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INTRODUÇÃO
OBJETIVOS
Os objetivos deste estudo são estimular a reflexão referente ao que
historicamente se denomina Globalização e se perceber as diversas
alternativas para compreensão deste processo, além de construir um novo
enredo que contemple algumas lacunas históricas que se encontram vazias por
não terem aberturas para áreas de pensamento como a filosofia, a economia e
sociologia.
Este estudo analisa o desenvolvimento da globalização a partir do
período histórico marcado pelo início das navegações a partir da segunda
metade do século XIV, dedicando-se a pensar a quebra das fronteiras dos
Estados-nações como continuidade de um processo violento e massacrante
iniciado em terra, e levado ao mar sob a justificativa da conquista de novos
mercados comerciais, riquezas e expansão geográfica.
METODOLOGIA
A metodologia utilizada inicialmente para elaboração desta análise foi a
revisão teórica baseada nos ensaios realizados por Peter Sloterdijk, mais
especificamente nas obras Esferas II e Palácio de Cristal, além de leituras
paralelas que tratam do processo de globalização por uma perspectiva
complexa e formada por uma teia de fatos históricos, sociais e políticos que
resultam no processo de globalização que acompanha a humanidade nos dias
atuais.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
A palavra globalização tornou-se uma palavra muito comum e também
um adjetivo para se compreender diversas dimensões da vida social:
globalização econômica, globalização cultural, globalização política, etc.
Porém, a análise do processo de globalização exige uma cuidadosa atenção a
diferentes características que muitas vezes passam despercebidas aos olhares
de quem a analisa. Sua popularidade não foi capaz de diminuir sua importância
e a necessidade cada vez maior de aprofundamento das suas influências na
vida contemporânea.
A globalização exprime a idéia de que o mundo é um globo, uma esfera.
Há muito tempo o homem sabe que a terra é esférica, neste sentido, o mundo
globalizou-se e fez-se mais redondo do que já era. A idéia de que o mundo era
plano representou para a sociedade a idéia de que era infinito, impossibilitando
sua conquista, seu conhecimento. Mas a partir da aceitação de que o mundo
era esférico, sua conquista pareceu possível, transformando-se em um objeto a
ser conhecido e conquistado (HINKELAMMERT, 2007).
É este processo de conquista que destacamos neste estudo como uma
das fases mais cruéis da humanidade. Esta globalização foi possível pelo uso
da violência física e imposição de um modelo político-cultural europeu.
Destacamos nesse processo de expansão geográfica e econômica os
corsários, piratas e comerciantes que faziam parte de um grupo social sem
nenhum valor moral humanista, e que foram capazes de devastar todo o
mundo em busca do reconhecimento como heróis. Fizeram isso ao custo de
inúmeras vidas.
CONCLUSÂO
O aprofundamento nos estudos acerca do processo de globalização nos
evidencia que este processo não se deu de forma ingênua, mas pelo contrário,
por ser histórico, foi representado de diferentes maneiras pelos seres humanos,
tanto na cultura, na religião, na política e em outras dimensões da vida social e
seguiu cuidadosamente uma estratégia de pensamento. É também importante
ressaltar que o processo de globalização não se deu de forma igualitária em
todas as nações, o que resultou em realidades sócio-econômicas e culturais
distintas.
Neste trabalho pudemos nos direcionar a uma fase específica do
processo antigo da globalização e percebemos o seu caráter violento e
devastador no que se refere à expansão espacial das idéias, das economias e
culturas. Este processo que ocorreu em nome do progresso, foi marcado pelo
sangue daqueles que tentaram ou não conseguiram resistir às forças
globalizantes. Segundo Sloterdijk (2008, p. 130), “a globalização terrestre,
como a história do mundo em geral, é talvez o crime que só se pode cometer
uma vez”.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS