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Departamento de Física
Instituto de Ciências Exatas – ICEX –
Universidade Federal de Minas Gerais
Belo Horizonte
2002
Cláudio Nassif da Cruz
Tese apresentada ao
Departamento de Física do
Instituto de Ciências Exatas –
ICEX – Universidade Federal de
Minas Gerais.
Orientador: P. R. Silva
Belo Horizonte
2002
1
Agradecimentos
Aos meus queridos pais por todo apoio e carinho que me deram ao
longo dessa jornada;
A Deus.
2
Sumário
Capítulo 1 ................................................................................................................................................ 13
Capítulo 2 ................................................................................................................................................ 45
3.5 Estudo das reações químicas do tipo AB0 e AA0, nas condições de
difusão modificada pela aplicação do M.T. ....................................................................... 93
3.6 O Método de Thompson aplicado às reações controladas por difusão do tipo
browniana e não-browniana KA A K ......................................................... 105
3.7 Conclusões........................................................................................................................... 118
Q
E
D
4
6.2 Algumas elaborações a mais para o Método de Thompson aplicado à . ..... 185
Resumo
Abstract
We also explore the method to study the growth of a polymer chain, obtaining the
exponents g d for the growth of the chain, d for the probability decaying of
absorbing monomers by the chain for long-time, and F d , that is called Flory-
exponent. Some important scaling relations are obtained among such exponents. After
we go further to explore the method by studying the scalar field theory g 4 in 4-d,
and the Quantum Electrodynamic in 4-d QED 4 . We just obtain the logarithmic
corrections on scale of energy-length for the couplings g and (charge) in such
theories. So we are able to pick up the R.G -functions of these theories, by making
some approximations which will be justified.
7
Introdução Geral
escala de tamanho fica igualmente importante. Como exemplo, podemos citar o caso
(Modelo Landau-Ginsburg).
acima da qual o sistema entra num regime de campo médio, e abaixo da qual surgem
Desenvolver uma maneira simples e heurística para lidar com problemas de diferentes
desenvolver também uma maneira unificada para lidar com sistemas de diversas
classes de universalidade.
maneira significativa o labor de cálculo, de tal forma que seria capaz de extrair de
Uma das vantagens da presente pesquisa é que ela nos remete a um certo
(Modelo de Ising com campo aleatório), tendo em vista as dificuldades de tratar tais
Monte Carlo).
Tal expoente crítico é dado nos instantes iniciais de crescimento da cadeia polimérica.
Thompson nos vários sistemas. O M.T. representa uma forma alternativa simples ao
(ou energia).
vista estabelecer critérios de comparação entre eles. Como o G.R será usado numa 1ª
presença de campo aleatório, com base no M.T, tendo em vista a obtenção dos
representa uma dimensionalidade intrínseca para o spin nesse modelo. Assim sendo,
se, por exemplo, N 1 , o spin fica reduzido a uma única dimensão, podendo assumir
apenas dois. Neste caso, temos o modelo de Ising. Quando N 2 , o spin (direção de
spin) se orienta num espaço 2 D (Ex: modelo xy). Para N 3 , o spin está no
relações de escala entre tais expoentes, que são os expoentes para a concentração
11
Thompson. Com isso, seremos capazes de extrair informações de uma cadeia linear
cadeia está embebida; o expoente de Fisher d , que fornece o grau de decaimento
polimérica alcança um tamanho limite máximo. Tal tamanho é dado pelo chamado raio
ao fato de que o método (M.T) pode ser estendido à aplicação em alguns tópicos de
grupo de renormalização para essa teoria, que já é bem conhecida pelos métodos
(M.T).
12
renormalização para essa teoria, dada numa 1ª aproximação. Este capítulo traz
(estrutura fina) e m (massa do elétron) em escalas de energias mais altas.
Capítulo 1
d 2 para d 4
4 d 1
(d ) e (1.1)
1
para d 4, (regime de campo médio),
2
14
1
O valor para d 4 (regime de campo médio) está em concordância
2
com os argumentos do G.R.
1 ε 1
d
2 ....
2 12
2 .... . Observa-se que tal expansão
2 1
6
para d 4 do resultado de Thompson 8 concorda com o obtido pelo G.R. [1,7]
em ordem O .
O termo de ordem 2 O 2 , no entanto, não apresenta
resultado obtido por Thompson está na forma analítica que é obtida para d d 4 ,
Tc T
torna-se infinito, e todo o sistema passa a ter preferência por um dado alinhamento.
Este torna-se invariante por escala em T TC , ou auto-similar nas escalas de
comprimento [10].
1
Temos que em regime de campo médio de Landau d 4 . Obteve-se
2
que 0,6 para d 3 [15]. Para d 2 , obtém-se 1 [14].
17
F V M 2 uM 4 , (1.2).
F
M
2M 4uM 3 V O (1.3).
De (1.3) obtemos:
M , (1.4).
2u
d
funções analíticas de T . Embora TC 0 , considera-se que 0.
dT TC
F d 3 x M x M 2 x uM 4 x B x M x ,
2
(1.5)
18
" Mx " apresenta um coeficiente constante. Aqui, vamos fazê-lo igual a 1 .
2
x = 0. O termo u em (1.5) uM 4 , neste caso, pode ser desprezado, e a magnetização
De onde vem:
M x B
exp. R x / X
(1.7)
1 1
T TC 2 .
sendo (1.8).
1
Logo . Este é um expoente no regime de campo médio, o que está em
2
desacordo com os resultados experimentais para d 3 (tri dimensional), gerando
uma quebra de validade da teoria de Landau nesta dimensionalidade. Isto requer uma
nova teoria para corrigí-la em d 4 . Aí entra o G R de Wilson, pois abaixo de 4 –
dimensões, as flutuações em todas as escalas L até o comprimento de correlação
são importantes [7]; sendo a L , onde ‘a’ representa o parâmetro de rede. Assim,
1 1 1
1
r
2 T TC 2 , (1.9)
, T 2
sendo r f , , o que pode ser obtido pelo G.R para todas as ordens em
M , T / u , T 2 .
1
(1.10).
L
2
FL d d d x M x L M 2 x u L M 4 x , (1.11)
1 : M H x M H .
intervalo 1 até 1
L L L , mas que é localizado em x o tanto quanto possível. Pelo
princípio da Incerteza, desde que cada função n x deva preencher um volume no
M x M H x m n n x , (1.13).
n
FL M H m
dm e
-F
L L M H
e , (1.14)
FL M H m
d d x M H m L M H m u L M H m .
2 2 4
(1.15).
FL M H m d d x M H m 2 2mM H
2 2
L M 2H L m 2 2 2 L M H m u L M 4H
22
4 4 4
u L mM H3 u L m 2 M H2 2 u L m 3 M H 3
1 2 3
4
u L m 4 M 0H 4 (1.16).
4
FL M H m d d x M H L M 2H u L M 4H
2
4
d d x m 2 L m 2 2 u L m 2 M 2H 2 .
2
(1.17).
2
FL M H m FL M H
4
d d x m 2 L m 2 2 u L m 2 M 2H 2 .
2
(1.18).
2
1
FL M H m FL M H L 2 m 2 6u L M 2H m 2 . (1.19).
L
1
L 2 6 u L M H2 m 2
e FL L M H e FL M H dm e L
. (1.20).
23
1
1
L 2 6u L M 2H
2
FL L M H FL M H
e e (1.21).
L
1 1
FL L M H FL M H ln 2 L 6u L M 2H , (1.22).
2 L
onde a constante “ ln ” já está absorvida no “ln” de (1.22).
ou então:
ocupado por uma certa função (de flutuação) n x . Assim sendo, a razão "V / V"
24
L L
L M 2H u L L u L M 4H V
1 1
ln 2 L 6u L M 2H (1.27).
2 L
1
Agora, vamos escrever o ‘ln’ em (1.27) da seguinte maneira, colocando em
L2
evidência no seu argumento:
1 1
ln 2 L 6u L M 2H
2 L
1 1
2 L
ln 2 1 L L2 6u L M 2H L2
1
2
ln L1 ln 1 L L2 6u L M 2H L2 . (1.28).
1
2
ln 1 L L2 6u L M 2H L2
1
2
L L2 6u L M 2H L2 L L2 6u L M 2H L2
1
4
2
25
3L u L M 2H L4 , (1.29).
*
1 1
sendo L L2 2 L L4 termos independentes de M H .
2 4
L L
L M 2H u L L u L M 4H V
VL L d 1 1 . (1.31).
L L
L M 2H u L L u L M 4H
L 3u L L1d 3 L u L L3d M 2H 9u 2L L3d M 4H . (1.32).
d L
L 3u L L2d 3 L u L L4d ; (1.32-c).
dL
du L
L 9u L2 L4 d . (1.32-d).
dL
u L
4 d Ld 4 . (1.33).
9
d L 4 d 4 d L3
L (1.34).
dL 3L 3
d 4
L CT L 3
, (1.35).
CT T TC .
L
2
FL , M x d 2 M x L M 2 x u L M 4 x d d x, (1.36).
27
seria
2
um gradiente modificado (gradiente fracional). Sua existência
assim sendo, substituindo esta informação na ação FL acima, abrindo os parênteses
FL M H m FL , M H m 2 d / 2 d d x
L
2
m 2 L d d d x 6u L M H2 m 2 d d d x ,
2 2
(1.37)
L L
onde x , M H M H x e FL , M H FL , M H x =
L d
d d x 2M H
2
L M H2 u L M H4 .
Vamos introduzir as mesmas condições de normalização já usadas
anteriormente, com exceção do termo em ‘ 2 ’, de onde obtemos a seguinte condição
de normalização:
L d
ddx 2
2
1 L . Assim, basta fazermos 2 , recaindo na condição
anterior ~ L2 .
Fazendo isso, vamos escrever:
1
FL , M H m FL , M H L m 2 6u L M H2 m 2 (1.38).
L
exp FL L , M H exp FL , M H x
1
x _ dm exp - L 6uL M 2H m 2 , (1.39),
L
1 1
FLL , M H FL , M H n L 6u L M 2H (1.40).
2 L
3u L L 3 L u L L2 M H2 9u 2L L2 M H4 ; (1.41).
d L
i) L 3u L L d 3 L u L L2 d , (1.43).
dL
29
du L
ii) L 9u 2L L2 d . (1.44).
dL
uL
2 d Ld 2 (1.45).
9
d L
2 d
2 d L1
L
dL 3L 3 (1.46).
d 2
L CL 3
, (1.47)
Ginsburg – Wilson (Energia livre L.G.W) com o objetivo de obter o expoente crítico do
vizinhanças de sua temperatura crítica (Tc). Assim, ele partiu da seguinte energia livre
L.G.W:
L
F d d d x M r L M 2 u L M 4 ,
2
(1.48)
M L 2 para 0 ou T c ,
M2 (1.49)
0 para 0 ou T c ,
= [ r () ] -1/2
L -1/2
L(T – Tc) -1/2
, sendo L = [r () ]- ½
, que é
interpretado como um tipo de comprimento de coerência resultante de flutuações nas
vizinhanças de Tc, o que vai depender da dimensionalidade d do sistema que estamos
considerando. Esta relação acima é a mesma relação (1.49) do GR, obtida na secção
anterior.
obtemos:
2
M 2 C te , M L C te M 2 C te Tc T M C te Tc T
1
2 ,
L 1 / 2 , (1.50)
onde (d), que vamos obter pela aplicação do Método de Thompson (M.T)
na ação em (1.48). Já sabemos que ( d 4 ,) = ½ no regime de campo médio, onde
‘ d c 4 ’ representa a dimensão crítica superior do problema, acima da qual temos um
comprimento de correlação.
b) Para valores de d 4 , (no caso Ising – 4), devemos ter u (L) e r (L) 1
(constante) ou independente de L, o que corresponde ao regime de campo médio.
L d [r L ] . Assim, teremos f dL ~ 1 .
d
2
1o termo:
M d
2 d
x ~ Ld 2 M 2 ~ 1
Ld
M 2 ~ L2 d (1.51)
2o termo:
32
r L M 2 d d x ~ 1
Ld
r ( L) M 2 Ld ~ 1. (1.52)
~ r L
1 1
2 2
(1.54)
Este resultado (1.54) foi obtido anteriormente na secção (1.1), mas agora,
fomos capazes de obtê-lo a partir do M.T, que é uma forma alternativa ao GR.
3° termo: Ld
u ( L) M 4 d d x ~ 1 (1.55)
Daí, obtemos: u L M 4 Ld ~ 1 .
2
Agora, vamos pensar que: M4 M2 ~ L4 2 d . Substituindo esta última
Ld 4 para d 4
u L ~ (1.56)
1 para d 4
r L
Assim, se escrevemos: F f, (1.58)
u L
33
teremos
L
2
f d m r L m 2 r L m 4 d d x , onde m representa uma
M2
flutuação na magnetização, sendo que vamos definir m 2 2
.
ML
2 r L
Já sabemos que M L .
u L
r L
F r L d 2 ~ 1. (1.59)
u L
L2 d 4 / d 2 para d 4
r L ~ (1.60)
1 para d 4
1 / 2 r
1 / 2
, então, finalmente podemos obter.
d 2
4d 1 para d4
(1.61)
1 para d4
2
5
Para d 3 , para o modelo de Ising 3-D.
8
5
Obtivemos d 3 pelo M.T. Não se obteve ainda exato para o caso 3-
8
D. Logo, por comparação, observa-se que ‘ 3 5 ’ obtido pelo M.T não está longe
8
daqueles obtidos na literatura [15], onde técnicas numéricas (Simulação Monte Carlo)
são utilizadas.
34
du L
L 9u 2L L4d , (1.62).
dL
dL 4 d
L L 0 , (1.63)
dL 3
u L
4 d Ld 4 . (1.64)
9
De (1.63), vem
onde CT T Tc .
u L ~ Ld 4 . (1.66)
De fato, quando comparamos (1.66) obtido pelo M.T com (1.64) obtido pelo
G.R, observamos que (1.66) é uma relação de escalonamento contida em (1.64); ou
seja, é o comportamento de escalonamento para o parâmetro u(L) dado em regime
35
escalonamento vem diretamente da ação L.G.W FL . Para isso, vamos fazer
r L ~ L2d 4 / d 2 (1.67)
dr L 2d 4 2d 4 / d 2 1
L .L ,
dL d 2
ou
dr L 2d 4 2d 4 / d 2
L L , (1.68)
dL d 2
ou ainda
36
dr L 24 d
L r L 0 . (1.69)
dL d 2
podemos dizer que o coeficiente '24 d / d 2 ' , que aparece em (1.69), fica da
seguinte forma:
24 d 24 d 4 d
, p./d 4 .
d 2 6 3
De fato, a equação (1.63) obtida pelo G.R contém apenas os efeitos de ordem
4 d quando pensamos na expansão perturbativa em para o G.R. Em
outras palavras, a equação (1.63) do G.R só é válida nas vizinhanças inferiores da
dimensão crítica superior d c 4 do sistema. Isso ocorreu, pois, quando aplicamos o
G.R na ação L.G.W, tínhamos desprezado termos de O 3 , O 4 m 3 3 , m 4 4 ,... ,
etc…, simplificando o problema.
Com tudo isso, podemos concluir que (1.69) obtida pelo M.T, embora seja
válida apenas em regime assintótico, já contenha em princípio a informação para
qualquer d 4 , não se restringindo somente nas vizinhanças de ' d 4' . Apesar de
ser provavelmente um resultado não exato para qualquer d considerado, pelo menos é
fechado em d, i é, não-perturbativo. Isso, no fundo, já se deve ao fato do resultado
(1.67) incluir em princípio qualquer valor de d 4 . Em suma, o M.T fica indiferente
(insensível) ao tratamento perturbativo usado normalmente na aplicação do G.R.
d2
d ; d 4. (1.70)
4d 1
37
1 1 / 6 1
2 1 / 3 2
1 / 6 1 /3 2 /9 3 / 27 ...
1 2 3
1 ... . (1.71)
2 6 18 54
Logo, escrevemos:
1
1 O 2 ... , (1.72)
2 6
1
1
2 , (1.73)
21 / 6 3
sendo 1. Este resultado bate exatamente com o obtido pelo G.R na 1ª.
ordem em da expansão perturbativa [2] para o expoente [2].
Assim, conclui-se que obtido pelo M.T (eqs. 1.71, 1.72 e 1.73), reproduz
exatamente a 1ª. ordem em dada pelo G.R [2] quando eq. 1.70 é expandido em
4 d . Em suma, o expoente obtido pelo M.T bate exatamente com o do G.R [2]
na 1ª ordem de O da expansão. Isto já não ocorre com O 2 , etc...; no entanto,
1.4 Apêndice
Tendo em vista que o M.T. é uma forma alternativa simples para o G.R, vamos
primeiramente procurar justificar a 1ª prescrição de escala de Thompson com base em
alguns argumentos básicos do próprio G.R. Assim, vamos apresentar aqui as
transformações básicas do G.R [10].
1 1 1 1 1
H d d x c r 2 u 4 u 6 6 u 8 8
2
2 2! 4! 6! 8!
1
2 ... ,
2
(1.74)
4!
u 0 (positivo).
~
Assim sendo, é conveniente introduzir a transformada de Fourier k para
~ aD d d x iK . x
k D / 2 e x D / 2 e x ,
iK . x
(1.76)
L x L
x x ` x / s;
k k ` sk . (1.77)
ou no espaço k, teremos:
~ ~ ~ ~
ii k `k ` s s D / 2 k s d D / 2 k (1.78)
~ d D x` iK `. x `
`k ` e ` x'
L`d / 2
D
LD / 2 e s x
D / 2 d x iK . x
s
~ ~
s s D / 2 k s d D / 2 k .
coeficiente c / 2 . Nota-se que o parâmetro c é irrelevante [10], pois o ponto fixo para
“ c 0 ” é trivial; ou seja, este caso corresponde ao limite T , estando todos os
sítios (spins) desacoplados na rede. Portanto, podemos fixar seu valor em c 1 , e isto
é o que vamos fazer. Assim sendo, vamos mais adiante na obtenção do 1º termo
(gradiente) da hamiltoniana quando submetido a uma transformação de escala do G.R
40
d x``` d D x s D 2 2 d
D 2 2
d x s D 2 2 d d D x
D 2 2
D 2 2d 0 , ou então, d D / 2 1 (1.79)
Logo, se esta condição (1.79) é satisfeita, então obtemos uma invariância tal
dimensional, que é a condição (1.79). Essa idéia de invariância pode ser estendida
para o espaço k e também para toda a hamiltoniana, ou todos os termos da
hamiltoniana.
Assim, obtemos a invariância, tal que H` H . De outra maneira, podemos dizer
que a condição (1.79) para o campo , que é a chamada dimensão canônica ou
normal do campo, nos leva a uma invariância de escala da hamiltoniana. Isto significa
que a condição (1.79) vem do fato de considerarmos que a hamiltoniana tenha
dimensão zero, pois não depende da escala (invariância de escala), i. é, temos
d
2
d d x ~ 1 . (1.80)
Sendo 2
2 2
, então finalmente obtemos:
41
2 2 ~ 2d ,
d
1
ou ~ 2
d , (1.81)
d
sendo ~ 1 , e d 1 . Esta é exatamente a mesma condição (1.79)
2
obtida da condição de invariância por transformações de G.R.
não trivial (ponto crítico de transição) no modelo L.G.W, já descrito nas seções
anteriores. Logo, devemos concluir que a condição de invariância na 1ª prescrição do
M.T é feita com propósito de estudar o sistema nas vizinhanças de seu ponto crítico,
onde há invariância de escala (o sistema possui auto-similaridade nas escalas); e
portanto, daí obter os expoentes críticos do sistema, que são obtidos somente nas
vizinhanças do ponto crítico.
d d x ~ 1
2
d
2 d 2 ~ 1 2 ~ 2d
. (1.82)
2
quadrático na escala , com volume d , tal que tenhamos
2 2d .
r 2 , u 4 D ;
r 2 2 , u D 4 4 D ;
etc...
1.5 Conclusões
Nesse 1º capítulo, estudamos sistemas ferromagnéticos da classe de modelos
do tipo Ising 4 , através da hamiltoniana de Landau-Ginsburg-Wilson (L.G.W.), que
é normalmente usada para tratar tais sistemas. Primeiramente, tratamos o modelo
L.G.W. pela ótica do Grupo de Renormalização (G.R), visando obter as equações
diferenciais do G.R para os acoplamentos u L e R L da teoria, dados numa 1ª
aproximação O e em regime assintótico L . Assim obtivemos:
43
dR L
i) L 3u L L2d 3R L u L L4d ;
dL
du L
ii) L 9u 2 L L4d .
dL
d 2
4d 1 , d 4;
d
1 , d 4,
2
onde ~ T Tc
.
flutuações de ordens mais elevadas. No caso do expoente obtido pelo M.T, quando
foi expandido em potencias de e comparado com a expansão perturbativa do G.R,
obtivemos exata concordância com o G.R apenas para a 1ª ordem em O ,
embora os expoentes d 1 e d 2 1 dados pelo M.T longe do campo
médio coincidam com os resultados exatos do modelo de Ising 1 D e 2 D
respectivamente; o que, do ponto de vista da expansão no G.R, iria requerer
elevadas potências de para serem obtidos com maior precisão. Daí uma das
vantagens do M.T, o que nos motiva ir adiante para o 2º capítulo, onde vamos
generalizar o modelo L.G.W de forma a incluir outros graus de liberdade para o
parâmetro de ordem. Trata-se do modelo N -vetorial e deste na presença de um
campo aleatório. O modelo de Ising num campo aleatório (RFIM), que é um caso
especial, também será explorado com certos detalhes no próximo capítulo.
45
Capítulo 2
qualquer outra distribuição de campo seria válida, desde que tenha média nula
h x 0 , não sendo necessariamente gaussiana. Nessa seção, vamos obter uma
Assim, como tais expoentes não dão resultados exatos para valores
intermediários de N, iremos para uma 2ª aproximação em que faremos a seguinte
partição para os valores de N : A) N 2 (modelo contínuo); B)1 N 2 (inclui o
d, N . Nesse caso, faremos duas considerações para a obtenção dos expoentes. A
1ª delas se baseia na conjectura de que o valor de d` d para a redução efetiva
exatidão, obtendo N 1, d , que reproduz bem aquele d 3 para o RFIM real
Aqui, nesse capítulo, o nosso objetivo primeiramente é estender o M.T para ser
aplicado no caso geral do modelo N-vetorial N 1 , sendo N 1 o caso do modelo
48
1
Sz 2 , dado com dois valores possíveis de spin sobre um eixo escolhido (eixo z).
2
2
FL d M i r L M i u L M i d d x .
2 2
(2.1)
L
i i i
r L
F f ~ 1, (2.2)
u L
49
f Ld r L 2 ,
d
(2.3)
r
1 12
2
~ , (2.4)
u L ~ Ld 4 . (2.5)
enquanto que o terceiro termo é da ordem de N 2 . Isso nos leva a propor a seguinte
modificação em (2.2):
F
r L N f ~ 1 [23] (2.6)
u L
u L ~ Ld 4 . [23]
N
(2.7)
r L ~ u L
2 / 2 N d
(2.8)
d , N
2 N d . (2.9)
2d 4N 2 N d
1
, (2.10)
d2
50
que concorda com o resultado exato para o modelo esférico [25]. Logo, (2.10) nos
revela a dimensão crítica inferior d L 2 do modelo esférico N . No caso
sistema entra em regime de campo médio, que vale ‘4’ tanto para o modelo de Ising
quanto para o modelo N-vetorial com N 1 .
2 d . (2.11)
4 d d 2 N . (2.12)
21 N d 2 N
2d 4 N 2 N d 0 . (2.13)
De (2.13), obtemos
2N
d d L N . (2.14)
N 1
Podemos usar (2.9) para construir um diagrama no plano (d, N), separando
várias regiões de acordo com a seguinte classificação: região sem transição de fase
d d L N , região de expoentes críticos clássicos, e a região onde os expoentes
críticos são não-clássicos. Esse diagrama está ilustrado na Figura 2. Os zeros do
denominador de (2.9), dados em (2.14) nos fornecem dimensões críticas inferiores que
variam entre zero (para N 0 ) e dois quando N . A dimensão crítica superior
5
expoentes críticos clássicos
4
3 a<0
d
a>0
2
0
-2 0 2 4 6 8 10 12
N
(2.12) mostra que o calor específico irá divergir 0 na região do plano (d, N)
Com isto, conclui-se que a Figura 2 corresponde apenas a uma 1a aproximação para a
solução do problema, embora predizemos com exatidão N e d L 2 .
Portanto, alguns melhoramentos serão feitos a seguir, o que chamaremos de 2ª
aproximação.
F
rL p f ~ 1 (2.15)
u L
u L ~ Ld 4
q
(2.16)
1 2p d
, (2.17)
2 d 4q 2p d
d L 1 para 1 N 2 .
53
Em segundo lugar, lançamos mão de um resultado que foi inferido dos cálculos
de séries [26], a saber quando impomos o seguinte vínculo para (2.17):
N4
d 3, N (2.18)
N7
No entanto, parece que (2.18) foi obtido sem levar em conta valores negativos
do parâmetro N.
a) Primeiro intervalo: N 2
N 1 N5
q q N e p p N (2.19)
6 6
d, N
N 5 3d , (2.20)
N 7 d 2
(2.20), temos d c 2 para qualquer N 2 , que é o caso mais realístico obtido nessa
2ª aproximação.
2 N 1 7 N 1
q q N e p p N ; (2.21)
5 N 2 5 N
7 N 1 5 N d
d, N , (2.22)
2N 7 d 1
d , N
4 d 3d N 7 , (2.23)
N 7 d 2
para N 2 .
d , N
4 d 5 N d N 7 , (2.24)
2 N 7 d 1
para 1 N 2 .
5
expoentes críticos clássicos
4
d
-2 0 2 4 6 8 10 12
3
>0 <0
2
0
N
N7
com 1 N 2 . A outra curva mais acima será d d N , com N 2 . O ponto
3
N 2, d 3 é o início (inferior) dessa curva.
sendo 0 para d 4 .
56
" d u 4" é a dimensão crítica superior. O ponto N onde a reta ' d 4'
2.2 Uma revisão do M.T aplicado ao Modelo de Ising com campo aleatório
(RFIM).
ao RFIM. Por outro lado, medidas feitas num sistema descrito pelo RFIM d 3 nos
fornece aproximadamente igual a 1 [33]. A presente seção faz uma revisão da
referência [32].
Vamos começar essa seção com a hamiltoniana L.G.W (energia livre) para o
RFIM. Assim, escrevemos:
L
2
FL d d d x M x r L M 2 x u L M 4 x h x Mx , (2.25)
f .r L
F ~ 1, (2.26)
u L
f ~ Ld r L
d/2
. (2.27)
r L ~ u L
2 / d 2
. (2.28)
M 2 ~ L2d . (2.29)
Como foi sugerido por AIM, para um volume Ld , o novo quarto termo em (2.25)
é da ordem de 1 / 2 Ld / 2 M [31]. Também, por outro lado, já que da teoria de
perturbação, a variável u substitui u em todo lugar [31], então é razoável substituir a
prescrição de Thompson no que diz respeito ao terceiro termo em (2.25) pela
prescrição de que somente seu produto com o quadrado do último termo de energia
livre é da ordem da unidade. Tal produto nos lembra uma convolução. Fazendo isto,
temos:
u L M .
4 1/ 2 2
d
Ld / 2 M d d x ~ 1 . (2.30)
L
uM hM d x
4 2 d 2
~ 1, (2.31)
sendo h h 2 .
2
De (2.31), vem:
u M 4 M 2 L2 d ~ 1 . (2.32)
u L L6d ~ 1 . (2.33)
Ld 6 d 6,
u L ~ (2.34)
1 d 6
d2
, (2.35)
4d 2
aleatório, devemos partir da energia livre do Modelo de Ising num campo aleatório
2
2
FL d M i r L M i u L M i
2 2
L
i i i
h i x M i x d d x , (2.36)
i
Ising puro (L.G.W) [8]. Assim, a energia livre acima é a mais geral: FL FL , N , h .
2.3.1 1ª aproximação
F
r L N f ~ 1 . (2.37)
u eff L
u eff L ~ Ld 6 N
. (2.38)
f L d r L
d/2
, (2.39)
1 / 2 r
1 / 2
. (2.40)
r L ~ u eff L
2 / 2 N d
. (2.41)
r L ~ L2 N d 6 / 2 N d , (2.42)
para d 6 .
Para L , escrevemos
r ~ 2 N d 6 / 2 N d (2.43)
2 N d . (2.44)
2d 6 N 2 N d
Observamos que para N 1 , recaímos em d obtido para o RFIM (eq. 2.11
da seção 2.2).
1
, (2.45)
d4
61
sendo ' d d L 4' a dimensão crítica inferior para o modelo esférico com campo
aleatório. Esse resultado (2.45) está em exata concordância com , d obtido para o
modelo esférico num campo aleatório [35]. No caso do modelo esférico sem campo
aleatório, tínhamos 1 / d 2 , sendo d L 2 (seção 2.1). Assim, naturalmente
concluímos que a presença de um campo aleatório contribui para o aumento da
dimensão crítica inferior. Isto ocorre pelo menos no caso esférico N .
4 d O d 2 N 8N 4 NO . (2.46)
21 N d 4 N
6 d d 2 N . (2.48)
2 1 N d 4 N
válidos no modelo N-vetorial com campo aleatório para todo N 2 .Já, no RFIM
N 1 , O 2 e d L 2 ,o que será estudado adiante.
4N
dL (2.49)
N 1
8
expoentes críticos clássicos
6
<0
4
d
>0
2
sem transição de fase
0
-2 0 2 4 6 8 10
N
2.3.2 2ª aproximação
F
r L p f ~ 1 (2.50)
u L
u L ~ Ld 6 .
q
(2.51)
64
1 2p d . (2.52)
2 d 6q 2p d
mantenha sua forma, porém dado na dimensão d eff 3 2 5 , tal que reduzida de
d 5, N
N 4 , N 2 . (2.53).
N 7
4 6 q 2p 4 0 (2.54)
q p2 (2.55)
d 5, N
1 2p 5
N 4 (2.56)
2 5 6q 2p 5 N 7
N 11
p pN ,
6
N 1
q q N . (2.57)
6
d, N
3d N 11 , N 2 (2.58)
d 4N 7
d 2 2 , (2.59)
sendo O 2 .
d , N
d 6 N 3d 31d 78 , (2.60)
d 4N 7
sendo N 2 .
d 5, N
N 4 , 1 N 2 . (2.61)
N 7
p 2q 1 (2.63)
d 5, N
1 2p 5
N 4 . (2.64)
2 5 6 q 2p 5 N 7
3 N 1
q q N ,
2 2 N
p pN
4 N 1 ; 1 N 2 . (2.65)
2 N
d, N
8 d N 2 18 ; 1 N 2 (2.66)
d - 2N 7
67
d 10
N 1, d . (2.67)
8d 2
d , N
d 2
8d 12 N - 2
. (2.68)
d 2N 7
Para N 1 , obtemos
N 1, d
8d d 12
2
.
(2.69)
8d 2
lim .d 2 lim .d 2
8 2d 1 .
8 2
Estas duas retas interceptam no ponto N 5 . Veja figura abaixo para os casos
1 N 2 e N 2 , no plano d, N :
68
8
Região de expoentes críticos clássicos
6
>0
5 <0
>0
4
d
0
-2 0 1 2 4 5 6 8
N
Estas linhas separam a região inferior (região sem transição de fase ou com
Tc 0 ) da região intermediária (região de expoentes críticos não-clássicos). A curva
d 6 para qualquer N delimita a região superior onde os expoentes críticos tornam-se
clássicos. Nessa figura, também mostramos as regiões onde o calor específico
apresenta divergências 0 ou um comportamento tipo “cúspide” 0 . Nesse
O d / 240, 42; pois, para d 3 , teríamos O 1,5 . Este valor está bem próximo
daqueles obtidos pelas várias simulações Monte Carlo 41, 43, 44. Também, um
trabalho ainda mais recente, usando o G.R de Migdal-Kadanoff e a expansão
d 2 [45] obtém-se que d ` d y d 1,496 para d 3 , sendo y obtido por
expansão y .
d N4
d 3 , N , 1 N 2 (2.70)
2 N7
correta que (2.61) para o caso real do RFIM 3d40 44 . Daí a necessidade de
70
d 1
d 3 , N
2p 3 d / 2
N4
. (2.71)
2 2 3 d / 2 6q 2p 3 d / 2 N 7
p 2q 1 . (2.73)
q q N, d
N 1d 2 ; (2.74)
8N 7 2d 2N 4
2 d 22 N 5 8 N 7
p p N, d . (2.75)
8 N 7 2 d 2N 4
p p N, 4 p N
4 N 1 , e q q ( N, 4) q N
3N 1
.
2 N 22 N
N, d
d 2 4 d N 4d 10 4N 7 d 2 ,
d 2 d 6N 1 2 N4 d 8d 20 8N 7 d 2
para 1 N 2 . (2.76).
1
N 1, d (2.77)
2 1
d 2d 6
2
36 d 1 5d
d
2 . (2.78)
2
2.4 Conclusões
1ª aproximação:
2N d
d, N
2 d 4 N 2N d
1 N ;
d, N 4 d d 2N .
2 1 N d 2N
2ª aproximação:
N 5 3d
d, N N 7 d 2 ;
A) N 2 :
d, N 4 d 3d N 7 .
N 7 d 2
7N 1 5 N d ;
d, N
2 N 7 d 1
B) 1 N 2 : .
4 d 5 N d N 7
d, N 2 N 7 d 1
onde d L 2 e d u 4 .
74
1ª aproximação:
2N d
d, N ;
2 d 6 N 2N d
1 N
6 d d 2N
d , N .
2
N 1 d 4N
2ª aproximação:
1ª hipótese: 2
3d N 11
d, N 4 d N 7 ;
- A) N 2 :
d, N d 6N3d 31d 78 .
d 4N 7
com d u 6 e d L 4 .
8 d N 2 18 ;
d, N
1 N 2 d 2 N 7
- B) :
2
d 2 8d 12 N 2
d, N .
d 2 N 7
com d u 6 e d L 2 .
75
d
2ª hipótese ( , dado apenas para o intervalo 1 N 2 , incluindo o RFIM
2
para N 1 ). Obtivemos que:
d, N
d 24 d N 4d 10 N 7 d 2 ;
d 2d 6N 1 2 N4 d 8d 20 8N 7 d 2
com
1
N 1, d ,
2 1
d 2 d 6
2
36d 1 5d
Capitulo 3
Introdução
terceira seção, iremos propor um tratamento unificado para esses dois tipos de
reação, através da elaboração de uma ação geral capaz de encampar os dois casos
num mesmo formalismo que, quando tratado sob a ótica do Método de Thompson, nos
leva a um comportamento logarítmico universal para o decaimento da concentração e
taxa de reação, em qualquer dimensão crítica superior d c , independente da reação
considerada.
Nesse capítulo, vamos explorar alguns tipos de reações limitadas por difusão,
com base no método do Grupo de Renormalização de Thompson [M.T], que é uma
forma alternativa simples para o G.R.
r , t
D 2 r 2 , (3.1)
t
representa a taxa de reação; logo o termo ' K 2 ' representa um termo de interação.
1 1 1 2
D
2
A d dr 3
, (3.2)
Ld
2 3 2 t
1 1 1 2
D r 3
2
L = .
2 3 2 t
2 ~ L 2 d (3.3)
~ L d . (3.4)
A
A 2 , e dado as relações (3.3) e (3.4), obtemos:
1
2
2
K L
~ L . (3.5)
80
No 4 o
termo, pensando que 0 exp. (– t), então obtemos que
1 2
2 . Assim, aplicando a 1ª prescrição de Thompson no 4 o termo, vem:
2 t
2 Ld ~ 1. (3.6)
1
~ L2 ~ , (3.7)
onde representa um tempo médio característico para que A viaje até encontrar com
outro A no caminho aleatório, durante o processo de difusão.
d
1
K ~ 2 (3.8)
~
d
2
. (3.9)
O resultado (3.5) ou (3.8) reproduz o resultado obtido por L. Peliti [84], que
usou renormalização em cada termo de uma série perturbativa (loop) associada às
interações de A com A no processo de difusão. Também, devemos observar que a
dimensão crítica superior (dc) desse problema é dc = 2. Logo, para d > 2, devemos
considerar K 1 , de forma que K não seja infinito no limite L para d 2.
Assim, vamos escrever:
L2 1
d
2
para d 2
K ~ (3.10)
1 para d 2
L
(concentração).
1
L d
3
3 d d r ~ 1. (3.11)
1 2
r rdr ~ 1 ~ ln L ,
L
1
(3.12)
1 3
2
1 1
D 3 0 (3.13)
2 r 3
superior, a saber:
ln L ln
~ ~ , para d 2. (3.14)
L2
82
depois essas idéias foram refinadas através do G.R, motivadas por argumentos de
‘scaling’ [103]. As reações em sistemas com condições de homogeneidade inicial
também têm sido estudadas [104,105].
r , t
D 2 h 2 (3.15)
t
de não ser possível a aniquilação entre mesmas espécies [(A com A) ou (B com B)],
reduzindo a taxa de reação efetiva e o decaimento da concentração no tempo, quando
são comparados com o caso A A O , onde não há segregação.
1 1 3 1
A d D h K
2
2
d r,d
(3.16)
L
2 3 2 t
Usando procedimentos análogos aos que já foram feitos no caso anterior pela
aplicação das duas primeiras prescrições de Thompson, obtemos:
L2
d 2 d 4
2o. termo da ação: ~ L , (3.18)
d 4 1
L2 4 ~
1
K ~ L 2
d d
2
. (3.19)
1
4o. termo da ação: L2 ~ ~ (tempo médio característico). Esse é o
comportamento de difusão browniana. (3.20)
3 ~ L4 . (3.21)
1 3 4 1 4 3
3 r r dr ~ 1 ~ ln L .
L
1
L d 3 d r ~ 1
(3.22)
d 4 , isto é
ln L ln
~ ~ , para d 4. (3.23)
L2
1 1 1 2
A d d d r D h
2
K 3 , (3.24)
L
2 3 2 t
onde 0 .
d 1
~L (3.25)
d 2 2 1
K
~ L2 (3.26)
A relação (3.26) nos mostra que, para a ação geral dada em (3.24), a dimensão
crítica é dada por
d c 2 2 (3.27)
K
~ L2
d / dc 1
~ d / dc 1 (3.28)
~ t , [106]
ds d s
onde 1 [106]. (3.29)
2 2d f
obtemos o caso A A O .
~ L2
d 2 2 d dc
~ .
(3.30)
(3.31)
2
A A O 0 e o caso A B O 1 .
ln L ln
~ ~ , para d c 2 2. (3.32)
L2
87
Nessa seção, propomos uma ação efetiva para descrever a reação química
através do Método de Thompson (M.T), de onde será obtida uma taxa de reação
efetiva K eff . Este raciocínio será usado para tratar a equação diferencial de movimento
dP A
K AP AP B ; (3.34)
dt
dP B
K BP BP A . (3.35)
dt
dP A t
KP A t P A t PB t ; (3.36)
dt
dP B t
KP B t P B t P A t . (3.37)
dt
dP B t dP A t
P A t P B t -2 K P A t P B t .
2
(3.38)
dt dt
d
P APB 2K P APB 2 , (3.39)
dt
89
onde P A P A t e P B P B t .
d
K ' 2. (3.40)
dt
1 1
Aeff d D r K ' 3
2 1 2 d d
r, (3.41)
L
2 3 2 t
É muito importante observar que a ação efetiva (3.41) é similar àquela ação
considerada no caso de reação mais simples do tipo A A 0 , quando tratada pelo
método das dimensões de Thompson [8], e Silva [99] que se baseou no trabalho de
Krug [98].
Sabemos que Krug [98] propôs um modelo para uma versão contínua de uma
aniquilação limitada por difusão (DLA) com uma fonte pontual, cuja equação de
movimento é a mesma daquela tratada por Silva no caso da reação A A 0 [99], e
que é similar à equação de movimento efetiva obtida de (3.41), fazendo a ação mínima
A eff 0 ; isto é, temos
r , t
D 2 r K '2 , (3.42)
t
d
~ L2 2
d 1
1
K ' K' L
2K L
2
, (3.43)
d
1
onde, agora vamos pensar na função K ' t ~ t 2
como função da variável t, mantendo
a mesma forma de (3.43).
dP A t d 1
K eff P APB - t 2 P A t PB t , (3.44)
dt
d
1
sendo K ' t K eff t t 2 .
aproximação: PB PB o. Esta aproximação pode ser feita, pois como a concentração
da espécie B é muito maior, então, no decorrer do tempo, esta pode ser considerada
praticamente constante quando comparada com P A , que é muito menor. Assim, em
aproximação para esse caso de forte desigualdade P A P B , que foi estudada por
dP A t 1
d
t 2 P A t . (3.45)
dt
2 d2
P A t P A 0exp t . (3.46)
d
1o caso: d=1 P A t P A 0 exp 1 t , (3.47)
onde 1 2.
onde 2 .
onde d 2 r ~ rdr.
De (3.50), obtemos:
sendo K ' K eff . Aqui, também introduzimos um comprimento de corte 1 inferior para a
integral em (3.50).
Colocando (3.51) na variável livre t, vem K eff ~ lnt . Retornando com este
1
dimensão crítica:
dP A t
lnt P A t ,
1
(3.52)
dt
para d=2.
podemos pensar que a função ' lnt ' neste limite é praticamente constante. Assim
sendo, obtemos a seguinte solução para (3.52):
93
t
P A t P A 0 exp , (3.53)
ln t
para d=2 e t grande.
Comparando (3.53) com (3.48), observamos que estas diferem entre si pela
função ' lnt ' no argumento da função exponencial em (3.53), o que corresponde ao
ajuste logarítmico, dado exatamente sobre a dimensão crítica. Assim, a solução (3.53)
é mais apropriada para descrever a variação tamporal da concentração de A em
d=dc=2. A solução (3.53) reproduz o resultado rigoroso de Lebowitz [107] para d=2.
Todos esses resultados, obtidos para P A t em d 1,2 e d 3 , no caso
P A t P B t , fazem parte de uma publicação recente (veja Nassif e Silva [110]).
Px , t 2 P x , t
D , (3.54)
t x 2
1
P x, t
2
ex / 4 Dt
. (3.55)
4Dt
x 2 t 2Dt , (3.56)
onde D é a constante de difusão, que tem a unidade de ‘ x 2 /t ’.
Estudos recentes têm sido feitos para os vários casos de difusão modificada
(não-browniana) [113], incluindo movimentos que estariam “acima” [113], “abaixo”
[113] e além [113, 114] do movimento browniano. Basicamente, tais efeitos de difusão
modificada se fundamentam no seguinte escalonamento (‘scaling’) para desvio médio
quadrático:
x 2 t ~ t , (3.57)
isto é, r 2 ~ t 3 .
95
1 1
A Ld d d r D h K 3
2
1 2
2 3 2 t
. (3.58)
r, t
D 2 h K 2 . (3.59)
t
tempo de mistura. Agora, se olharmos para a ação (3.58), observamos que, devido ao
termo de gradiente “ ” na ação, estamos levando em conta flutuações espaciais na
densidade de partículas. No entanto, a quebra da segregação pode ser conseguida,
aumentando a homogeneidade espacial da densidade de partículas [120], o que nos
leva a uma redução das flutuações. Primeiramente, do ponto de vista matemático, este
raciocínio nos leva a pensar a respeito de algum tipo de “gradiente modificado”(um tipo
de gradiente ou derivada fracional [115]) para a nossa ação, mimicada por alguma
coisa como “ ”, com 1 , para garantir o aumento da homogeneidade espacial da
densidade de partículas, através da redução ou supressão das flutuações desta
densidade.
uma importante informação da segregação, pelo fato de que ele contém o valor médio
da concentração , que, por sua vez, decai no tempo, indo a zero para tempos
de-igualdade’ com as flutuações espaciais modificadas de . Logo, isso nos leva
97
a introduzir o seguinte termo modificado para levar em conta uma certa quebra de
1
A d d d x D
2
h
1
K 3
, ,
1 2
(3.60)
L
2 3 2 t
com 1 .
d 1
2
A d r D / 2 h /2
K
1 3 1 2
. (3.61)
Ld 2 3 2 t
r, t /2
D h K 2 . (3.62)
t
r D / 2 ~ d 2 ~ 1 .
1 2
d
d
(3.63)
Ld 2
d 1
2
d 2 t ~ ~ 1 ,
2 d
d r (3.65)
L
1
~ ,
ou ~ 1 / . (3.66)
consideramos aqui leva a uma difusão mais rápida que a difusão browniana. Então,
99
basicamente a anomalia difusiva; logo obtemos: 1 . Para
2
1 2 1 , temos o caso do movimento browniano. Se 1, e 2 , o
que implica em 1 , temos a condição de superdifusão, que é dada aqui pelo Lévy-
mixing.
ddr h /2
~ h
/ 2 1
d ~ 1 (3.67)
d
d / 1
~ 2
. (3.68)
~
d / / 2 1
~ d / / 2 1 . (3.69)
1
d r K 3 ~ K 3 d ~ 1 .
d
(3.70)
d 3
3 ~ 2 . (3.71)
100
K ~
d / 1
2
~ d / 2 1 1
~
d / 1 1
2
, (3.72)
sendo, ~ .
A equação (3.72) nos fornece d c 1 como a dimensão crítica
2
superior para o modelo. Para o caso 2 , obtemos d c 4 , onde temos a condição
de difusão browniana para a reação A B 0 . É possível extrair de (3.72) alguns
casos particulares, onde temos quebras de segregação. Vamos considerar
basicamente dois casos de 2 :
d =3
3 3 4
~ t = 10 , 3 x 10 , 10
2
C AA
NN-RW
γ = 1.25
1
~
C AB
0
0 0,5 1 1,5 2
1
r /t
~ ~
Figura 6: Funções de correlação C AA r , t e C AB r, t em d 3 dimensões.
De (3.72), podemos ver que K diverge quando , para d 1 .
2
d 1 . Logo, a descrição de campo médio desse modelo é correta para
2
d 1 .
2
Na dimensão crítica superior, d d c 1 ,vamos fazer algumas
2
reação K e a concentração . Temos para d d c 1 (veja (3.64), (3.68) e
2
(3.71)), a seguinte relação
1
3
~ 2
~ 2
. (3.73)
substituição:
1
~r
3 2
, (3.74)
1 1 1
d 1 3 1 2 2
d 3 1 3
d r K ~ Kr r dr ~ K n ~ 1 , (3.75)
1 1
d c 1
d rd rr
d dc
dr r 2
dr.
K ~ n .
1
(3.76)
como / 2 ~ / 2 , então vamos definir que r / 2
d
d
, onde u r / 2 .
dr / 2 du
entanto, dado que u r / 2 , vem que du ~ r / 2 1 dr . Assim sendo, vamos considerar
2
1 d 1
D / 2 1 K 3 0 . (3.77)
2 r dr 3
termos de (3.61) (dada pela 1ª prescrição do M.T), onde supomos que podemos
substituir K por K .
Podemos resolver (3.77) na dimensão crítica superior d d c 1 ,
2
usando (3.76) em (3.77). Assim, fazendo a integração de (3.77) neste caso, obtemos:
n n
~ ~ , para d d c . (3.78)
mesmo comportamento foi obtido anteriormente (veja ref. [109]) para a reação
[109], e também nas seções 3.1, 3.2 e 3.3 nos encoraja a buscar por uma ação efetiva
estendida efetiva:
1 2
A , d d d r D / 2 h / 2 1
K 3
1 2
, (3.79)
2 3 2 t
De forma análoga ao que já foi feio nas seções anteriores, aplicando o M.T em
(3.79), obtemos os seguintes escalonamentos:
d / 1
,
~ 2
, (3.80)
d d
1 1
1
2 1
K ,
~ ~ 2
(3.81)
d c , 1 , (3.82)
2
K ,
~ d / d c 1
~ d / d c 1 , (3.83)
n n
~ ~ , (3.84)
,
para d d c 1 .
2
esses modelos (seções 3.1, 3.2, 3.3 e a presente seção) são resultados universais.
Primeiramente, nessa seção, vamos aplicar o M.T, que é uma forma alternativa
simples ao G.R, numa ação efetiva que nos permita descrever o comportamento
dessa classe de reações com difusão browniana, obtendo o comportamento
assintótico da densidade , em d d c , e inclusive em d d c . As leis de escala que
vamos obter aqui estão em concordância com os cálculos do G.R num trabalho de Lee
[128], e também com um trabalho mais recente de Oliveira [129]. Aqui, também,
vamos citar o trabalho de Ohtsuki [130], que aplicou o G.R a esses
sistemas kA A . Paralelamente, vamos mencionar outros trabalhos mais recentes
que tratam da cinética, dinâmica crítica e processos de difusão [131,132]. Citamos
também um recente trabalho de Oliveira [133].
Vamos aplicar o M.T para estudar a reação controlada por difusão do tipo
respectivamente. Estas reações foram tratadas por Peliti [85], e também por Silva [99]
pela aplicação do M.T. Silva [99] considerou a seguinte equação diferencial para as
r, t
D 2 hr 2 , (3.85)
t
A fim de tratar o fenômeno descrito por (3.85), usando o M.T, Silva [98] definiu
a seguinte ação:
1 2 1
A d D h r 3
1 2 d d
r. (3.86)
2 3 2 t
107
t
K , (3.87)
t
com taxa de reação constante . Isto implica que acima da dimensão crítica
r, t
D 2 hr k . (3.88)
t
1
2
A K d D h r
1 k 1
1 2 dd
r. (3.89)
2 k 1 2 t
1 2
d
d d r D ~ d 2 2 ~ 1 , (3.90)
2
d 1
2
d 2 t ~ ~ 1 ,
2 d
d r (3.92)
t exp t . (3.93)
1
~ 2
. (3.94)
d d d r h ~ h d ~ 1 . (3.95)
~ d
. (3.96)
~ 2
d / 2
~ d / 2
. (3.97)
109
Esse resultado (Eq. 3.97) coincide com aquele que foi obtido por Silva [99], que
é o tempo de decaimento da concentração para a reação A A 0 k 2 através
do M.T. Assim, esse resultado de escala nos leva a concluir que o comportamento
para tempos longos da concentração é independente de k, o que foi mostrado por
Lee[128].
1
dd r k 1 ~ k 1 d ~ 1 . (3.89)
k 1
d
k 1
k 1 ~ 2 . (3.99)
A A 0 , a saber: 3 ~ 2 . [99].
d k 1
~ d k 1 2 ~ 2 2
1
. (3.100)
d k 1
1
~ 2
. (3.101)
2
A equação (3.100) ou (3.101) fornece d c , sendo a dimensão crítica
k 1
superior para o modelo, em concordância com os resultados dos trabalhos de Lee
[128] e Oliveira [129]. Se k 2 , temos d c 2 para o caso das reações
A A 0ou A [99].
~ 2 / k 1
k 1
K 1 ~ 2
, (3.102)
2
para d d c .
k 1
2
k 1
k 1 ~ r , (3.103)
111
1 k 1 l 1 2
k 1 2 / k 11
ld k 1 1 k 1
d
d r ~ r r dr ~
~ n ~ 1 , (3.104)
~ n
1
, (3.105)
para d d c 2 / k 1 .
2
1 1
D k 1 0 . (3.106)
2 r k 1
ln ln
1 / k 1 1 / k 1
~ 2 ~ , (3.107)
1
2
A k , d d d r D 2 h
1
k 1
1 2
(3.108)
l
2 k 1 2 t
r, t
D hr k (3.109)
t
Primeiro termo:
2 ~ L d .
(3.110)
Segundo termo:
~ L d L
d /
~ d /
. (3.111)
Terceiro termo:
d k 1
1
d k 1
~L ~
, (3.112)
113
k 1
onde temos que ~ L e k 1 ~ 2 .
Quarto termo:
1
~ L
. (3.113)
2
d c k, , (3.114)
k 1 k 1
2
sendo .
Para
1(difusão browniana )
d c 2;
i k 2 (duas partículas) 2(sup erdifusão difusão (3.115)
balística ) : d 1;
c
1
2 (subdifusão) : d c 4.
1 : d c 1;
ii k 3 (três partículas) 2 : d c 0,5; (3.116)
1
: d c 2
2
~ nL
1
, (3.117)
114
d d
r / 2 , sendo u r / 2 , por definição, então consideramos a
/ 2
dr du
seguinte equação diferencial:
1 d 1
D /2 k 1 0 . (3.118)
2 dr
k 1
1 / k 1 1 / k 1
n L n L 1 / k 1
n
2 / ~ , (3.119)
,k
L L
para d / k 1 .
com condição de difusão modificada, sendo esse sistema (rede) agora submetido a
uma fonte homogênea externa h c te de partículas A. Logo, sugerimos que o limite
de taxa de campo externo nula h 0 possa ser considerada como um ponto crítico
seguintes expoentes críticos: h ~ h1 / , que é um expoente crítico estático para a
115
concentração em regime estacionário; ' h ~ h ' , que é um expoente crítico
expoente ~ t , que representa o expoente para o decaimento da concentração
h k . (3.120)
t
entanto, vamos pensar numa taxa de reação efetiva eff que dependa da
h eff k . (3.121)
t
No regime estacionário 0 , obtemos de (3.121)
t
h eff
k
0
. (3.122)
escrevemos
1 k
eff d , (3.123)
d
h d
~ h1 / , (3.124)
de onde extraímos
d
d . (3.125)
~ d / , (3.126)
d
onde representa o expoente do decaimento da concentração.
/ d
h
h ~ h ' , (3.127)
de onde extraímos
' . (3.128)
d
1 d
' 1; (3.129)
d d
117
d
1
1 d
. . (3.130)
' d d
c
d c k ; (3.131)
dc
'c
k 1 ; (3.132)
d c k
dc 1
c . (3.133)
k 1
1
2, ' e 1 [140].
2
problema, de tal forma que o caráter da difusão não realiza papel de importância
3.7 Conclusões
Nesse capítulo, propomos um conjunto de ações efetivas para descrever o
comportamento das várias classes de reações químicas limitadas por difusão;
incluindo partículas de mesma espécies ou espécies diferentes, com e sem difusão
browniana (difusão anômala), e também o problema de coalescência de várias
2 d / 2
espécie A , na forma PA t PA 0 exp t , com PB c te . No entanto, com
d
t
PA t PA 0 exp .
nt
n L
K ~ n L
1
e o decaimento da concentração
~
L
na dimensão crítica
com difusão modificada, o que nos motivou a fazer um tratamento unificado dessas
' , dados no limite h 0 , e também o expoente para o decaimento da
d
120
1 1
satisfazem as seguintes relações de escala: ' 1, ' .
Capitulo 4
Uma cadeia linear de polímero é aquela na qual existe uma seqüência de uma
mesma estrutura química básica que se repete N vezes através de ligações para
a saber:
inicial capturar monômeros P ~ x g . Assim, iremos encontrar uma relação entre e
g , relacionando o final com o início do crescimento do polímero.
P exp , (4.1)
T
(parcela da cadeia) que gira de tal ângulo em relação a um certo plano sobre o qual a
cadeia apresenta configuração trans, isto é, 0 .
o
0
Cn
Cn-1
Cn-2
= 0 trans
= 120º gauche (g+)
= -120º gauche (g-)
Cn-3
Enegia E
gauche
gauche
trans
De acordo com todo esse raciocínio, podemos definir um parâmetro que mede
o controle da flexibilidade global de uma cadeia, a saber:
P
N 1 exp , (4.2)
L T
126
l0
sendo N 1 onde L é o comprimento total da cadeia; N é o número de
L
monômeros na cadeia; é uma grandeza adimensional, associada à flexibilidade.
Assim, baseando-se em (4.2), devemos observar que o comportamento flexível (alta
flexibilidade da cadeia) ocorre somente para pequeno.
com a escala L L , de tal maneira que, tendo por base a definição em (4.2),
C C p
f p ( L) , (4.3)
L N L
sendo p C .
escala L observada.
da cadeia 0 r L , a saber:
p C
f p r
C
, (4.4)
r r N r
p
f p r
Ca C
, (4.5)
r N r r
sendo a / L N 1 .
f p r CG r , (4.6)
Com base em (4.6), podemos perceber que a função f p r , que mede o grau
de rigidez da cadeia numa certa escala r , está diretamente relacionada com a função
de correlação G r definida; portanto, quanto maior a correlação entre dois pontos ao
longo da cadeia, maior também será o grau de rigidez f p dada nessa escala r ao
Ca 2 a p
p r af p r , (4.7)
r r
128
d d
C d a 2d a p
Vcoer . r pd r . (4.8)
rd rd
micro, temos Vcoer (cadeia altamente rígida). O regime macro se dá para tempos
2 h k 2 . (4.9)
t L
d 2 x
h k 2 x 0. (4.10)
dx 2 L
d 2 x
2
k 2 x 0 . (4.11)
dx
6
x , (4.12)
kx 2
definido na seção anterior para polímeros. No entanto, pensemos que no caso das
reações, a questão essencial é que p r é sempre divergente (infinito), pois a reação
só ocorre para r 0 (distância “nula” entre duas partículas), tendo em vista que
130
p r r 1 . Com isso, podemos notar, com base em teoria de campo, que o campo
1 x / p 1
x 2
e 2 e Ax , (4.14)
x x
x e
x / p
e Ax e mx . (4.15)
1 r / p 1
r 2
e 2 e mr . (4.16)
r r
Queremos enfatizar aqui que a linha sobre a qual r é medido não precisa ser
necessariamente uma linha reta. Então, em virtude disso, podemos pensar que r seja
o tamanho de um certo arco de cadeia que liga duas partículas (Ex: dois monômeros)
correlacionadas, estando uma delas na origem do sistema r 0 . Assim, se
1 r 2 / Ca 2
r e . (4.17)
r2
r 1 / r 2 (decaimento algébrico).
d 2 r
Ar r B 2 r 0 ,
2
2
(4.18)
dr
r2
sendo B k (taxa de “reação” ou interação); Ar
2
mr
2
r 2 4
2
p
C a
(parâmetro de massa variável (rolante) na escala r , que é a distância ao longo do
arco da cadeia, separando o 1º monômero de um n-ésimo monômero escolhido na
outra ponta da cadeia em crescimento.
d 2 r r2
2
2 4
r B 2 r 0 . (4.19)
dr C a
d 2 r
2
B 2 r 0 , (4.20)
dr
6
r . (4.21)
Br 2
que ocorre a predominância de um parâmetro não-local mr , pois não se trata mais
de uma interação por contato. Logo, percebemos que é a não-localidade do termo de
massa (parâmetro Ar mr ) que fornece a condição necessária para o
crescimento de uma certa cadeia extensa. No final do crescimento da cadeia ( r
grande), a equação (4.19) aproxima-se para:
d 2 r r2
r 0 , (4.22)
dr 2 C 2a 4
r e r
2
/ Ca 2 r / p r
e , (4.23)
Ca 2
sendo p r .
r
1
Fm Ar 2 2 r 1 mr 2 2 r 1 21 2 r . (4.24)
2 2 2 p r
Agora, o nosso objetivo será expressar (4.24) numa outra forma equivalente,
que nos será mais útil quando pensamos na cadeia de polímero. Para isso, é
cadeia. R F é uma distância denominada raio de Flory [142], usado para medir o
tamanho máximo alcançado por uma cadeia de polímero em crescimento. Veja figura
y
z
r
B
A
R C
R x
RF
Figura 9: Esboço de uma cadeia de polímero embebida num volume 3-D.
AB L (arco AB ou tamanho total da cadeia ao longo deste arco);
AC r (arco AC ou tamanho parcial variável da cadeia).Temos que
3
onde ‘ R AC ’ é o volume de um cubo variável, contendo uma parcela da
3
cadeia total é praticamente nulo, tendo a cadeia alcançado o seu tamanho máximo.
variável R ao longo do eixo cartesiano, então também podemos usá-lo como uma
outra forma de expressarmos o parâmetro de massa p2 ; isto é, vamos escrever
1
RF R R .
d d
(4.25)
2
p
136
Embora p seja uma função de r (ao longo do arco da cadeia) conforme já foi
relacionados de certa forma entre si. Isto acontece pois, quando R 0 , o volume
que envolve a cadeia também tende a ser nulo, e conseqüentemente o comprimento
de arco r da cadeia tende a ser nulo. À medida que a cadeia vai crescendo, tanto r
quanto R crescem. No limite em que R R F (tempos longos) er L , o
Vamos lembrar que no modelo L.G.W [8], tínhamos a seguinte relação entre o
comprimento de correlação e o parâmetro de “massa” variável, que era o
sintonizador da transição de fase em 2ª ordem no sistema, a saber:
1
T Tc , (4.26)
2
o que nos leva a um campo sem massa devido ao alcance infinito das correlações.
Nesse modelo de Landau, tínhamos duas fases:
Tanto a fase magnetizada (ii) quanto a não-magnetizada (i) apresentam alcance finito
de correlação, i. é, , sendo m o ou 0 (campo com massa).
1
p. (4.27)
p2
Também, de uma forma análoga ao modelo L.G.W, onde podemos estar num
regime fora do regime de campo médio, introduzimos um coeficiente variável (função)
r p na proporcionalidade (4.27), isto é,
~ p r p ,
1
(4.28)
p2
sendo r p C te (constante) no regime de campo médio d d c .
Fm p r L p 2 r ,
1
(4.29)
2
sendo L p p e p R F R ,
d
m 2 ~ p r L p .
d 2 r
2
p r L p r u L p 2 r 0 , (4.30)
dr
sendo B u L p . Em regime de campo médio, u L p C te e r L p C te ; portanto,
ordem para polímeros, que seja compatível ou caracterize as duas “fases estruturais”
que procuramos introduzir na física de crescimento de polímeros. De imediato,
concluímos que o parâmetro de ordem procurado está diretamente relacionado com
um certo número N p r de monômeros ligados em cadeia. Assim sendo, faremos a
seguinte definição:
Então, se estamos em regime macro n p N , e queremos incluir a presença
d 2 p N , r
dr 2
A 2 p N , r N 0 , (4.33)
140
sendo A 2 r 2 / C 2 a 4 1 / p2 .
p N , r N 1 e r / p
, (4.34)
d 2 p n p , r
dr 2
A 2 p n p , r n p B 2p n p , r 0 , (4.35)
ou simplesmente, escrevemos:
d 2 p
2
A 2 p B 2p A 2 n p 0 (4.36)
dr
sendo 0 n p N .
Como o nosso objetivo se restringe apenas à aplicação do M.T numa ação que
descreva o crescimento de polímeros a partir da equação (4.36), então não
precisamos obter uma solução n p r exata para (4.36). Aqui, vamos enfatizar que
d 2 p
A 2 p B 2p HF p p 0 (4.37)
dr 2
onde HFp p A 2 n p , sendo H uma constante. F p p é uma certa função de p .
Para obtermos F p p que esteja em pé-de-igualdade com n p , representando
Acontece que, quando aplicamos o M.T nesse termo da ação, para reações
A B 0 [109], tínhamos obtido que L
~ L d / 2 [109], significando que, para
assintótico para polímeros é dado numa escala recíproca L p ~ L1 , comportando-se
de maneira inversa ao regime assintótico para reações; i. é, p n p N , r N
(grande) para t , enquanto que x 0 para tempos longos t nas
reações. Em vista disto, o mesmo comportamento inverso deve ocorrer para o termo
de segregação ‘ h L
’, quando o valor médio passa a ser obtido numa escala
seguintes transformações:
L L p ~ L1 ;
p ;
142
p p ,
L L1 Lp
~ L1
d / 2
sendo p 1
Ld / 2 ; ou então, escrevemos p ~ Lpd / 2 .
L Lp
recíproco: h L
h p
para
. Em regime assintótico (tempos longos), ‘ h L
’
Lp
tempo.
B npA .
A B B (cadeia), regido agora por uma nova restrição do tipo SAW. E de fato,
sabe-se que o SAW apresenta d c 4 [147], [153], pois, para altas dimensionalidades
segregação d c 4 .
A 2 n p Para
h p HFp p , sendo h H (constante) e F p p p , que
Lp Lp
d 2 p
2
A 2 p B 2p h p 0. (4.38)
dr Lp
d 2 p
2
p r L p p u L p 2p h p 0. (4.39)
dr Lp
FLp d d d rp p p p r L p 2p u L p 3p h p
1 2 1 1
p , (4.40)
Lp
2 2 3 Lp
p R F R ; L p r p r Ca 2 / r ,
d
onde sendo dp Ldp Vp (volume de
F dVp p p p r L p 2p u L p 3p h p
1 2 1 1
p , (4.41)
Vp 2 2 3 Lp
145
p dVp ~ 1.
2
1º termo: p (4.42)
Ldp
Sabendo que 2
p Lp
2
1
L Lp2 ~ L2 , então, como a nossa análise
rL dV
2
2º termo: p p p p ~ 1. (4.44)
Ldp
De (4.44), vem:
p r L p 2p Lp
Ldp ~ 1 . (4.45)
p r L p L2p ~ 1 ,
ou
p r p 2p ~ 1 . (4.46)
De (4.46), vem: p2 ~ p r p A 2 m 2 , que é exatamente o coeficiente do
u L dV
3
3º termo: p p p ~ 1. (4.47)
Ldp
146
De (4.47), vem:
u L p 3p Ldp ~ 1 . (4.48)
Lp
Este desacoplamento já foi justificado [109] pelo fato das interações (entre A e B)
serem da forma bilinear.
u L p 2p p Ldp ~ 1 . (4.49)
Lp Lp
que pode ser obtido quando aplicamos a 1ª prescrição do M.T no 4º termo da ação
(4.41).
4º termo: h p
p dVp ~ 1 . (4.50)
Ldp
Lp
2
p Ldp ~ 1 p ~ Lpd / 2 . (4.51)
Lp Lp
u L p Lpd / 2 L2p ~ 1 u L p ~ L p
d 4 / 2
. (4.52)
(4.52), devemos ter u L p ~ C te para d 4 , sendo d c 4 nesse modelo. Assim, com
d 4 / 2
L d 4
u L p ~ p . (4.53)
1 d 4
147
De (4.46), obtemos p ~ r p 1 / 2
p1 / 2 . Então, se definimos Fp r p
1 / 2
,
d
f dFp ~ 1, ou f ~ Fp
~ r p
d/2
.
(4.54)
de energia livre (ação), o alcance das correlações vai a zero (regime de alta
flexibilidade da cadeia), significando fracas interações entre o monômero semente e os
últimos que entram na cadeia (final do crescimento da cadeia). Portanto, também
podemos dizer que, somente monômeros no espaço circundante numa distância
praticamente nula p 0 a partir da ponta final (B) da cadeia teriam probabilidade
De forma análoga ao que foi feito no modelo L.G.W [8], consideramos aqui a
seguinte relação:
r L p
F f ~ 1. (4.55)
u L p
f dVp p p p p r L p p p r L p p 2p h p
1 1 1
p (4.56)
Vp 2 2 3 Lp
149
r L p
Assim, para que (4.56) satisfaça (4.55), devemos ter p p ,onde
u L p
r L p r p
definimos Fp . Logo, podemos escrever que p p / FP , que é o
u L p u p
flutuação na ação ( f ), tal que f f p . Substituindo (4.54) em (4.55) e dado (4.53),
obtemos:
dd 42
r L p ~ L p
d 4; (4.57).
1 d 4.
p r p 2p ~ p pd 4 / d 2 . 2p ~ 1 ,
d 2 / 3d
p ~ p . (4.58)
p ~ R F R
d 2 / 3
. (4.59)
d
d 2 . Se d 4 1 / 2 , que é o expoente clássico já esperado.
3d
p ~ n p1 ~ R F R
d 2 / 3
, (4.60)
ou então,
n p ~ R F R
d 2 / 3
. (4.60a)
RF ~ N 3 / d 2 . (4.61)
3 / d 2 , 1 d 4;
F (4.62)
1 / 2, d 4.
No entanto, para d 3 F 0,6 , temos um resultado muito próximo aos melhores
A maior novidade obtida até agora com a aplicação do M.T em polímeros foi a
obtenção de um expoente “crítico” de comprimento de correlação , dado em regime
micro (início do crescimento da cadeia). E o mais interessante ainda é que podemos
relacionar (regime micro) com F (regime macro ou final do crescimento da
cadeia). Assim, com base em (4.58) e (4.61), obtemos a seguinte relação entre
expoentes:
onde v d 2 / 3d .
P(x)
exp x
xg
0 x
Para tempos longos, tínhamos obtido uma aproximação dada pela equação
r'
x , onde r ' representa uma distância ou módulo de um vetor posição
RF
r ' r ' r ' , que dá a posição de um n p ésimo monômero na cadeia em relação a
sua origem. Portanto, r ' não é medido ao longo do arco r da cadeia r ' r , embora
r e r ' estejam relacionados. R F pode ser entendido como uma raiz de um desvio
1/ 2
médio quadrático, i. é, R F r ' 2 ~ N F ~ t F , obtido para tempos longos [142].
r' r
RF p
e
e , (4.65)
onde consideramos a equivalência entre essas duas funções para tempos muito
longos. Acontece que, para tempos muitos longos, sendo a cadeia muito grande,
porém finita; então devemos considerar um valor mínimo muito pequeno (não-nulo)
para p P min . quando t . Logo, sabendo que n p p 1 , então, teremos
n P max . N ~ Pmi
1
no limite t . Com isso, vamos reescrever (4.65) da seguinte
maneira:
r'
e RF
e Nr ~ e r / P min 0 , (4.66)
1
1 1 v F
N ~ . (4.68)
P min R F
1 F 1
r' 1
exp. exp. (4.69)
RF P R F
min
1
i ) : 1
F
1 F
(4.70)
ii ) : r ' ~ r ~ Nr F Nr1 / ,
1
P min
1
sendo r ' r 8 .
d
d 2 , 1 d 4 . (4.71)
d 1
d
~ 2r 3 , enquanto que, por outro lado, a probabilidade de crescimento é
dr
sempre uma função crescente (derivada positiva), então, podemos notar que deve
haver uma relação entre r e um certo campo de distribuição de probabilidade P r
crescente, que será definida da seguinte maneira:
g'
d
Pr ~
1 r ~ r g ' , (4.72)
dr
sendo g ' um certo expoente de ajuste que fornece a taxa de crescimento para P r .
Em princípio, g ' g , embora seja correto afirmar que g ' e g [142] estejam
relacionados entre si de alguma maneira.
polímero. À medida que a cadeia cresce, pd diminui, indo a zero para tempos longos.
monômero dentro de um raio de alcance infinito tem toda chance de ser capturado
pela origem da cadeia (semente). Assim vamos pensar na probabilidade de
crescimento P como uma certa função de pd a ser estimada, i. é,
P P pd P V p (4.73).
Para estimarmos P pd , precisamos ainda de novas informações para
PF u p ~ pd 4 / 2 ~ n p4d / 2 ,
ou melhor,
pd 4 / 2 , d 4;
PF u p ~ (4.74)
1C te d 4campo médio .
d d 4 / 2 , d 4;
P P u p
d
d
~ p (4.75)
1C te d 4campo médio
F
(4.73), sendo P pd ~ pd
d 4 / 2
.
P ~ n dp 4 d / 2 (4.76)
157
que:
n p ~ pd 2 / 3d . (4.77)
d 2 4 d
P ~p 6
. (4.78)
x p R F R V t r ' ,
d
Finalmente, sabendo que sendo
d 1 4 d
P Pr ~ r 6
. (4.79)
g´
4 d d 1 . Logo, obtivemos um certo expoente de crescimento g ` , tal que
6
P ~ r g ` . No entanto, em princípio, queremos obter o expoente g [142], tal que
P ~ x g ~ t g [142].
g g d
4 d d 1 . (4.80)
6
158
Aqui, em (4.80), a novidade é que obtivemos uma função analítica para g , isto
g
g máx 3
gmáx = para d=2,5 (dimensão
3/8 8
Fractal).
1/3
1 2 2,5 3 4 d
Figura 11: Função g(d) para o expoente de crescimento de uma cadeia de polímero.
intervalo ´2,5 d 4`, de mesmo tamanho d 1,5 . Portanto, existe um valor
máximo para g g max , que é g max 3 dado em d 2,5 (dimensão fractal), que é o
8
ponto de máximo no gráfico da figura 11. É importante salientar que este resultado
encontrado para [eq. (4.80)] não é exato, e pode ser que a simetria encontrada seja
devido a uma deficiência do método.
d d
2 . (4.81)
1
3 2
g g , (4.82)
2 12
ou então,
2g 1 3 2 0
2
(4.83)
4.6 Apêndice
24dd2 d4.
Fp r p
p
1
2 (4.84)
1 C te d 4.
( 4d )
2(d 2)
flutuações, quando F não é constante; isto é, Fp p d 4, ou então,
( 4d )
2( d 2)
LFp L p .
( d 2)
d d
p ~ Lp 2
ou p ~ p 2 . Dado que p ~ p 3d
, então vem:
Lp p
(d 2)
p ~p ~ p
6
. (4.85)
p Lp
d d
p ~ LFp 2 ~ Fp 2 ? (4.86)
LF p
Em suma temos:
6
(d 2)
a) p ~ p d 4;
p
p d 4.
4d
6 d 4;
b) P ~ P
FP
0 C te d 4.
( 4d )
2( d 2)
Facilmente podemos relacionar (a) com (b): p p , sendo
F p p
161
( 4d )
2( d 2) (4 d )
Fp p p0 0 (expoente que transforma as escalas de
2(d 2)
0
correlação p para as escalas F p ). Então, escrevemos p p
.
Fp
P d 4
FP d 4;
~ P (4.88)
P P P
1
d 4,
onde p R F R .
d
1
Fd2 d 4
p
F
~ N 4 (4.89)
p 1
2 0
p
d 4
N
p
Fp
p p ou 0 ,
Fp p
p
p
se anular, pois p p 0 .
Fp p
Sabemos que
P ~ u p B d para t 1. Agora, vamos mostrar que
d
d
N Fp2
P ~ [ N Fp PN Fp ] ~ d
, (4.90)
V Fp
sendo V Fp ~ Fp
d
está associado às flutuações no volume de coerência dp sendo
d 4 d
d 2 d 2
d
Fp p p N Fp está associado às flutuações no número de monômeros para
N Fp
flutuações fora do regime de campo médio (d d c 4), i é, P ( N Fp ) .
V Fp
Sabemos que:
( 4d ) ( 4d )
2
p ~ d
~p N Fp ~ p 6 d .
6
Fp ~N d
Fp (4.91)
Fp
Assim, temos:
( d 1 )( 4 d )
N Fp
N Fp Fp
d
p
6d
P( N F ) p ~ . (4.92)
d
Fp
( 4d ) ( d 2)
p
d 6
P ~ N Fp PN Fp . (4.93)
1
Sendo p t ~ r
r 1 F , e substituindo em (4.93), obtemos:
( 4 d )( d 2 ) ( d 1) ( 4 d )( d 1)
( d 2) (4 d )(d 1)
P~r 6
r 6
g . (4.94)
6
d
p P ~[
d 2/d 2/d 2
P ~ N Fp PN Fp p p p ]2( d 2)
Fp Fp Fp Fp
2(d 2)
( 4d )
4d
p 2( d 2)
p
p p
4 d
d ( 4d )
~ np 2
d 4;
onde P ~ p p (4.95)
1 d 4,
para tempos muito curtos no crescimento da cadeia. Observamos que (4.95) é uma
outra forma alternativa de escrever a probabilidade de crescimento (P). Então, em
suma temos P ~ u p N d
Fp PN Fp
d
p
4 d
p
.
4.7 Conclusões
A aplicação do M.T na ação elaborada para crescimento de polímero permitiu a
3 1
obtenção do expoente de Flory F , sendo F d 4 e F d 4 (regime
d2 2
obtido quando P P ~ P , nos instantes iniciais do crescimento da cadeia. Com
F
1
d 2 , e finalmente fomos capazes de obter de forma analítica o
1 F d 1
expoente de crescimento gd
4 d d 1 . Assim sendo, relacionamos g com ,
6
3 2
através da função g , que é um resultado novo. Em suma, como já
2 12
introduzimos um novo expoente do comprimento de correlação P para tempo
muito curto, ficamos basicamente com 2 pares de expoentes; isto é, o 1o par de
expoentes e g para instantes iniciais do crescimento, e o 2o par de expoentes F e
164
t0 t
a)
d 2
c) F
3
3d d 2
b) g
4 d d 1 d)
d 2
6 d 1
3 1 ; 31 2 1
1) a com c: F d 2) a com b: g
1
,
2 3 12
2 31 F 2 F 1
3) a com d: ; 4) b com c: g ;
1 2 2F
3 2
5) b com d: g 6) d com c: 1 F .
F
;
2 12
Capitulo 5
2
1 dx 1
L m kx 2 x 4 ,
2 dt 2
1 2
sendo v x kx x 4 a energia potencial desse sistema. Assim, tendo por base
2
a Lagrangeana Lx , dx / dt , t vamos pensar basicamente nas seguintes
transformações:
a) x t para
x 1 , x 2 , x 3 , t x , x : campo escalar no espaço 4-D de
Minkovsky;
b) d / dt 2 para
uu 1 1 2 2 3 3 , onde o índice “0” está
associado à componente temporal. Introduzindo as transformações “a” e “b” na
Lagrangeana mencionada, vem:
1 u 1
L u m 2 2 g 4 ,
2 2
natureza relativística L L , u , x , t L , u , x u , cuja equação de movimento
é da forma:
u
u m 2 4g 3 0 .
equação de Klein-Gordon: u u m 2 0 .
1 1
L(4)= m 2 2 g 4 , (5.1)
2 2
sendo m 2 0.
unidade”. Aqui, vamos lembrar que tal prescrição de análise dimensional canônica fica
bem estabelecida nas vizinhanças de um dado ponto fixo da teoria [10], onde exista
uma invariância por transformação de escala. Nesse caso, temos um ponto fixo de
estabilidade infravermelha g 0 [10] para energias muito baixas l .
1
2 l 4
x d 4 x ~ 1. (5.2)
1
2 l 4
2 m 2 x d 4 x ~ 1, (5.3)
g d
4 4
x x ~ 1, (5.4)
l4
Agora, vamos considerar que a integral (5.2) seja feita num volume de uma
hiperesfera 4-d com raio l ao invés de um simples hipercubo 4-d com volume l 4 .
Logo, podemos escrever a integral (5.2) da seguinte maneira:
1
2 V 4
r dV4 ~ 1, (5.5)
2l 4
onde temos V 4 , sendo dV 4 2 2 r 3 dr , com r variável. V 4 é o volume
2
ln 2 n / 2
hiperesférico 4-d. Para um caso geral n-d, temos V n S n , onde S n [157].
n n
2
ou seja, .
O último termo da lagrangeana (5.1) não está numa forma quadrática, estando
numa forma quártica do tipo g 4 . Somente o segundo termo de (5.1) apresenta forma
1 2 2
quadrática em , isto é, ‘ m ’.
2
a dV 1,
2
r 4 (5.6)
V 4
onde a é uma constante, podendo ser também um dado operador â, que vamos
considerar mais adiante.
A integral em (5.3) obedece à forma (5.6) acima; logo (5.3) também é uma
integral unitária com base no sistema de referência considerado. Conseqüentemente,
os valores para as integrais de escala (5.2) e (5.4) devem ser múltiplos da referência
unitária, dada pela integral (5.6); isto é, (5.2)e (5.4) devem ter valores constantes não
unitários, a serem estimados.
Sabemos que a integral (5.4) não obedece à forma (5.6), já que (5.4) está na
forma -‘ 4 ’. Por isso, devemos fazer uma estimativa para o valor de (5.4), usando
(5.6) como referência unitária. Esta estimativa será feita mais adiante. Antes disso,
procuramos estimar exatamente a integral (5.2) ou (5.5).
0
2 2 r r 2 r r 3 dr
3
2
. (5.7)
4 2 2
3
6rdr 1 .
l
l
0
(5.8)
2
l
2
l
1
4 2 l 2
. (5.9)
A constante 4 2 1
que aparece em (5.9) vem da simetria esférica
considerada para o espaço 4-d.
1
2 V4
m dV
2
r
2
r 4 1, (5.10)
De (5.10), obtemos:
1 2
2
m l
2
l 0
l
2 2 r 3 dr 1 . (5.11)
m2
l
2 ml 16l 2 , ou ml 4l 1 . (5.12)
g d
4 4
obtido que x x ~ 1. Agora, o nosso interesse é estimar um valor para esta
l4
integral, mas antes disto, vamos considerar esta integral no volume de uma
hiperesfera 4-d. Então, teremos:
g dV
4
r 4 ~ 1, (5.13)
V4
2l 4
onde dV4 2 2 r 3 dr e V 4 l é o raio dessa hiperesfera.
2
171
quadrática, podemos tentar estimar o valor da integral (5.13). Para fazermos isto,
vamos introduzir a seguinte razão R de integrais:
0
g 4 x dx
R= , (5.14)
1 2 2
0 2
m x dx
d 2 x
" x m 2 x 4 g 3 x 0, sendo " x , onde temos a solução
dx 2
x
m
sech (mx).
2g
m2 m 1 m3
0 2 2g
sec h 2
mx d mx . (5.15)
4 g
Aqui em (5.15) observamos que a integral
0
sec h 2 u du 1, onde fizemos
u=mx.
172
R=
0
sec h 4 u du
sec h 4 u du. (5.16)
sec h u du 2 0
0
q 2
0
sec h q udu
q 1 0
sec h q 2 udu, para q>2 [160]. Portanto, daí obtemos a
seguinte razão R q :
R(q)=
0
sec h q udu
q 2
. (5.17)
q 1
0
sec h q 2 udu
2 2
R R (4) = 0
sec h 4 udu
3 0
sec h 2 udu .
3
(5.18)
Agora, estamos aptos para estimar a integral dada por (5.13), considerando
(5.18). Assim, vem:
g dV
2
4
r 4 R 4 . (5.19)
V4 3
g dV
4
V4
r 4 sec h 4 udu 2
0
R 4 , (5.20)
1 2 2 3
V4 2 m r dV4 0
sec h 2 udu
Com relação ao 3o termo de (5.1), somos então levados à integral dada por
(5.19). Uma 1ª tentativa para avaliar (5.19) seria escrevê-la como um produto de
médias, isto é, um produto das quantidades dimensionais g l ,
4
l
e V4 l .
Considerando que 4
l
~ l 2 l 4 e V4 l ~ l 4 , obtemos de (5.19) que
2
uma situação similar a esta ocorre quando se aplica o método heurístico de Thompson
à QED4 (próximo capítulo) [158], e também quando se trata das reações químicas
limitadas por difusão. (Ver capítulo 3).
quantidade 4
r
2 2
r dentro da integral, mantendo a mesma forma que aquela
dada em (5.9), porém, agora com uma dependência na variável r de escala. Assim
2
1
sendo, tomando 4 2 2
2 2 dentro da integral (5.19), escrevemos a
4 r
r r
seguinte integral:
2
1 2
2 2 g r 2 2 r 3 dr , (5.21)
l 4 r 3
174
De (5.21), vem:
3 1 3
g l r dr g lnl 1 , (5.22)
16 2 16 2
l l
sendo a notação g l g l .
(ou de energia l 1 ).
3
ln g 1 . (5.23)
16 2
dg 3
g2 . (5.24)
d 16 2
[159] [161] [162] [163]; no entanto, a novidade aqui é que conseguimos obter este
resultado através de argumentos heurísticos de escalas e dimensões (M.T) [8].
g 0
g . (5.25)
3
1 g 0 ln
16 0
2
16 2 1
L 0 exp . g 0 . (5.26)
3
Somos levados a pensar que, nas escalas de energias mais altas, a equação
(5.24) e sua solução (5.25) devem ser modificadas a fim de se deslocar a
singularidade de Landau para uma escala de energia maior que L . No esquema
usual dos cálculos perturbativos, isso é feito, considerando-se a teoria além do nível
de 1 loop [161] [162]. Assim, estaríamos pensando num limite onde a teoria
perturbativa começa a perder a sua validade (acoplamento forte). Um artigo recente de
I.M. Suslov [163] trata de uma teoria -n qualquer no esquema de expansão não-
perturbativa para todas as ordens em g (g grande), e depois aplica esta idéia na
obtenção da função (g) da teoria – 4 para o caso de g grande (acoplamento forte),
considerando todas as ordens.
5.2 Conclusões.
Nesse capítulo, o método de Thompson, que poderia ser considerado uma
maneira alternativa simples ao G.R, foi aplicado para estudar a teoria de campo
escalar 4 .
dg 3 2
isto é, 4 g . A função 4 foi obtida numa 1ª aproximação pela
d 16 2
aplicação direta do método, o que representa a correção de 1 loop para o acoplamento
g dada pelo método perturbativo em teoria de campo; ou seja, uma aproximação para
g muito pequeno (escalas de energias mais baixas).
corresponde à carga do elétron e 2 , variando com a escala de energia.
5.3 Apêndice
Sabemos que a integral (5.2) na seção 5.1 não está numa forma quadrática
2 , devido à derivada primeira [ ] que aparece entre os campos s [ ]. .
Logo, uma primeira forma quadrática mais simples a ser considerada aqui seria
alguma coisa do tipo 2 . Uma segunda forma quadrática já seria 2 .
Obviamente, a diferença entre a primeira e a segunda forma quadrática reside no fato
de que a 1a forma apresenta derivada primeira , enquanto que a 2a, apresenta
derivada segunda . Aqui, estamos interessados na segunda forma quadrática,
pois a integral (5.2) apresenta duas derivadas em seu integrando, embora não esteja
na forma quadrática adequada.
1
dimensional, que é o caso de spin (fermions).
2
2 2 2 , (A. 5.1)
separadamente quatro termos. Logo, vamos fazer uma estimativa para cada termo
separadamente; mas antes disto, devemos pensar no caso mais simples da 1a forma
quadrática, que podemos escrever da seguinte maneira:
2 . (A. 5.2)
dV 1,
2
r 4 (A. 5.3)
V 4
sendo que a representação 2 r em (A. 5.3) significa uma análise dimensional na
variável de escala r para ‘ 2 ’. Tal representação é integrada no volume esférico
2
l
~ l 3 . Este resultado representa um comportamento de escala que é similar ao
que seria obtido em QED4 para a amplitude , de onde vem que
escala l 3 , tanto para 2 em (A. 5.3) quanto para l em [159]. Assim,
Da integral (A. 5.3), dado que 2 2 , então obtemos a seguinte
integral:
1
V 4
r dV 4
2
. (A. 5.4)
A integral (A. 5.4) será útil para a obtenção da integral para a 2a forma
quadrática associada ao 1o termo da lagrangeana em (5.1). Aqui, temos a derivada
segunda 2 , que caracteriza o comportamento dimensional de escala da
dV 2 dV 2 dV ,
2 2 2
r 4 r 4 r 4 (A. 5.5)
V 4 V 4 V 4
A fim de estimar a soma das integrais em (A. 5.5), devemos observar que
temos justamente a derivada primeira de dentro do integrando da 1a integral, no
segundo membro de (A. 5.5). Isto significa que, quando consideramos o
comportamento dimensional de escala de certas quantidades tais como ‘ r ’,
e ‘ r ’, estando todas elas apenas com derivadas primeiras, então podemos
dV
1
4 . (A. 5.6)
V4 r
2
dV 4 .
21
r 4 (A. 5.7)
V 4
Finalmente, introduzindo (A. 5.7) e (A. 5.6) em (A. 5.5), podemos estimar (A.
5.5). Logo, teremos:
dV
1 1 3
2
2
4 2 2 . (A. 5.8)
V4 r
2 2 2
Vemos que o valor de (A. 5.8) é 3/2 da referência unitária na escala, dada por
(A. 5.3). A integral (A. 5.8) corresponde ao que designamos por 1ª. prescrição de
Thompson numa forma refinada, com o objetivo de estimar a integral (A. 5.5) da seção
(5.1), quando ela é colocada numa forma quadrática do tipo 2 2 . Isso é feito
isto é, 2
l
.
Curiosamente, podemos observar que, com base em (A. 5.4) e (A. 5.7), vamos
fazer a seguinte estimativa geral por indução:
dV 2
n 1
r 4 n
. (A. 5.9)
V4
Para n=1,2, recuperamos (A. 5.4) e (A. 5.7) respectivamente. Para n=0 em (A.
5.9), recuperamos imediatamente a integral na forma quadrática ,
2
que é a
dV dV
1
unidade, i.é, O
4 2
r 4 1 (integral na forma quadrática, dada
V4
r
V4 2O
em (A. 5.6) na seção 5.1).
180
Capitulo 6
relativístico com o campo eletromagnético. Essa teoria tem por base a teoria de Dirac,
1
espinorial, que é basicamente o spin , descrito pelas matrizes de Pauli. Além do
2
positiva.
e2
acoplamento (estrutura fina), então estamos diante da QED, que será o foco
c
análise dimensional.
problema, de maneira que vamos pensar no caso da QED4 (em 4-dimensões). Assim,
181
uma função logarítmica na escala de energia medida. Logo, vamos obter numa 1ª
capítulo, onde vamos obter a carga e a massa do elétron numa 2ª aproximação para
1
£= i m F F ie A , (6.1)
4
onde F A A , e 0 ,
e e 2 (constante de acoplamento).
dimensão do campo quadrático 2 ; que é 2 d 1 , que dá 2 3 l 3 para
quantidade é tomada para fora da integral como um valor médio na escala l (volume
comprimento de onda.
cuidadosa revela que esse procedimento não funciona muito bem; pois, devido ao
acoplamento entre os campos e A , que gera a interação, teríamos um
4 m x x d 4 x 1 . (6.3)
l
De (6.3), obtemos:
ou ml l .l 4 1 . (6.5)
ml ~ l 1 . (6.6)
184
ml 0 l .
1
8
l4
E B d
2
x
2
x
4
x 1. (6.7)
A B l
2
l
2
l
2
~ l 4 l 2 l 2 , (6.8)
onde temos l ~ l 1 .
absorção de fótons virtuais, então, espera-se que a média eA seja nula. Por isto,
numa contribuição efetiva para a ação, mediante um produto de integrais, que vai
corresponder a uma média para o quadrado do último termo de (6.1) num espaço de
8-dimensões. Então, baseando-se nessas considerações, escrevemos:
185
l x x'
i 2 8 e A e ' ' ' A ' d 4 x d 4 x ' 1 , (6.9)
onde o índice ’ é um índice mudo. Logo, podemos escrever (6.9) na seguinte forma
compacta, representando um 2º momento para a ação de interação:
l
2
i 2 8 e 2 x A 2 d 8 x 1 , (6.10)
onde e 2 = .
aplicado à .
Agora, vamos considerar a integral (6.2) avaliada num volume de uma hiper-
esfera 4 D , uma vez que estamos interessados num espaço-tempo isotrópico
4 D , sendo a escala de comprimento l o raio desta hiper-esfera.
ln
O volume de uma n – D hiper-esfera é dado por Vn S n [157], onde temos
n
n
2 2
S n n [157].
2
2l4
Em 4 D , obtemos V4 , sendo dV4 2 2 r 3 dr , onde r é a variável
2
seguinte forma:
2 2 r r r 3 dr l 6 2 r 2 dr 1 .
l l
(6.11)
0 0
1
l l , (6.12)
2 2 l 3
186
onde "2 2 l 3 " representa a magnitude da “superfície” dessa 4-D hiper-esfera, que
apresenta 3-dimensões.
Agora, vamos avaliar o termo de massa dado pela integral (6.3) no volume de
uma hiperesfera 4-D de raio l .
Assim, obtemos:
2 2 mr r r 3 dr 1.
l
(6.13)
0
4
2l
m l l 1. (6.14)
2
2
E r
l
0
2
r
3
dr
2
B r
0
l
2
r
3
dr 1. (6.16)
8
E B
2 2
~ l 4 . (6.17)
l 4
l l
8
B
2
l 2 A 2 l , (6.18)
l 2
l
de escala para um potencial gerado por uma carga pontual estática; isto é, temos
1 l
~ , o que nos leva naturalmente a 2 l ~ 2 , onde A4 e A A, . Assim,
r l
tais considerações permitem escrever (6.18) numa forma mais geral e compacta:
A
2
l
8
l 2
. (6.19)
4 l8 4r 7
V8 d 8 x dV8 dr ,
24 3
4
r r A2 r r 7 dr 1,
2
3 V8
(6.20)
onde e 2 .
188
Uma primeira tentativa a fim de avaliar (6.20) seria escrevê-la como um produto
implica que l é uma constante, ou seja, é uma quantidade que não tem
dentro da integral (6.20); ou seja, vamos tomar (6.12) e (6.19) com dependência na
variável de escala r, dentro da integral (6.20). Com isto obtemos:
4 1
8
2
r 7 dr 1,
3 l 2 3
2 r r 2 (6.21)
1 8
onde r e A
2
.
2 r 2 3 r
r 2
De (6.21), vem:
2 dr 2
l l
l
3 1 r 3
lnl 1. (6.22)
comprimento l .
189
2
ln 1 (6.23)
3
d 2 2
. (6.24)
d 3
A equação (6.24) coincide com aquela que é obtida pelo procedimento G.R,
quando a QED4 é tratada perturbativamente ao nível de 1 loop. Então, observamos
2 2
que obtivemos o coeficiente , que pode ser encontrado em [165] e [161] e
3
também [162, 166-170]. A vantagem aqui é que obtivemos esse resultado através de
argumentos heurísticos, fundamentados numa análise dimensional de escalas.
0
. (6.25)
2
1 0 ln
3 0
3 1
L 0 exp . L . (6.26)
2
elétron. É como se a carga estivesse sendo colocada num meio dielétrico que polariza
na presença da carga, “blindando-a”. Em outras palavras, dizemos que os efeitos de
polarização do vácuo tornam-se evidentes quando l l 0 c m 01 onde c é o
comprimento de Compton.
2
0 1 0 ln . (6.27)
3 0
1
0 .
137
m d
V4
x
4
V4 V4
x i 2 2 e' ` `x ' A`2 x'
d 4 x' x d 4 x 1,
(6.28)
191
com 0 1 / 137 .
d 4 x dV4 2 2 r 3dr, 1 / 2 2 r 3 e A 2
x r x
Colocando
A 2 8 / r 2
r
em (6.29), obtemos:
8 1
m l l dr . (6.30)
r2
escala l .
8 1 8
m m0 , (6.31)
0l0 0
ou
m 8
,
m0 0 (6.32)
onde m 0 l 01 ~ c1 . De fato, temos a proporcionalidade ' m ' obtida de (6.31),
8
m m0 m0 .
0 (6.33)
16
m m0 1 2 0 ln . (6.34)
3 0
U el E 2 dV3 , onde a integral é tomada num volume 3D. Agora, vamos escrever o
V3
campo elétrico E com seu valor clássico E 0 mais uma correção E devido às
E rms E 2 2 ,
1
(6.35)
onde o índice “rms” significa a raiz do valor médio quadrático (‘root mean squared’).
proporcionalidade:
1
E rms 3
, (6.37)
r2
que deve ser comparada com a lei do inverso do quadrado de Gauss da contribuição
clássica. Neste ponto, gostaríamos de noticiar que a dependência das flutuações
quânticas do campo elétrico na escala de comprimento, como foi obtida em (6.37),
também foi proposta por V. Weisskopf [173] há algum tempo.
Agora, vamos fazer a integração de E2rms num volume 3D. Tomando como
limites de integração as variáveis r r c e c (comprimento de Compton),
obtemos:
c 2
m c 2 mc 2 m0 c 2 r 2 3 4r 2 dr. (6.38)
2 r
mc 2 m0 c 2 C ln c , (6.39)
r
6.3 Conclusões
Nesse capítulo, vimos que o método de Thompson, que é alternativo ao grupo
de renormalização (G.R), foi aplicado ao estudo da QED. Assim, tratamos cada termo
194
2 8 2
0 ln 1 02 ln e m m m 0 1 01 ln 1 02 ln .
3 0 3 0
então devemos observar que é possível organizar estes objetos dentro de uma
estrutura hierárquica. Desta forma, pensamos que a amplitude de campo para
férmions [ ] l
(2 2 l 3 ) 1 vai como uma “superfície” 3-D de uma hiperesfera 4-D
vetor quadripotencial. Ela é dada por [ Au2 ] l 8l 2 , exibindo a lei do inverso do
1
Logo, ela pode ser pensada como uma estrutura O-D imersa num espaço-tempo 4-D.
Em suma, então temos a amplitude de campo para férmions “espalhada” num espaço
3-D (volume), o quadrado do potencial vetor numa superfície 2-D, a massa numa linha
(1-D) e a carga num ponto (0-D), de tal forma que procuramos relacionar estes objetos
da QED4 a uma ordenação hierárquica na topologia de um espaço-tempo 4-D.
O caráter fractal de uma trajetória quântica foi considerado por Notalle [177] no
estudo da QED. Ele mostrou que, devido à polarização do vácuo, os diagramas de
auto-energia em QED nos conduzem a certas características fractais [174].
Quando introduzimos uma carga (qo) num determinado meio dielétrico, surge
uma polarização neste meio, induzida pela carga qo. Assim sendo, sabemos que,
devido a essa polarização, medimos uma carga efetiva q menor que qo, isto é, q< qo.
No caso da polarização ser intensa, teríamos que q < < qo.
de forma que, neste caso, a polarização do vácuo torna-se muito intensa (mais de 1
loop na teoria perturbativa usada em QED). Então, de acordo com a QED, temos uma
carga nua para o elétron e B (não renormalizada) e uma carga física, medida na escala
196
A carga interna à blindagem (eI) é na verdade uma carga finita, cujo valor
sempre interpola a carga medida e a carga nua B , sendo esta última infinita;
portanto, vamos escrever que B . Logo, para altas energias, devido à intensa
polarização de vácuo, vem que; I B sendo que, para energias bem mais
e da lagrangeana nua £B. Embora a lagrangeana £I não seja operacional como £, já
que não podemos ter acesso direto aos parâmetros internos dela, a sua introdução
tem por objetivo tentar estabelecer que, no regime de energias muito mais altas, os
seus parâmetros crescem drasticamente em relação aos parâmetros medidos
( I , I , etc); sendo que, no regime de energias mais baixas, o que equivale
ao regime de 1 loop pelo método perturbativo, temos que os parâmetros internos são
aproximadamente os mesmos medidos, quando I I , etc. . Logo, vamos
definir £I:
1 I
£ I = i I I m I I I FI F ie I I AI I . (6.40)
4