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A derrota da palavra
Cada vez há menos conflitos laborais: diminui o núme-
ro de dias de greve. Nos locais de trabalho, nas fábricas,
nos serviços open space, nos arranha-céus de La Defense
reina a ordem e não somente graças ao ministro do Inte-
rior Nicolas Sarkozy. Mas, realmente, como revoltarmo-
-nos contra um discurso tão polido que não se lhe pode
pegar, contra a «modernidade», contra a «autonomia»,
contra a «transparência» ou contra a «convivialidade»?
O que fazer perante poderes e instituições que repetem
constantemente que existem para «registar a evolução»,
para responderem da melhor forma à «procura social» e
às «necessidades dos indivíduos»?
Em teoria, todos têm o direito de se exprimir. O gabi-