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CONJUNTURA

ECONÔMICA

Roncalli Maranhão

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Revendo conceitos
básicos

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Economia

É a ciência social que estuda como o indivíduo e a sociedade decidem


empregar recursos produtivos escassos na produção de bens e serviços, de
modo a distribuí-los entre as várias pessoas e grupos da sociedade, a fim de
satisfazer as necessidades humanas.

Recursos produtivos ou fatores de produção

Mão-de-obra, terra, matérias-primas, conhecimento, dentre outros.

Questão central do estudo da economia


Como alocar recursos produtivos limitados para satisfazer todas as
necessidades da população.

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DIVISÃO DO ESTUDO ECONÔMICO

MICROECONOMIA ECONOMIA INTERNACIONAL

Examina a formação de preços em Analisa as relações econômicas entre


mercados específico. residentes e não residentes no país,
envolvendo transações com bens e
serviços e transações financeiras.
MACROECONOMIA

Analisa a determinação e o DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO


comportamento dos grandes
agregados nacionais – PIB, Focado na melhoria do padrão de vida
Investimento agregado, poupança da coletividade ao longo do tempo.
agregada, nível geral de Enfoque macroeconômico centrado
preçosExamina a formação de preços em questões estruturais e de longo
em mercados específico. prazo (progresso tecnológico,
estratégias de crescimento, políticas
públicas, etc.)

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Os problemas econômicos
fundamentais

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Problemas econômicos fundamentais

O quê e quanto
produzir?
Escassez de
recursos ou fatores
de produção

+ Como produzir?

Necessidades
ilimitadas do
homem
Para quem
produzir?

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A sociedade terá de escolher, dentro do
leque de possibilidades de produção,
quais produtos serão produzidos e as
respectivas quantidades a serem
fabricadas.

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A sociedade terá de escolher também
quais recursos de produção serão
utilizados para a produção de bens e
serviços (que depende do nível
tecnológico existente). Dos métodos mais
eficientes serão escolhidos aqueles que
apresentarem o menor custo de produção.
A concorrência também influencia em
como serão produzidos os bens e
serviços.

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Como será a distribuição dos resultados
de sua produção.

A solução para os problemas econômicos


fundamentais depende da forma da
organização econômica do país, ou seja,
do sistema econômico de cada nação.

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POSSIBILIDADE DE
PRODUÇÃO

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Ponto Y:
Operando com
capacidade ociosa
E ou desemprego.
D
Ponto Z:
Z
C Combinação
impossível de
Y B produção. Nem os
fatores de produção
nem a tecnologia
A seriam suficientes
para produção
dessas quantidades
Máquinas de bens.
(milhares)

Letras = alternativas de produção

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OS SISTEMAS ECONÔMICOS
BÁSICOS E SUAS
CARACTERÍSTICAS

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Classificação dos sistemas econômicos

Sistema capitalista (economia de


mercado)

üRegido pelas forças do


mercado
üLivre iniciativa
üPropriedade privada
dos fatores de produção

Preços e salários
definidos pelo mecanismo
estabelecido pela oferta e
demanda dos fatores de
produção

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Sistema socialista (economia
centralizada, economia planificada)

üQuestões econômicas
fundamentais resolvidas por
um órgão central de
planejamento;
üPropriedade pública dos
fatores de produção;

Preços e salários
calculados e definidos por
um órgão central de
planejamento.
Levantamento dos
recursos disponíveis e
das necessidades do
país.
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Sistema de economia mista
(economia de mercado)
üPrevalecem as forças
de mercado, mas com a
atuação do Estado na
alocação e distribuição
dos recursos
üProdução de bens e
serviços em infra-
estrutura, energia,
saneamento e
telecomunicações.

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Fluxo monetário da
FUNCIONAMENTO DE UMA ECONOMIA DE economia
Pagamento dos bens e
MERCADO serviços
Características:
Não tenha interferência do governo
Não tenha transações com o exterior

Fluxo da economia Remuneração dos fatores


de produção
Demanda Oferta
Mercado de
bens e
serviços Depende da presença
da moeda

Empresas
Famílias –
proprietárias dos fat.
de produção
Mercado dos
fatores de
produção
Demanda
Oferta

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1. Demanda
2. Oferta
3. Equilíbrio de mercado

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Teoria da
demanda
A análise da demanda de bens e
serviços

Fundamentos:
Conceito subjetivo de
utilidade

Utilidade: grau de satisfação atribuído aos bens e serviços.


É a qualidade que os bens econômicos possuem de satisfazer as
necessidades humanas.

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Teoria do valor-utilidade
O valor de um bem se forma por sua demanda, ou seja, pela
satisfação que o bem apresenta para o consumidor.
Subjetiva
O valor nasce da relação do homem com os objetos.
Visão utilitarista

Aspectos
Psicológicos
Aspectos
Psicológicos

Complementar
Não era mais possível Aspectos
predizer o Psicológicos
comportamento dos
preços dos bens apenas
com base nos custos da
mão-de-obra sem
considerar o lado da
demanda (padrão de
gostos, renda, hábitos e Utilidade
outros)
Teoria do valor-trabalho
O valor de um bem se forma do lado da oferta, por meio
dos custos do trabalho incorporados ao bem.
Objetiva (depende dos custos de produção)
O valor nasce da relação social (depende do tempo
produtivo (em horas) que eles incorporam na produção
por Roncalli Maranhão, 2009.2 de mercadorias).
Utilidade total e utilidade marginal

Utilidade total:
Tende a aumentar
quanto maior a
quantidade consumida
do bem ou serviço.
Utilidade marginal ou Mais necessária, barata.
satisfação adicional Grande utilidade total (é
(obtida pelo consumo abundante) e baixa utilidade
de mais uma unidade marginal.
do bem).
É decrescente. O
consumidor vai
perdendo a capacidade
de percepção da
utilidade proporcionada
por mais uma unidade Supérfluo, preço elevado.
do bem, chegando a Grande utilidade marginal (é
saturação. escasso) e baixa utilidade
total.
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Demanda de mercado

Definida como a
quantidade de certo bem
ou serviço que os Preço do bem
consumidores desejam
adquirir em determinado
período de tempo. Preço dos outros
bens

Renda do
consumidor e
preferência

Procura

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Lei geral da demanda
Relação entre quantidade demandada e
preço do bem

Relação inversamente
proporcional entre
quantidade procurada e o
preço do bem.

Função demanda:

Q = ƒ (P)
d

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Negativamente inclinada
devido:

Efeito substituição:
Quando o preço do bem aumenta, o
consumidor passa a adquirir o bem
substituto.

Efeito renda:
Quando o preço aumenta o
consumidor perde poder aquisitivo e
a demanda pelo produto diminui.

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Diferença entre demanda e quantidade demandada

Demanda

Quantidade
demandada

Aumento de demanda

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12/10/2009 - 16h40
Petróleo fecha em alta puxado pela demanda
NOVA YORK, EUA, 12 Out 2009 (AFP) - Os preços do petróleo subiram claramente
nesta segunda-feira em Nova York, com o barril ganhando 1,5 dólar (2%), a 73,27
dólares, em um mercado claramente otimista com a demanda do produto.

No New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do "light sweet crude" (West Texas
Intermediate) para entrega em novembro fechou a 73,27 dólares, em alta de 1,5 dólar
em relação ao fechamento de sexta-feira.

O mercado manteve sua tendência de alta, após o barril ganhar mais de dois dólares
na semana passada, disse Andy Lipow, da Lipow Oil Associates, atribuindo parte do
ganho à queda do dólar e à alta nas Bolsas.

"Os preços seguem avançando diante da expectativa de crescimento da demanda, que


deve ser maior no próximo ano", explicou Lipow.

O mercado também reagiu, de forma tardia, ao relatório da Agência Internacional de


Energia que revisou para cima suas previsões de consumo de petróleo para 2010.

Outro fator que sustentou o mercado foi o dólar, cuja queda fez com que os
investidores se voltassem para o petróleo, ouro e matérias primas agrícolas.

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Economia e Negócios

Etanol: estoque cai, demanda cresce e preço sobe 59% na safra

Gustavo Porto - Agência Estado - 9/10/2009 21:54

ARQUIVO HOJE EM DIA

Levantamento mostra que, em um ano, a demanda pelo combustível cresceu 16,81%


- Com dois terços da safra 2009/2010 percorridos, o estoque de etanol acumulado pelas
destilarias do Centro-Sul do Brasil durante o período de produção, entre abril e outubro, é
de 2,414 bilhões de litros, 36,9% menor que acumulado em igual período da safra
passada. No início de outubro de 2008, o volume atingia 3,829 bilhões de litros. No
sentido inverso, a demanda pelo combustível cresceu 16,81%, se comparados os
mesmos períodos, o correspondente a 1,713 bilhão de litros, de acordo com levantamento
feito pela Agência Estado a partir de números divulgados pela União da Indústria de
Cana-de-açúcar (Unica).

Como a oferta de etanol caiu 3,08%, de 16,9 bilhões para 16,4 bilhões de litros no
período, ou 500 milhões de litros, o resultado natural foi a disparada nos preços do
combustível renovável nas unidades produtoras, de quase 59% entre o início de abril e o
início de outubro. O reajuste nas destilarias foi devidamente repassado aos postos e aos
consumidores do etanol hidratado, cuja produção corresponde a 75% do total.

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Segundo a Unica, o cenário só não foi pior porque as exportações de álcool recuaram 28% entre
abril e outubro de 2008 e de 2009, o que corresponde a um volume de 821,48 milhões de litros que,
teoricamente, foi produzido para o mercado interno. Outro fator que evitou uma disparada ainda
maior no preço do combustível foi o alto estoque de etanol no início da safra 2009/2010, de quase 2
bilhões de litros.

"Na prática, consumimos o estoque do ano passado, porque a oferta do álcool caiu até agora",
disse Luiz Carlos Corrêa Carvalho, diretor da Canaplan Consultoria. "Na minha vida eu nunca vi
uma safra tão complicada como essa", completou, numa referência ao atraso na moagem da cana
e na produção de álcool em virtude das chuvas constantes durante a colheita.

O executivo considera natural que o controle na demanda venha a ocorrer pelo consumidor de
hidratado que possui um carro flex fuel. O preço do etanol hidratado aumentaria até se tornar
inviável economicamente diante do da gasolina, o combustível de petróleo seria preferido na hora
do abastecimento e a procura pelo álcool cairia. "Isso mostra a falta de maturidade e de
planejamento do produtor e do governo, que sabem que cana é agricultura e tem um risco e que
deveriam avaliar antes de o problema ocorrer", disse.

Já Antonio Pádua Rodrigues, diretor da Unica, reafirma que o mercado do etanol será regulado pelo
consumidor de flex fuel, dono de 36% da frota brasileira de veículos, e que optará por abastecer
com gasolina quando o preço do álcool atingir 70% do valor do combustível de petróleo. Segundo
dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), no Estado de São Paulo, o preço do álcool ainda é
de 55% do valor da gasolina. Esta competitividade do etanol em relação a gasolina está se
mantendo em cerca de 20 estados brasileiros, mesmo com a alta do etanol.

"Não é possível que ele queira usar etanol a qualquer nível de preço e não consigo acreditar que o
consumidor perca dinheiro se a gasolina compensar mais", disse. "O consumidor que está
preocupado com a relação energética e com o bolso vai migrar para a gasolina", disse Pádua.

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Oferta

As várias quantidades que os produtores desejam oferecer ao


mercado em determinado período de tempo.

Depende dos seguintes fatores:

üDo seu próprio preço,


üDo preço dos fatores de produção (custo),
üDas metas ou objetivos dos empresários,
ü Dos preços dos outros bens.

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Correlação direta entre
quantidade ofertada e nível
de preços

Função da oferta

Q = ƒ(P)
o

Um aumento do preço de
mercado estimula as empresas a
elevar a produção; novas
empresas serão atraídas,
aumentando a quantidade
ofertada do produto.

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A OFERTA DE UM BEM E O PREÇO DOS
FATORES DE PRODUÇÃO
• Enquanto o preço do bem representa uma
receita para quem o produz (vende), o preço
dos fatores de produção representa o custo de
produzi-lo.
• Por exemplo: o preço do pão para quem o
produz (vende) representa uma receita, por
outro lado, o preço da farinha de trigo e do
salário do padeiro, representam custo para
quem produz (vende) o pão.

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• Desta forma, aumentos no preço
dos fatores de produção, tudo o
mais constante, provocam queda
na oferta do bem (tendo em vista
que o custo de produção se
elevará).
• Por outro lado, se o preço dos
fatores de produção sofre
diminuição, tudo o mais
constante, levará a um aumento
na oferta do bem (já que o custo
de produção cairá).
• Neste caso, como o fator que
está afetando a oferta é
alterações no preço dos fatores
de produção (e não no preço do
bem), a curva de oferta se
deslocará, para cima ou para
baixo.
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1. Produção, Custos de
Produção e Lei dos
Rendimentos Decrescentes

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Teoria da Produção

Teoria da produção
Contabilidade
Engenharia
Teoria da oferta da firma Administração
individual
Teoria dos custos de
produção

Análise dos preços e do emprego dos


fatores de produção

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Preocupa-se com a relação técnica ou
tecnológica entre a quantidade física de
produtos (outputs) e de fatores de
produção (inputs).

Trata das relações físicas.

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Preocupa-se com a relação entre
quantidade física de produtos e com
os preços dos fatores de produção.

Envolve os preços dos insumos.

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Produção

Conceitos básicos da teoria da Função de Produção


produção:

Fatores fixos e
fatores variáveis
de produção

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É o processo de transformação dos
fatores adquiridos pela empresa em
produtos para a venda no mercado.
Produção se refere também aos serviços como transportes, atividades
financeiras, comércio, consultorias, etc.
Processos ou métodos de produção

Fat 1 Fat 2 Fat 3 Ins 1 Ins 2 Ins 3

Processo de
produção simples
Est 1 Est 2 Est 3 ou
Processo de
Intensivos em mão-de-obra produção múltiplo
Intensivos em capital
Intensivos em terra
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Escolha do método ou processo de produção

Técnico ou tecnológico

Eficiência
Econômico

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Método tecnicamente eficiente:

Quando comparado com outros métodos , utiliza


menor quantidade de insumos para produzir uma
quantidade equivalente do produto.

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Método economicamente eficiente:

Trata-se do método de produção mais barato


(os custos de produção são menores)
relativamente a outros métodos.

Obs.: Nível de tecnologia = ao estado da arte, o conhecimento


tecnológico global.
Método de produção = a escolha de uma particular combinação de
fatores, com a tecnologia conhecida e disponível.

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É a relação que mostra a quantidade física obtida do
produto a partir da quantidade física utilizada dos
fatores de produção em determinado período de
tempo.

q = ƒ (x1, x2, x3, ..., xn)

Ou

q = ƒ (N, K)

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Fatores de produção variáveis

Variam quando o volume de produção se altera. Ex.: Para


aumentar a produção são necessários mais
trabalhadores e maior quantidade de matéria prima.

Fatores de produção fixos

As quantidades não mudam quando a quantidade do


produto varia. Ex.: Instalações da empresa e tecnologia.
(Só são alterados no longo prazo)

Situação de curto prazo: Situação de longo prazo:


Quando na função produção Quando todos os fatores na
alguns fatores são considerados função produção são
fixos e outros variáveis. considerados variáveis.

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Análise de curto prazo

q = ƒ (N, K)

variável fixo

Nesse caso a quantidade produzida depende somente


do fator variável (variação da quantidade de mão-de-
obra), logo pode-se dizer:

q = ƒ (N)

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Conceitos importantes

Produto total Produtividade média


É a quantidade do do fator
produto que se obtém É o resultado do
da utilização do fator quociente da
variável , mantendo-se quantidade total
fixa a quantidade dos produzida pela
demais fatores quantidade utilizada
desse fator.

Produtividade marginal do fator


É a relação entre as variações do
produto total e as variações da
quantidade utilizada do fator, ou seja,
é a variação do produto total quando
ocorre uma variação no fator de
produção.

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Produtividade marginal da mão-de-
obra:

Variação do produto
Pmg =
n
acréscimo de 1 unidade de
mão-de-obra
Produtividade marginal do capital:

Variação no produto
Pmg k =
Acréscimo de 1 unidade do
fator capital

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Lei dos rendimentos decrescentes

50 Elevando-se a quantidade
do fator variável,
45
44 44 permanecendo fixa as
42 42
40 quantidades dos demais
38
35 fatores, a produção inicial
32 aumentará a taxas
30
crescentes; a seguir,
25
24 depois de certa quantidade
Série2
20 utilizada do fator variável,
15
continuará a crescer , mas
14
a taxas decrescentes;
10
continuando o incremento
6
5 do fator variável, a
0
produção total chegará a
1 2 3 4 5 6 7 8 9 um máximo para depois
decrescer.

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O COMÉRCIO INTERNACIONAL E
O BALANÇO DE PAGAMENTOS
EVOLUÇÃO DA RELAÇÃO ESPAÇO-TEMPO NO ATLÂNTICO NORTE

1960 – 16 HORAS
1850 – 2 SEMANAS 1990 – 3 HORAS
1900 – 7 DIAS 1940 – 4,5 DIAS
Teoria Econômica

O comércio internacional consiste no


intercâmbio de bens, serviços e capitais
entre os diferentes países.

Os países tenderão a especializar-se na


produção daqueles bens nos quais tenham
certa vantagem em relação aos demais.

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• Mercadorias

Transações entre
os diferentes Comércio
• Serviços
países exterior

• Capital

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Um pouco de história: como tudo começou
no Brasil

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COMÉRCIO EXTERIOR
Primórdios do Comércio Exterior Brasileiro
Situação no início da colonização
Ano de 1584:

População de colonos basicamente concentrada no Nordeste.

Extração de
pau-de-tinta.
Economia açucareira que Couros a partir de rebanhos Tabaco
liderava as exportações. de gado.

Minas Objetivo de
Gerais, financiar a
Goiás e
importação de
Mato
Grosso Rio de Janeiro: Porto
das minas
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Fonte: Darcy Ribeiro, O Povo Brasileiro
Fatores explicativos do comércio
entre países
1 - As relações comerciais ocorrem porque os
países não poderiam produzir todos os bens de 2 – O comércio internacional
que necessitam. facilita a especialização, ao
permitir que cada país possa
Motivos na antiguidade: ou por falta de matérias- colocar no resto do mundo os
primas ou por não possuírem o conhecimento excedentes dos produtos em que
suficiente para produzir determinados bens. Ex.: a se especializou.
seda da China.
Motivos: Permite a
Motivos na atualidade: por possuírem recursos e especialização numa
capacidades tecnológicas muito diferentes. Essas determinada produção e as
diferenças podem se resumir nos seguintes mercadorias em que o país
aspectos: possui maiores vantagens
1. Condições climatológicas comparativas são exportadas.
2. Riqueza mineral
3. Tecnologia
4. Quantidade disponível de mão-de-obra
5. Quantidade disponível de capital
6. Quantidade disponível de terra cultivável
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Limitações à completa especialização
internacional

(Raramente acontece uma especialização absoluta de um país na


produção de uns poucos bens)

1. Mesmo tendo vantagem comparativa, é possível que não possa se


beneficiar do comércio internacional se os custos de transporte
ultrapassem as vantagens e os custos de produção.

2. Os fatores de produção não são completamente móveis. Não se


pode transferir recursos da produção de computadores para a de
sapatos no Brasil sem que não apareçam problemas. Não se pode
alterar o tipo de produção sem grandes dificuldades.

3. Seria necessário que os países facilitassem o livre comércio. No


mundo real, as barreiras e os obstáculos são muito freqüentes.

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OBSTÁCULOS AO LIVRE COMÉRCIO

Apesar das vantagens do livre comércio entre países, existe


uma série de fatos que aconselham, ou justificam, em certos
casos, certo grau de intervencionismo, ou protecionismo, para
limitar a entrada de determinados produtos no país. Podem
dar-se sob os seguintes argumentos:

1. Proteger uma indústria considerada estratégica para a


segurança nacional.
2. Fomentar a industrialização e a criação de empregos –
processo de substituição de importação por produtos
nacionais.
3. Tornar possível o desenvolvimento das “indústrias
nascentes” por não poderem competir em pé de igualdade
com as de outros países onde já se encontrem
desenvolvidas e competitivas.
4. Combater os déficits da balança comercial

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PRINCIPAIS MEDIDAS INTERVENCIONISTAS

1. Imposto de importação ou tarifas aduaneiras


2. Contingenciamento ou quotas à importação
3. Subsídios à exportação

As tarifas e os subsídios alteram as vantagens


comparativas dos diferentes países e seu efeito é
reduzir o comércio ou aumentá-lo (no caso dos
subsídios) de forma artificial.

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AS TRANSAÇÕES INTERNACIONAIS E OS
BALANÇOS DE PAGAMENTOS

O balanço de pagamentos é um documento contábil que registra


sistematicamente as transações (de bens, serviços ou financeiras) de
um país com o resto do mundo, durante um determinado período de
tempo.

Essas transações agrupam-se em duas grandes


categorias:

Balanço de transações correntes

Balanço de capital

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Importações
Balanço comercial Exportações

Balanço de Transportes
operações Seguros
correntes ou por Balanço de serviços Viagens
conta corrente Rendas de investimento
Outros serviços

Transferências privadas
Balanço de Transferências públicas
transferências
Investimentos diretos
Investimentos de carteira
Balanço de conta Créditos a longo prazo
de capital Capital a curto prazo autônomo
Transferências de capital
Variação de reservas externas líquidas

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A crise financeira
mundial

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Termos e definições abordados
nos textos A crise financeira de
2007/2008 e O que deu errado
com os bônus.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Subprime:

subprime é um crédito de risco, concedido a um tomador que não oferece


garantias suficientes para se beneficiar da taxa de juros mais vantajosa
(prime rate).
Também empregado para designar uma forma de crédito hipotecário
(mortgage) para o setor imobiliário, surgida nos EUA e destinada a
tomadores de empréstimos que representam maior risco de inadimplência.
Esse crédito imobiliário tem como garantia a residência do tomador..
Deriva de prime lending rate - a taxa de juros contratada com os tomadores
mais confiáveis. Assim, prime lending designa o crédito concedido aos
tomadores confiáveis e subprime lending se refere ao crédito dado àqueles
tomadores que apresentam maior risco de inadimplência.

Hipoteca:

Sujeição de uma propriedade ao pagamento de uma dívida.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Derivativo é um contrato definido entre duas partes no qual se definem
pagamentos futuros baseados no comportamento dos preços de um ativo de
mercado (normalmente as chamadas commodities). Em resumo, podemos
dizer que um derivativo é um contrato cujo valor deriva de um outro ativo.
Pode ser negociado no mercado de ações, por exemplo.

Os derivativos, que fazem parte do dinheiro especulativo, nasceram no


começo dos anos 80, mas só se popularizaram agora. São simples o
bastante para atrair clientes, mas complicados demais para ser explicados a
eles. Um exemplo de derivativo simples: alguém se compromete a comprar
30 toneladas de café no mês de julho pagando a mercadoria a preços de
hoje. Quando o mês de julho chegar, se o preço do café estiver mais alto do
que agora, o investidor ganha. Se o preço tiver caído, o investidor perde.
Normalmente, eles são muito mais complicados. Um derivativo complexo
vendido pelo Chemical Bank a uma empresa brasileira envolvia apostas com
relação ao preço do petróleo na Nigéria em julho deste ano, a cotação do
grafite em Madagáscar e a variação do dólar em relação ao iene japonês e
ao marco alemão. "Muitos derivativos têm algumas dezenas de apostas
conectadas e só podem ser montados com a ajuda dos computadores", diz
Felix Rohatyn, 65 anos, um veterano investidor de Wall Street. (Veja,
29/03/95)

por Roncalli Maranhão, 2009.2


por Roncalli Maranhão, 2009.2 Fonte: Folha Dinheiro, 29/09/08
4 As companhias 5 A promessa de retornos
hipotecárias descobriram altos atraiu gestores de
nessa época um nicho fundos e bancos, que
ainda a ser explorado no compram esses títulos
mercado: o de clientes do "subprime" das
segmento "subprime", companhias hipotecárias
caracterizados, pela e permitem que uma
baixa renda, por vezes nova quantia em
com histórico de dinheiro seja
inadimplência e com emprestada, antes
dificuldade de comprovar mesmo do primeiro
renda. O segmento empréstimo ser pago.
"subprime", assim Um outro gestor,
caracterizado, representa interessado no alto
um risco maior de retorno envolvido com
inadimplência que os de esse tipo de papel, pode
outras categorias de comprar o título
crédito. mas justamente adquirido pelo primeiro,
por ser de maior risco, as e assim por diante,
taxas de retorno são bem gerando uma cadeia de
mais altas. venda de títulos.
por Roncalli Maranhão, 2009.2
6 Porém, se a ponta 7 Após atingir um pico 8 Com os juros altos,
(o tomador) não em 2006, os preços a inadimplência
consegue pagar sua dos imóveis, no aumentou e o
dívida inicial, ele dá entanto, passaram a temor de novos
início a um ciclo de cair: os juros do Fed, calotes fez o
não-recebimento que vinham subindo crédito sofrer uma
por parte dos desde 2004, desaceleração
compradores dos encareceram o crédito expressiva no país
títulos. O resultado: e afastaram como um todo.
todo o mercado compradores; com Sem oferta
passa a ter medo de isso, a oferta começou suficiente de
emprestar e a superar a demanda crédito, a
comprar os e, desde então, o que economia dos EUA
"subprime", o que se viu foi uma espiral desaqueceu. Com
termina por gerar descendente no valor menos liquidez
uma crise de dos imóveis. (dinheiro
liquidez (retração de disponível), menos
crédito). se compra, menos
as empresas
lucram e menos
pessoas são
por Roncalli Maranhão, 2009.2 contratadas.
9 No mundo da
globalização
financeira, créditos
gerados nos EUA
podem ser convertidos
em ativos que vão
render juros para
investidores na
Europa e outras
partes do mundo. Por
isso o pessimismo
influencia os
mercados globais.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Quebras e prejuízos em cascata
Gigantes do setor
hipotecário como a AHM
(American Home Mortgage)
e a Countrywide Financial.
Bancos. Marco: Lehman
Brothers em setembro 2008.
Dentre eles, Citigroup, Bank of
America, Wells Fargo e AIG
receberam recursos do governo
americano. Wachovia e o Bear
Stearns foram comprados antes
que quebrassem.
Espalha-se para todos os
setores da economia.
Primeiros afetados foram:
setor automobilístico
(General Motors , Chrysler,
GM),. Depois, a indústria de
modo geral afetando
duramente o mercado de
trabalho.
Bancos e diversas empresas britânicas
começam a eliminar postos de trabalho, e
continuam as quedas nas vendas de
automóveis e casas. Vendas de automóveis
novos no Reino Unido caem 30,9% em
janeiro 2009 frente ao mesmo mês de 2008
No Brasil: siderurgia, aço,
mineração, couro e calçados, que
dependem mais das exportações.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Efeito borboleta – Origem na
meteorologia

“Uma causa muito pequena, que pode passar


despercebida, determina um efeito considerável
que não podemos prever, e aí dizemos que tal
efeito foi obra do acaso.”

Edward Lorenz
por Roncalli Maranhão, 2009.2
Fatores Indispensáveis
ao Crescimento
Econômico

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Précondições para o crescimento econômico

Condição prévia elementar:


Sistema de incentivo apropriado

Os mercados Principais
atividades que
geram
Os direitos de crescimento
Três instituições cruciais
propriedade econômico
contínuo

A troca monetária

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Permitem a compradores e vendedores
adquirir informações e negociar entre si.

Os preços de mercado são sinais que


criam incentivos para aumentar ou
diminuir as quantidades demandadas e
ofertadas.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


São os arranjos sociais que governam
a posse, o uso e a disposição de
recursos, bens e serviços.

Direitos de propriedade
física

Direitos de propriedade
financeira

Direitos de propriedade
intelectual
por Roncalli Maranhão, 2009.2
Facilita transações de todo tipo,
inclusive a transferência em ordem de
propriedade privada de uma pessoa
para outra.

Criam incentivos para que as pessoas


se especializem, comerciem,
economizem, invistam e descubram
novas tecnologias.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Poupança e investimento em capital
novo

Investimento em capital humano

Desenvolvimento de novas tecnologias

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Inovação: Fortalecendo
a Economia para a
retomada do
crescimento no pós-
crise.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Base:

Firmas que possuem forte


liderança na estrutura industrial Progresso técnico em boa
parte do sistema produtivo
Habilidades
Competencias
Recursos
Continuem
funcionando os
principais instrumentos
de política científica e
tecnológica

Ação do governo brasileiro:


realizar esforços anticíclicos para amortecer os impactos
da crise mundial (minimizar a redução do emprego e da
atividade econômica).
por Roncalli Maranhão, 2009.2
Ainda há incertezas quanto ao potencial de retomada do crescimento
da economia nas mesmas taxas do período antes da crise.

Que tipo de política industrial e tecnológica é necessária para preparar


as empresas industriais brasileiras para a retomada do crescimento?

EUA anunciou esforços


Europa discute a
para a manutenção das
necessidade de uma
suas atividades em O que vêm fazendo
estratégia de inovação
pesquisa e China e Índia?
tecnológica no momento
desenvolvimento (P&D). Compra de ativos
de crise.
tecnológicos das
empresas com
dificuldades financeiras.

Esse debate também está presente na Organização


para Cooperação e Desenvolvimento Econômico -
OCDE
por Roncalli Maranhão, 2009.2
Como será o ambiente competitivo no mercado
internacional?

Mais acirrado do que


antes da crise.

Especulação financeira

Bem menor especulação


– maior regulação interna Finanças mais
e externa. comprometidas com a
produção
Maiores escalas de produção – fusões e aquisições e a
dotação tecnológica será um ativo especialmente mais
relevante para a competição
por Roncalli Maranhão, 2009.2
Como será o ambiente competitivo no mercado internacional?

Desenvolvimento econômico está Estrutura própria e


cada vez menos determinado por privada capaz de
estáticas dotações de recursos, tais explorar economias de
como localização geográfica, escala e escopo em
recursos naturais e mão-de-obra dimensões mundiais.
barata e abundante.

Para isso é necessário:


• Corretas estratégias empresariais,
• eficientes sistemas financeiros,
• infraestruturas externas às firmas,
• eficiente rede de pequenos e médios fornecedores,
• oferta de mão de obra qualificada.

A competitividade das economias industrializadas e das semi-industrializadas


(Brasil), dependerá de vantagens comparativas dinâmicas criadas a partir da
capacitação tecnológica e pelos sistemas de inovação setoriais e nacionais.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Como será o ambiente competitivo no mercado internacional?

Um problema:

Significativas desigualdades
produtivas e tecnológicas
no Brasil nas dimensões:

•Escala,
•inserção externa,
•tecnologia de processo e
produto,
Heterogeneidade estrutural
•qualificação da força de
presente no Brasil e em toda a
trabalho,
América Latina.
• investimento em P&D,
Economias de especialização
• cooperação técnica,
intermediária
• markup

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Uma parte significativa da inovação tecnológica é realizada por meio
da compra de bens de capital importados dos países desenvolvidos.
No Brasil, uma parte é adquirida pelo setor produtivo de bens de
capital interno – que também apresenta um componente importador.

Incentivo ‘a exportação: Regime aduaneiro de drawback


Aplicado ‘a importação de mercadoria para utilização na
fabricação, complementação ou acondicionamento de outra a ser
exportada

=
+

por Roncalli Maranhão, 2009.2


O melhor caminho:

1 O Brasil tem empresas líderes com capacidade de geração endógena de


conhecimento novo voltado para a inovação tecnológica e com capacidade para
“puxar” ou difundir capacidades e progresso por todo o sistema produtivo.

Entretanto:
Investimento em Economia Economia Informações adicionais
P&D é pró-cíclico cresce se contrai

2 Não perder os esforços tecnológicos realizados por estas firmas no momento do


crescimento. (desarticulação das linhas de pesquisa, redução de pesquisadores
= perda expressiva para a sociedade e não apenas para as empresas).

Desmonte de estruturas de Ativos intangíveis:


geração de conhecimento das conhecimentos tácitos
empresas é irrecuperável. acumulados entre
cientistas, alta educação
e especialização,
desmonte de
laboratórios, etc)
por Roncalli Maranhão, 2009.2
1 - As empresas líderes aumentaram de forma significativa seus
investimentos em P&D.

R$ 8 a R$ 9 bilhões em 2008.

2 – A redução dos investimentos em P&D das empresas brasileiras tende


a ser mais exacerbadas do que em economias desenvolvidas.
Justificativa:
No Brasil, mais de 90% são realizados com recursos próprios. Nos países
desenvolvidos é bastante superior a participação do financiamento público
com juros baixos em P&D privado. Nesses países, no momento em que a
economia se contrai, as firmas dos países desenvolvidos não reduzem
seus investimentos em P&D na mesma intensidade como a que ocorre no
Brasil.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


3 O diferencial tecnológico das firmas brasileiras comparado com as dos países
desenvolvidos tende a aumentar se não houver ações voltadas para a inovação
tecnológica durante a crise.

E o Brasil dispõe de instrumentos para atuar em inovação para fazer frente à


crise e preparar suas firmas para a competição no pós-crise?

E instituições de fomento ao investimento e à P&D existem?

Existem no Brasil outras formas para fazer frente à crise?

4 Focar as ações de governo nas Capacidade de alavancar uma


empresas que mais investem rede muito grande de pequenas
em P&D e médias empresas
fornecedoras e dar dinamismo à
economia.

5 Articular as principais instituições de fomento (BNDES e a FINEP e as compras


da Petrobrás). Voltar-se para empresas industriais que comprovem a existência
de estruturas de P&D. Vinculado ao compromisso de manutenção dos níveis de
investimentos em P&D e de pessoal ocupado em P&D por no mínimo de 2 anos.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


6 Equalizar as condições de competição das firmas brasileiras com as firmas no
mercado internacional ofertando o crédito a P&D em programas semelhantes ao
Programa Juro Zero da FINEP.

7 Para De Negri o orçamento do MCT previsto para subvenção econômica deveria


ser recomposto no montante de R$ 2 bilhões.

REFERÊNCIA:

De Negri, J. ( 2009): Preparando tecnologimante a economia para o pós


crise. Radar, Brasília: IPEA.

FIM

por Roncalli Maranhão, 2009.2


1 - Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exteriopr - PITCE (2003)
Sistema mais integrado e coerente para a indução da inovação nas empresas
nacionais. Pretende corrigir os desequilíbrios microeconômicos, valorizando a
competitividade industrial nos mercados interno e externo, incrementando sua
função social por meio de maior articulação entre setor produtivo, universidades e
institutos de pesquisa.

2 – Lei da Inovação (Lei nr. 10.973/2004) estabelece medidas de incentivo à


inovação e à pesquisa científica e tecnológica no ambiente produtivo, com vistas à
capacitação e ao alcance da autonomia tecnológica e ao desenvolvimento
industrial do País

3 – A Lei do Bem (Lei nr. 11.196/2005) que trata de incentivos fiscais que as
pessoas jurídicas podem usufruir de forma automática desde que realizem
pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica.

Estes instrumentos legais dispõem:


1. incentivo fiscal à P&D
2. Possibilidade de subvenção a projetos considerados importantes para o desenvolvimento
tecnológico
3. Subsídio para a afixação de pesquisadores nas empresas
4. Programas de financiamento à inovação de capital empreendedor
5. Arcabouço legal mais propício para integração entre universidade/empresa.
por Roncalli Maranhão, 2009.2
FINEP
Empresa pública vinculada ao MCT e tem por missão promover e financiar a
inovação e a pesquisa científica e tecnológica em empresas, universidades,
institutos tecnológicos, centros de pesquisa e outras instituições públicas ou
privadas, mobilizando recursos financeiros e integrando instrumentos para o
desenvolvimento econômico e social do País. Financiou 1.132 empresas entre
2005/2008.
Quem são os mais beneficiados:
Empresas/Universidades
grandes empresas com esforços tecnológicos mais robustos.
Na linha subvenção
Empresas que apresentam bons indicadores de capacitação da mão de obra,
e são empresas menores e mais novas.
Nos empréstimos reembolsáveis
Empresas mais tradicionais e de menor produtividade.

Precisa ser mais divulgado:


No Brasil existem 95 mil empresas industriais com mais de 10 empregados.
35 mil realizaram algum tipo de inovação todo ano.
6 mil empresas industriais realizaram gastos com P&D – FINEP financiou
apenas 1.132 no período 2005-2008.
por Roncalli Maranhão, 2009.2
BNDES
Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
Financia as grandes empresas do país que realizam cerca de 1/3 do
investimento em P&D no Brasil. É o Banco do financiamento da
infraestrutura e de máquinas e equipamentos para firmas industriais.

Investimento médio através do Banco é de R$ 2,3 milhões


As não financiadas pelo banco é de R$ 630 mil.
Mais de 2 mil empresas que realizam investimentos em P&D não estão na
carteira do BNDES.

A atuação é ainda considerada muito tímida e não conta com


especialização para financiar P&D diante das necessidades das firmas
industriais.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


As compras de bens e serviços da Petrobrás
na economia
1. R$ 35 bilhões por ano nos últimos 5 anos
2. Com o pré sal as perspectivas são que esse número aumente.
3. Mais de 18 mil empresas assinam contratos de fornecimento
com a Petrobrás anualmente.
4. Hoje são 3.600 fornecedores de bens industriais e de serviços
no Brasil que possuem 30 ou mais pessoas empregadas.
5. Total dos postos de trabalho dessas empresas é de 1,7 milhão
de trabalhadores.
6. 39,7% dos engenheiros e 38,1% dos pesquisadores com
carteira assinada estão empregadas em fornecedoras da
Petrobras.

É expressivo o potencial dessa operação para gerar encadeamentos na


produção e na geração de inovações. Pode ainda ser utilizado para
capacitar as firmas, preparando-as para o pós crise.

por Roncalli Maranhão, 2009.2


Organização para a Cooperação e
Desenvolvimento Econômico
OCDE
É uma organização
internacional de 31
países que aceitam os
██ Estados fundadores princípios da
██ Outros Estados membros democracia
30 de Setembro de representativa e da
Fundação
1961 economia de livre
Organização mercado. Os membros
Tipo
internacional da OCDE são
Sede Paris, França economias de alta
20 Estados renda com um alto
fundadores índice de
Membros
10 Estados
desenvolvimento
participantes
humano (IDH) e são
Secretário Geral José Ángel Gurría
considerados países
Website www.oecd.org desenvolvidos.
por Roncalli Maranhão, 2009.2
03/05/2010 07h04 - Atualizado em 03/05/2010 13h44

United Airlines e Continental anunciam acordo de fusão


Negociação de US$ 3 bilhões criaria a maior empresa aérea do mundo.
O plano ainda tem que ser aprovado por órgãos reguladores americanos.

por Roncalli Maranhão, 2009.2

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