Adenomiose uterina • Multíparas nos 30 ou 40 anos • Tto padrão > histerectomia simples • Pode ocorrer em nulíparas ( tto complicado > preservação do útero) • Danazol, agonistas do GnRH e baixas doses de contraceptivosnão produzem efeitos satisfatórios. Adenomiose uterina • Classificação: A) Focal > lesões na parede posterior ou anterior B) Difusa MATERIAIS E MÉTODOS • 19/05/2005 – 19/12/2007 • 44 mulheres com diagnóstico de adenomiose uterina (RNM) • Critérios de diagnóstico: – Alargamento no exame pélvico, – Cavidade uterina centralizada, – Hipertrofia das paredes anterior e posterior, – Perda da zona de junção na RNM sagital MATERIAIS E MÉTODOS • As imagens avaliadas por um dos autores + vários radiologistas • Consentimento informado • Respeito ao desejo da paciente de evitar histerectomia, • Média de idade: 37,1 +- 3.8 anos (escala, 29-45 anos) MATERIAIS E MÉTODOS Das 44 pacientes • 15 pacientes tinham cirurgia prévia • 30 casadas, 11 solteiras, 3 divorciadas • 23 nulíparas, 17 multigestas, 4 multíparas • 3 haviam sofrido FIV sem êxito. • Queixa principal: dismenorréia • Todas expressavam o desejo de engravidar. MATERIAIS E MÉTODOS • Apenas foi administrado GnRHa em algumas pacientes para parar sangramento antes da cirurgia e melhorar a anemia. • A cirurgia foi realizada o mais breve após a menstruação quando o endométrio estava mais fino. Procedimento cirúrgico • Incisão transversa baixa, e a mobilidade uterina assegurada após ressecção de aderências, • Uma trompa de Falópio foi sacrificada para a trompa normal ser preservada. Se as duas estivessem normais, a trompa do lado do interstício mais fino do miométrio seria preservada. Procedimento cirúrgico • Injeção de vasopressina (1:100) 20-30mL • Retração do fundo uterino com fio de seda nº 1 seguida de dissecção longitudinal com bisturi elétrico para dividir dentro e fora. • Dissecção assimétrica do útero preservando a cavidade e as artérias uterinas, permitindo ótima excisão da lesão • A trompa de Falópio foi cortada na porção intersticial. Procedimento cirúrgico • A incisão da serosa formou uma linha entre a altura do orifício interno da parede anterior/posterior e fundo uterino (Fig. A). Procedimento cirúrgico • Da incisão, o miométrio foi dissecado diagnonalmente, como se esvaziasse a cavidade uterina.Durante esse processo, a cavidade uterina pode ser aberta no corno da trompa de Falópio esquerda e a dissecção longitudinal assimétrica do útero realizada. Procedimento cirúrgico • Em seguida, uma incisão transversa foi feita para abrir a cavidade uterina (Fig. B). Procedimento cirúrgico • Ao inserir o dedo indicador na cavidade uterina, usando o laço do eletrodo de alta freqüência, a lesão adenomiótica foi excisada numa espessura de 5 mm do miométrio interior do lado uterino direito (Fig. A). Procedimento cirúrgico Procedimento cirúrgico • Excisão da lesão numa espessura de 5mm do miométrio seroso do lado uterino esquerdo (Fig. B). Procedimento cirúrgico
• A cavidade uterina foi suturada e
fechada usando fio absorvível 3-0, seguido por rejuntamento uterino, com o lado esquerdo cobrindo o lado direito, usando fio absorvível 1-0 (Fig. A). Procedimento cirúrgico Procedimento cirúrgico • Para evitar espaço morto na área de sutura, a agulha de sutura foi inserida na superfície serosa do lado esquerdo, através da superficie serosa do lado esquerdo para a ligadura. • A serosa foi suturada continuamente com a mesma sutura pra rejuntar o útero (Fig. B). Procedimento cirúrgico Procedimento cirúrgico • Antes de fechar o abdome, materiais antiadesivos como o Interceed ou Seprafilm foram usados sobre a linha de sutura no útero. • Não foi usado torniquete. • No pós-operatório, para prevenir adesões, nós não colocamos nada na cavidade endometrial. • Nenhum medicamento foi administrado durante a cirurgia. Procedimento cirúrgico • Três meses após a cirurgia, dismenorréia e menorragia foram avaliados, achados de RNM foram checados em todas as pacientes, e gravidez foi permitida. • Não realizamos histerosalpingografia no pós-op. RESULTADOS
•Tuba Uterina D mantida em 29 pacientes,
•Tuba Uterina E mantida em 15 pacientes, •Tempo médio de cirurgia foi de 159 +- 43,7 minutos (escala, 107-305 minutos) •Perda sanguínea média foi 745 +- 56g (escala, 50-2951g) •7 pacientes foram transfundidas •A média do peso de tecido adenomiótico ressecado foi 281 +- 231g (escala, 46- 1300g) RESULTADOS •Avaliação Histológica revelou adenomiose em todas as pacientes, •21pacientes realizaram apenas a cirurgia, •13 pacientes realizaram adenomiotomia uterina, •8 pacientes realizaram uma miomectomia, •3pacientes realizaram cistectomia a chocolate, •2 pacientes realizaram salpingoplastia, •1 paciente realizou uma septoplastia uterina. RESULTADOS • 11 dias de internação • Menstruação retornou em todas as mulheres dentro de 3 meses após a cirurgia, • Dismenorréia foi comparada em 40 pacientes: – A média escala visual analógica (10) da dismenorréia diminuiu de 9,4 para 0,8 no pré-operatório após a cirurgia. RESULTADOS
• Perda de sangue menstrual
diminuiu no pós-operatório e anemia devido à menorragia melhorou em todas as mulheres, • A média de CA125 caiu de 820,9 no pré-operatório para 51,7 no pós-op. • Duas mulheres ficaram grávidas após a cirurgia. RESULTADOS • Um ano da cirurgia, apenas três dos 32 pacientes tiveram recorrência dos sintomas como dismenorréia. • Os três pacientes apresentaram recorrências, • O volume da adenomiose foi grande nas 3 pacientes (550, 465, e 186g) DISCUSSÃO • Problema importante no Japão > elevado número de mulheres que casam com mais idade, • Até dezembro/2007, haviam sido feitas 225 cirurgias conservadoras para adenomiose, • Destas, 44 dos 53 pacientes com adenomiose difusa se submeteram ao procedimento conservador mencionado nessa pesquisa. DISCUSSÃO • Nosso procedimento inicial para adenomiose difusa foi excisar a lesão adenomiótica das paredes anterior e posterior e cobrir a parte restante do útero com miométrio, • Entretanto, estas mulheres rapidamente desenvolveram adenomiose, levando a uma histerectomia em um ano. DISCUSSÃO •O procedimento seguinte, para mulheres com grandes cavidades uterinas, foi dissecar o útero longitudinalmente na linha média, excisar a lesão do centro das paredes anterior/posterior, e suturar a junção dos lados direito e esquerdo do útero, DISCUSSÃO • Embora a cavidade uterina não é aumentada em todos os casos de adenomiose generalizada, então esse procedimento tem indicações limitadas. • Havia receio que a dismenorréia e menorragia seria persistente uma vez que a excisão da lesão inteira é impossível, • No entanto nosso procedimento mostrou bons resultados com melhora dos sintomas e baixa recorrência. DISCUSSÃO • A gravidez foi permitida a partir de 3 meses após a cirurgia, mas a taxa de gestação foi baixa. Isso pode ser atribuído à redução do volume uterino após a retirada de adenomiose e tensão muscular uterina enfraquecida após os danos ao útero • Adenomiose generalizada deste modo reduz marcadamente a fertilidade, e mesmo nossa cirurgia não melhorou este efeito. DISCUSSÃO • Este procedimento cirúrgico pode assim ser mais indicado em mulheres que querem alívio da dismenorréia e menorragia, enquanto que ainda preserva o útero do que as mulheres que querem engravidar. • Isso pode levar a alterações como aderências trompa de falópio na área de sutura, o que contribue para uma taxa de gravidez diminuiu no pós-operatório DISCUSSÃO • Apesar de uma baixa taxa de prenhez no pós- operatório, o nosso procedimento cirúrgico proporciona alívio dramático da dismenorréia e melhora a anemia por redução da perda de sangue menstrual. • Os principais benefícios de nosso procedimento cirúrgico são alívio da dismenorréia e menorragia, levando a melhora na qualidade de vida física e psicológica. DISCUSSÃO • Nossa nova técnica apresenta bons resultados em mulheres com sintomas da adenomiose difusa do útero e deve ser considerada como uma opção de tratamento útil. • Isabella Marques – Rodízio de Ginecologia HC-UFPE