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Escola E.B.

2, 3 de Lustosa

Ano Lectivo: 2007/2008

Grupo número 5
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Escola E.B. 2, 3 de Lustosa

Integrantes do grupo:
N.º 4 – Ana Sofia Pinto
N.º 17 – Ricardo Pacheco
N.º 18 – Tania Patrícia

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Índice

Introdução Página 4
Biografia de Édouard Manet Página 5
Primeiros Anos Página 6
Estudos de Arte Página 7
Período hispânico Página 8
Glorias e Escândalos Página 9
Morte Página 12
Conclusão Página 13
Bibliografia Página 14

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Introdução

Este trabalho foi-nos proposto no âmbito da disciplina de “Área de projecto”.


Esta coordenada pelos professores, Duarte Barros e Ernesto Pires.
No nosso trabalho vamos falar sobre o grande pintor francês Édouard Manet
do século XIX, onde iremos relatar um pouco da sua vida, primeiros anos,
estudos de arte, período hispânico, gloria e escândalos e por fim sua morte.
Com este trabalho, pretendemos dar a conhecer um pouco mais sobre a arte
da pintura, através do grande pintor Édouard Manet.

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Biografia de Édouard Manet

Édouard Manet nasceu a 23 de Janeiro de 1832 em Paris e morreu a 30 de


Abril de 1883 em Paris foi um pintor e artista gráfico francês e uma das figuras
mais importantes da arte do século XIX.
Filho de Auguste Manet e Sra. Manet (cujo sobrenome de solteira era
Fournier).
Manet gostava de jogos de luz e de sombra mostrando ao nu a sua crueza e a
sua verdade, muito diferente dos nus adocicados da época. O trabalhado das
texturas é apenas sugerido, as formas, simplificadas. Os temas deixaram de
ser impessoais ou alegóricos, passando a traduzir a vida da época, e, em
certos quadros, seguiam a estética naturalista de Zola e Maupassant. Manet
era criticado não apenas pelos temas, mas também por sua técnica, que
escapava às convenções académicas. Frequentemente inspirado pelos
mestres clássicos e em particular pelos espanhóis do Século de Ouro, Manet
influenciou, entretanto, certos precursores do impressionismo, em virtude da
pureza de sua abordagem.
Suas principais obras foram: “Almoço na relva” ou “Almoço no Campo”,
“Olímpia”, “A sacada”, “O tocador de pífaro” e “A execução de Maximiliano”.

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Primeiros Anos

Seu pai, Auguste, era um alto funcionário


do Ministério da Justiça e descendia de
uma ilustre família burguesa da capital
francesa. Sra. Manet era filha de um
diplomata francês na Suécia. Manet tinha
dois irmãos mais novos Eugène e
Gustave, apesar da educação austera, ele
pode descobrir o mundo das artes através
do seu tio, o capitão Édouard Fournier,
que costumava leva-lo junto com Eugène
as galerias do Museu do Louvre para
admirarem os grades mesteres.
Aos 12 anos, foi enviado para o colégio
Rollin (hoje liceu Jacques Decour), perto de Montmartre. Na escola, foi
decepcionante era pouco aplicado. Os péssimos resultados obtidos na escola
fizeram sua família repensar nas ambições nutridas no filho, a família queria
que Manet estudasse direito. Cientes que ele não tinha vocação para uma
carreira jurídica seus pais não se opuseram ao seu desejo de tornar-se
marinheiro. O primeiro fracasso ao tentar entrar na Escola Naval fez com que
só entrasse para carreira de uma maneira menos nobre: pelo trabalho. Em
Dezembro de 1848, embarcaria no barco-escola "Havre et Guadeloupe" para o
Brasil como um simples marinheiro. Foi no Brasil que ele desenvolveu um certo
gosto pelo exótico, pelas mulheres e desenvolveu uma repulsa a escravidão.
De volta a França em Junho de 1849, Manet novamente fracassaria ao tentar
entrar para Escola Naval.

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Estudos de Arte

Após os seguidos fracassos ao tentar entrar para Escola Naval, Manet


consegue apoio de seus pais para estudar no ateliê
do pintor e mestre Thomas Couture, onde ficou por
seis anos. Thomas Couture tinha um estilo
acadêmico, estudou na École des Beaux-Arts de
Paris ("Escola de Belas Artes"), suas mais
conhecidas obras foram "Os Romanos" e "A
decadência".
Durante seis anos, Manet procurou aprender as
bases técnicas da pintura e fez cópias de obras expostas no Louvre (cópias de
obras de Ticiano, Velazquez, Tintoretto e Delacroix). Manet completou seu
aprendizado viajando e conhecendo museus de outros países euporeus (Itália,
Holanda, Alemanha, Áustria e outros). Em uma das viagens à Itália, Manet
copiaria "Vênus de Urbino" de Ticiano que seria sua inspiração para fazer anos
depois "Olympia".
Em 1852, Manet teve um filho ilegítimo com Suzanne Leenhoff. Suzanne tinha
origem holandesa e era professora de piano. O pai de Manet se opôs ao
casamento dos dois que só aconteceu depois que o Sr. Manet morreu.
No ano de 1856, Manet deixou o atelier de Couture por divergências artísticas.
Segundo Couture, Manet não tinha tons intermediários entre a luz a e sombra.
Para Manet, esses tons intermediários debilitava a sombra e a luz portanto ele
acabava usando cores quase puras.

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Período hispânico

Em 1859, Manet envia o seu primeiro trabalho ao Salão de Paris ("O Bebedor
de Absinto"), obra realista influênciada pelas obras do
pintor Gustave Courbet e também pela obra Menippe
de Diego Vélasquez. A obra foi recusada pelo salão o
júri não estava aberto ainda para novas idéias. A
imagem do bebedor apareceria em outro quadro de
Manet, "O velho músico" de 1862.
Após o abandono do atelier de Couture, Manet tinha
um certo fascínio pela arte da Península Ibérica. Entre
as suas obras da época estão: "Lola de Valência" (que
retrata uma dançarina em trajes espanhóis
tradicionais), "O Cantor Espanhol", "Jovem Homem em
costume de Majo", "Bailado Espanhol" e "Mile V. em costume de espada" (cuja
modelo foi Victorine Meurent vestida de toureiro). Estes dois últimos expostos
no Salão dos Recusados de 1863. Seu período hispânico era influenciado
pelas obras de Diego Vélasquez.
Victorine Meurent teria um papel importante na obra de Manet, ele a conheceu
durante seus estudos com Couture e a partir deste momento ela se tornaria
uma modelo frequente de suas obras.
O quadro "O Cantor Espanhol" foi seu primeiro quadro exposto ao Salão de
Paris em 1861 junto a obra "Retrato de Sr. e Sra. Auguste Manet" (um retrato
de seus pais). O "Cantor Espanhol" ganhou destaque na exposição pelas suas
cores vivas e ganhou menção honrosa, já "Retrato do Sr. e Sra Auguste Manet"
era uma obra típica dos tempos do atelier de Couture, uma obra mais clássica.
A última obra sob a influência espanhola foi "O Homem morto" de 1864,
quando Manet o pintou ele era bem maior e se chamava "Incidente na Tourada"
porém ele acabou recebendo críticas devido a crueldade da cena, Manet então
dividiu o quadro e sua maior parte recebeu o nome de "O homem morto".

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Glória e Escândalos

Manet era um jovem amigável e sociável quando começou a fazer sucesso foi
prontamente aceito em círculos de intelectuais e aristocratas parisienses.
Frequentava assiduamente o Jardins das Tulherias
(Jardin des Tuileries em francês) com a presença
constante de seu amigo, Baudelaire, local que
serviu de inspiração para a obra “A música na
Tulheiras” de 1862.
A obra “A música na Tulherias” marca o seu
rompimento com o realismo em sua primeira obra impressionista. Há a
presença de pessoas bem próximas a Manet retratadas nesta obra entre eles
Baudelaire e Eugène Manet seu irmão). Baudelaire e Manet já se conheciam
desde 1858 mas tornaram-se grandes amigos tempos depois.
Apartir de 1863 surgiu o salão dos recusados, quadros que não entravam no
salão oficial poderiam ser expostos ali. Manet expôs neste salão de 1863 três
quadros: "Victorine Mereunt em costume de toureiro", "Rapaz em costume
espanhol" e "Almoço na Relva". O quadro Almoço na relva foi um escândalo
para a época pela nudez que alguns acharam vulgar, ele trazia dois homens
vestidos e uma mulher nua. Suzanne Leenhoff (sua mulher) e Victorine
Meurent (sua modelo preferida) posaram para a composição da mulher nua,
sendo o corpo de Suzanne e o rosto de Victorine.
"Olympia" pintada em 1863 mas só
apresentada ao público em 1865 causou
reações contrárias mais fortes do que
"Almoço na relva". Era um retrato de
uma jovem prostituta nua e havia uma
referência audaciosa a obra de Ticiano
(Vênus de Urbino). A modelo novamente
foi Victorine Meurent retratada nua e ao seus pés um gato negro ao invés de
um cão como no quadro de Ticiano. Em uma atmosfera erótica, havia também

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uma falta de perspectiva (técnica onde se vê o tamanho certo dos objectos em


relação a distância).
Neste mesmo ano o pai de Manet morreria e ele acabaria se casando com
Suzanne Leenhoff pouco após a morte dele. Suzanne
foi retratada em muitos quadros de Manet entre eles "A
ninfa surpresa" de 1861, "A leitura" de 1865 e
"Suzanne Manet em seu piano" de 1867. Manet tinha
tido um filho com Suzanne, Léon Leenhoff, mas jamais
reconheceu sua paternidade. Léon também posaria
para vários quadros entre sua infância e adolescência
entre eles "As bolas de sabão" de 1867 e "O almoço no
Atelier" de 1868. Este último presente na exposição do
Salão de Paris de 1869.
No ano de 1867, "O tocador de Pífaro" foi recusado no Salão Oficial de Paris.
Fato que fez com que Émile Zola escrevesse uma artigo no L’Événement
defendendo a tela (Zola seria retratado por Manet em 1868, quadro que foi
aceito no Salão do mesmo ano). No ano seguinte, 1867, após ser excluído do
Salão Internacional, promoveu com seu próprio dinheiro uma exposição de
suas obras mas sem sucesso de público a exposição foi um fracasso.
No mesmo ano ele pintou a "A execução de
Maximiliano", uma obra de indignação em
relação a morte de Maximiliano de
Habsburgo abandonado por Napoleão III no
México. Manet trabalhou mais de uma ano
na produção de uma grande tela histórica e
comemorativa. O resultado é claramente
inspirado em "Três de Maio" de Goya mas
com um resultado totalmente diferente.
Em 1868, Manet entraria para o Salão Oficial com "Retrato de Émile Zola" e
"Mulher com papagaio". A partir deste ano, ele passaria seus verões em
Boulogne-sur-Mer, cidade litorânea francesa da região de Pés-de-cabra. Lá ele
realizaria algumas marinhas entre outras como "Clarão da lua sobre o porto de
Boline" e a "Partida do Vapor Florestou" ambas de 1869.

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No salão de 1869, ele colocou duas obras no Salão Oficial: "O balcão" e
"Almoço no Atelier". "O Balcão" não foi bem recebido pelos críticos pela sua
falta de perspectiva. Neste quadro aparece a figura de Berta Moroso, jovem
pintora que ao conhecer Manet no Louvre tornou-se uma grande amiga e
acabou sendo retratada em vários de seus quadros. Berta acabou casando-se
posteriormente com o irmão de Manet, Eugène. Entre os quadros mais
famosos que Berta foi modelo então o "Berta Moroso de Chapéu Preto" e
"Retrato de Berta Moroso reclinada" ambos de 1872, além de "O balcão".
Em 1870, com a guerra franco-prussiana, Manet levou sua família a fronteira
da Espanha e alistou-se à Guarda Nacional. Ele passou o ano de 1874 em
Bennevilliers perto de Argenteuil onde seus amigos Monet e Renoir estavam na
maior parte do tempo pintando ao ar livre. Ao visitar Monet em Argenteuil,
Manet e ele sairam de barco pelo rio Sena para pintar. Desta época entrou para
o salão de 1875 seu quadro "Monet em seu barco estúdio". Em 1876, Manet
faria uma exposição particular com muito sucesso.
No ano de 1881, Manet ganharia o direito de participar permanentemente do
Salão Oficial sem julgamento prévio. Em 1882 Manet apresentou seu último
quadro pintado "Bar em Folies Bergère" no Salão de Paris.

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Morte

Manet contraiu sífilis o que lhe causou dores e paralisia parcial. Em 1883,
Manet tem a perna esquerda amputada devido a gangrena e morre dias após.
Ele tinha 51 anos quando morreu e está enterrado no cemitério de Passy em
Paris.

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Conclusão

Após a apresentação e reflexão, sobre a vida e obras do pintor Édouard Manet,


podemos concluir que este pintor teve muitos insucessos na sua carreira, como
estudante de direito, marinheiro, e até mesmo na de pintor, pois só se firmou
como tal já no final da sua vida. As suas obras começaram a ter sucesso após
diversas tentativas das quais, muitas vezes falhadas.
Podemos dizer também que este pintor teve uma vida difícil, na qual teve de
enfrentar muitos críticos devido à nudez e frieza com que continha as suas
obras.
O que desperta bastante interesse, pois, este pintor batalhou e mostrou a
audácia, contida nas obras que apresentava à sociedade, ainda muito
conservadora.
Tornando-se assim merecedor do reconhecimento da sua arte.

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Bibliografia

Motores de busca: MSN portuguesa;


Google.

Sites: pt.wikipedia.org
www.manet.org.br
educacao.uol.com.br

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