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COSTUMES

Os ciganos não representam um povo compacto e homogêneo, mesmo


pertencendo a uma única etnia, existe a hipótese de que a migração desde a Índia tenha
sido fracionada no tempo, e que desde a origem fossem divididos em grupos e
subgrupos, falando dialetos diferentes.

As diferenças no tipo de vida, a forte vocação ao nomadismo de alguns, contra a


tendência à sedentarização de outros gera uma série de contrastes que não se limitam a
uma simples incapacidade de conviver pacificamente.

Em linhas gerais, os Sintos são menos conservadores e tendem a esquecer com maior
rapidez a cultura dos pais. Talvez este fato não seja recente, mas de qualquer modo é
atribuído às condições socioculturais nas quais por longo tempo viveram.

Quanto aos Rom de imigração mais recente, se nota ao invés uma maior tendência à
conservação das tradições, da língua e dos costumes próprios dos diversos subgrupos.
Sua origem desde países essencialmente agrícolas e ainda industrialmente atrasados
(leste europeu) favoreceu certamente a conservação de modos de vida mais consoantes à
sua origem.

Não é possível, também em razão da variedade constituída pela presença conjunta de


vários grupos, fornecer uma explicação detalhada das diversas tradições. Alguns
aspectos principais, ligados aos momentos mais importantes da existência, merecem ser
descritos, ao menos em linhas gerais.

Antigamente era muito respeitado o período da gravidez e o tempo sucessivo ao


nascimento do herdeiro; havia o conceito da impureza coligada ao nascimento, com
várias proibições para a parturiente. Hoje a situação não é mais tão rígida; o aleitamento
dura muito tempo, às vezes se prolongando por alguns anos.

No casamento tende-se a escolher o cônjuge dentro do próprio grupo ou subgrupo, com


notáveis vantagens econômicas. Um cigano pode casar-se com uma gadjí, isto é, uma
mulher não cigana, a qual deverá porém submeter-se às regras e às tradições ciganas.

A importância do dote é fundamental especialmente para os Rom; no grupo dos Sintos


se tende a realizar o casamento através da fuga e conseqüente regularização. Aos filhos
é dada uma grande liberdade, mesmo porque logo deverão contribuir com o sustento da
família e com o cuidado dos menores.

No que se refere à morte, o luto pelo desaparecimento de um companheiro dura em


geral muito tempo. Junto aos Sintos parece prevalecer o costume de queimar-se a
kampína (o trailer) e os objetos pertencentes ao defunto.
Entre os ritos fúnebres praticados pelos Rom está a pomána, banquete fúnebre no qual
se celebra o aniversário da morte de uma pessoa. A abundância do alimento e das
bebidas exprimem o desejo de paz e felicidade para o defunto.

NASCIMENTO

Uma criança sempre é bem vinda entre os ciganos. É claro que sua preferência é para os
filhos homens, para dar continuidade ao nome da família. A mulher cigana é
considerada impura durante os quarenta dias de resguardo após o parto.

Logo que uma criança nasce, uma pessoa mais velha, ou da família, prepara um pão
feito em casa, semelhante a uma hóstia e um vinho para oferecer ás três fadas do
destino, que visitarão a criança no terceiro dia, para designar sua sorte. Esse pão e vinho
será repartido no dia seguinte com todos as pessoas presentes, principalmente com as
crianças.

Da mesma forma e com a finalidade de espantar os maus espíritos, a criança recebe um


patuá assinalado com uma cruz bordada ou desenhada contendo incenso. O batismo
pode ser feito por qualquer pessoa do grupo e consiste em dar o nome e benzer a criança
com água, sal e um galho verde. O batismo na igreja não é obrigatório, embora a
maioria opte pelo batismo católico.

CASAMENTO
Desde pequenas, as meninas ciganas costumam ser prometidas em
casamento. Os acertos normalmente são feitos pelos pais dos noivos,
que decidem unir suas famílias.

O casamento é uma das tradições mais preservadas entre os ciganos,


representa a continuidade da raça, por isso o casamento com os não
ciganos não é permitido em hipótese alguma. Quando isso acontece a
pessoa é excluída do grupo.

É pelo casamento que os ciganos entram no mundo dos adultos. Os


noivos não podem Ter nenhum tipo de intimidade antes do casamento.
Quando o casamento acontece, durante três dias e três noites, os noivos ficam separados
dando atenção aos convidados, somente na terceira noite é que podem ficar pela
primeira vez a sós.

Mesmo assim, a grande maioria dos ciganos no Brasil, ainda exigem a virgindade da
noiva. A noiva deve comprovar a virgindade através da mancha de sangue do lençol que
é mostrada a todos no dia seguinte. Caso a noiva não seja virgem, ela pode ser
devolvida para os pais e esses terão que pagar uma indenização para os pais do noivo.

No caso da noiva ser virgem, na manhã seguinte do casamento ela se veste com uma
roupa tradicional colorida e um lenço na cabeça, simbolizando que é uma mulher
casada. Durante a festa de casamento, os convidados homens, sentam ao redor de uma
mesa no chão e com um pão grande sem miolo, recebem dos os presentes dos noivos em
dinheiro ou em ouro.
Estes são colocados dentro do pão ao mesmo tempo em que os noivos são abençoados.
Em troca recebem lenços e flores artificiais para a mulheres. Geralmente a noiva é paga
aos pais em moedas de ouro, a quantidade é definida pelo pai da noiva.

MÚSICA E DANÇA
Quando os ciganos deixaram o Egito e a Índia, eles passaram pela
Pérsia, Turquia, Armênia, chegando até a Grécia, onde
permaneceram por vários séculos antes de se espalharem pelo
resto da Europa.

A influência trazida do oriente é muito forte na música e na dança


cigana. A música e a dança cigana possuem influência hindu,
húngaro, russo, árabe e espanhol. Mas a maior influência na
música e na dança cigana dos últimos séculos é sem dúvida
espanhola, refletida no ritmo dos ciganos espanhóis que criaram um novo estilo baseado
no flamenco.

Alguns grupos de ciganos no Brasil conservam a tradicional música e dança cigana


húngara, um reflexo da música do leste europeu com toda influência do violino, que é o
mais tradicional símbolo da música cigana. Liszt e Beethoven buscaram na música
cigana inspiração para muitas de suas obras.

Tanto a música como a dança cigana sempre exerceram fascínio sobre grandes
compositores, pintores e cineastas. Há exemplos na literatura, na poesia e na música de
Bizet, Manuel de Falla e Carlos Saura que mostram nas suas obras muito do mistério
que envolve a arte, a cultura e a trajetória desse povo.

No Brasil, a música mais tocada e dançada pelos ciganos é a música Kaldarash, própria
para dançar com acompanhamento de ritmo das mãos e dos pés e sons emitidos sem
significação para efeito de acompanhamento. Essa música é repetida várias vezes
enquanto as moças ciganas dançam.

MORTE

Os ciganos acreditam na vida após a morte e seguem todos os rituais para aliviar a dor
de seus antepassados que partiram. Costumam colocar no caixão da pessoa morta uma
moeda para que ela possa pagar o canoeiro a travessia do grande rio que separa a vida
da morte.

Antigamente costumava-se enterrar as pessoas com bens de maior valor, mas devido ao
grande número de violação de túmulos este costume teve que ser mudado. Os ciganos
não encomendam missa para seus entes queridos, mas oferecem uma cerimônia com
água, flores, frutas e suas comidas prediletas, onde esperam que a alma da pessoa
falecida compartilhe a cerimônia e se liberte gradativamente das coisas da Terra.

As cerimônias fúnebres são chamadas "Pomana" e são feitas periodicamente até


completar um ano de morte. Os ciganos costumam fazer oferendas aos seus
antepassados também nos túmulos.
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DITADOS

Vários ditados ciganos em Romanês fazem alusão à benção de gerar filhos:

• "E JULI QUE NAILA CHAVÊ TSHI NAKEU PA TRAIO"


( A mulher que não tem filho passa pela vida e não vive);

• "MAI FALIL IEC CHAU ANDO DJY, DIKÊ IEK GUNÔ PERDO
GALBENTSA"
( Mais vale um filho no ventre do que um baú cheio de moedas de ouro);

• "NAI LOVÊ ANDÊ LUMA CAI POTINEL IEC SHAVO"


( Não existe dinheiro no mundo que pague um filho).

Dentro da comunidade cigana, o casal em que um dos dois seja impossibilitado de ter
filhos, embora amando-se, a comunidade faz com que se separem, porque o amor que se
têm pela perpetuação da raça supera ou abafa qualquer outro sentimento.

A família, para o povo cigano, é o seu maior patrimônio.

INCENSOS

Usados de maneira correta, criam uma atmosfera no ambiente, de energia, equilíbrio e


harmonia, que ajuda o ser humano a sintonizar mais facilmente com os planos
superiores.

Como ainda hoje acontece, em épocas passadas o incenso era usado para quatro
finalidades:

1) Para Agradar aos Deuses:


Acreditava-se que o cheiro agradável e aromático que o próprio homem sentia agradaria
aos deuses ou à divindade. Vamos chamá-lo de função de oferenda do incenso.

2) Meio de Oração:
O incenso era visto como um meio para a oração. Acreditava-se que a fumaça
ascendente levaria aos deuses as petições daqueles que queimavam o incenso. Por causa
de seu cheiro agradável acreditava-se que deveria ser um meio ao qual os deuses não
podiam se fechar.

3) Meio de Neutralização:
O incenso era queimado para mascarar ou neutralizar o mau cheiro oriundo de
imolações (animais e outros materiais). Pela mesma razão também era usado nos
funerais.

4) Meio de Influência Inter-Humana:


O aroma e as vibrações do incenso sintonizam aquele que o queima com uma
determinada finalidade ou dão um determinado estado de ânimo às diversas pessoas que
se encontram no ambiente onde o incenso é queimado. O aroma e as vibrações
despertam em todas as pessoas determinadas sensações e lembrança e sintonizam a
psique e a mente com certos objetivos.

O USO DO INCENSO NA ANTIGUIDADE (Histórico)

Entre os Hebreus (com referência no Velho Testamento)

O uso do incenso teve desde a antigüidade um sentido de purificação e proteção. Para os


egípcios ele constituía uma forma de manifestação da divindade. No culto dos mortos
via-se no uso do incenso um guia para a vida do além.

A partir do momento em que o incenso começou a entrar nos rituais - provavelmente


inspirados pelos babilônios - conquistou um papel cada vez mais importante na
adoração de Deus.

Aos poucos, no contexto de uma religiosidade mais espiritual, o incenso tornou-se


símbolo da oração que se eleva a Deus, significando também a adoração prestada aos
deuses.

No judaísmo o incenso era símbolo da adoração e do sacrifício. O odor do incenso devia


servir também para aplacar a ira de Javé. De modo geral, o incenso constitui um
símbolo de adoração e de veneração a Deus.

O sacrifício do incenso e a adoração identificam, sendo ambos um sacrifício a Deus.


Existem numerosas referências contidas no Antigo Testamento a respeito do incenso
fazem supor que também entre os hebreus daquela época o uso do incenso era
tradicional. Hoje os cientistas são unânimes em dizer que era apenas em torno do século
VII antes de Cristo que os judeus incorporaram o incenso em seus rituais.

Inicialmente, o incenso constava poucos ingredientes - óleo de mirra, gálbano e olíbano


puro. Seu preparo era reservado aos sacerdotes e acontecia de uma maneira sublime e
secreta.

Eis as medidas passadas por Deus à Moisés segundo a Bíblia (Velho Testamento):

Êxodo 30:34 - Disse mais o Senhor a Moisés: Toma especiarias aromáticas: estoraque,
onicha e gálbano, especiarias aromáticas com incenso puro; de cada uma delas tomarás
peso igual; 35 e disto farás incenso, um perfume segundo a arte do perfumista,
temperado com sal, puro e santo; 36 e uma parte dele reduzirás a pó e o porás diante do
testemunho, na tenda da revelação onde eu virei a ti; coisa santíssima vos será. 37 Ora,
o incenso que fareis conforme essa composição, não o fareis para vós mesmos; santo
vos será para o Senhor.

Queimava-se incenso durante os sacrifícios e quando amadureciam as primeiras frutas.


Além do mais, era queimado, independentemente de tais acontecimentos externos, de
manhã e à noite sobre um altar especial, ou num turíbulo especial. Grandes doses de
incenso aromático também eram usados para a purificação das mulheres.
NO EGITO DOS FARAÓS

Os antigos egípcios eram mestres no preparo e uso dos incensos. O mais famoso de
todos os incensos egípcios é o kyfi. O historiador romano Plutarco escreveu as seguintes
palavras sobre o kyfi do Egito Antigo : "Os ingredientes de kyfi proporcionam-nos bem
estar à noite. Kyfi é capaz de acolher as pessoas, pode provocar sonhos e fazer esquecer
as preocupações cotidianas, dando calma e serenidade a todos que o inalam."

A mistura dos ingredientes de kyfi era preparada durante um ritual secreto


acompanhado do canto de textos sagrados. Seu preparo exigia um ritual especial,
extremamente secreto no templo. O efeito misterioso do kyfi consistia em gerar um
estado de ordem e harmonia.

No antigo Egito, a queima de incenso era uma parte importante em todos em todos os
rituais, já que a cada um dos ingredientes dos diversos tipos de incenso eram atribuídas
características mágicas e místicas específicas.

Além disso, os egípcios queimavam incenso para, durante suas práticas médicas,
expulsar demônios, considerados responsáveis por determinadas doenças.

Até onde sabemos hoje, os egípcios tradicionalmente preparam o kyfi.

A ANTIGÜIDADE GREGA

Apenas um cientista defende a teoria de que o incenso teria chegado aos gregos através
do culto a Afrodite, tendo em vista que na Fenícia e em Chipre tradicionalmente se
queimava incenso no culto dessa deusa.

Posteriormente, os gregos importaram o incenso da Arábia, como um produto


comercial. À semelhança do costume de outros povos, os gregos também queimavam
incenso quando faziam imolações, tanto como oferenda independentemente aos deuses
quanto como um meio para neutralizar e purificar o cheiro ruim das imolações.

A oferenda de incenso era feita em combinações com frutas, pão, trigo e outros
alimentos, ou era oferecida isoladamente em cultos para os deuses ou em rituais
domésticos. O incenso também era dado como presente a outras pessoas.

Às vezes, o incenso era jogado sobre o altar de oferendas de modo que seus aromas
pudessem se misturar com a fumaça do sacrifício ou as vezes de uma imolação.
Queimava-se também incenso fora dos templos.

Os gregos conheciam os incensários que podiam ser segurados na mão. Através de


hinos antigos da Grécia, sabemos ainda que no culto de Orfeu eram usados muitos tipos
de incenso.

OS ROMANOS

Na religião romana oficial considerava-se como a oferenda sangrenta mais importante o


oferecimento de TUS, que designava tanto o incenso em geral quanto a goma-resina
(olíbano) em especial. Um ritual era considerado incompleto se não fosse usado o TUS.

Também os deusas da casa recebiam sua porção incensos. Nos altares maiores, era
queimado sobre braseiros ou sobre pequenos altares portáteis (foci turibulum). O
incenso era transportado e armazenado numa caixinha chamada acerrra, que se
enterrava nos túmulos junto com os mortos.

Nos casos de imolações queimava-se uma mistura de incenso, açafrão e louro.

Na época das grandes perseguições dos cristãos pelo imperador Décio, cerca de 250
depois de Cristo, a queima de incenso, era o que o cristão podia provar sua lealdade
diante do Estado, e portanto, diante da religião do Estado. Era costume também queimar
incenso diante de "retratos ou esculturas" do imperador ou até mesmo diante de sua
presença.

OS HINDUS

Poderíamos considerar o hinduísmo um dos baluartes do uso do incenso. Os hindus


foram ávidos por aromas e na Antigüidade Clássica, já foram famosos por seus
perfumes.

Os hindus queimava incenso pelos mesmos motivos que já vimos, entre os gregos e os
romanos, ou seja, de modo ritualístico em público ou no ambiente da casa.

Nessa mesma tradição enquadra-se também a vidente indiana que durante as sessões
tenta despertar sua inspiração com a ajuda de plantas e árvores sagradas.

No hinduísmo moderno, o uso do incenso está amplamente difundido. Assim no culto


em homenagem a Shiva diante da pedra orissa quanto das estátuas de Krishna se
queimam cânfora e incenso.

CRISTIANISMO

Nos ritos da Igreja Cristã, o incenso foi introduzido de forma paulatina. Os cultos da
igreja primitiva tinham um caráter simples e, com exceção de finalidades de simples
purificação, o incenso era evitado, pois era visto como elemento de origem judaica ou
pagã.

O uso do incenso parece evidente para fins cerimoniais não era mais novidade entre os
anos de 385 e 388, mas, ao contrário, já havia se tornado tradição. É praticamente certo
que o uso do incenso pelos cristãos remete ao estabelecimento oficial da Igreja de
Constantino.

Muitas autoridades eclesiásticas afirmam que a ausência de incenso nas listas dos
inventários decorre do fato de que nos primeiros trezentos anos depois da época dos
apóstolos simplesmente não se usava incenso nas igrejas.

Depois do século V, o uso do incenso foi pouco a pouco se estendendo cada vez mais na
Igreja. Desse modo, no século XIV, o incenso já era uma parte indispensável dentro da
Missa e de outros cultos religiosos, como as vésperas, a consagração de igrejas e as
procissões e funerais.

O fato de que o uso do incenso remetia aos judeus e/ou ao paganismo podem de fato, ter
causado a resistência ao incenso dos primeiros cristãos. Não obstante, o incenso era
efetivamente usado naquela época para fins de purificação.

A receita do incenso mais antiga que conhecemos por tradição está contida no livro de
Êxodo, do Antigo Testamento (capítulo 30, versículo 34). E por fim, o incenso fazia
parte também dos presentes que os Três Reis Magos do Oriente trouxeram ao menino
Jesus recém nascido (Mateus 2:11 - E entrando na casa, viram o menino com Maria sua
mãe e, prostrando-se, o adoraram; e abrindo os seus tesouros, ofertaram-lhe dádivas:
ouro, incenso e mirra).

O INCENSO NAS FALANGES CIGANAS

Alguns dos incensos e suas funções astrais:

MADEIRA: para abrir os caminhos

ALMISCAR: para favorecer os romances

JASMIM: para o amor

LOTUS: paz, tranqüilidade

BENJOIM: para proteção e limpeza

SANDALO: para estabelecer relação com o astral

MIRRA: incenso sagrado usado para limpar após os rituais e durante eles e também
usado quando vai se desfazer alguma demanda ou feitiço.

LARANJA: para acalmar alguém ou ambiente.

Todo incenso deve ser usado com cautela nunca em demasia como fazem algumas
pessoas e deve ser sempre dirigido a alguma causa. Não deve ser utilizado simplesmente
por usar, por nada ou sem motivo, deve sempre ter um dono que o receba e que tenha
seu nome pronunciado no momento do pedido. O incenso é um expediente sagrado e
tem sido usado em rituais sagrados de toda espécie desde que o homem é homem.

Mantém um poder grande de evocação espiritual e astral e não deve ser usado tão
somente para perfumar ambientes ou sem causa porque sempre estaria alcançando uma
egrégora qualquer com a vibração que provoca e que está quieta em seu lugar, tem o
condão de atrair energia de toda espécie e dos dois planos astrais, negativo e positivo,
tem força de ritual e de alimento também, tem força de rejeição ou de atração
dependendo do patamar alcançado e da situação especial de quem as ascende.

É por demais conhecido no mundo da mística astral e por vezes seu uso ou o que emana
no mundo imaterial chega a ser disputado quando não pertence a ninguém que o esteja
recebendo, podendo muitas vezes provocar visitas ansiosas por novos incensos a serem
utilizados.

Pode parecer simples e de nenhuma gravidade, bem como aconselhado em outras


egregoras como de bom agouro e condutor de sorte, limpeza e bom astral, em algumas
vezes até como calmante ou nivelação energética de ambientes, contudo, seu uso como
tudo no mundo deve ser feito com o critério necessário e mantida a relação correta com
o que e quem se pretende atingir, na sua ardência e utilização, sem contar com as
preferencias milenares já existentes em alguns casos, no mundo imaterial por uma
avalanche de viventes e energias de tipos diversos.

O uso inadvertido ou pouco conhecido de determinados instrumentos destinados, regra


geral a rituais, consagrações e outros tantos motivos, não é aconselhável. Fato que nos
leva à necessidade de orientação, pesquisa e instrução à respeito. As coisas que por
vezes nos parecem muito simples e que por qualquer motivo nos faz um aparente bem,
mas que não esteja dentro de nosso domínio de conhecimento, requer maior atenção e
aprendizado.

Quando se tratar de espírito cigano, com certeza ele indicará o incenso de sua
preferencia ou de sua necessidade naquele momento, regra geral o incenso mantêm
sempre correspondência com a área de atuação dele ou dela ou do trabalho que estará
sendo levado a efeito. Quando se tratar de oferendas e já não estiver estipulado o
incenso certo para acompanhar e houver sua necessidade solicitada, bem como nas
consagrações o incenso que deve acompanhar devera sempre ser o de maior
correspondência com o próprio cigano ou cigana. No caso de uma oferenda normal e tão
somente necessária para manutenção, agrado ou tratamento sugere-se o incenso
espiritual ou de rosa, que mantém efeito de evocação de leveza, de elevação ou mesmo
de louvação espiritual.

Quando se pretender que alguma coisa , objeto ou ambiente seja bem energizado, ou
mesmo se tratar de alguma consagração de algum instrumento utilizado por eles, e for
feito sem a participação efetiva do cigano ou cigana e com a devida autorização, pode-
se usar o incenso de ópio ou mesmo sândalo, se nenhum foi indicado. É interessante que
se tenha sempre a mão esses incensos, no caso de algum cigano pedir para exercer
qualquer vibração de energização em algum objeto qualquer que deseje dar ou mesmo
prepara para alguém.
HINO INTERNACIONAL CIGANO

Consagrou-se oficialmente durante o Primeiro Congresso Cigano em 1971 em Londres,


como o Hino Internacional dos Ciganos uma adaptação feita em uma canção popular
cigana dos países europeus, com versos inspirados nos ciganos que foram reclusos nos
campos de concentração durante a segunda guerra mundial de autoria do Rom
yugoslavo Jarko Jovanovic, de nome DGELEM, DGELEM. Cuja letra segue abaixo em
romanez e em seguida traduzida para o português para conhecimento de seu conteúdo.
Com versão nova dada por Seronia Vishnevsky (lovari)

Dgelem, Dgelem

Dgelem, Dgelem lungone dromentsa

Maladjilem bhartalé romentsa

Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Naís tumengue shavale

Patshiv dan man romale

Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Vi mande sas romni ay shukar shavê

Mudarde mura família

Lê katany ande kale

Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Shinde muro ilô

Pagerde mury luma

Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Opré Romá

Aven putras nevo dromoro

Ai, ai, romale, ai shavalê (bis)

Tradução para o português:

Caminhei, caminhei longas estradas

Encontrei-me com romá (ciganos) de sorte

Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos

Obrigado rapazes ciganos

Pela festa louvor que me dão


Eu também tive mulher e filhos bonitos

Mataram minha família

Os soldados de uniforme preto

Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos

Cortaram meu coração

Destruíram meu mundo

Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos

Pra cima Romá (Ciganos)

Avante vamos abrir novos caminhos

Ai, ai ciganos, ai jovens ciganos!!!

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