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DOS CRIMES CONTRA O

PATRIMÔNIO
Considerações Preliminares
 Objeto Jurídico: O patrimônio da pessoa
física e jurídica.
 Patrimônio:
 A propriedade material e outros direitos reais
(CC, art. 1.225 – propriedade, superfície,
servidões, usufruto, uso, habitação e anticrese);
 Propriedade imaterial (direito autoral, privilégio
de invenção, direito de marca, etc...Título III, e
Lei 9.279/96);
 Direitos obrigacionais;
 Posse.
Do Furto (art. 155, CP)
 Objeto Jurídico: Patrimônio;
 Ação Nuclear: “Subtrair”;
 Meios de execução: livres;
 Objeto material: Coisa (substância
material, corpórea, passível de subtração e
que tenha valor econômico) móvel (tudo
aquilo que pode ser transportado de um
local para outro, sem separação destrutiva
do solo).
 Elemento normativo: Coisa alheia.
 Sujeito Ativo: Qualquer pessoa;
 Sujeito Passivo: Qualquer pessoa;
 Elemento subjetivo: Dolo (vontade
consciente de efetuar a subtração);
Elemento subjetivo do tipo (finalidade
especial de assenhoramento definitivo –
“para si ou para outrem”;
 Consumação: inversão da posse (momento
em que o bem passa da esfera de
disponibilidade da vítima para a do autor);
 Tentativa: admissível.
Formas:
 Furto simples: caput (reclusão, 1 a
4 anos e multa).
 Furto noturno: “§ 1° A pena
aumenta-se de 1/3 se, se o crime é
praticado durante o repouso
noturno”;
_Período de tempo, que se modifica
conforme os costumes locais, em que as
pessoas domem;
_Não incide sobre a forma qualificada.
 Furto Privilegiado: “§ 2° Se o criminoso é
primário, e é de pequeno valor a coisa
furtada, o juiz pode substituir a pena de
reclusão pela de detenção, diminuí-la de um
a dois terços, ou aplicar somente a pena de
multa”.
 Furto de Energia: “§ 3° Equipara-se à
coisa móvel a energia elétrica ou qualquer
outra que tenha valor econômico”.
 Furto qualificado:
“§ 4° A pena é de reclusão de 2 a 8 anos, e
multa, se o crime é cometido:
I – com destruição ou rompimento de
obstáculo à subtração da coisa;
II – Com abuso de confiança, mediante
fraude, escalada ou destreza;
III – Com emprego de chaves falsa;
IV – Mediante concurso de duas ou mais
pessoas;
 Furto de Veículo Automotor:
“§ 5° A pena é de reclusão de 3 a 8
anos, se a subtração for de veículo
automotor que venha a ser
transportado para outro Estado ou
para o Exterior”
Ação penal
 Pública incondicionada
FURTO DE COISA COMUM
ART. 156
 Objeto Jurídico: Posse legítima ou a
propriedade.
 Ação Nuclear: “subtrair”.
 Sujeito Ativo: Condômino, sócio ou
co-herdeiro (crime próprio);
 Sujeito Passivo: Condômino, sócio,
co-herdeiro, ou quem legitimamente
detenha a coisa.
 Elemento Subjetivo: Dolo; elemento
subjetivo do tipo (finalidade especial de
assenhoramento definitivo);
 Causa de exclusão do crimes:
“§ 2° Não é punível a subtração de coisa
comum fungível, cujo valor não excede a
quota a que tem direito o agente”.
 Ação penal: pública condicionada a
representação (§ 1°).
ROUBO (ART. 157)
 Crime complexo:
furto + constrangimento ilegal +
lesão corporal.

 Obejto Jurídico: posse, propriedade,


integridade física e liberdade
individual;
Elementos do Tipo
 Roubo próprio: caput
“subtração, para si ou para outrem,de coisa
alheia móvel, mediante o emprego de
grave ameaça ou violência a pessoa, ou
depois de havê-la, por qualquer meio,
reduzido à impossibilidade de resistência”.
 Roubo impróprio: § 1°
“logo após subtraída a coisa, emprega
violência contra pessoa ou grave ameaça, a
fim de assegurar a impunidade do crime ou
da detenção da coisa para si ou para
terceiro”.
 Ação Nuclear: “subtrair”;
 Meios de Execução:
 Mediante o emprego de grave ameaça;
 Mediante o emprego de violência física;
 Qualquer outro meio que reduza à
impossibilidade de resistência.
 Objeto Material: Coisa alheia móvel
e pessoa humana.
 Sujeito ativo: Qualquer pessoa;
 Sujeito passivo:
ofensa imediata: perpetrada contra o
titular do direito de propriedade ou
posse (sujeito passivo único);
ofensa mediata: empregada contra
terceiro que não seja titular do direito
de propriedade ou posse (dupla
subjetividade passiva).
Elemento Subjetivo
 Dolo: vontade de subtrair coisa
alheia móvel;
 Elemento subjetivo do tipo: Fim
especial de ter a coisa para si ou para
outrem;
 Obs.: No roubo impróprio há também
a finalidade de assegurar a
impunidade do crime ou a detenção
da coisa, para si ou para terceiro.
Formas
 Roubo próprio
 Caput;
 Pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa;
 Consumação:
 1ª Posição: momento em que o agente
subtrai o bem do ofendido;
STJ (Terceira Seção): “(...) o crime de roubo
se consuma no momento, ainda que breve,
em que o agente se torna possuidor da res
furtiva, subtraída mediante grave violência ou
ameaça, não se mostrando necessário que
haja a posse tranqüila, fora da vigilância da
vítima”
 2ª Posição: RSTJ, 82/363-4: “Roubo. Consumação. Diz-
se o crime consumado quando nele se reúnem todos os
elementos de sua definição legal (CP, art. 14, I). O
roubo é crime complexo: unidade jurídica que se
completa pela reunião de dois delitos: constrangimento
ilegal (CP, art. 146) e furto (CP, art. 155). Ocorre
tentativa quando, iniciada a execução, não se consuma
por circunstâncias alheias à vontade do agente (CP, art.
14, II). Assim, no roubo, para configurar a consumação,
necessário se faz, além do constrangimento ilegal
(violência, ameaça) à pessoa, a subtração da coisa, ou
seja, retirá-la da esfera de proteção do interessado.
Acontecerá quando o agente conseguir, ainda que por
pouco tempo, retirá-la da vigilância da vítima. Tal não
acontece quando a vítima sai ao encalço do autor e
consegue recuperá-la. Importante distinção:
perseguição e procura da coisa. No primeiro caso, o
objeto do roubo não saiu da vigilância da vítima; no
segundo, tal vigilância deixa de existir”.
 Roubo impróprio:
 § 1º.
 Pena: reclusão, de 4 a 10 anos, e multa.
 Requisitos:
 Efetiva retirada da coisa;
 Emprego de violência ou grave ameaça
“logo depois” da subtração;
 Finalidade de assegurar a impunidade do
crime ou a detenção da coisa para si ou
para terceiro.
 Consumação: Momento em que, após a
retirada do bem, emprega-se a violência
ou grave ameaça contra os
perseguidores.
 Tentativa:
 1ª Posição: Inadmissível (STF, Nélson
Hungria, Magalhães Noronha, Damásio);
 2ª Posição: Admissível (JTACrimSP,
79/251. MIrabete).
 Causas especiais de aumento de pena
(§ 2°, I a V; pena: aumenta-se de 1/3 até
a metade):
 I – se a violência ou ameaça é exercida com o
emprego de arma;
 II – se há concurso de duas ou mais pessoas;
 III – se a vítima está em serviço de transporte
de valores e o agente conhece tal circunstância;
 IV – se a subtração for de veículo automotor que
venha a ser transportado para outro Estado ou
para o exterior;
 V – se o agente mantém a vítima em seu poder,
restringindo sua liberdade.
 Roubo qualificado pela lesão
corporal de natureza grave:
 § 3°; 1ª parte; pena: reclusão, 7 a 15
anos, e multa;
 Consumação: subtração da res e
produção de lesões corporais graves;
 Tentativa:
 Crime preterdoloso: inadmissível;
 Dolo no conseqüente: admissível;
 Não se inclui no rol dos crimes hediondos.
 Latrocínio:
 § 3°, 2ª parte; pena: reclusão, de 20 a 30 anos,
e multa.
 Não é necessariamente preterdoloso;
 Só cabe tentativa quando o resultado agravador
for perseguido a título de dolo;
 Consumada a morte, ainda que não se consume
a subtração, haverá latrocínio consumado;
 Crime hediondo.
 Competência do juiz singular;
 A pluralidade de mortes não desnaturam o crime
único de latrocínio.
Ação Penal
 Pública incondicionada.

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