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aoa ih Cartrovo I — Métodos comparativos I. — Métodos comparativos elisscos 1, — Métodor’ matemétieos TIL — Métodos gritos ... IL. — SistematizagSes geval 1, — Sistematieagées parcals ” COMPARAGKO E SISTEMATIZACKO 1. 0 contronto de fentmenos sintlogos «. ‘AD Téenica geral da, comparacio’. BY As"duas eategorias de comparacées 2, Diferentes fngulos de'tim mesmo fetimend «.. ‘AD Deserigéo geral do método 1B) Empregés do mélodo 1. Expressio.mitemaica dos fendmencs ‘AD . Quantifieagio em eidneia politica .... By Expressio sinidtia das quantidades . 2 Anilise matemitica .. 3 ‘AY Atdlise das atsocagées e correlagbes «....... By Andlise fatorial C) Pesquisa ‘operacional 1. Grifi¢es: mateméticos A) Diversos tipos de representacio 4. Hipéteses de trabalho o leis sociolégiead ‘AD Hipéteses de trabalho B) Lels eociolégieas 2. Mipologias e modelos : 1 ‘Tnsufiléncla dad cosmogonies antigas « ‘AD Cosmogonia clésiea «4431. B) Cosmogonia marxista 2 Problema de uma nova cbsmogoni @ nrosiers «| CATO. DUVE DUVERGER, Mosurice.. “Cidncin RUB cow: Jasin, me ‘tee. oe 22 schigno, 4346. ‘A-Nogto de Ciéncia Politica peg de. pee: O evr 4 cstsita polis? Deve'se, desde logo, responder a esia pergunta, pelo menos de modo sumério © aproxima- do, antes bordar os problémas de método.proptiamente Atos. “ : ‘Nao daremos aqui uma definigio precisa de ciéncia ‘poli- tica. As definigées s6 ttm valor em matemiticaou em Aireto, porque eas eriam o proprio objeto que 6, defini: f circunferéacia nada mais é quo sua. propria. definigio; homiidio por impradéacia 6" considerado. como. infragéo Jurdion pain: do logislador... Nas: ciéncias “de Sbservagto, as definigbes slo apenas sintesesprovisérias de fatos j& conhecidos, que’ a descoberta de outros fatos reco- Jock eontantemente em foco: ent vex de serum ponts de partida, elas sfo, de certo modo, tim ponto de chegada. Uma precisa definfgdo do ciéncia politica s6 seria, realmente, pos- sivel se a ciéncia. politica estivesse perfeitamente, conceituada, so tivesse, sido “ctplorade infeiramente. 0 seu ‘dominio. tamps long disso, muito, Jonge: a ciéncia -politica'é, a0 con- trério, uma ‘cigacia joyers, ‘uma’ ciéncia na. infincia,, Fala- remos, por isso, maié-de “nogio” do que de “definigao":. termio dis -vago, menos. preciso, menos ambicioso, que comespon- de mellior A realidade, E ainda néo sé trata senio’de uma primeira ‘nog6, miiito aproximada. .. Nio.procuraremos conceitué-la “in-abstracio, alge, por ‘uma questo de-ordem filoséfica. Ao. contrirfo, ’trataremos de chegar a uma nogio concreta, objetiva. Para’ consegui-lo,, 9 7 QA vamos aproximarnes do problema por dois caminbos. dife- rentes, "O. primeiro de erto modo, geogrifico:, tentando situar’ a cléneia politica no conjunto das. cigncias socials. © segundo, hist6rico: relembrando as grandgs fases do desen- volvimento’ da ciéncia politica. ‘ 1. =O lugar da cidncia politica entre ax-ciéncias sociais © problema da delimitagio da ciéncia politica em re- lagio as outras cincias sociais é interessante de ser exami- nado para que se possa ter uma primeira idéia do que ¢ a cigneia politica; mas, em-st mesmo, permanece um: proble- ‘ma secundario, Nao existem fronteiras naturais entre os dife- rentes ramos do saber. Tal como acontece, aliés, entre os Estados, a classfieagdo das ciéncias fot estabelecida por \uestio’ de comodidade ‘pritica (quando mio por motivos Aeinivalidades ‘universttis): Mutt stbiog: perdem det musiado tempo, tntando,preitr os limites ‘de: sie dis plina’ em. relagio As” disciplinas’ vizinhas. Nao existem ne- ccessariamente dus categorias de “political scientists": os que fazem ciéncia politica e os que procuram defini-a, 1, OBJETO DA CIENCIA POLITICA ‘Veremos mais adiante que a ciéncia politica reine vivios dominios, alguns comuns a outras ciéncias socials, enquanto ‘outros thes sio préprios. “Em torno de que se faz esse agrupa- mento? Qual & 0 objeto proprio da ‘ciéncia politica, seu centep devinteresse; como’ justificar sua organizagio em dis- ciplina: auténoma? e * condeptées" ge opéem, ares a comdin; ‘girim ‘emi "toro, da_nogo ode fudo' 6 que diz respeito 20 poder deperide da ciéncia tica; para outros, esta relagio s6 éxiste em parte. E prectio, pois, .examinar .primeiro esta nogéo de "poder", antes de expor as-diversas concepgGes ielativas ao: objeto'da: ciéncia politica: fae Fenn ects 1o« fA). Conceitode poder, base. da ciénéia politica ‘limitar’ com ‘precisio ‘9, conceits de poder, Yo numefosas e variadas sio as formas de que se reveste 0 poder na ‘praticy,.. Limitar-nos-gmos ¢ dar; aqui uma idéia geral, ‘aga’ 6 aprokimada; "$6," aliés)-0, desenvolvimento da cténela pollen: permitg& chegae a ima, defingto tide. do poder. : 8) A:NOGAO DO PODER. ~ Na base do:fendmeno do poder, hé 0 que Léon. Duguit chamava de dist ‘governados” @. “goveriantes”. _ Em. todo .grupo social encor tram-se, 8 que, dio, aS ordens, .que.comandam, que dirigem eos que cbedecem, que seguem, que se sub- meter, “A “Balavra “podét”’“desigha, ao” mesmo tempo, 0 grupo de governantes ¢ a furigio que eles exeréem:, A°eiéncia politica apatece’ assim ‘como a ciéncia dos governantes, dos chefes: ‘estuda sua origem, suas prerrogativas, ‘extensio’ 6 0s fandamentos dy obediéncia. * 19. — Certamente, 0. esquema'de Duguit’ requer corre @Bes. A separagio entre governantes e governades.,nfo é {ao nitida, "Pela tecrla democritica pure, todo, mundo “& 4o_mesmo téinpo ovemante govermado: la representa richameite kit edorge pare negit a antinomla goveraants: Eanes ‘para identificar os membros do: grupo com’ seus chefes; mas, na’ pritied, nfo. corresponde A realidade: ‘hum im dessa origem sua autoridade mas sao diferentes do-*povo'. Por: outro lado, 0 grupo de Kovernantes & nume- 1080-e. complexo:fios Estados modernos, de moda_< 3 suigir, em seu préprio interior, uma: nova. distingdo entre governantes: ©. goyemados.-O fanciondite, arjecadasor-@ ui ‘governante em relagioao: contribuinte, mas. um. governado em relagio. ao ministro da Fazenda, 0 qual, por sua vez, é um governado em relagio ao, Conselho.de Ministros) Menos que: uma -opoiigig--decisiva entre duas. categorias de pes- 15023, ~.a_distinglo. governantes-governados -apresenta-se, - em realidade, mais‘como uma espécie de.continuidade, indo do governante supremo (0 “soberano”) ao homemy. comum, do Eeveralsipa & pend pr seals stds +, %2:— Por outro. lado, dois fenémenos: contrariam, de certo .modo,, a--concepgio de -Duguit. Primeiro, -anogdo + Fegime, democratic, “governantes sig eletos pelos gaver- un 25 do “poder imediato” definida pelos sociblogos franceses da Escola de Durkheim para caracterizar as sOciedades primi. tivas: of membros do grupo nfo obedeceriam a omens, a Governantes, mas a um conjunto de ‘regras © prescrigdes cos- funielras, expiimindo, do éerto modo, & vontade eoletiva do grupo inte, “Em segulda, o eoluto geal do poder, nas Sooledades -desénvolvidis, “‘tenderia A “institucionalizagéo", isto’ obedecer-se-ia, cada vez mais, & fungio'e nflo ao seit titular; despersonalizando-se, ‘de certo modo,..o poder. “Assim, a distingto entra, goverants o govenadoy no comesponderia:senfo a uma fase intermedifria do poder, a do“ poder’ personalizado, “situada entre a” fase” primitiva do poder imediato,¢ a fase futura do, poder instituctonaljzado, Essas- teorias, porém, 6 parcialmente.correspondem: & realidade: apres, nfo. pafeco ter exisdo. poder pura- ‘mente imediato; encontramos sempre chefes, sob uma forma ou outra, “E ainda nfo'$e viu poder totalmente instituciona- lizado; sempre hi homens por tris das instituigSes, “uma cabega sob a coroa. Podemos, entio, conservar 0 esquema de Duguit « titulo do primeira aproximagio, b) ELEMENTOS DO PODER. — Nao. so trata de os analisar’ em detalhe.no plano desta breve introdugio. Alids tpultor deles enfo, aindAtneficentemente esudados o sun sintese geral esté para ser, fete." O problema do. poder. & 0 problems. ental "da clesla pots, logo o- mais dle 1.9 = O poder 6 talvez, em primeiro luger, um fenémeno Base aapect do problema. 4: gerstment esque: cido pelos sociélogos, a menos que liquem ao estuda as socidades de insets (cokes, formiguero) quo nic ‘slo compariveis’&s sociedades himanas. ©. estudo das so- cciedades de: animais superiores (vertebrados) revela, ao con- tefrio,-fenémenos de autoridade muito préximos’ dos #ossos. Certos individuos ~os machos em geral — tm um verda- deiro caréter dechefe de grupo. . Encontramos também ver: dadetras hierarquias: no faterior de um galinheifo, por exem- plo, és galos alinham-se.para-dormir' em uma ordem: cons- tante que corresponde a diferentes graus de’ autoridad Qs fundamentos desse poder nas’ socledades’ aiisiais ‘io S40: claramente conhecidos. “Pirecem'ser de ordem es- tritaimente biolbgica: as vezes, um’ galo’ castrado perde toda 12 sua autoridade; a injegio. de hormOnios sexuais permite clhe,” 20 contrario, em posigdo.. E interessante aproxi- mar este fato do valor mitico ligado &-yirlidade nas socie- dades humanas como:fonte de prestigio’e poder. Entretan- to, o5:animais mais: velhos -desemp também papel ‘de chefes, em outros grupos: . hébito de respeitar. a sua. auto- ridade parece, -aqui, decisiva, Outras vezes"ele luta para 8 gongulsta do poder o, a forga fiien represents, evident. mente, um papel de. primeira grafdeza, Encontramos: aqui uum eleinento essencial do poder.nas. sociedades humanas: a.congio, 2°'= 0 poder6 parcialmente um’ fendmeno de forca, ‘coagto. e “eoergfo, Primeiro, coacko ‘fisiea:'ém um bando de moleques ou de malfeitores,"o mais, muiculoso tomna-se, muitas vezes, 0 chefe.- A policia, 0 exérolto, a8 prisdes, as. torturas: toda essa miquina do Estado nfo 6 ootra ‘coisa senflo uma transposigio da, coagio fisica,a.uma. escala de onganizagao superior. = . Coagio: econdmica em seguida. juele que pode privar um ‘omen do" coos DeNea Tackatae. fas bedlbacl: Quantos ‘operirios obedecem m seu’ patrio por esse motivo essencial?* Marx fez ‘uma ‘ andlise em‘ tundidade dessa coagio econdmica. Para ele, 0 poder politiéo reflete a si- tuago das classes sqciais em-luta: 0 poder esté nas: mios ‘da classo.daminanin soho. panto, da vista : fori, tem.o defeito de subsstipar.os. elementos nfo, econd- ricos do. poder. Entttanto, ala touxe uma. coateibulgto fundamental A ciéncia politica. : Outros: elementos de’ coagio sio' mais dificeis de des- erever. O mais importante entre eles 6 6 da pressio-social difusa, que-envolve todo homem na sociedade em que vive,” O” grupo’ inteiro impele ino. sentido da obediéncia,ao poder... Desde @ infincia,’o"menino é habituade, a obede- cer: 0s ‘pals (@ 0s adultos.em geral), so chefes, governantes em relagio’ as: criangas, “Depois, a eicola, 0 ensino moral,e religioso,.o proprio espeticulo, da. sociedade,. reforcam. essa primeira formagao. Tradig6es e costumes, transmitidos pela éducacio e pela yida social em geral, pesam no,sentide da obediéncia, na sentido, do poder. Uma nova forma-de coagia-desenvolve-se na poca con- temportinea: a coaglo por enquadramento.coletiva, .Tome- ~ a 13 ab

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