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c

c

A palavra razão vem do latim ›  e significa a divisão ou o


quociente entre dois números A e B, denotada por:

Exemplo: A razão entre 12 e 3 é 4 porque:

12
=4
3

e a razão entre 3 e 6 é 0,5 pois:

3
= 0,5
6

A razão também pode ser expressa na forma de divisão entre


duas grandezas de algum sistema de medidas. Por exemplo,
para preparar uma bebida na forma de suco, normalmente
adicionamos A litros de suco concentrado com B litros de água. A
relação entre a quantidade de litros de suco concentrado e de
água é um número real expresso como uma fração ou razão (que
não tem unidade), é a razão:

A
= A/B
B

Exemplo: Tomemos a situação apresentada na tabela abaixo.

Líquido Situação1 Situação2 Situação3 Situação4


Suco puro 3 6 8 30
Água 8 16 32 80
Suco pronto 11 22 40 110
[a Situação1, para cada 3 litros de suco puro coloca-se 8 litros
de água, perfazendo o total de 11 litros de suco pronto.

[a Situação2, para cada 6 litros de suco puro coloca-se 16 litros


de água, perfazendo o total de 24 litros de suco pronto.

Exemplo: Em uma partida de basquete um jogador faz 20


arremessos e acerta 10.

Podemos avaliar o aproveitamento desse jogador, dividindo o


número de arremessos que ele acertou pelo total de arremessos,
o que significa que o jogador acertou 1 para cada dois
arremessos, o que também pode ser pensado como o acerto de
0,5 para cada arremesso.

10 : 20 = 1 : 2 = 0,5
c
G  c

Proporção é a igualdade entre duas razões. A proporção entre


A/B e C/D é a igualdade:

A C
=
B D

[otas históricas: A palavra proporção vem do latim V›V› e


significa uma relação entre as partes de uma grandeza, ou seja, é
uma igualdade entre duas razões. [o século XV, o matemático
árabe Al-Kassadi empregou o símbolo "..." para indicar as
proporções e em 1.537, o italiano [iccola Fontana, conhecido por
Tartaglia, escreveu uma proporção na forma

6:3::8:4.
‘  foi um dos matemáticos italianos que mais
divulgou o emprego das proporções durante o período do
Renascimento.

c
G  c 
  cc  c

[uma proporção:

A C
=
B D

os números A e D são denominados 


› enquanto os
números B e C são os  e vale a propriedade: o produto dos
meios é igual ao produto dos extremos, isto é:

A·D=B·C

Exemplo: A fração 3/4 está em proporção com 6/8, pois:

3 6
=
4 8

Exercício: Determinar o valor de X para que a razão X/3 esteja


em proporção com 4/6.

Solução: Deve-se montar a proporção da seguinte forma:

x 4
=
3 6

Para obter X=2.

c
ccG  cc 
 c

Consideremos dois segmentos AB e CD, cujas medidas são


dadas, respectivamente, por 2cm e 4cm.
A________B, C ______________ D

Comparando os segmentos AB e CD, estabelecemos uma razão


entre as suas medidas.

m(AB) 2
=
m(CD) 4

Podemos também afirmar que AB está para CD na razão de 1


para 2 ou que CD está para AB na razão de 2 para 1.

c
G  c 
  c

Dois polígonos são semelhantes se têm ângulos correspondentes


congruentes e os lados correspondentes proporcionais.

Exemplo: Sejam os triângulos ABC e RST.

Observamos que os ângulos correspondentes possuem as


mesmas medidas, denotadas aqui por, A~R, B~S, C~T e os lados
correspondentes são proporcionais.

?  

  

?   

Afirmamos que os polígonos (triângulos) ABC e RST são


semelhantes e indicamos isto por :

ABC ~ DEF
c
† c 
  c

Duas figuras são semelhantes quando elas têm a mesma forma


com medidas correspondentes congruentes, ou seja, quando
uma é uma ampliação ou redução da outra. Isto significa que
existe uma proporção constante entre elas sem ocorrência de
deformação. A figura final e a figura original são chamadas
figuras semelhantes.

As figuras geométricas são semelhantes quando existe uma


igualdade entre as razões dos segmentos que ocupam as
correspondentes posições relativas nas figuras.

Exemplo: [os triângulos

observamos que os ângulos correspondentes possuem a mesma


medida, ou seja, A=R, B=S e C=T e os lados correspondentes
são proporcionais.

AB/RS = BC/ST = CA/TR = 2

Assim, os triângulos ABC e DEF são semelhantes e indicamos


por:

ABC ~ DEF

Exemplo: O mapa do Brasil está em duas escalas diferentes.


Os dois mapas possuem a mesma forma mas têm tamanhos
diferentes. O mapa verde é uma ampliação do mapa amarelo ou
o mapa amarelo é uma redução do mapa verde.

c
? c  cc  c

Existem algumas razões especiais muito utilizadas em nosso


cotidiano, entre as quais: velocidade média, escala, densidade
demográfica e densidade de um corpo.

1. Velocidade Média: A "velocidade média", em geral, é uma


grandeza obtida pela razão entre uma distância percorrida
(expressa em quilômetros ou metros) e um tempo por ele
gasto (expresso em horas, minutos ou segundos).

v
 = distância percorrida / tempo gasto

Exemplo: Suponhamos que um carro de Fórmula MAT


percorreu 328Km em 2h. Qual foi a velocidade média do
veículo nesse percurso?

A partir dos dados do problema, teremos:

v
 = 328 Km / 2h = 164 Km/h

o que significa que a velocidade média do veículo durante a


corrida foi de 164 Km/h, ou seja, para cada hora percorrida
o carro se deslocou 164 Km.

2. Escala: Uma das aplicações da razão entre duas grandezas


se encontra na escala de redução ou escala de ampliação,
conhecidas simplesmente como escala. Chamamos de
escala de um desenho à razão entre o comprimento
considerado no desenho e o comprimento real
correspondente, ambos medidos na mesma unidade.
escala = comprimento no desenho / comprimento real

Usamos escala quando queremos representar um esboço


gráfico de objetos como móveis, plantas de uma casa ou de
uma cidade, fachadas de prédios, mapas, maquetes, etc.

Exemplo: Observemos as figuras dos barcos:

Base menor barco azul/Base menor barco vermelho = 2/4


Base maior barco azul/Base maior barco vermelho = 4/8
Altura do barco azul/Altura do barco vermelho = 3/6

O barco vermelho é uma ampliação do barco azul, pois as


dimensões do barco vermelho são 2 vezes maiores do que
as dimensões do barco azul, ou seja, os lados
correspondentes foram reduzidos à metade na mesma
proporção.

3. Densidade Demográfica: O cálculo da densidade


demográfica, também chamada de população relativa de
uma região é considerada uma aplicação de razão entre
duas grandezas. Ela expressa a razão entre o numero de
habitantes e a área ocupada em uma certa região.

Exemplo: Em um jogo de vôlei há 6 jogadores para cada


time, o que significa 6 jogadores em cada lado da quadra.
Se, por algum motivo, ocorre a expulsão de 1 jogador de
um time, sendo que não pode haver substituição, observa-
se que sobra mais espaço vazio para ser ocupado pelo time
que tem um jogador expulso. [este caso, afirmamos que a
densidade demográfica é menor na quadra que tem um
jogador expulso e maior na outra quadra.

Exemplo: Um estado brasileiro ocupa a área de 200.000


Km². De acordo com o censo realizado, o estado tem uma
população aproximada de 12.000.000 habitantes. Assim:

dens.demográfica=12.000.000 habitantes/200.000 Km²


densidade demográfica = 60 habitantes/ Kma

Isto significa que para cada 1 Km aexistem aproximadamente


60 habitantes.

4. Densidade de um Corpo: Densidade de um corpo é mais


uma aplicação de razão entre duas grandezas. Assim, a
densidade (volumétrica) de um corpo é a razão entre a
massa desse corpo, medida em Kg ou gramas e o seu
volume, medido em m³, dm³ ou qualquer outra unidade de
volume.

Exemplo: Se uma estátua de bronze possui uma densidade


volumétrica de 8,75 kg/dm³ então para cada dm³ há uma
massa de 8,75 kg.

Curiosidade:Devido à existência de densidades diferentes,


observamos que ao colocarmos corpos diferentes em um
recipiente com água, alguns afundam e outros flutuam.

Uma bolinha de isopor flutuará na água enquanto que uma


de chumbo, de mesmo volume afundará. Isso ocorre porque
a densidade do chumbo é maior que a densidade do isopor.
Algumas substâncias e suas densidades estão na tabela
abaixo:

Substância Densidade [g/cm³]


madeira 0,5
gasolina 0,7
álcool 0,8
alumínio 2,7
ferro 7,8
mercúrio 13,6

5. Pi: Uma razão muito famosa: Os egípcios trabalhavam


muito com certas razões e descobriram a razão entre o
comprimento de uma circunferência e seu diâmetro. Este é
um fato fundamental pois esta razão é a mesma para toda
circunferência. O nome desta razão é Pi e seu valor é
aproximadamente:

Pi = 3,1415926535

Exemplo: Se C é o comprimento da circunferência e D a


medida do diâmetro da circunferência, temos uma razão
notável:

C / D = Pi = 3,14159265358979323846264338327950...

significando que

C = Pi . D

Exemplo: Se a medida do raio de uma circunferência tem


1,5cm então o perímetro da circunferência é igual a 9,43cm.

G  c
c 
 c

Quatro números racionais A, B, C e D diferentes de zero, nessa


ordem, formam uma proporção quando:

A C
=
B D

1. Os números A, B, C e D são denominados termos


2. Os números A e B são os dois primeiros termos
3. Os números C e D são os dois últimos termos
4. Os números A e C são os antecedentes
5. Os números B e D são os consequentes
6. A e D são os extremos
7. B e C são os meios
8. A divisão entre A e B e a divisão entre C e D, é uma
constante K, denominada constante de proporcionalidade K
dessa razão.

c
c
G  cc  c

Para a proporção

A C
=
B D

valem as seguintes propriedades:

1. O produto dos meios é igual ao produto dos extremos, isto


é:

A·D=B·C

2. A soma (diferença) dos dois primeiros termos está para o


primeiro termo, assim como a soma (diferença) dos dois
últimos está para o terceiro termo, isto é:

A+B C+D A-B C-D


= e =
A C A C

3. A soma (diferença) dos dois primeiros termos está para o


segundo termo, assim como a soma (diferença) dos dois
últimos está para o quarto termo, isto é:

A+B C+D A-B C-D


= e =
B D B D
4. A soma (diferença) dos antecedentes está para a soma
(diferença) dos consequentes, assim como cada
antecedente está para o seu consequente, isto é:

A+C A A-C A+C A-C C


= = e = =
B+D B B-D B+D B-D D
'  c  
 cG   c

Duas grandezas são diretamente proporcionais quando,


aumentando uma delas, a outra também aumenta na mesma
proporção, ou, diminuindo uma delas, a outra também diminui na
mesma proporção.

Se duas grandezas X e Y são diretamente proporcionais, os


números que expressam essas grandezas variam na mesma
razão, isto é, existe uma constante K tal que:

X
=K
Y

Exemplos:

1. Uma torneira foi aberta para encher uma caixa com água
azul. A cada 15 minutos é medida a altura do nível de água.
(cm=centímetros e min=minutos)

15 minutos 30 minutos 45 minutos


50 cm 100 cm 150 cm

2. Construímos uma tabela para mostrar a evolução da


ocorrência:

Tempo (min) Altura (cm)


15 50
30 100
45 150

3. Observamos que quando duplica o intervalo de tempo, a


altura do nível da água também duplica e quando o
intervalo de tempo é triplicado, a altura do nível da água
também é triplicada.
4. Observações: Usando razões, podemos descrever essa
situação de outro modo.
5. (a) Quando o intervalo de tempo passa de 15 min para 30
min, dizemos que o tempo varia na razão 15/30, enquanto
que a altura da água varia de 50 cm para 100 cm, ou seja, a
altura varia na razão 50/100. Observamos que estas duas
razões são iguais:

15 50 1
= =
30 100 2

6. (b) Quando o intervalo de tempo varia de 15 min para 45


min, a altura varia de 50 cm para 150 cm. [esse caso, o
tempo varia na razão 15/45 e a altura na razão 50/150.
Então, notamos que essas razões são iguais:

15 50 1
= =
45 150 3

7. Concluímos que a razão entre o valor numérico do tempo


que a torneira fica aberta e o valor numérico da altura
atingida pela água é sempre igual, assim dizemos então
que a altura do nível da água é diretamente proporcional ao
tempo que a torneira ficou aberta.
8. Em média, um automóvel percorre 80 Km em 1 hora, 160
Km em 2 horas e 240 Km em 3 horas. (Km=quilômetro,
h=hora). Construímos uma tabela da situação:

Distância (Km) Tempo (h)


80 1
160 2
240 3

9. [otamos que quando duplica o intervalo de tempo, duplica


também a distância percorrida e quando o intervalo de
tempo é triplicado, a distância também é triplicada, ou seja,
quando o intervalo de tempo aumenta, a distância
percorrida também aumenta na mesma proporção.
10. Observações: Usando razões e proporções, podemos
descrever essa situação de outro modo.
11. (a) Quando o intervalo de tempo aumenta de 1 h para
2 h, a distância percorrida varia de 80 Km para 160 Km, ou
seja, o tempo varia na razão de 1/2 enquanto a distância
percorrida varia na razão 80/160. Assim temos que tais
razões são iguais, isto é:

1 80 1
= =
2 160 3

12. (b) Quando o intervalo de tempo varia de 2 h para 3 h,


a distância percorrida varia de 160 Km para 240 Km. [esse
caso, o tempo varia na razão 2/3 e a distância percorrida na
razão 160/240 e observamos que essas razões são iguais,
isto é:

2 160 1
= =
3 240 3

13. Concluímos que o tempo gasto e a distância


percorrida, variam sempre na mesma razão e isto significa
que a distância percorrida é diretamente proporcional ao
tempo gasto para percorrê-la, se a velocidade média do
automóvel se mantiver constante.

'  c  
 cG   c

Duas grandezas são inversamente proporcionais quando,


aumentando uma delas, a outra diminui na mesma proporção, ou,
diminuindo uma delas, a outra aumenta na mesma proporção. Se
duas grandezas X e Y são inversamente proporcionais, os
números que expressam essas grandezas variam na razão
inversa, isto é, existe uma constante K tal que:

X·Y=K

Exemplos:

1. A professora de um colégio, tem 24 livros para distribuir


entre os seus melhores alunos, dando a mesma quantidade
de livros para cada aluno.
c÷
÷
÷
 

 ÷

c

÷

÷ 
÷
 


 ÷

c

÷

÷ 
÷
 


 ÷

c

÷

÷ 
÷
 


 ÷

c

÷

÷ 
÷
 

 ÷

Alunos escolhidos Livros para cada aluno


1 24
2 12
3 8
4 6
6 4

7. De acordo com a tabela, a quantidade de alunos escolhidos


e a quantidade de livros que cada aluno receberá, são
grandezas que variam sendo que uma depende da outra e
se relacionam da seguinte forma:
1. Se o número de alunos dobra, o número de livros que
cada um vai receber cai para a metade.
2. Se o número de alunos triplica, o número de livros que
cada aluno vai receber cai para a terça parte.
3. Se o número de alunos quadruplica, o número de
livros que cada aluno vai receber cai para a quarta
parte.
4. Se o número de alunos sextuplica, o número de livros
que cada aluno vai receber cai para a sexta parte.

Sob estas condições, as duas grandezas envolvidas


(número de alunos escolhidos e número de livros
distribuídos) são grandezas inversamente proporcionais.

Quando a quantidade de alunos varia na razão de 2 para 4,


a quantidade de livros distribuídos varia de 12 para 6.

[otemos que essas razões não são iguais, mas são


inversas:

2 1 1 12 1
= = e = =2
4 12/6 2 6 2/4

Se a quantidade de alunos varia na razão de 2 para 6, a


quantidade de livros distribuídos varia de 12 para 4.
Observemos que essas razões não são iguais, mas são
inversas:

2 1 12 1
= e =
6 12/4 4 2/6

Representamos tais grandezas inversamente proporcionais


com a função f(x)=24/x, apresentada no gráfico
8. Um automóvel se desloca de uma cidade até uma outra
localizada a 120 Km da primeira. Se o percurso é realizado
em:
¬c
÷ 
÷



!

 c
÷ 
÷



!

c
÷ 
÷



!

A unidade é Km/h=quilômetro por hora e uma tabela da


situação é:

Velocidade (Km/h) Tempo (h)


120 1
60 2
40 3

De acordo com a tabela, o automóvel faz o percurso em 1


hora com velocidade média de 120 Km/h. Quando diminui a
velocidade à metade, ou seja 60 Km/h, o tempo gasto para
realizar o mesmo percurso dobra e quando diminui a
velocidade para a terça parte, 40 Km/h o tempo gasto para
realizar o mesmo percurso triplica.

Para percorrer uma mesma distância fixa, as grandezas


velocidade e tempo gasto, são inversamente proporcionais.

 
 c  c cc  cc c

Embora os gregos e os romanos conhecessem as proporções,


não chegaram a aplicá-las na resolução de problemas. [a Idade
Média, os árabes revelaram ao mundo a "Regra de Três". [o
século XIII, o italiano Leonardo de Pisa difundiu os princípios
dessa regra em seu è ›  (o livro do ábaco), com o nome
de ‘›  › ›  .

c
c
 cc c
 c  c

Uma regra de três simples direta é uma forma de relacionar


grandezas diretamente proporcionais.
Para resolver problemas, tomaremos duas grandezas
diretamente proporcionais X e Y e outras duas grandezas W e Z
também diretamente proporcionais, de forma que tenham a
mesma constante de proporcionalidade K.

X W
=K e =K
Y Z

assim

X W
=
Y Z

Exemplo: [a extremidade de uma mola (teórica!) colocada


verticalmente, foi pendurado um corpo com a massa de 10Kg e
verificamos que ocorreu um deslocamento no comprimento da
mola de 54cm. Se colocarmos um corpo com 15Kg de massa na
extremidade dessa mola, qual será o deslocamento no
comprimento da mola? (Kg=quilograma e cm=centímetro).

Representaremos pela letra X a medida procurada. De acordo


com os dados do problema, temos:

Massa do corpo (Kg) Deslocamento da mola (cm)


10 54
15 X

As grandezas envolvidas: massa e deslocamento, são


diretamente proporcionais. Conhecidos três dos valores no
problema, podemos obter o quarto valor X, e, pelos dados da
tabela, podemos montar a proporção:

10 54
=
15 X

Observamos que os números 10 e 15 aparecem na mesma


ordem que apareceram na tabela e os números 54 e X também
aparecem na mesma ordem direta que apareceram na tabela
anterior e desse modo 10·X=15·54, logo 10X=810, assim X=81 e
o deslocamento da mola será de 81cm.

c
c
 cc c
 c  c

Uma regra de três simples inversa é uma forma de relacionar


grandezas inversamente proporcionais para obter uma
proporção.

[a resolução de problemas, consideremos duas grandezas


inversamente proporcionais A e B e outras duas grandezas
também inversamente proporcionais C e D de forma que tenham
a mesma constante de proporcionalidade K.

A·B=K e C·D=K

segue que

A·B=C·D

logo

A D
=
C B

Exemplo: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um corredor


imprimindo a velocidade média de 180 Km/h fez um certo
percurso em 20s. Se a sua velocidade média fosse de 200 Km/h,
qual seria o tempo gasto no mesmo percurso? (Km/h=quilômetro
por hora, s=segundo). Representaremos o tempo procurado pela
letra T. De acordo com os dados do problema, temos:

Velocidade (Km/h) Tempo (s)


180 20
200 T

Relacionamos grandezas inversamente proporcionais: velocidade


e tempo em um mesmo espaço percorrido. Conhecidos três
valores, podemos obter um quarto valor T.
180 T
=
200 20

Os números 180 e 200 aparecem na mesma ordem que


apareceram na tabela, enquanto que os números 20 e T
aparecem na ordem inversa da ordem que apareceram na tabela
acima.

Assim 180.20=200.X, donde segue que 200X=3600 e assim


X=3600/200=18. Se a velocidade do corredor for de 200 Km/h ele
gastará 18s para realizar o mesmo percurso.

c
c
 cc c
 c

Regra de três composta é um processo de relacionamento de


grandezas diretamente proporcionais, inversamente
proporcionais ou uma mistura dessas situações.

O método funcional para resolver um problema dessa ordem é


montar uma tabela com duas linhas, sendo que a primeira linha
indica as grandezas relativas à primeira situação enquanto que a
segunda linha indica os valores conhecidos da segunda situação.

Se A1, B1, C1, D1, E1, ... são os valores associados às


grandezas para uma primeira situação e A2, B2, C2, D2, E2, ...
são os valores associados às grandezas para uma segunda
situação, montamos a tabela abaixo lembrando que estamos
interessados em obter o valor numérico para uma das grandezas,
digamos Z2 se conhecemos o correspondente valor
numérico Z1 e todas as medidas das outras grandezas.

'  c '  c '  c '  c '  c '  c
  c '  c
c ac c c c c

Situação
A1 B1 C1 D1 E1 « Z1
1
Situação
A2 B2 C2 D2 E2 « Z2
2
Quando  as grandezas são diretamente proporcionais à
grandeza Z, resolvemos a proporção:

Z1 A1 · B1 · C1 · D1 · E1 · F1 «
=
Z2 A2 · B2 · C2 · D2 · E2 · F2 «

Quando  as grandezas são diretamente proporcionais à


grandeza Z, exceto a segunda grandeza (com a letra B, por
exemplo) que é inversamente proporcional à grandeza Z,
resolvemos a proporção com B1 trocada de posição com B2:

Z1 A1 · B2 · C1 · D1 · E1 · F1 «
=
Z2 A2 · B1 · C2 · D2 · E2 · F2 «

As grandezas que forem diretamente proporcionais à grandeza Z


são indicadas na mesma ordem (direta) que aparecem na tabela
enquanto que as grandezas que forem inversamente
proporcionais à grandeza Z aparecerão na ordem inversa
daquela que apareceram na tabela.

Por exemplo, se temos cinco grandezas envolvidas: A, B, C, D e


Z, sendo a primeira A e a terceira C diretamente proporcionais à
grandeza Z e as outras duas B e D inversamente proporcionais à
grandeza Z, deveremos resolver a proporção:

Z1 A1 · B2 · C1 · D2
=
Z2 A2 · B1 · C2 · D1

ù  
O problema difícil é analisar de um ponto de vista
lógico quais grandezas são diretamente proporcionais ou
inversamente proporcionais. Como é muito difícil realizar esta
análise de um ponto de vista geral, apresentaremos alguns
exemplos para entender o funcionamento da situação.

Exemplos:

1. Funcionando durante 6 dias, 5 máquinas produziram 400


peças de uma mercadoria. Quantas peças dessa mesma
mercadoria serão produzidas por 7 máquinas iguais às
primeiras, se essas máquinas funcionarem durante 9 dias?

Vamos representar o número de peças pela letra X. De


acordo com os dados do problema, vamos organizar a
tabela:

[o. de máquinas (A) [o. de dias (B) [o. de peças (C)


5 6 400
7 9 X

A grandeza [úmero de peças (C) servirá de referência para


as outras grandezas. Analisaremos se as grandezas
[úmero de máquinas (A) e [úmero de dias (B) são
diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à
grandeza C que representa o [úmero de peças. Tal análise
deve ser feita de uma forma independente para cada par de
grandezas.

Vamos considerar as grandezas [úmero de peças e


[úmero de máquinas. Devemos fazer uso de lógica para
constatar que se tivermos mais máquinas operando
produziremos mais peças e se tivermos menos máquinas
operando produziremos menos peças. Assim temos que
estas duas grandezas são diretamente proporcionais.

Vamos agora considerar as grandezas [úmero de peças e


[úmero de dias. [ovamente devemos usar a lógica para
constatar que se tivermos maior número de dias
produziremos maior número de peças e se tivermos menor
número de dias produziremos menor número de peças.
Assim temos que estas duas grandezas também são
diretamente proporcionais.

Concluímos que todas as grandezas envolvidas são


diretamente proporcionais, logo, basta resolver a proporção:

400 5×6
=
x 7×9
que pode ser posta na forma

400 30
=
x 63

Resolvendo a proporção, obtemos X=840, assim, se as 7


máquinas funcionarem durante 9 dias serão produzidas 840
peças.

2. Um motociclista, rodando 4h por dia, percorre em média


200 Km em 2 dias. Em quantos dias esse motociclista irá
percorrer 500 Km, se rodar 5 h por dia? (h=hora,
Km=quilômetro).

Vamos representar o número de dias procurado pela letra


X. De acordo com os dados do problema, vamos organizar
a tabela:

Quilômetros (A) Horas por dia (B) [o. de dias (C)


200 4 2
500 5 X

A grandeza [úmero de dias (C) é a que servirá como


referência para as outras grandezas. Analisaremos se as
grandezas Quilômetros (A) e Horas por dia (B) são
diretamente proporcionais ou inversamente proporcionais à
grandeza C que representa o [úmero de dias. Tal análise
deve ser feita de uma forma independente para cada par de
grandezas.

Consideremos as grandezas [úmero de dias e


Quilômetros. Usaremos a lógica para constatar que se
rodarmos maior número de dias, percorreremos maior
quilometragem e se rodarmos menor número de dias
percorreremos menor quilometragem. Assim temos que
estas duas grandezas são diretamente proporcionais.

[a outra análise, vamos agora considerar as grandezas


[úmero de dias e Horas por dia. Verificar que para realizar
o mesmo percurso, se tivermos maior número de dias
utilizaremos menor número de horas por dia e se tivermos
menor número de dias necessitaremos maior número de
horas para p mesmo percurso. Logo, estas duas grandezas
são inversamente proporcionais e desse modo:

2 200×5
=
X 500×4

que pode ser posta como

2 1000
=
X 2000

Resolvendo esta proporção, obtemos X=4, significando que


para percorrer 500 Km, rodando 5 h por dia, o motociclista
levará 4 dias.

G  
c

Praticamente todos os dias, observamos nos meios de


comunicação, expressões matemáticas relacionadas com
porcentagem. O termo por cento é proveniente do Latim V›
 e quer dizer por cem. Toda razão da forma a/b na qual o
denominador b=100, é chamada taxa de porcentagem ou
simplesmente porcentagem ou ainda percentagem.

Historicamente, a expressão por cento aparece nas principais


obras de aritmética de autores italianos do século XV. O
símbolo % surgiu como uma abreviatura da
palavra cento utilizada nas operações mercantis.

Para indicar um índice de 10 por cento, escrevemos 10% e isto


significa que em cada 100 unidades de algo, tomaremos 10
unidades. 10% de 80 pode ser obtido como o produto de 10% por
80, isto é:

Produto = 10%.80 = 10/100.80 = 800 / 100 = 8

Em geral, para indicar um índice de M por cento, escrevemos M%


e para calcular M% de um número [, realizamos o produto:
Produto = M%.[ = M.[ / 100

Exemplos:

1. Um fichário tem 25 fichas numeradas, sendo que 52%


dessas fichas estão etiquetadas com um número par.
Quantas fichas têm a etiqueta com número par? uantas
fichas têm a etiqueta com número ímpar?

Par = 52% de 25 = 52%.25 = 52.25 / 100 = 13

[esse fichário há 13 fichas etiquetadas com número par e


12 fichas com número ímpar.

2. [um torneio de basquete, uma determinada seleção


disputou 4 partidas na primeira fase e venceu 3. Qual a
porcentagem de vitórias obtida por essa seleção nessa
fase?

Vamos indicar por X% o número que representa essa


porcentagem. Esse problema pode ser expresso da
seguinte forma:

X% de 4 = 3

Assim:

" 



"



"



"

#

[a primeira fase a porcentagem de vitórias foi de 75%.

3. [uma indústria há 255 empregadas. Esse número


corresponde a 42,5% do total de empregados da indústria.
Quantas pessoas trabalham nesse local? Quantos homens
trabalham nessa indústria?
Vamos indicar por X o número total de empregados dessa
indústria. Esse problema pode ser representado por:

42,5% de X = 255

Assim:

$"





 "



"





"



"



"

  



[essa indústria trabalham 600 pessoas, sendo que há 345


homens.

4. Ao comprar uma mercadoria, obtive um desconto de 8%


sobre o preço marcado na etiqueta. Se paguei R$ 690,00
pela mercadoria, qual o preço original dessa mercadoria?

Seja X o preço original da mercadoria. Se obtive 8% de


desconto sobre o preço da etiqueta, o preço que paguei
representa 100%-8%=92% do preço original e isto significa
que

92% de X = 690

logo

¬$"


¬ "


¬"




¬"


"



¬

#

O preço original da mercadoria era de R$ 750,00.

R c 
 c

Ruro é toda compensação em dinheiro que se paga ou se recebe


pela quantia em dinheiro que se empresta ou que é emprestada
em função de uma taxa e do tempo. Quando falamos em juros,
devemos considerar:

1. O dinheiro que se empresta ou que se pede emprestado é


chamado de  V .
2. A taxa de porcentagem que se paga ou se recebe pelo
aluguel do dinheiro é denominada 
 › .
3. O tempo deve sempre ser indicado na mesma unidade a
que está submetida a taxa, e em caso contrário, deve-se
realizar a conversão para que tanto a taxa como a unidade
de tempo estejam compatíveis, isto é, estejam na mesma
unidade.
4. O total pago no final do empréstimo, que corresponde ao
capital mais os juros, é denominado  .

Para calcular os juros simples j de um capital C, durante t


períodos com a taxa de i% ao período, basta usar a fórmula:

C·i·t
j=
100

Exemplos:

1. O preço à vista de um aparelho é de R$ 450,00. A loja


oferece este aparelho para pagamento em 5 prestações
mensais e iguais porém, o preço passa a ser de R$ 652,00.
Sabendo-se que a diferença entre o preço à prazo e o preço
à vista é devida aos juros cobrados pela loja nesse período,
qual é a taxa mensal de juros cobrada por essa loja?

A diferença entre os preços dados pela loja é:

652,00 - 450,00 = 202,50


A quantia mensal que deve ser paga de juros é:

202,50 / 5 = 40,50

Se X% é a taxa mensal de juros, então esse problema pode


ser resolvido da seguinte forma:

"$

 



"   




"






"



"





"

¬

A taxa de juros é de 9% ao mês.

2. Uma aplicação feita durante 2 meses a uma taxa de 3% ao


mês, rendeu R$ 1.920,00 de juro. Qual foi o capital
aplicado?

O capital que a aplicaçao rendeu mensalmente de juros foi


de: 1920,00/2=960,00. Se o capital aplicado é indicado por
C, esse problema pode ser expresso por:

$



¬ 




¬ 






¬ 




¬



¬ 

 

O capital aplicado foi de R$ 32.000,00.


c

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