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Nabor Pires Camargo e o Hino Indaiatubano

Realização: Arquivo Público Municipal


Programa de Integração Arquivo-Escola
Adriana Carvalho Koyama

Fundação Pró-Memória de Indaiatuba


novembro de 2006

É permitida a reprodução total ou parcial dessa publicação


para fins acadêmicos ou didáticos, desde que citada sua
autoria e fonte.

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Acervo da Fundação Pró-Memória de Indaiatuba Integração Arquivo-Escola
Nabor Pires Camargo nasceu em
Indaiatuba, no dia 9 de fevereiro de
1902. Seu pai tinha um armazém no
Largo da Cadeia, onde ficavam também
a Prefeitura e a Câmara de Vereadores.

Foto: armazém do Sr. Juca Camargo,


pai de Nabor. Esquina das ruas
Bernardino de Campos e Quinze de
Novembro, por volta de 1913.

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Segundo conta Nabor, em seu livro de
memórias, Recordações de um
Clarinetista, ele começou a estudar em
1909, com sete anos, mas a rotina da
escola era difícil de manter. Como ele
mesmo diz, era um moleque travesso e
cheio de idéias.

Seus pais gostavam de música e


costumavam fazer serões musicais, com
as músicas em moda na época, regados
a bolo de fubá com erva-doce, broinhas,
bolinhos fritos, amendoins e cafezinho.

Nabor já gostava de cantar e de tocar


clarineta, que aprendeu ainda criança:
todo dia praticava com seu instrumento,
empoleirado no alto de uma mangueira
no seu quintal. Naquela época a cidade
era pequenininha, e os quintais eram
bem grandes, como ainda vemos alguns
no centro antigo.

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Entrou para a
banda aos dez
anos.

Naquela época
não existiam
rádio, TV,
CDs... para
ouvir música
só mesmo
quando havia
músicos
tocando. Por
isso a Banda
era muito
amada, e
estava
presente em
todas as
ocasiões:
festas, bailes,
procissões,
circos, o que
houvesse.

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A primeira música feita por Nabor,
aos onze anos, foi para tocar em
bailes, e chamava “Limpa Banco”,
porque quando começava a tocar todo
mundo se animava para dançar, e os
bancos ficavam vazios. A Banda
tocava em Indaiatuba, Monte Mor,
Itupeva, Salto, por toda a pequena
região, nas fazendas e na cidade.

Pouco mais tarde, adolescente, Nabor


gostava muito de fazer serenatas com
os irmãos e amigos, madrugada afora.

Ao lado você vê o Nabor tocando no


Indaiatuba Clube, já quando
velhinho, para matar a saudade dos
amigos de sua terra!

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Aos dezessete anos Nabor foi eleito, pelos
companheiros, maestro da Banda, e aos vinte
foi para São Paulo, estudar música e trabalhar.
Foi uma época muito dura para ele, que às
vezes até dormia no bonde voltando para casa
à noite, exausto.

Você conhece bonde?


Veja ao lado uma capa feita para uma partitura
de música do Nabor, com um bonde vermelho,
apelidado de Espanta-Vaca.

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Com muito esforço, Nabor estudou e se tornou um músico muito
bom e conhecido, fazendo chorinhos, um tipo de música bem
brasileira, boa de ouvir e de dançar.

Foi primeiro clarinetisata da orquestra do Teatro Municipal por


muitos anos, e teve um programa na melhor rádio de São Paulo
daqulea época, a Gazeta.

Trabalhou com muitos músicos paulistanos, como vemos na foto


abaixo.

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Em 1930 Indaiatuba comemorou cem anos de
sua elevação à categoria de Freguesia da Vila
de Itu, primeiro marco da existência de nosso
“arraial”.

Houve uma grande festa, e para homenagear


sua cidade Nabor fez, com seu amigo Acrísio
de Camargo, o Hino Indaiatubano.

Acrísio de Camargo
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Nabor viveu bastante, sempre
acompanhado de Dona
Cleonice, sua esposa querida.

Faleceu em Mococa, em 1996.

Muito inteligente e bem


humorado, teve muitos
amigos e deixou saudades.
Obrigado, Nabor!

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