
Lodge, o astrônomo Luigi Schiapareli e, mais atualmente, o parapsicólogo Karlis
Osis, o Professor Ian Stevenson, o Dr. Stanley Krippner, o Dr. Pierre Weil, dentre
inúmeros outros.
"Se Crookes ainda estivesse só! Mas não! Há uma nobre plêiade de sábios (e
grandes sábios) que presenciaram esses fenômenos extraordinários. Em
lugar de fazer essa simples suposição que eles presenciaram o inabitual,
poderei considerá-los cretinos e mentirosos?" (RICHET, 1999, p. 77).
"Um primeiro fato é evidente: é que todas as vezes que um sábio (um sábio
de fato) assentiu em estudar de maneira aprofundada esses fenômenos,
chamado outrora de ocultos, adquiriu a convicção da existência desses
fenômenos. Na história da Metapsíquica, não conheço somente um caso,
não somente um, de um observador consciencioso que, após dois anos de
estudos, tenha concluído por uma negativa" (RICHET, op. cit, p. 79)
I've never said anything remotely like this and no of no evidence at all to even
suggest such damage, much less prove it. The greatest danger to subject
participating in card guessing experiments is boredom...
I hope you can clear this up in your local media and get more accurate reporting.
Sincerely,
Charley Tart
Eu nunca disse algo nem remotamente parecido com isso e não há qualquer
evidência que sequer sugira tais problemas, muito menos que os tivesse provado. O
maior perigo para o sujeito que participa nos experimentos com a escolha de
cartas é a chateação...
Wellington Zangari
Coordenador / Inter Psi, CEPE, COS, PUC-SP
Editor / Portal Psi
interpsi@mail.ru
Para ver o desafio que o Dr. Wellington Zangari, da PUC SP, fez a Luiz Roberto
Turatti e ao seu mentor, o Padre Quevedo (e ainda não respondido), clique aqui
em http://www.forumnow.com.br/vip/mensagens.asp?
forum=15836&topico=2491903
O Sr. "Caçador de Enígmas" parece não levar muito à sério outros centros
de pesquisas, não parece muito simpático ao trabalho de outros e faz vista grossa
aos estudos da Universidade Federal de Minas sobre estados de consciência,
inciados com Pierre Weil, atual reitor da Universidade Holística Internacional de
Brasília - UNIPAZ, e assessor da UNESCO em um trabalho sobre Educação para
a Paz (veja aqui um texto do Prof. Pierre Weil em que ele fala da Parapsicologia e
de suas próprias pesquisas em Transcomunicação Instrumental e com
materializações tendo por colaborador nada mais nada menos que o famoso
neuropesquisador Dr. Stanley Krippner), ou estudos de vários outros centros de
pesquisas internacionais cujas conclusões NÃO são idênticas às suas, como, por
exemplo, a pesquisa da Associação Luso-Brasileira de Psicologia Transpessoal
sobre as comunicações mediúnicas, que demonstram as ocorrências de
transformações fisiológicas nos médiuns durante o transe, fora estudos similares
sobre estados alterados de pessoas místicas, como os dos meninos de Medjugore,
feitos por vários pesquisadores do mundo. Desta forma, nomes como o do Dr. Ian
Stevenson, da Universidade de de Virgínia, EUA, com sua pesquisa sobre casos
sugestivos de Reencarnação, e o do Dr. Karlis Osis, sobre Near Death Experiences
(falaremos sobre elas mais adiante) sequer são discutidas. Isso sem falar das várias
pesquisas em Psicologia Transpessoal levadas a cabo por vários centros de
pesquisa pelo mundo, e os estudos em Psicobiofísica da USP em convênio com o
IBPP que formou a primeira turma em Psicobiofísica em 1997, para ficarmos, por
hora, em apenas em alguns exemplos.
Vejamos o que a este respeito nos fala o Prof. Hernani Guimarães Andrade,
em seu livro Parapsicologia - Uma visão panorâmica:
Por isso, não deve ter-se pressa ou ansiedade em convencer os cépticos, uma
vez que o seu cepticismo não altera a realidade dos fatos (Andrade, 2002,
pp.310-312).
E ai? Quem está certo? O Dizer oficial da Igreja que reconhece a aparição e
seus milhões de crentes ou o Pe. Quevedo? Como uma instituição que se diz, na voz
de sua ala mais radical - como a do Cardel Joseph Ratzinger, prefeito da antiga
Inquisição, hoje chamada de Congregação pada a Doutrina (ou Defesa) da Fé -, a
"única" realmente detentora da verdade pode ser assim tão dividida? Se Fátima
foi um erro e a Igreja sabe disso, então ela manipula a fé das pessoas? E já que o
famoso padre se diz tão devoto da Virgem de Guadalupe, como explicar que a
referida imagem impressa em um poncho (avental ou capa) tenha se dado, segundo
a lenda, depois de algumas "aparições" de Maria ao índio Juan Diego em 1531, se
"aparições" não existem?