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O que é viver em sociedade

Sociedade das redes sociais, sociedade tecnológica,


sociedade virtual
Sociedade sem comunicação pessoal, sem valores
concretos, apenas valores virtuais
Sociedade das redes sociais, sociedade tecnológica,
sociedade virtual
Há uns tempos atrás sempre que queríamos ver um amigo ou um familiar,
deslocávamo-nos a casa dele ou marcava-mos um encontro num café ou

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noutro local, nos dias de hoje basta sentarmo-nos em frente ao
computador e conectarmo-nos à internet, acedermos ao facebook, ligar a
câmara fotográfica e lá está o nosso amigo em frente a nós dentro de
nossa casa, mesmo que este se encontre do outro lado do Atlântico.

O computador aliado aos telefones celulares, Tv. digital e Tv. por cabo
permite-nos dizer que estamos no limiar da 3ª geração, marcada pelas
grandes mudanças que nos proporcionam as comunicações e a intensa
troca de informações.

Com o desenvolvimento científico e tecnológico na 2ª metade do século


XX, estabeleceu-se condições e o cenário para a convergência entre a
informática, a electrónica e a comunicação. Este facto leva o computador
a centralizar funções que antes eram apresentadas por diferentes meios
de comunicação.

Há quem defenda que a sociedade passou por três etapas:

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1ª-Sociedades fechadas voltadas à cultura oral;

2ª- Sociedades civilizadas imperialistas com o uso da escrita;

3ª-A cibercultura relativa à globalização das sociedades.

A cibercultura corresponde ao momento em que a nossa espécie, pela


globalização económica, pelo adensamento das redes de comunicação e
de transportes, tende a formar uma única comunidade mundial, ainda que
esta seja desigual e conflituosa, pois todos nós sabemos que existem seres
humanos em algumas partes do mundo, que não têm acesso às novas
tecnologias, lugares onde a pobreza é tanta que as pessoas não têm
acesso à educação, à saúde e nem sequer à alimentação, impensável pois
terem conhecimento de tecnologias.

Na década de 1960, o Canadense Marshall Mcluhan, previu as


transformações sociais provocadas pela revolução tecnológica e disse que:
“ o mundo seria uma aldeia global ”, ele queria dizer que o progresso
tecnológico ia levar o Planeta à mesma situação de uma aldeia, ou seja a
possibilidade de se intercomunicar directamente com qualquer pessoa
que nela vive. Por este princípio o mundo seria interligado com estreitas
relações económicas, políticas e sociais, fruto da evolução das TIC. Estas
são fonte de formação, orientação e desorientação da sociedade.

Mas, o que significam estas palavras, “ desorientação da sociedade”?

As novas tecnologias são facilmente captadas pelos jovens, quando se


compra um novo equipamento, os filhos abrem a caixa e começam logo a
usá-lo, os pais primeiro têm que ler com muita atenção o manual de
instruções, e os avós, esses então até têm medo de mexer no aparelho
pois podem descontrolar alguma coisa. Deste modo os jovens são quem
mais utiliza os computadores, passando horas inesquecíveis em frente
deste e conhecem a tendência das modas em todo o mundo, e quando um
dia aparecem a casa com vários brincos nas orelhas, ou piercings no nariz,
nas sobrancelhas, nos lábios ou até mesmo na língua, é muito natural que
os pais não gostem, os avós ficam até em estado de choque, pois durante

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toda a sua vida nunca viram tal coisa, e será que estes hábitos não serão
efeitos da globalização, e das redes sociais?

Será que o facto de se viver em sociedade não altera muito os costumes,


as tradições e os valores que foram passando de geração em geração?

Redes sociais são relações entre os indivíduos na comunicação por


computador. Na Internet são as páginas da Web que facilitam a interacção
entre os membros, existem vários sites de rede social que operam

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mundialmente e proporcionam meios diferentes e interessantes de
interacção.

Mas apesar do mundo parecer unificado pelas redes e pela transposição


de fronteiras, o conceito de sociedade mundial não elimina o facto de
existirem sociedades particulares, que queiram continuar com as suas
culturas, etnias e tradições próprias – a noção de coexistência entre global
e local.

No entanto seria uma limitação intelectual imperdoável negar as


vantagens das TIC, a eficiência e agilidade que proporcionam na
comunicação entre as pessoas, a ajuda preciosa que dão às pessoas que
dispõem de pouco tempo para resolver certos assuntos, e assim em casa
depois do horário laboral podem efectuar compras, tratar de assuntos na
repartição de finanças, segurança social, nas entidades bancárias, etc.,
podem também escolher calmamente em casa o destino das suas férias
ou de um fim-de-semana de lazer, efectuar logo a respectiva reserva no
estabelecimento hoteleiro pretendido, e reservar bilhetes de avião ou
barco se for caso disso, entre muitas outras coisas.

O computador tornou-se um instrumento presente em todas as empresas


públicas ou privadas, pois este desempenha um conjunto diversificado de
tarefas, especialmente em tarefas administrativas, substituiu
completamente as máquinas de escrever, e como tem uma grande
capacidade de armazenar informações, dispensa-se assim pastas e pastas
de arquivos (ao mesmo tempo ajuda o ambiente, na redução de gastos de
papel), no futuro cada vez mais as pessoas trabalharão em suas casas ou
em seus automóveis, interconectadas on-line com as redes das suas
empresas, na sede das quais raramente comparecerão, o trabalho será
menos rotineiro.

As TIC permitem avanços incalculáveis em todos os campos e em especial


na educação, as vias de informação possibilitam o acesso a bens culturais
por um público cada vez maior, existem até bibliotecas virtuais e
bibliotecas on-line de ciências da comunicação, as revistas científicas, de
associações profissionais ou de segmentos organizados crescem em

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número e variedade. A educação à distância também já está presente e é
uma alternativa concreta para a formação e aperfeiçoamento da
população, assim a revolução tecnológica chega com mais força na
educação. A Tv. Interactiva, os computadores, a internet entre outros
recursos poderão ser instrumentos decisivos para enriquecimento cultural
e formação de cidadãos.

Sociedade sem comunicação pessoal

Sem valores concretos apenas valores virtuais

Os jovens desta e das próximas gerações vão cada vez menos ao cinema
com os amigos, aos jogos de futebol, praticam cada vez menos desportos,
convivem menos uns com os outros pessoalmente, não se interessam
pelas tradições regionais como por exemplo o folclore, a religião, festas
populares com artistas amadores, programas culturais, etc., pois trocam
tudo isto pelo computador, onde, através da internet têm acesso a todo o
tipo de música nacional ou estrangeira, podem ver a qualquer hora o filme
que desejarem, e arranjam até amigos, montes de amigos, mas será que
estas amizades têm o mesmo valor, da dos amigos que conhecemos
pessoalmente? Será que os nossos filhos apesar de estarem ao pé de nós,
dentro de casa, não estão expostos a vários perigos e pondo em risco a
sua segurança e por vezes até a da família?

Será que não correm o risco de pensarem que estão a conversar com
alguém da sua idade e estão com uma pessoa que pode ser
completamente diferente e até ter segundas intenções?

O acesso à informação de carácter violento, pornográfico, racista e


pedófilo, levanta problemas relativamente à protecção de menores, pois
os adolescentes estão muito expostos ao assédio on-line.

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Um dos atractivos da internet é a possibilidade de fuga à realidade, mas
uma consequência dessa fuga poderá ser o perigo de alienação, a
substituição do mundo real pelo virtual, que parece mais seguro graças à
possibilidade de anonimato e consequente diminuição da
responsabilidade pelas opções realizadas. A utilização abusiva da internet,
causa distúrbios nas rotinas diárias e alterações nos relacionamentos e
comportamentos das pessoas, há um decréscimo na comunicação com a
família e no círculo de relações pessoais. Estabelece-se ainda uma relação
entre esse aumento de tempo, há um desenvolvimento de sentimentos,
de solidão e depressão, há um isolamento social e familiar.

No entanto não se sabe ao certo se a internet tem um carácter viciante


que conduz a comportamentos de isolamento social e consequentes
momentos depressivos, ou será que esta relação se estabelece apenas
quando a pessoa já está deprimida e utiliza a internet como mais um
escape para a sua solidão.

Talvez a solução não seja proibir os jovens de navegar na Web, mas


ensinar e orientar essa navegação.

Trabalho realizado por:

Formanda Gisela Oliveira

Formadora Magda Neves CLC 5 Maio de 2010


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