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ESTÂNCIA BALNEÁRIA
SECRETARIA DE EDUCAÇÃO
DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO
SUPORTE PEDAGÓGICO
Equipe Interdisciplinar
Educação de Jovens e Adultos — CICLO I E II
Santos
2003
PROJETO DE LEITURA
O objetivo dessa apostila não é o estudo da teoria gramatical, mas o de selecionar alguns
textos, permitir o trabalho de expressão oral e escrita.
A sugestão de leituras faz-se necessária mediante a dificuldade de material apropriado ao
Ensino de Jovens e Adultos. Bons subsídios para trabalhos com leitura serão citados, sempre, após
os textos.
Cabe, aqui, salientar a importância da prática oral, também, exercida pela própria professora.
A leitura de poemas será também imprescindível, pois a professora poderá complementar o material
fornecido. Toda proposta planejada deve priorizar a dimensão comunicativa da expressão oral. A
inclusão de letras de música popular como material de estudo é, sem dúvida, importante e deve ser
estimulada. Ressaltamos que a leitura em voz alta, o entendimento, crítico ou não, será essencial
para que exista o desafio da comunicação. No decorrer do ano, procuraremos enviar mais textos que
serão úteis para auxiliar no trabalho do professor.
Ao apresentar diversos tipos de textos, estamos levando nossos alunos a mergulharem nas
manifestações de sua cultura e lhes oferecendo condições para conviver e interagir com nosso
mundo.
Assim, nosso objetivo é o de formar leitores ativos e conscientes da realidade em que
vivemos.
2
Poesia: “Sem casa”
Autora: Roseana Murray
Ciclo I — Termo 1
— Motivação à leitura;
— Leitura, inicial, do professor;
— Leitura, pelo aluno, buscando a clareza da pronúncia, o ritmo e a entoação;
— Reflexão sobre pessoas que não têm casa;
— Discussão, troca de idéias com a classe sobre a temática da poesia.
3
Texto: Trem de ferro
Autor: Manuel Bandeira
Ciclo I —Termo 2
— Motivação à leitura;
— Leitura, inicial, do professor;
— Leitura, pelo aluno, buscando a clareza da pronúncia, o ritmo a e entoação;
— Trocas de idéias, ou informações;
— Montagem de jograis, isto é, declamação em duplas ou grupos;
— Associação imagem ao som.
4
Texto: “O grande favor”
Fábula de Esopo
Ciclo I — Termo 2
5
6
Texto: “Ouvindo histórias de hoje em dia”
Ciclo I — Termo 3
Obs.: Este texto incentiva a pesquisa sobre ruas da cidade que tenham nomes de acontecimentos
históricos, pessoas, flores, animais etc.
7
Poesia: Paraíso
Autor: José Paulo Paes
Ciclo I — Termo 3
8
Texto: A coruja e a águia.
Ciclo I — Termo 4
— Treino expressivo, inicialmente, pelo professor, com momentos de pausas na leitura, retorno
ao que já foi lido para melhor apreensão;
— Observação da mensagem.
9
10
Texto: Viver sem a família
Ciclo I — Termo 4
Obs.: Um trabalho de discussão sobre menores abandonados integra o conteúdo aos temas
transversais. Professor, discutir a cidadania do Brasil de hoje significa apontar a necessidade de
transformação das relações sociais.
11
Texto: O que fazer com o lixo?
Ciclo I — Termo 4
— Motivação à leitura;
— Leitura, inicial, do professor;
— Leitura, pelo aluno, exercitando a pronúncia;
— Motivação dos alunos para que percebam o que acontece à nossa volta: “problemática do
lixo”.
Obs.: É importante que os alunos percebam que o problema do lixo pode ser sanado com a
reutilização do mesmo, ou seja, por meio da reciclagem.
12
Texto: “A mutuca e o leão”
Ciclo II — Termo 1
13
Texto: “Disfarce”
Ciclo II — Termo 1
Disfarce
É preciso cautela
quando diz que não é,
e se faz Cinderela
em qualquer chaminé.
Em cachimbo ou cigarro,
ou na indústria voraz,
no começo, é pigarro,
no final...
...”Aqui jaz”...
14
Texto: “A droga é uma droga”
Ciclo II — Termo 2
15
Texto: “Turismo”
Ciclo II — Termo 2
16
Música: “Chega de Saudade”
Autores: Tom Jobim e Vinícius de Morais
Ciclo II — Termo 3
17
Texto: “O (des) emprego dos jovens”
Autor: Elio Gaspari
Ciclo II — Termo 3
Obs.: O professor poderá dividir a turma em pequenos grupos, usando critérios básicos e afinidades
entre os componentes. O professor deverá apurar o senso crítico do aluno, em relação ao seu
processo de produção, de forma que ele se predisponha a escrever.
Emprego para jovens é um dos graves problemas da sociedade brasileira. Há 3,6 milhões de
jovens na faixa dos 15 e 24 anos procurando emprego e batendo com a cara na porta. Equivalem a
cerca da metade dos desempregados nacionais. Problema tão grave resultou numa das promessas de
campanha de Lula. Mereceu 11 linhas no programa e muita parolagem nos debates.
Para evitar que esse projeto social atole na espuma propagandística do Fome Zero, o
governo poderia começar a discutir antes de começar a errar. O Ipea e o Ministério do Trabalho
acabam de editar uma coletânea de sete artigos sobre o problema do primeiro emprego para os
jovens. Um deles, de Eduardo Rios-Neto, professor titular de demografia da UFMG, e do
pesquisador André Golgher, sugere a possibilidade de se estar armando muita confusão para pouco
resultado. Eles mostram o perigo, mas apontam um caminho rápido, certo e eficaz para evitar o
erro.
O professor Rios-Neto é um crítico da renúncia fiscal como forma de subsídio dos empregos
para jovens. Acredita que os resultados são caros e escassos. Ele mostra que os jovens brasileiros
devem ser divididos em três grupos. De um lado estão os que não estudam, não têm emprego e,
sobretudo, não estão procurando trabalho. Descontando jovens mulheres que cuidam de filhos,
talvez sejam 3 milhões. Esse grupo precisa de um programa caro, subsidiado e custeado por algum
tipo de renúncia fiscal.
No segundo grupo, que nada tem a ver com o primeiro, estão os jovens que estudam, querem
continuar estudando e procuram trabalho. Devem ser cerca de 1,6 milhão e podem ser atendidos
pela ampliação da estrutura existente de busca de estágios. Um programa agressivo de estágios e
uma reforma na legislação, que proíbe estagiários sem o secundário completo, não só empregariam
jovens como derrubariam a taxa de desemprego. Há ainda um grupo intermediário de 2 milhões que
procuram emprego, mas não freqüentam escola.
Enquanto o primeiro grupo requer um programa caro e inovador, o segundo tem à sua
disposição uma roda já inventada. Separados, funcionam. Misturados, arriscam embananar a boa
intenção.
A publicação, pelo Ipea e pelo Ministério do Trabalho, de artigos como o do professor Rios-
Neto é um bom sinal. O fato de até agora ninguém o ter procurado para discutir o que escreveu ou
para ver as contas que fez é um mau sinal. Sinal de que,como no Fome Zero, tem sabichão no
pedaço.
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Texto: Rico esporte de pobres
Ciclo II — Termo 4
Revista Superinteressante
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