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Nº 167/ Ano XIV


Agrupamento 1096 do CNE — Paróquia de Resende Agosto de 2010

EDITORIAL NESTE NÚMERO PODE LER:


» Impressão digital - A pedagogia do sacrifício (pág. 2)

Julho já lá vai e, com ele, uma parte significativa » Aconteceu - A comunidade em notícia! (pág. 2)
das férias. Entrámos no mês de Agosto e sente-se já a » Aos Emigrantes (pág. 3)
aproximação rápida do começo de mais um ano.
Para nós, Escuteiros, o calendário atribui-nos mais » De faca e garfo (Ovos moles com canela) (pág. 3)
um ano de vida. É uma responsabilidade e um convite » Liturgia – Ajudem-me a morrer (pág. 4)
ao crescimento. Iniciamos a vivência do 15º ano do nos-
» Movimento paroquial (pág. 4)
so Agrupamento e queremos que ele seja um marco
importante nesta família do 1096. Mãos à obra, porque » Kim – Nós (pág. 5)
só vale a pena comemorar etapas quando elas são sinal
» O Uivo do Lobito – O Início do Verão (pág. 5)
de crescimento.
Para muitos dos nosso jovens, Julho foi também » Agosto em destaque… (pág. 5)
um mês intenso de exames e expectativas pelos resul- » A Chama – Percurso velocípede - 2010 (pág. 6)
tados. É o futuro que se joga em poucas horas, mas é
também o resultado de muitas lutas e esforços. Que os » Rota Azul – Percurso de bicicleta a Pinheiro (pág. 6)
resultados obtidos vos permitam alicerçar um futuro » O Agrupamento em notícia (pág. 6)
risonho. » Momentos de Descontracção (pág. 7)
Iniciámos o mês de Agosto com a celebração do
nosso Padroeiro. Na simplicidade da nossa fé e na » Um dia de retiro no convento de Avessadas (pág. 8)
vivência da nossa gratidão, procurámos honrar a memó-
ria dos nossos antepassados que escolheram para
timoneiro desta comunidade o Santíssimo Salvador. É
n’Ele que depositamos a nossa confiança é a Ele que
entregamos os nossos destinos, é a Ele que agradece-
mos pelo que somos e temos.
Agosto é também sinónimo de férias e de lazer
para muitas famílias. Também para a família escutista
do 1096 assim é, na continuidade dos demais anos.
Vamos regressar à Apúlia, onde já nos habituámos a
passar a segunda semana de Agosto. Sentimo-nos bem
acolhidos no parque de campismo escutísta da Região
de Braga e podemos proporcionar às nossas crianças e
jovens alguns dias de lazer e praia, sem deixar de parte
o espírito e a formação escutísta que nos move. É
assim uma boa oportunidade para, de modo diferente,
vivermos os mesmos ideais e assinalarmos mais uma
etapa de crescimento em família.
Para todos quantos podem usufruir de uns dias de
descanso, espero que os aproveitem para retemperar
as forças tão necessárias nesta azáfama intensa em
que vivemos os nossos dias. Aproveitemos para pensar
um pouco naqueles que, mais afectados pela crise, não
têm essa oportunidade e sintamos o apelo da solidarie-
dade tão urgente nos nossos dias.
Boas férias para todos!

Pe. José Augusto (Chefe de Agrupamento)

Agrupamento 1096 C.N.E. – Largo da Igreja – 4660-227 Resende


Telefone – 254877457 * Fax. – 254878216
Páginas da internet – http://www.gotasdorvalho.com/ - http://agrupamento1096.no.sapo.pt/
Email do Agrupamento - geral@agr1096.cne-escutismo.pt
Impressão digital
A pedagogia do sacrifício... A Comunidade em notícia

No dia 04 de Julho a comunidade do


“Os jovens de agora parece que têm dificuldade em Enxertado celebrou a Festa do seu
crescer. Não sei porquê. Se calhar as pessoas só Padroeiro, S. Pedro. Mais uma vez a
crescem ao ritmo a que são obrigadas…”. comunidade quis mostrar a sua grati-
dão para com aquele que um dia nos
Cormac McCarthy vai abrir as portas do céu. Para lá da
dimensão lúdica e recreativa, as cele-
Aprendi tarde de mais e da pior maneira… hoje lamento o sucedido, mas de brações religiosas centraram-se na
nada me serve para mudar o rumo dos acontecimentos… o tempo não volta atrás e não eucaristia solene, ao fim da manhã, e
há retorno para as oportunidades perdidas… sinto que falhei e percebo-o da pior maneira, na procissão, ao fim da tarde. Que S.
porque tinha obrigação de ter feito melhor… só Deus sabe o quanto eu lamento isso e a Pedro tenha apreciado o nosso louvor
vontade que sinto de voltar atrás e recomeçar… mas não, resta-me olhar para a frente e e continue a proteger-nos.
tentar fazer melhor se a vida me der nova oportunidade… foram precisos 18 anos para No dia 11 de Julho celebrámos a Fes-
perceber o quanto estava errado… quanta dificuldade em baixar do meu pedestal e ver ta de Nossa Senhora do Carmo na
aquilo que toda a gente via e só eu não queria ver… Santa Casa da Misericórdia. Mais
Tive uma educação severa ao longo da minha infância e juventude… em casa uma vez se reuniu toda a comunidade
dos meus pais vivia-se de forma moderada e com muito espírito de luta e sacrifício… dos utentes da Santa Casa bem como
todos contribuíam com o seu trabalho para o sustento do agregado familiar… e todos se dos amigos e devotos da Senhora do
sentiam na obrigação de lutar por um futuro melhor, sempre com base no esforço e no Carmo para celebrar os louvores da
trabalho… apesar de tudo os tempos eram difíceis e nunca havia margem para grandes padroeira e confraternizar em espírito
devaneios… vivia-se com o essencial… de família e são convívio. O ponto alto
Meu pai lutou muito por pôr os filhos a estudar e sempre nos disse: ―deixo-vos das celebrações teve lugar ao fim da
estudar enquanto não ficardes mal. Sacrifico-me enquanto aproveitardes bem. Quando tarde com a eucaristia e a procissão
reprovardes, vindes para casa trabalhar comigo…‖ Parece que ainda estou a ouvi-lo em que todos participámos com ver-
―religiosamente‖ a dizer com severidade aquelas palavras. E nas férias todos trabalháva- dadeiro espírito de fé e devoção.
mos no campo ao seu lado. Ele dizia sabiamente: ―é para saberdes o que custa a vida,
assim agarrais-vos a estudar‖. E assim era. Nos dias 30 e 31 de Julho os Cursis-
Lembro-me bem quando um dos meus irmãos reprovou. A sentença estava dita- tas da comunidade viveram o seu
da - ―ficas em casa, bem preciso cá de ti!‖ Foi com muita insistência que os irmãos mais encontro anual em Avessadas. Em
velhos e a mãe conseguimos convencê-lo a dar-lhe uma nova oportunidade. Não me arre- clima de oração, agradeceram mais
pendo, valeu a pena… aprendeu a lição. um ano de vivência pastoral activa e
Cresci e nem sempre compreendi este modo de ser exigente… algumas vezes pediram graças e bênçãos para mais
revoltei-me e dizia para comigo: ―um dia quero dar aos meus filhos o que eu não pude ter‖. um ano que se aproxima. Que Deus
Nem sempre compreendi as circunstâncias e nem sempre aceitei pacificamente esta continue a abençoar esse espírito.
necessidade de educar pela exigência e pela imposição de regras… às vezes apetecia-me
enveredar por outros caminhos, mas faltava-me a coragem… o respeito pelo lar e pelo
sentido da família obrigava-me a ceder mais uma vez e a serenar os impulsos mais revolu- Funerais:
cionários… E sinto que valeu a pena… formei em mim uma vontade forte e construí uma
personalidade lutadora… Faleceram
Terminado o curso de Direito em Coimbra, logo consegui colocação num gabine- na nossa
te de advogados da cidade… três anos depois, já era sócio… a vida corria bem e já tinha Comunidade:
esquecido a pedagogia em que meu pai, iletrado, sabiamente me formou… estava na hora
de construir família e de percorrer o meu caminho independente… e assim aconteceu.
Agora era uma pessoa conhecida na cidade e tinha um nome a defender… a estabilidade Dia 04 -
familiar exigia tempo que eu não tinha por causa do prestígio e do êxito profissional… Albino Pinto,
Vieram os filhos e, à falta de tempo para eles, juntou-se o devaneio da inexpe- residente na vila;
riência jovem que veio ao de cima - dar aos filhos o que não tive! Apaziguava-os e à minha Dia 09 - Manuel Ferreira, residente
consciência, substituindo tempo e dedicação por coisas… custava-me menos a ganhar em Vinhós;
dinheiro do que a arranjar tempo para eles… mal dei conta de os ver crescer, muito menos Dia 11 - Albino Vieira, residente em
de me inteirar conscientemente da forma como cresciam… lá iam passando de ano com
S. Martinho de Mouros;
umas ―notinhas‖ que não envergonhavam… mas nada mais sabiam fazer senão sair com
os amigos, divertir-se, e deixar passar o tempo… e eu, calmo e sereno, desde que não Dia 12 - Maria Augusta, residente no
perturbasse a ―vida do Sr. Doutor‖, até nem me incomodava nada… lugar do Valado;
Comecei a cair do pedestal da minha vida robot há um ano atrás quando o mais Dia 19 - Maria Alice, residente em
velho concluiu o 12º ano e não entrou para a universidade, porque não tinha notas para Cimo de Resende;
concorrer. Acabou o ensino secundário, mas não podia ir para a universidade… então não Dia 30 - Palmira de Jesus Pinto de
podes ser doutor… é uma vergonha… que vão dizer os meus amigos?! Voltava a preocu- Brito, residente no Eirado, Enxertado.
pação pelo estatuto, mais que o futuro do rapaz… Três meses em casa e tornou-se insu-
portável… era preciso encontrar um rumo para ele...
Aos seus familiares apresentamos
as nossas sentidas condolências.
Continua na pag. 3
Página 2 Nº 167/ Ano
Aos Emigrantes
De faca e
Quero prestar uma sentida homenagem garfo
A todos aqueles que deixaram a sua terra
E foram por toda a Europa, África ou América (A nossa rubrica
À procura de uma vida mais humana e mais digna. de culinária)

Reconheço o sacrifício que fizeram


Talvez lágrimas que derramaram.
Mas a esperança e o desejo de triunfar Ovos moles com
Levaram-nos a tudo vencer.
canela
Não esqueceram porém a sua família,
A casa humilde em que viveram, Ingredientes:
A escola em que aprenderam
E a igreja que os fez cristãos. 2,5 dl de água;
500 gr de açúcar;
Vieram gozar suas férias, 1 pitada de baunilha em
Após um ano de trabalho intenso. pó;
Conviver com os amigos de outrora, 15 gemas;
Verificando como tudo mudou. 1 c. (sopa) de farinha.

Saibamos recebê-los bem, Decoração:


Pois são nossos conterrâneos.
A alegria e a amizade
Canela em pó para polvi-
Vencem distâncias e fronteiras.
lhar;
Groselhas.
Pe. Martins

A pedagogia do sacrifício… (Cont. da pag. 2) Preparação:


Depois de muito se discutir em casa, arranjou-se um trabalho num escritório… Coloque um tacho ao
durou 15 dias… não conseguia estar um dia fechado no mesmo lugar… a este sucedeu um lume com açúcar, a baunilha
trabalho de comercial… em menos de dois meses estampou dois carros da empresa e foi em pó e deixe ferver por
despedido… arranjou um trabalho numa discoteca… e a noite envolveu-o no vício - primeiro
tabaco, depois álcool, droga… agora começou a roubar-nos para manter o vício e tornou a dois minutos. Numa tigela à
nossa vida num inferno… parte, misture as gemas
Um ano depois e aqui estou eu destroçado e impotente… destroçado por reconhe- com a farinha e verta na cal-
cer que falhei como pai e como educador… apesar de ter tido um mestre precioso, não sou-
be aproveitar essa mais valia de experiência e quis fazer desmoronar a pedagogia paterna da em fio, mexendo sempre
com a mania do proteccionismo materialista e afinal sou eu que me sinto desmoronar no com uma vara de arames.
meu fracasso com pedagogo… olho para trás e sinto a frustração de 20 anos perdidos… Leve ao lume, não parando
construí um palácio luxuoso, mas o meu filho já nem cá vem dormir… amealhei uma peque-
na fortuna que ele malbaratou em poucos meses… construí um nome de destaque na socie- de mexer, até ferver e
dade que se tornou capa de jornais e revistas em nome do escândalo familiar… engrossar. Retire do calor e
Olho para o futuro e sinto-me impotente para mudar o rumo dos acontecimentos…
não sei se alguma vez vou conseguir reaprender a ser o que meu pai me ensinou… sei ape-
coloque em taças. Deixe
nas que aprendi demasiado tarde a reconhecer que errei… e dificilmente encontrarei o retor- arrefecer e polvilhe com
no para poder rectificar o caminho… canela. Decore com grose-
A pedagogia do sacrifício fez de mim o ―Homem‖ que eu destruí com a pedagogia
do facilitismo… não soube ser o ―Pai‖ que tive… Pai, perdoa-me, se puderes...
lhas e sirva.

Pe. José Augusto in “Cozinhar é fácil”

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Ao Ritmo da Liturgia Movimento Paroquial
Ajudem-me a morrer! Julho/2010
Um idoso, quase centenário, que viveu toda vida, reconhecendo qualquer passo mal dado
a sua vida num ambiente de religiosidade pro-
funda, testemunhando a sua fé, sem qualquer
de que tem de pedir perdão a Deus ou a qual-
quer irmão que ofendeu e recebendo com fé os
Baptismos:
respeito humano quer junto dos amigos com sacramentos que Jesus Cristo instituiu para
quem se encontrava frequentemente quer na esta fase da vida. Não julgue o doente que vai Tornaram-se
recepção dos sacramentos, principalmente na morrer, por receber estes sacramentos. Pelo novos membros da
participação da Eucaristia Dominical ou mesmo contrário, podem servir-lhe de cura. Não é isso nossa Comunida-
diária, quanto possível, sentiu-se gravemente que nos diz a Bíblia? de:
doente. Não deixe de consultar os médicos, uma
Chama as pessoas de família mais próximas vez que são eles as pessoas preparadas para
e pede-lhes que fossem procurar um sacerdote descobrir as doenças e indicar a respectiva Dia 10 - Rafaela
pois queria fazer a última confissão, receber cura. É possível que tenha de deslocar-se a um Lourenço Azevedo, filha de Nelson
Jesus Sacramentado, como fez toda a vida, hospital ou clínica e ter de ficar lá internado e, Manuel Monteiro Azevedo e de Maria
receber o sacramento dos doentes e em segui- quem sabe, dar lá o último suspiro, sem nin- Laurinda Azevedo Lourenço, resi-
da, queria também ser observado por um médi- guém que ouça o arquejar do seu coração. Mas
co. se isto acontecer, a família verdadeiramente
dentes em Aveiro;
O sacerdote demorou algum tempo a che- cristã como alívio para essa dor incalculável de Dia 11 - Pedro Fontão Ferreira, filho
gar e neste espaço o doente foi conversando ver partir aquele ente querido, terá sempre pre- de Carlos Eurico Martins Ferreira e de
com os familiares e fez-lhes mais pedidos. Entre sente aquele gesto de lhe ter proporcionado a Andreia Marisa Sequeira Pinto Fontão
eles, pediu que não o abandonassem quando preparação para a morte. Era assim que faziam
estivesse a terminar a sua viagem cá no mundo os nossos antepassados.
Ferreira, residentes em Vinhós;
porque seria nesse momento que iria precisar E hoje como procedemos? Iludimos os Dia 17 - Ana Francisca Pereira Pin-
mais deles. Ajudei-vos sempre durante a vida e doentes. Chamar um sacerdote a casa para to, filha de André da Fonseca Pereira
peço-vos encarecidamente que não me abando- curar um doente com o remédio que Jesus e de Maria Teresa Pereira Pinto, resi-
neis na hora da morte. É esse o momento mais Cristo nos deixou, é, dizem, convencer o doente
dentes no lugar do Arco;
importante da minha vida. A minha eternidade que vai morrer.
dependerá desse instante. Se for possível, per- É tempo de pôr em actividade aquilo que Dia 24 - Kateline Raimundo Leitão,
miti que o meu último suspiro seja nesta cama aprendemos. O padre é médico e não agente filha de António Alves Soares Leitão e
onde dormi milhares e milhares de vezes. Não funerário e muito menos coveiro. Se todos fizés- de Maria Alexandra Pereira Raimundo
tenhais medo. Acompanhai-me. semos como aquele idoso de que fala o texto, Leitão, residentes em Genebra;
Entretanto chega o sacerdote que lhe admi- convencer-nos-íamos de que o padre leva a
nistra os sacramentos, como o doente tinha vida (em nome de Jesus Cristo) e não a morte Dia 25 - Xavy Pinto Pereira, filho de
pedido. Sente logo um grande alívio. Há mesmo ao doente. Francisco José Pinto Capitão Pereira
um sorriso a manifestar melhoras. Momentos Estou a lembrar-me, a este propósito do que e de Deolinda de Jesus Pinto Pereira,
depois, aparece o médico. Consulta-o, receita- aconteceu há 42 anos. Era meia noite. Chovia residentes em Andorra;
lhe alguns medicamentos e diz à família: Espero torrencialmente. Um senhor todo molhado bate
que ele, apesar da idade, vença esta crise. à porta da residência paroquial. Atendi-o da Dia 31 - Leonardo Costa de Almei-
Todavia, seria muito mais fácil melhorar, se varanda. Senhor abade, diz o homem, tem de da, filho de José Carlos Monteiro de
fosse internado num hospital. Ao perceber a vir sacramentar o meu pai que está muito mal. Almeida e de Tânia Patrícia Rodrigues
conversa do médico, disse imediatamente: Preparei-me rapidamente vou à igreja buscar o da Costa Almeida, residentes em
“Senhor doutor, eu sei que estou numa idade Santíssimo e os Santos óleos e lá vamos no
muito avançada e não vou viver muito tempo cá meu Mini até Rendufe, onde parei o carro e
Genebra;
no mundo. Por isso, quero ficar aqui, ser tratado seguimos a pé até perto do Douro. Foi o sufi- Dia 31 - Lara Filipa Alves Fernan-
pelos meus familiares e desejo que sejam eles a ciente para também me molhar. Depois de des, filha de André Filipe Fonseca
fechar os meus olhos para sempre”. O médico administrar os Sacramentos, voltei para casa, Fernandes e de Daniela Carina Brito
ouviu. Ficou silencioso e em seguida, despediu- não revoltado mas satisfeito por ter ido ajudar
Correia Alves Fernandes, residentes
se, sem qualquer comentário. alguém que precisava de um sacerdote. O
Pode parecer à primeira vista que o texto é senhor não morreu e quando, mais tarde o visi- em Anreade.
uma simples invenção. Posso, todavia afirmar tei agradeceu-me imenso. Vivem ainda entre
que se trata de um facto real. Isto aconteceu e nós os netos desse senhor. Para eles e seus pais, desejamos
eu fui o sacerdote que preparou este doente Porque é que hoje, com tantas estradas, as maiores felicidades.
para a morte. Este nosso irmão que já partiu com meios de transporte até ao local, deixamos
para a eternidade, há bastantes anos, deixou- morrer os doentes sem assistência religiosa?
nos a todos um testemunho extraordinário que Onde está a nossa fé? Um dos trabalhos do Casamentos:
vamos tentar aprender. pároco é este.
Quando uma pessoa da nossa família, prin- Não nos deixemos adormecer nesta insensi-
Celebraram o
cipalmente de idade avançada, começar a ficar bilidade. Trata-se da maior ingratidão para com
debilitada, acompanhem-na à igreja ou a outro os que morrem. seu matrimónio
lugar onde viva um sacerdote, para fazer uma durante o mês os
revisão ao seu modo de proceder durante a Pe. Martins seguintes noivos:

Dia 17 - David
Pensamento do Mês de Jesus Alfaia
Liberato e Anabela Rebelo de Sousa.
“Com a morte diante dos olhos a questão do significado
da vida torna-se inevitável”. Para eles desejamos as maiores
felicidades no novo estado de vida.
Bento XVI, Spes Salvi
Página 4 Nº 167/ Ano
Agosto
em
destaque
Nós
Na nossa penúltima reunião do mês
de Julho, estivemos a praticar a execução Dia 01:
Percurso Velocipédico até
dos nós mais básicos como o nó simples,
Pinheiro - Castro Daire (Pioneiros
o nó direito (que é um dos mais importan- e Caminheiros);
tes na simbologia do escutismo), o nó de Dia 04:
aselha, o nó de correr, entre outros. Os Memória de S. João Maria Vian-
nós são muito importantes nos acampa- ney;
mentos, pois permitem-nos unir objectos Dia 06:
nossos a objectos da Natureza, como 1ª Sexta Feira - confissões;
árvores e pedras. Também têm uma grande importância na mística do escu- Festa da Transfiguração do
Senhor;
tismo, representando a união dos seus membros (como o nó direito). Por
Festa do Santíssimo Salvador:
isto, os nós desempenham um papel muito importante na vida escutista.
Eucaristia Solene - 19h
Leão Teimoso (Guia da Patrulha Leão) Procissão do Santíssimo à vol-
ta da igreja
Missa dos escuteiros - 19h;
Dia 08:
Início do Acampamento de
Verão dos Escuteiros (Apúlia);
Dia 09:
Festa de Santa Teresa Benedita
O início do Verão da Cruz;
Dia 10:
A escola já acabou há algum
Festa de S. Lourenço;
tempo e agora estou de férias.
Dia 11:
É bom estar de férias, não
Memória de Santa Clara;
temos que ir para a escola, posso
Dia 14
dormir até tarde… Mas o que gosto
mais é de brincar com os meus Memória de S. Maximiliano Kol-
primos e os meus amigos. be;
Tem estado muito calor e Fim do Acampamento de Verão
muito fumo no ar. dos Escuteiros (Apúlia);
Esse fumo é dos incêndios Dia 15:
que tem havido de norte a sul do Solenidade da Assunção de Nos-
país. sa Senhora;
Nós ao lobitos do agrupamento 1096 gostávamos que nos ajudasse a Dia 20:
manter as matas limpas para prevenir essas catástrofes. Memória de S. Bernardo;
Lembre-se que uma pequena ajuda já faz a diferença. Dia 21:
O resto de uma boa leitura e boas férias. Memória de S. Pio X;
Dia 24:
Hugo Miguel Piedade (Bando Castanho) Festa do Apóstolo S. Bartolomeu;
Dia 27:
Memória de Santa Mónica;
São aniversariantes no mês de Agosto: Início do ExPio (Acampamento
de Exploradores e Pioneiros) -
Exploradores Emanuel (03) e Miguel (30); Dirigentes Quim (04) e Olavo Murça;
(28). Dia 28:
P A R A B É N S!!! Memória de Santo Agostinho.

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O 1096
em
Percurso velocípede - 2010 Notícia
No passado dia
1 de Agosto realizou-se No passado dia 07 de Julho o nosso Agru-
mais um percurso de pamento comemorou o 14º Aniversário.
bicicleta, desta vez, Embora sem qualquer evento especial
para assinalar a data, não deixámos de
realizado pelas III e IV
recordar o seu significado e de trazer à
secções do nosso memória tantas recordações que estes 14
agrupamento. De des- anos nos proporcionaram. Pessoas e
tacar, que foi o maior acontecimentos preenchem o álbum de
percurso feito em bici- uma memória que se vai construindo pas-
cleta realizado pelo so a passo, alicerçada no projecto que BP
nosso agrupamento. nos legou e que nós acreditamos poder
Com a saída agendada ser um ideário de conduta para uma juven-
tude mais feliz. Em mente temos já as
para as 8:30 do monte
celebrações do nosso 15º aniversário no
de S. Cristóvão, o próximo ano. Achamos que esta será uma
objectivo era chegar a Castro Daire, mais propriamente à localidade de Pinheiro data a assinalar e, nesse sentido, começa-
(Terra do nosso Chefe de Agrupamento). Desde o inicio desta actividade que a ami- mos já a preparar algumas actividades
zade e o espírito de grupo reinaram entre nós. mais marcantes que assinalarão a vivência
Apesar dos pequenos acidentes ocorridos durante o trajecto, ninguém se deste 15º ano e culminarão com a celebra-
magoou, o que nos leva a dizer que todo o percurso foi um sucesso. Durante a activi- ção do aniversário. Oportunamente iremos
dade pudemos sempre contar com o auxílio da ambulância dos Bombeiros Voluntá- dando nota das actividades que temos em
mente. Gostaríamos de envolver nestes
rios de Resende que nos acompanhou durante toda a nossa actividade. Desde já
eventos não apenas os elementos do
agradecemos aos bombeiros voluntários Sr. Álvaro e Rui. Chegados a Pinheiro, a agrupamento, mas também os pais, as
primeira coisa a fazer, foi dar um mergulho no rio Paiva, já bem conhecido pelo nosso famílias, a comunidade em geral, as enti-
agrupamento, onde realizámos várias brincadeiras, e até tivemos o prazer de conhe- dades e muito particularmente todos aque-
cer um amigo canino chamado ―Tobias‖. les que fizeram parte deste agrupamento
No fim da tarde fizemos a viagem de regresso mas desta vez, não em cima ao longo destes anos e que nós considera-
das bicicletas, mas só até certo ponto. Chegados ao monte de S. Cristóvão, fizemos mos importantes no reavivar da chama
questão de pegar novamente nas bicicletas para regressar à nossa sede. Foi um dia escutista e no contributo que todos podem
dar para o futuro do agrupamento. Quería-
muito bem passado por todos os elementos que marcaram presença na actividade.
mos que este ano pudesse ser uma opor-
Não podíamos deixar de agradecer o facto de a D. Prazeres nos ter feito o tunidade de perspectivar o futuro com
nosso almoço, que estava muito bom! Para a Dona Prazeres um muito obrigado. E, é base neste olhar sobre o passado para um
claro, a todos aqueles que contribuíram para o sucesso desta bela actividade. enriquecimento maior.
No dia 1 de Agosto, Pioneiros e Caminhei-
Pedro Manuel (Caminheiro) ros irmanaram-se num percurso veloci-
pédico até Pinheiro, Castro Daire. Esta
actividade só foi possível graças à precio-
sa ajuda dos Bombeiros Voluntários e
particularmente do Sr. Álvaro Botelho e
filho que nos acompanharam de perto, na
ambulância, para prevenção que qualquer
incidente que, graças a Deus não houve.
Percurso de bicicleta a Pinheiro Um agradecimento muito especial pela
disponibilidade e colaboração. Agradece-
mos igualmente à Dna. Prazeres (esposa
Foi no princípio deste mes, 1 de Agosto, que os pioneiros e caminheiros do do Sr. Álvaro) que nos deliciou com um
nosso agrupamento realizaram um passeio de bicicleta rumo a Pinheiro, Castro Dai- almoço fantástico. Muito obrigado!
re. A hora da saída ficou marcada para as 7:30 na nossa Sede, de onde nos levaram
para a capela de S. Cristóvão para começarmos a actividade. Rezámos a oração e,
por volta das 8:30, iniciou-se o passeio. Saímos da capela e pedalámos até Bigorne. Próximas actividades:
Este percurso parecia mais difícil do que tínhamos imaginado devido ao calor e às
grandes subidas.
Chegámos a Bigorne e continuámos o nosso percurso pela estrada nacional 06 de Agosto – Festa do Padroeiro;
ao lado da A24. O cansaço já se fazia sentir, mas não desistimos e conseguimos 08 a 14 de Agosto – Acampamento
chegar finalmente ao nosso destino: Pinheiro, Castro Daire que é a terra do nosso de verão (Apúlia);
chefe de agrupamento Pe. José Augusto. 27 a 29 Agosto – Acampamento
ExPio em Murça (Exploradores e Pio-
(Continua na pag. 8) neiros).

Página 6 Nº 167/ Ano


A cultura é a única bagagem
que não ocupa espaço… Alivie o stress…
… sorria!
Curiosos do Saber!
C. E. E. Num manicómio, um malu-
co cai na piscina e come-
ça a afogar-se.
Esta sigla "C. E. E." significa: Comunidade Económica Europeia. Imediatamente, outro
Tudo começou com a ideia de construção de uma Europa Una, que teve por maluco atira-se para a pis-
seu principal mentor Jean Monnet, Ministro dos Negócios Estrangeiros francês que cina e salva-o da morte.
em 1951 conseguiu que a Bélgica, Alemanha, Itália, Luxemburgo e Holanda, con- No dia seguinte, o director
juntamente com a França, assinassem o Tratado do Carvão e do Aço - a primeira do manicómio vai ao quar-
pedra da C. E. E .. to do maluco salva-vidas e
Em 1957 o tratado é alargado, tendo já a criação de uma comunidade mais diz:
- Aceite os meus parabéns!! Vim pessoalmen-
vasta. Este acto ficou a ser conhecido como Tratado de Roma. Deixa de haver fron-
te para lhe dar duas notícias. A primeira notí-
teiras aduaneiras entre os seis, que em 1973 passam a nove membros, com a cia é óptima: Você vai ter alta. Depois do seu
entrada da Dinamarca, Inglaterra e Irlanda. gesto heróico de salvar um interno, a nossa
Em 1981 dá-se a entrada da Grécia e em 1986 a de Portugal e Espanha. equipa concluiu que você está curado. Já a
segunda notícia, infelizmente, não é boa:
A PÁSCOA Aquele interno que você salvou, foi encontra-
do morto hoje de manhã... Suicidou-se, enfor-
cado com um cinto.
A Páscoa tem um significado profundo para os Católicos, na medida em que
Diz então o maluco herói:
significa o renascer, a esperança, a negação da morte. - Não, senhor director, ele não se enforcou.
Significa o momento em que se dá a ressurreição de Jesus Cristo, isto é, do Eu pendurei-o para ele secar!
seu regresso à vida. ————————————————————
A visita pascal, anunciada por campainha pressurosa, passando por ruas O mecânico para a cliente:
juncadas de rosmaninho, é quase uma visão do passado. Mais perenidade tiveram - Não consegui afinar os travões, por isso
os folares, que continuam a aparecer nas mesas portuguesas aquando do período aumentei o som da buzina!
pascal. O mesmo acontece com o costume da oferenda dos padrinhos aos afilha- ———————————————————— -
Ia tão bêbado, tão bêbado que quando fez
dos, espécie de penhor moral no apoio jurado aquando do baptizado.
análises ao sangue... deu JB Positivo!
O dia de Páscoa celebra-se no primeiro domingo depois da primeira lua cheia ————————————————————-
que se segue ao Equinócio da Primavera, razão por que é festa móvel, podendo Uma loira está deitada na praia, com um bron-
variar até trinta e seis dias. zeado espectacular, a ponto de chamar a
atenção. Uma mulher interessada chega perto
(In “Livro das curiosidades”) e pergunta:
- Por favor, qual o seu protector?
- São Francisco de Assis.
Adivinha... ————————————————————-
Uma loira pergunta para a outra:
- O que está mais distante Londres ou a Lua?
Qual é coisa, qual é A outra responde:
ela, que quando - Oh, Oh!!! Que pergunta estúpida? Tu conse-
seca fica molhada? gues ver Londres daqui???
O que será, que será - Não!!!
- Então..... amigaaaaaaaaaaa...
que são sete e são ————————————————————-
irmãos. Cinco vão à A loira pede uma pizza pelo telefone. Então, a
feira e só dois é que empregada da pizzaria pergunta:
não? - A senhora quer que eu corte em quatro ou
Qual é coisa, qual é ela, que cai de em oito pedaços?
pé e corre deitada? E a loira:
- Em quatro, por favor! Eu nunca consegui-
Qual é coisa, qual é ela, que sobe e ria comer oito pedaços.
desce escadas, sem nunca se ———————————————————— -
mexer? - Sabem o que significa S.C.P.?
O que será, que será, que quanto - Sócios Com Paciência.
mais cresce, menos se vê?
Qual é coisa, qual é ela, que quanto
mais se tira, maior fica? Soluções do número anterior...
Qual é coisa, qual é ela, que tem
cabeça mas não é gente, e tem den- - O garfo;
te, mas não é pente? - O pombo;
- Os palitos de uma caixa de fósforos;
O que será, que será, que fala e - A careca;
ouve, mas não é gente? - A cama.

Sê... Página 7
Um dia de retiro no convento de Avessadas
Ao fim da tarde do dia 30 de Julho, 27 cursilhis-
tas do grupo de Resende e alguns amigos, partiram
rumo ao Marco de Canavezes, dando início a um dia
de retiro, no Convento das Avessadas, da Ordem dos
Carmelitas Descalços, onde também se situa o Santuá-
rio do Menino Jesus de Praga. O local foi escolhido,
não só pela proximidade que apresenta relativamente a
Resende, mas também por dispor das condições
necessárias a todos os que desejam fazer uns dias de
paragem, de encontro consigo próprios e com Deus,
através da experiência da oração.
Partindo do princípio de que o cristianismo não
se vive, se não se convive, organizou-se este ano mais
um dia de retiro, tendo como orientador na fé e nos
trabalhos, o nosso estimado Padre Martins, que logo
no primeiro dia nos propôs uma reflexão sobre o Stress
e as respectivas implicações no desgaste da nossa vida pessoal, familiar e religiosa. Quantas vezes invocamos a
falta de tempo, para justificar o nosso afastamento de Cristo? Não é verdade que, para aquilo que nos interessa,
sabemos arranjar, inventar tempo? Temos então que procurar distinguir o essencial do acessório e procurar o Cami-
nho que nos é anunciado. Mais tarde, já noite, entrámos nos jardins do Convento e na escuridão, rodeados de silên-
cio, rezámos o Terço, experimentando a simplicidade da mensagem e o encontro com a nossa Fé.
Tivemos depois ao longo do dia seguinte, momentos importantes de reflexão, onde assumimos que a conver-
são é um percurso sem paragens, por ser uma obra constante, que exige disponibilidade para a mudança e que se
vive em grupo. Conta com o reforço da partilha e da fortaleza que os outros nos imprimem e o Senhor nos garante:
―Tudo posso naquele que me conforta‖.
Dar um sentido à vida, foi o tema de outra reflexão. Não há caminhos sem dificuldades, a capacidade que
temos em ultrapassá-las encontra-se na possibilidade que cada um de nós possui para construir o seu plano de vida
e descobrir assim o sentido do seu caminho, com generosidade, com amor e com fé. Deixar de andar à deriva, pres-
supõe adesão à Mensagem, seguindo o modelo da vivência cristã, sem vaidade, arrogância ou superioridade. Culti-
var a humildade, acreditar na força do Espírito Santo, invo-
car Cristo e agradecer-Lhe a Sua protecção. Procurar ser
generoso, perseverante e acreditar que é no morrer que
ressuscitamos. Convictos, iniciámos então a Via Sacra da
Ressurreição, onde procurámos reforçar a coragem de
que necessitamos para abordar os obstáculos que a vida
nos apresenta, porque Ele é a nossa esperança.
Terminámos o dia participando na eucaristia cele-
brada pelo nosso Padre Martins e animada com a ajuda
de alguns amigos de Cinfães que connosco partiram e
partilharam momentos inesquecíveis.

Resende, 1 de Agosto de 2010

Maria Teresa Pais (Cursista)

Continuação da pag.6
Antes de almoçarmos ainda deu para nos refrescarmos no ribeiro e observar aquele sítio maravilhoso. Por volta das
13:30 fomos almoçar para recuperarmos as forças, juntamente com os nossos chefes e acompanhantes. É importante realçar
que ao longo da viagem tivemos apoio da carrinha do nosso agrupa-
mento na distribuição da água, e também tivemos apoio de uma
ambulância.
Ao fim do almoço desfrutámos mais um pouco da água do
ribeiro e regressámos a Resende, mais propriamente ao S. Cristó-
vão onde nos deixaram para percorrermos o resto de bicicleta. Esta
foi uma das poucas actividades que costumamos fazer de bicicleta,
mas que toda a gente gostou.
Queria agradecer em nome do agrupamento ao Sr. Álvaro e
ao Rui por nos terem acompanhado de ambulância durante a via-
gem, e agradecer também à Sra. Prazeres por nos ter feito e levado
o delicioso almoço.

Gabriel Correia (Pioneiro)

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