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GESTÃO FINANCEIRA

Professor: Rodrigo Otávio das Chagas Lima


rodrigo@fesppr.br

MÓDULOS

1 VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO

Introdução:
Para o desenvolvimento dos modelos em administração financeira,
principalmente quando tratamos com econômias altamente indexadas, como a brasileira, se
faz necessário previamnete conhecer alguns cálculos financeiros básicos, como instrumento
de apoio ao processo de tomada de decisão.

1.1 Cálculo Financeiro:


Do ponto de vista do administrador financeiro a noção de juros
pode ser interpretada como o custo de um crédito ou o retorno (remuneração) de uma
aplicação de capital.
O conceito de juro e consequentemente o nível (alto ou baixo) que
o mesmo venha a assumir no mercado decorre basicamente da preferencia temporal de seus
agêntes econômicos( indivíduos, empresas, governo), isto é de suas preferencias entre
consumir determinados bens, serviços, no presente ou futuro.
Neste contesto sobresai a necessidade do administrador
financeiro conhecer os vários critérios e pressupostos básicos do cálculo financeiro, os
quais são amplamente utilizados em inumeras operações empresariais.

1.2 Juros Simples:


Quando o total de juros é resultante da incidência da taxa sobre o
capital inicial.
Simbologia e Regras Básicas;

C = Capital Inicial ( principal) ; representativo de uma aplicação financeira ou da obtenção


. de um crédito.
i = Taxa Nominal ; taxa de juros de uma aplicação ou seja a taxa contratada na
.. operação.
j = Valor dos Juros ; resultado em dinheiro de uma operação, a pagar ou receber.
n = Período ; a quntidade de tempo considerada numa operação.
M = Montante ; é o valor total da operação, isto é representa a soma do
principal mais os juros obtidos em uma operação.

obs.: o n (período) e o i ( taxa nominal), devem estar sempre definidos na mesma unidade
de tempo.
FORMULÁRIO:

M= C + J

J=C.i.n Logo M = C + ( C . i . n) , isto é M = C (1 + i . n) ou


C = M
---------------
(1 + i . n )
Exercício de Juros Simples:

Um empresário obtem um crédito junto a uma instituição financeira no valor de R$


5.000,00 pelo prazo de 5 meses a taxa de juros de 10% ao mes. Suponha -se que não
existam encargos financeiros.
Pergunta-se:
a) Qual o total de juros a ser pago?
b) Qual o montante e o mensal?
c) Qual seria o valor dos juros a ser pago se o prazo fosse 3 meses e a taxa de juros de
12,5%am?
Solução:

TAXAS:
Conceito; Relação entre juros recebidos ou pagos no final de certo período e o
capital tomado ou aplicado. Sendo assim, se alguém aplica R$ 10.000,00 e resgata R$
15.000,00 no final de certo lapso de tempo, ataxa nesse tempo é de 50%, ou seja, é a razão
entre juros e o capital inicial.
Obtenção da Taxa

Taxa Unitária = i = Taxa Percentual


-------------------
100
i= J Acréscimo ou Decréscimo
------- = -----------------------------------
C Valor Base

i= M Valor Final M = C (1 + i . n)
-------- = --------------------------- - 1 M = C (1+ i .1) # M : C = 1 + i
C Valor Base i = M:C - 1
TAXA NOMINAL:
Representa a taxa de juros contratada numa operação financeira.
Deve-se considerar que esta taxa não corresponde necessariamente a taxa efetiva da
operação é a taxa que consta no contrato. Há esta diferença entre taxa nominal e taxa
efetiva esta que é o verdadeiro custo ou remuneração do capital, pelo regime de
capitalização dos juros adotado (simples, composto), isto é quando o valor do capital
inicial, tomado como base de cálculo, não representa o valor efetivamente desembolsado ou
recebido.

Exemplo:
Uma pessoa solicita um empréstimo de R$ 10.000,00 por 3 meses, em um banco
que cobra juros antecipados de 10% ao mes. Determinar a taxa nominal e efetiva no
período.

Taxa Nominal = 10% ao mes = 30% no período


Taxa Efetiva
C = 10.000,00
i = 10% a/m antecipado
n = 3 meses

J=C.i.n J = 10.000 . 0,10 . 3 = 3.000

juros antecipados
Capital - juros = 10.000 - 3.000 = 7.000

Taxa Efetiva = juros cobrado Capital contratado 3.000 10.000


---------------------ou ---------------------- - 1 = ------ ou --------- -1= 42,86%
capital recebido Capital recebido 7.000 7.000

TAXA PROPORCIONAL:
Ela é típica do sistema de capitalização linear ( juros simples). Assim
sendo duas taxas, expressas em diferentes unidades são definidas como proporcionais,
quando resultam em valores iguais, em qualquer que sejam as unidades de tempo definidas.

Ex.: 8 % ao mes é proporcional a 24% ao trimentre.


96 % ao ano é proporcional a 24% ao trimestre.
Exercício:
Determinar o montante e os juros de uma aplicação de R$ 1.500,00 efetuada pelo
prazo de 8 meses a taxa de juros simples de 108% ao ano.

1.3 - Juros Compostos:

O sistema de juros compostos encontra ampla aplicação prática,


notadamente em operações de crédito em médio e longo prazo.
Neste critério de capitalização, os juros incidem sobre o saldo
acumulado, e ocorrem dessa forma juro sob juro periodicamente, ou seja, no regime de
juros compostos, o juro gerado em determinada operação é adicionado ao principal e serve
de base para o cálculo de juros no periodo posterior
Exemplo:
Suponha-se que uma empresa tenha aplicado R$ 10.000,00 a taxa composta de
10% a/m, utilizando-se da mesma simbologia definida para o sistema de juros simples, tem-
se os seguintes resultados ao final de cada período;

Final do 1º mês;
M = C (1+ i . n)
M = 10.000 (1+0,10 . 1) = 11.000,00

Final do 2º mês;
M = 10.000 (1+0,10 . 1) (1+0,10 .1) = 12.100,00 ou 11.000 (1+0,10 . 1) = 12.100,00

Final do 3º mês;
M = 10.000 (1+0,10 .1) (1+0,10 .1) (1+0,10.1) = 13.310,00 ou 12.100 (1+0,10.1) = 13.310

Final do Enésimo mes


M= 10.000 (1+0,10 .1)...(1+0,10 .1)
M= 10.000 (1+0,10)³
ou seja;

M= C (1+i)ⁿ
Exercício:
Se um individuo deseja obter 10.000,00 dentro de 1 ano quanto deverá aplicar
hoje num fundo que rende 20% a/t. Em outras palavras qual é o valor presente desta
operação?

Exercício:
Determinar a taxa mensal de juros de uma aplicaçãode R$ 20.000, que gerou um
montante de R$ 31.737,48 ao final de um semestre,

TAXA EQUIVALENTE:
São aquelas que geram montantes identicos quando capitalizados
sobre um mesmo capital e prazo, ou seja taxas definidas em períodos de capitalização
diferentes que, após um determinado tempo comum a elas, proporcionam o mesmo
montante ou geram o mesmo juro.
Exemplo; 40% ao semestre e 96% ao ano, são equivalentes por
produzirem o mesmo montante em prazo identico ou seja é indiferente a um investidor
aplicar um mesmo capital a taxa de 40%a/s ou 96%a/a.
Através de deduções matemáticas chega-se a seguinte expressão
que representa a taxa de juros equivalente referente a certo intervalo de tempo.

q______
iq = √ (1 + i) - 1

onde:
iq = taxa de juros equivalente, relativa a uma parte de determinado intervalo de
tempo.

q = número de partes de intervalo de tempo considerado.


Aplicando-se esta expressão no exemplo anterior qual a taxa de juros equivalente semestral
a 96% a/a.
Exercicio: Quais as taxas de juros mensal, bimestral, trimestral e semestral, equivalente a
170% ao ano?

obs.: em diversas operações financeiras a taxa de juros é dada em prazo normalmente


superior ao prazo de capitalização dos juros.Exemplo em determinado financiamento os
juros são capitalizados mensalmente e a taxa contratada é expressa em termos anuais, neste
caso se o critério adotado for de incorporaçãode juros ao principal, o montante no final do
período será o mesmo. No entanto se a capitalização for processada através de taxas
proporcionais (simples) a taxa de juros calculada ao final do período (taxa efetiva) será
maior que a taxa contratada.
Exemplo:
Suponha-se um financiamento de R$ 2.000,00 contratado a taxa Nominal de
120% a/a, com capitalização semestral ( taxa proporcional). O montante devido ao final de
um ano será?
M = C (1+ i) ⁿ
sendo i = 120% a/a - i = 120% : 2 = 60% a/s
M= 2.000 (1 + 0,60)² = 5.120,00

Nota-se que este valor é superior ao montante de 4.400,00 obtido na suposição dos juros
serem capitalizados anualmente, de acordo com o prazo definido na taxa nominal.
M = 2.000,00 (1 + 1,20) = 4.400,00 M = C (1+i n)

TAXA REAL;
Quando o regime inflacionário se faz presente, há que se distinguir, na taxa
efetiva, duas componentes; uma devida a inflação e outra a parcela de juros realmente paga\
recebida, após eliminados todos os efeitos inflacionários.

ADENDO:
Existe também a classificação de taxa nominal e efetiva, em função da divisão
de certo período, em subdivisões de períodos de capitalização.

Taxa Efetiva: Quando o período a que se refere a taxa for coincidente com o período de
capitalização;
Exemplo: 80% ao ano, capitalização anual
40% ao trimestre, capitalização trimestral

Quando o período de capitalização não é mencionado, no regime de juros compostos,


subentendemos sempre e está implicito, que ele é coincidente com o período da taxa.

Taxa Nominal: Quando o período a que se refere a taxa não coincide com o período da
capitalização.
2 FONTES DE FINANCIAMENTO DAS ATIVIDADES DA EMPRESA

a) Até 1964;
- Altos indíces inflacionários
- Tabelamento das taxas de juros

b) Após 1964;
- Instituição da correção monetária. Lei 4.357/64
- As empresas nessa época eram fechadas (familiares), não colocavam ações
no mercado
- Alta retenção de lucros pela empresa ( alto financiamento)
- Os intermediários financeiros quase que só atuavam com empréstimo para
capital de giro
- Criação de intermediário financeiro pelo governo para melhorar o
desenvolvimento econômico.
- Combate a inflação, correção monetária; contenção de emissão de papel
moeda. Emissão de títulos da dívida pública, com a intenção de diminuir o déficit público.
- Lei da reforma cambial número 4.595 de 31/12/64.
- Lei de Mercado de Capital número 4.728 de 14/7/65
Estas duas leis criaram o Banco Central e o Conselho Monetário Nacional (
ele tem por incumbência formular toda a política monetária e creditícia do pais).

Membros do Conselho Monetário Nacional:

- Ministro da Fazenda - Presidente;


- Ministro do Planejamento;
- Ministro da Agricultura, Trabalho e Previdência;
- Presidente do Banco Central;
- Presidente da CVM;
- Presidente do Banco do Brasil;
- Presidente do BNDES;
- Presidente da Caixa Econômica Federal;
- 6 membros nomeados pelo Presidente da República;
- Representante da Classe trabalhadora.

2.2 - Papel do Mercado Financeiro

Mobilização de recursos com eficiencia para minimizar as taxa de


investimento e con tribuir para o crescimento da econômia.
ESTRUTURA DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL
ORGANOGRAMA DO CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL.

Organograma do Sistema Financeiro Nacional

1 - ÓRGÃOS NORMATIVOS

2 - AUTORIDADE MONETÁRIA

3 - AUTORIDADES ESPECIAIS

CMN - CONSELHO MONETÁRIO NACIONAL:

O Conselho Monetário Nacional é o órgão deliberativo de cúpula do Sistema Financeiro


Nacional. Suas principais atribuições são:

- Adaptar o volume dos meios de pagamento às reais necessidades da economia;


- Regular os valores interno e externo da moeda;
- Aperfeiçoar as instituições e os instrumentos financeiros;
- Zelar pela liquidez e solvência das instituições financeiras;
- Coordenar as políticas monetária, de crédito, orçamentária, fiscal e da dívida pública;
- Autorizar emissões de papel-moeda;
- Fixar diretrizes e normas da política cambial;
- Regular a constituição, funcionamento e fiscalização dos que exercem atividades
subordinadas à Lei 4.595/64;
É constituído pelos seguintes menbros:

- Ministro da Fazenda - Presidente


- Ministro do Planejamento;
- Ministro da Agricultura, Trabalho e Previdência;
- Presidente do Banco Central, CVM, Banco do Brasil, BNDES, e CEF;
- 6 membros nomeados pelo Presidente da República;
- Representante da Classe Trabalhadora.

2.2.1 Estrutura e Funcionamento

O mercado de capitais é o conjunto de mercados, instituições e ativos (ativos Bens e


direitos possuídos por uma empresa ou fundo de investimento). Para fundos de
investimento, representa todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações,
commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a carteira (carteira É uma
cesta de ativos quaisquer dentro de uma mesma estrutura). Esta estrutura pode ser um
fundo, o seu patrimônio pessoal ou mesmo a tesouraria de um banco. Para fundos de
investimento, representa todos os títulos (títulos públicos, títulos privados, ações,
commodities, cotas de fundo de investimento, etc.) que compõe a carteira do fundo que
viabiliza a transferência de recursos financeiros entre tomadores (companhias abertas) e
aplicadores (investidores) destes recursos. Essa transferência ocorre por meio de operações
financeiras que podem se dar diretamente entre companhias e investidores ou através de
intermediários financeiros. As operações que ocorrem no mercado de capitais, bem como
seus participantes são regulados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

As companhias abertas necessitam de recursos financeiros para realizar investimentos


produtivos, tais como: construção de novas plantas industriais, inovação tecnológica,
expansão da capacidade, aquisição de outras empresas ou mesmo o alongamento do prazo
de suas dívidas. Os investidores, por outro lado, possuem recursos financeiros excedentes,
que precisam ser aplicados de maneira rentável e valorizar-se ao longo do tempo,
contribuindo para o aumento de capital do investidor.

Existem companhias de diferentes portes, com necessidades financeiras variadas. Ao


mesmo tempo, investidores podem aplicar com o objetivo de obterem retorno financeiro no
curto, médio ou longo prazo, e com diferentes níveis de risco.
Para compatibilizar os diversos interesses entre companhias e investidores, estes recorrem
aos intermediários financeiros, que cumprem a função de reunir investidores e companhias,
propiciando a alocação eficiente dos recursos financeiros na economia. O papel dos
intermediários financeiros é harmonizar as necessidades dos investidores com as das
companhias abertas. Por exemplo, uma companhia que necessita captar recursos para
investimentos, se desejar fazê-lo através do mercado de capitais, deve procurar os
intermediários financeiros, que irão distribuir seus títulos para serem oferecidos a diversos
investidores, possibilitando mobilizar o montante de recursos requerido pela companhia.

E como isso acontece? Primeiro, um intermediário financeiro irá orientar a companhia


sobre a melhor alternativa de financiamento, isto é, alternativas para que a companhia possa
se financiar mediante recursos financeiros de terceiros. Caso a companhia decida pelo
mercado de capitais, vários procedimentos jurídicos e administrativos para a abertura do
capital serão necessários. O primeiro passo para isso é o registro de companhia aberta junto
à CVM. O intermediário financeiro irá pedir o registro em nome da companhia
apresentando uma série de documentos que são especificados pela CVM, entre eles os
principais atos societários, as últimas demonstrações financeiras, parecer de auditor
independente, entre outros.

Uma vez obtido o registro de companhia aberta junto à CVM, a empresa pode, por
exemplo, emitir títulos representativos de seu capital, as ações, ou representativos de
empréstimos tomados via mercado de capitais, como debêntures e notas comerciais
("commercial papers").

Outros intermediários financeiros, por sua vez, irão oferecer aos investidores, os valores
mobiliários emitidos pela companhia aberta. Em geral, os intermediários financeiros se
associam, em consórcios, num esforço para vender todos os títulos ou valores mobiliários
emitidos pela companhia. A colocação inicial desses títulos ou valores mobiliários se dá no
chamado mercado primário, onde as ações e/ou debêntures, por exemplo, são vendidas pela
primeira vez e os recursos financeiros obtidos são direcionados para a respectiva
companhia.

Finalizada essa primeira etapa, os investidores que adquiriram esses títulos e valores
mobiliários podem revendê-los no chamado mercado secundário, onde ocorre a sua
negociação entre os investidores.
Os investidores podem negociar diretamente entre si para comprar e vender ações e outros
títulos e valores mobiliários. Contudo, na maioria dos casos, essa não é a forma mais
eficiente porque implica em altos custos de transação: como encontrar outro investidor
interessado numa determinada ação? Como saber qual é o preço justo da ação num
determinado momento? Como garantir que outro investidor irá pagar pelas ações ou
entregar aquelas que foram negociadas?

Para facilitar a negociação desses títulos no mercado secundário, foram criadas instituições
que têm por objetivo administrar sistemas centralizados, regulados e seguros para a
negociação desses títulos. A função básica dessas instituições é proporcionar liquidez
liquidez Maior ou menor facilidade de se negociar um título, convertendo-o em
dinheiro.aos valores de emissão de companhias abertas, ou seja, possibilitar ao investidor
que adquiriu esses títulos vendê-los de forma eficiente e segura. São exemplos destas
instituições as bolsas de valores e as entidades administradoras do mercado de balcão
organizado. mercado de balcão organizado Ambiente de negociação administrado por
instituições auto-reguladoras, autorizadas e supervisionadas pela CVM, que mantêm
sistema de negociação (eletrônicos ou não) e regras adequadas à realização de operações de
compra e venda de títulos e valores mobiliários, bem como à divulgação das mesmas.

A atuação nas bolsas de valores e nos mercados de balcão, organizado e não organizado, é
restrita aos integrantes do sistema de distribuição de valores mobiliários, dentre estes as
instituições financeiras e sociedades corretoras e distribuidoras devidamente autorizadas a
funcionar pela CVM e pelo Banco Central do Brasil, que atuam em nome de seus clientes,
os investidores, comprando e vendendo ações, debêntures e outros títulos e valores
mobiliários emitidos pelas companhias abertas.

As bolsas de valores e as entidades do mercado de balcão organizado têm o status de auto-


reguladores, pois são responsáveis por estabelecer diversas regras relativas ao
funcionamento dos mercados por elas administrados e à atuação dos intermediários que
neles atuam. Ao mesmo tempo, as bolsas de valores e os mercados de balcão organizado
são supervisionados pela CVM.
2.2.2 Compreenda as terminologias usadas no Sistema Financeiro

O Sistema Financeiro Brasileiro pode ser entendido como o conjunto de instrumentos,


mecanismos e instituições que asseguram a canalização da poupança para o investimento,
ou seja, dos setores que possuem recursos financeiros superavitários para os desejam ou
necessitam de recursos (deficitários). O Sistema Financeiro Brasileiro é segmentado em
quatro grandes "mercados", que são:

• Mercado monetário: é o mercado onde se concentram as operações para controle


da oferta de moeda e das taxas de juros de curto prazo com vistas a garantir a
liquidez da economia. O Banco Central do Brasil atua neste mercado praticando a
chamada Política Monetária.

• Mercado de crédito: atuam neste mercado diversas instituições financeiras e não


financeiras prestando serviços de intermediação de recursos de curto e médio prazo
para agentes deficitários que necessitam de recursos para consumo ou capital de
giro. O Banco Central do Brasil é o principal órgão responsável pelo controle,
normatização e fiscalização deste mercado.

• Mercado de capitais: tem como objetivo canalizar recursos de médio e longo prazo
para agentes deficitários, através das operações de compra e de venda de títulos e
valores mobiliários, efetuadas entre empresas, investidores e intermediários. A
Comissão de Valores Mobiliários é o principal órgão responsável pelo controle,
normatização e fiscalização deste mercado.

• Mercado de câmbio: mercado onde são negociadas as trocas de moedas


estrangeiras por reais. O Banco Central do Brasil é o responsável pela
administração, fiscalização e controle das operações de câmbio e da taxa de câmbio
atuando através de sua Política Cambial.
• Curto Prazo: Mercado Monetário, Mercado Monetário Onde são realizadas as
operações de curto e curtíssimo prazos a fim de que os agentes econômicos e os
próprios intermediários financeiros suprem suas necessidades momentâneas de
caixa. A liquidez desse mercado é regulada por operações abertas, realizadas pelo
Banco Central, via colocação, recompra e resgate de títulos da dívida pública.
Compõe o conjunto de instrumentos utilizados na execução da Política Monetária.
Crédito e Câmbio

• Médio e Longo Prazo: Mercado de Capitais

• Mercado primário: As empresas ou o governo emitem títulos e valores mobiliários


para captar novos recursos diretamente de investidores.

• Mercado secundário: é composto por títulos e valores mobiliários previamente


adquiridos no mercado primário, ocorrendo apenas a troca de titularidade, isto é, a
compra e venda. Não envolve mais o emissor e nem a entrada de novos recursos de
capital para quem o emitiu. Seu objetivo é gerar negócios, isto é, dar liquidez aos
títulos.
• Distribuição primária: corresponde à distribuição de novas ações, sendo os
recursos captados destinados a aumento de capital da companhia emissora.

• Distribuição secundária: corresponde à distribuição de ações já emitidas e os


recursos captados se destinam aos acionistas vendedores, que podem ser
investidores estratégicos tais como os Fundos de "Private Equity" (Fundo de
Investimento em Participações).

• Mercado de bolsa: as negociações são abertas e realizadas por sistema de leilão, ou


seja, a venda acontece para quem oferece melhor lance. A arrematação e/ou a
negociação é feita por pregão pregão Modalidade de leilão, em que se negociam,
verbalmente ou por meios eletrônicos, preços e quantidades dos ativos
negociados.de viva-voz ou com auxílio de sistema informatizado.

• Mercado de balcão: a negociação ocorre diretamente entre a instituição financeira e


outra instituição financeira ou não financeiras. Os valores são negociados apenas
entre as partes envolvidas
2.3 - POLÍTICAS DE GOVERNO:

O Estado exerce sua atividade através de uma série de medidas conhecidas


como Políticas. As principais Políticas utilizadas pelo Estado são;

POLÍTICA MONETÁRIA;
Gestão da moeda e do crédito. Definição da unidade de conta,
operações, de amoedagem, decisões sobre o curso forçado, regular a emissões de moeda.
Atuação, via moeda, na vida econômica, organizando sistema monetário e bancário que
respondam as necessidades da Economia. Isto é consiste na ação da autoridade monetária,
através de um conjunto organizado e planejado de orientações, visando a controlar o
volume total de liquidez disponível pelos agentes da atividade econômica, dando medida de
capacidade de gestão da Economia, em determinado intervalo de tempo.
Contribui; - Expansão e desenvolvimento da Econômia e pleno Emprego
- Esatabilizar a moeda e Minimizar a inflação
- Equilibrar a Balança de Pagamento
- Equilibrar transações financeiras com o Exterior
- Promover distribuição da riqueza e das rendas.
Instrumentos;

a) Emissão de Moeda;
b) Depósito Compulsório;(encaixe legal) recolhimento sob dep. a vista
c) Redesconto: emprestimos de liquidez, de curto prazo da carteira do banco ou NP do Bco.
d) Open Market: títulos públicos federais com características de quase-moeda para manter
aliquidez ótima

POLÍTICA FISCAL:

Define e aplica impostos e taxas sobre os agentes econômicos; com base na


Receita Federal, define os gastos do Governo; influi na política monetária, em especial no
fluxo de caixa e na concessão de crédito dos agentes econômicos.

POLÍTICA CAMBIAL:

Define o valor externo da moeda; controla os fluxos de moeda estrangeira;


impacta o valor interno da moeda.
POLÍTICA DE RENDAS:

Controla os fatores de produção, como salários, encargos, distribuição de


resultados da atividade econômica, sistemas de preços.

2.4 - FUNÇÕES CREDITÍCIAS OU PATRIMONIAIS:

a) Crédito de Curto Prazo: Bancos Comerciais e Bancos Múltiplos, Caixa Econômicas,


Cooperativas de Crédito, Factoring.

b) Crédito de Médio e Longo Prazo: Bancos de investimentos e desenvolvimentos, Leasing.

c) Crédito ao Consumidor: Financeiras, Caixa Econômica Federal, Leasing, consórcios.

d) Crédito Habitacional: Caixas Econômicas, Companhias de Crédito Imobiliário,


Associação de Poupanças e Emprestimos, bancos múltiplos, consórcios.

e) Intermediação de Títulos e Valores Mobiliários: Sociedades Corretoras e Distribuidoras,


Agentes Autônomos de Investimento.

f) Seguro e Capitalização: Seguradoras, Fundações de Seguridade Social, Companhias de


Capitalização.

g) Arrendamento Mercantil: Companhias de Leasing.

2.5 - FONTES DE FINANCIAMENTO A CURTO PRAZO: (até 1 ano social)

Com o objetivo de cobrir deficiências de fundos, quando as entradas de


caixa falham em cobrir os repentinos aumentos de despesas. A meta é captar fundos
temporariamente, em antecipação a futuras entradas de caixa, as quais permitirão à empresa
pagar a dívida. Muitas empresas defrontam com as oscilações das vendas por causa da
sazonalidade de seus negócios.
No intuíto de evitar os financiamentos de longo prazo, o qual resultaria
em excesso de fundos ociosos. O empréstimo de curto prazo, entretanto, preenche
temporariamente o vazio das necessidades.
Os empréstimos de curto prazo obtidos pelas empresas podem ser
conseguidos de duas maneiras:
1 - captação de recursos a curto prazo com a emissão de títulos próprios;
2 - captar recursos de agentes intermediários financeiros.
2.5.1 - Desconto de Duplicatas:

Através de uma operação de desconto uma empresa obtém de um banco


comercial, um empréstimo de recursos cujo prazo é determinado, conforme o vencimento
da operação nos casos de caução ou segundo o vencimento do título no caso de desconto. A
taxa de juro é a remuneração, que o banco cobrará para aguardar o vencimento deste título
que deverá ser saldado pelo sacado.

Características:
- Os juros são pagos antecipadamente;
- O desconto será bancário ou comercial;
- Exigência da saldo médio
- Reprocidade
- No borderô o banco tem a possibilidade de aceitar ou não algum título
- Cabe a empresa a responsabilidade pelo não pagamento da Duplicata no caso de desconto
bancário.
- Cabe a empresa de fomento a responsabilidade pelo não pagamento do título no caso da
venda do título..

2.5.2 - Crédito em Conta Corrente:

Empréstimo bancário em conta corrente. Este é um tipo de serviço mediante


o qual o banco comercial se compromete a conceder a uma empresa um crédito que pode
ser movimentado a vista, é também conhecido por linha de crédito ou adiantamento em
conta-corrente.

Característica:
- Saques quando houver necessidade dentro do limite;
- Depósito para diminuir a dívida;
- juros sobre a utilização de crédito.

2.5.3 - Crédito Direto ao Consumidor:

Este tipo de operação financeira não é no sentido preciso da expressão, é


uma fonte de financiamento de recursos para a empresa, visando financiar bens e serviços,
contribuindo assim no aumento dos níveis de venda.

2.5.4 - Crédito Mercantil:

Trata-se do que se pode denominar de "fonte espontánea de recursos


financeiros". É a possibilidade que a empresa tem de aquirir o uso de fatores de produção
sem o pagamento instantâneo, isto é o uso de equipamentos , matéria-prima, ou na compra
de mercadoria para revenda, bem como na contratação de mão-de-obra.
Ex.: Compra a prazo;
Condições 2% em 15 dias ou 60 dias líquidos após a emissão da fatura.

Emissão da fatura pagamento c/desc. 2% pag. líquido


|-----------------------------------------------|--------------------------------------|---------
0 15 dias 60 dias

2.5.5 - Commercial Papers:

Um método alternativo para obter financiamento a curto prazo é contar com


o commercial paper. Esse papel é emitido por empresas com elevada pontuação creditícia
no mercado e é vendido com desconto sobre o valor de face. Não é preciso registrar no
Banco Central o prazo de vencimento é menos de 270 dias. O Commercial Paper é uma
promessa da empresa em compra-lo de volta na data de vencimento, pagando o valor de
face ( carteira de fundos).

2.5.6 - Empréstimo de Curto Prazo com garantias:

A empresa, toma recursos emprestados e como garantia utiliza contas a


receber, estoques e outros ativos. O valor dos ativos dado em garantia deverá ser superior
ao valor do emprestimo, visto que no caso do não pagamento esses ativos serão vendidos e
muitos com deságio.

2.6 - FONTES DE FINANCIAMENTO A MÉDIO E LONGO PRAZO:

Algumas das razões pelas quais as empresas comprometem-se em


financiamento a longo prazo são investimentos em marketing, aumento na capacidade
operacional, modernização, projetos de pesquisa e desenvolvimento. Podendo desta
maneira a empresa trabalhar com mais tempo afim de obter retornos suficientes para
devolução do financiamento.

2.6.1 - RECURSOS DE 3'(terceiros):

A obtenção de recursos de terceiros esta fortemente relacionada a atuação da


organização e programas geridos por entidades vinculadas ao poder público, Bancos de
Desebvovimentos, etc...
2.6.1.1 - Fundos Especiais de Instituições Públicas:

Principais orgãos que concedem financiamento através de fundos especiais;

a) BNDES:
Características;
- Criado em 1952
- Objetivo - financiar projetos de desenvolvimento de infra-estrutura (energia, transporte e
comunicação)
- atua diretamnete através de prestação de aval ( é a garantia à obtenção de emprestimo
través de outras instituições).
- participa societariamente através da compra de ações preferenciais das empresas com o
objetivo de injetar capital.
- concede emprestimos diretos apartir de linhas especiais, por ele gerenciado.
- atua indiretamente através dos agêntes financeiros do POC ( programa de operação
conjunta) reservando os finciamentos para empresas privadas nacionais.

b) BANCO DO BRASIL:
Características;
- É o maior banco comercial do País;
- recebe depósitos do público;
- oferece linhas de desconto de duplicatas;
- gerencia fundos e convênios com países estrangeiros ( Alemanha, Inglaterra, Estados
Unidos, Bélgica, etc...)
- Apoia o setor agricola, pecuário e extrativista ( Carteira de Crédito Agricola e Industrial);
- Gerência as operações de garantia de preço mínimo de produtos agricolas, em convênio
com CFP (companhia de financiamento da produção) supervisionada pelo BC.
2.6.3 - Financiamento por Títulos:

Quando uma empresa decide emitir títulos, ela assume o compromisso


de pagar uma quantia fixa de juros e a promessa de pagar o valor de face na data de
vencimento, ou emite Warrants e Conversíveis, que dão direito aos seus donos de comprar
ações ordinárias a um preço predeterminado. Para Ter esse privilégio, os investidores fazem
certas concessões: eles concordam em receber um retorno menor sobre os títulos que eles
compraram e normalmente concordam em aceitar menos proteção que é dadda aos
debenturistas simples, no caso de falência.
As empresas acham esses títulos uma fonte atrativa de fundos devido ao
custo de capital ser menor.
2.6.3.1 - Warrants:

- Prazo de duração de 3 a 5 anos ( perpétuos);


- Opção de adquirir uma quantidade de ações a um preço preestabelecido;
- O preço de exercício é, geralmente de 15% a 20% acima do preço
corrente da ação;
- O valor de warrant deriva das expectativas dos investidores de que o
preço da ação ficará acima do preço de exercício, dando-lhes, desse
modo, a oportunidade de gerar lucro. Se essa expectativa não existir, os
warrants não teriam valor, e ninguém se interessaria por eles. Espera-se
também que os lucros da empresa cresçam no futuro, distribuindo
maiores dividendos. Quando os dividendos estão elevados o suficiente,
eles tornam as ações uma proposição atraente.

2.6.3.2 - Títulos Conversíveis:

- Cláusula de Chamada; capacita a empresa emissora a forçar os


investidores a trcar o título por uma quantidade de ações a um preço
específico.
- Título Conversível 1.000, prêmio de chamada 10%, recompra a 1.100.
- Data de resgate, quando não são recomprados nem convertidos.
- Postergar a eventual emissão de ações.
- Preço de conversão, preço pelo qual o título pode ser trocado pela ação.
- Maior proteção que as ações.
- O valor de mercado do conversível não declinará abaixo do valor do
título, mesmo com a queda da ação.

3 CUSTO DE CAPITAL

RISCO DO NEGÓCIO:
Relacionado com o comportamento do LAJIR, ou Lucro
Operacional, em consequência das variações nas vendas da empresa, variação das receitas
de venda.

RISCO FINANCEIRO:
Relacionado com a variação do lucro por ação da empresa
(LPA). Decorre das variações do LAJIR afetado pela composição do financiamento a longo
prazo, tais como leasing e ações preferenciais em sua estrutura de capital a empresa elevará
seu risco.
Conceito de Custo de Capital: É o preço que a empresa paga pelos fundos obtidos junto
à suas fontes de capital.

obs. O custo de capital constitui o padrão para a tomada de decisão de investimentos. A


medida que aplicamos recursos com retorno superior ao custo do capital, a empresa acha-se
no caminho da maximização dos recursos para aqueles que nela investiu. e por isso que o
custo de capital tambem pode ser definido como sendo a taxa mínima que os projetos de
investimento devem oferecer como retorno.
obs.:
Determinação de Custo: Valor Atual
V= N
F0 = F1 + F2 + ..... + FN ------------
------ ------ ------- (1 + i)ⁿ
1+ K (1+K)² (1+K)ⁿ Equivalência de Capital(Desc. Racion.Comp)
Sv = C1 + C2 + ... Cn
onde: F0 = ∑ FN ------- --------- ---------
--------- (1+i)¹ (1+I)² (1+i)ⁿ
(1+K)ⁿ

Legenda:

FN = Fluxo de recebimento ou pagamento no período N.


K = custo explícito da fonte, correspondente a taxa .
N = número de períodos.

Exercício:
Aquisição de uma torno;
Condições:
a) compra a prazo para pagamento em 4x de R$ 60.000,00
b) compra a prazo para pagamento único em 60 dias R$ 125.000,00
c) Compra a prazo para pagamento em 30 dias R$ 96.000,00
d) Compra a prazo para pagamento em 30 dias R$ 70.000,00 e 60 dias R$ 70.000,00
c) à vista R$ 90.000,00

K= 12% a.m.
3.1 - Custo de Capital Próprio:

P0 = DT Segundo Gordon e Shapiro, no livro


------------ "Capital Equipment Analysis"
KS - G

P0 = Valor de uma ação


DT = Dividendo por ação, esperado para a data t (período)
KS = Taxa de desconto apropriada para o risco assumido pelos fornecedores de capital
próprio.
G = crescimento dos dividendos por ação por período.

Logo: DT = P0 (KS -G)

DT = (KS -G)
------
P0
KS = DT + G
------
P0

onde: KS poderia ser interpretado como Taxa Exigida de Retorno para Investimento em
Ações da Empresa.

obs.: conhecendo a cotação da ação, tendo projetado o próximo dividendo por ação e tendo
estimado a taxa G de crescimento, disporíamos de uma estimativa de mercado para o Custo
de Capital Próprio da Empresa.

obs. o dividendo por ação, esperado para o período (DT), será igual ao valor atual
capitalizado pelo período exigido.

DT => D1 = D0 (1+G)
D2 = D0 (1+G) x (1+G)

DT = D0 (1+G)ⁿ

Ex. DT = R$ 5,00 por ação


G = 15% a.a
P0 = R$ 30,00
Calculo do KS
2 - Qual o retorno de um investidor, que pretende investir em ações de determinada
empresa por dois anos (período) que oferece;

a) D1 = R$ 4,85 p/ação ( dividendo por ação)


b) G = 17% a.a. ( taxa de crescimento, ou correção dos dividendos)
c) P0 = R$ 27,00 ( valor de uma ação)
d) KS = ? ( taxa mínima exigida de retorno do investimento)

obs.: quando o Capital Próprio é obtido com a emissão de novas ações, a empresa incorre
em despesas que seriam inesistente, quando este mesmo capital é conseguido com a
retenção de lucros.

Ações Ordinárias:
Definição de custo de ação ordinária;
O valor de uma ação numa empresa é
determinada pelo valor atual de todos os dividendos futuros que deverão ser pagos sobre a
ação. A taxa de desconto destes dividendos esperados e que irá determinar seu valor atual.

Valor atual = custo da ação ordinária


Taxa de crescimneto: taxa constante de distribuição de dividendos correspondente a uma
porcentagem constante dos lucros por ação, baseada no crescimento passado dos lucros
obtidos pela empresa.

Classe de Risco: Risco do Negócio e Risco Financeiro.

Calculo do Custo da Ação Ordinária:


É geralmente definido como a taxa segundo a qual os
investidores descontam os dividendos esperados da empresa, a fim de determinar o preço de
mercado de uma ação ordinária. A taxa de desconto é uma função de retorno livre de risco,
avaliando o crescimento constante. Pelo modelo gordon o valor de uma ação é o valor atual
de todos os dividendos previstos que gerará por um horizonte de tempo infinito.

Ks = D1 P0 = preço corrente da ação ordinária


-------------- +g D1 = dividendo por ação esperado no ano 1
P0 Ks = taxa de retorno exigida da ação ordinária
g = taxa anual de crescimento constante nos
dividendos e lucros
1 : A companhia Dez está tentando determinar o custo de uma nova emissão de ações
ordinária (Ks). O preço vigente de mercado (P0) de cada ação é R$ 50,00. A empresa
espera pagar em dividendo (DT) de R$ 4,00 ao fim de 2008. Os dividendos pagos sobre a
açào ordinária durante os últimos seis anos (2002 a 2007) são;

Ano Dividendo
2007 3,80
2006 3,62
2005 3,47
2004 3,35
2003 3,12
2002 2,97

A empresa manteve uma taxa fixa de distribuição de dividendos de 2002 a 2007. Através de
juros compostos poderemos achar a taxa anual de crescimento dos dividendos (g) durante
este período. Aproximadamnete?............

o custo da ação ordinária é de............%. Representa o retorno exigido pelos acionistas sobre
seu investimneto para deixar o preço de mercado das ações existente da empresa inalterado.

Custo de novas Emissões de Ação Ordinária:


Para determinar o custo total de capital para
financiar projetos, é preciso dar-se atenção ao custo de novas emissões de ação ordinária.
O custo de novas emissões pode ser determinado, com a redução porcentual no preço
corrente de mercado que pode ser atribuido a custos de colocação que consiste de taxa de
subscrição (underwriting) e deságio.

DT
K n =---------------- + g f = custo total de colocação de novas ações no mercado
(1 - f) x P0

2: Seguindo o exercício anterior; DT=4, P0=50,00, g= 5% com Ks= 13%. A fim de


determinar seu custo de novas ações ordinárias Kn, a Companhia Dez estima que as novas
ações podem ser vendidas por R$ 49,00. O deságio de R$ 1,00 por ação é necessário devido
à natureza competitiva do mercado. Um segundo custo associado com a nova emissão é a
underwriting de 0,75 por ação, que seria paga para cobrir os custos de venda da nova
emissão. Portanto os custos totais de colocação por ação são esperados em R$1,75.
Expressando o custo de colocação de R$1,75 por ação como porcentagem do preço corrente
de mercado de R$50,00 por ação resulta em uma porcentagem de colocação (f) de 3,5%
3 - Uma empresa pretende captar recursos com a emissão de ações ordinárias qual é o custo
mínimo de retorno de investimento nessas ações levando em consideração também o custo
de emissão. Sendo o valor de uma ação de R$ 30,00 com taxa de crescimento de dividendo
em 15% a.a. e dividendo esperado de R$ 5,00, sendo a taxa de despesas de emissão de 5%
a.a.
Qual é o custo de capital obtido com a emissão dessas novas ações.

4 - Conforme o exercício, levando em consideração o custo de emissão de novas ações

Ações Preferenciais:

Dividendos de ações Preferenciais:

Devem ser pagos antes da distribuição de qualquer lucro


ao acionista comum. O montante de dividendo poderá ser declarado em Montante
Monetário (x reais / Ações Preferenciais de R$4,00) ou Montante Porcentual (taxa anual/
ações preferenciais de 9% ).
Cálculo do Custo da Ação Preferencial:

O custo da ação preferencial (Kp) é obtido dividindo-se


o dividendo preferencial (Dp) pelos recebimentos líquidos da venda da ação preferencial
(Np ou P0). Os recebimentos líquidos representam o montante de dinheiro a ser recebido,
livre de quaisquer despesas de emissão e vendas, exigidas para se negociar a ação.
Por exemplo; se cada ação preferencial for vendida por R$ 100,00, incorrendo-se porém
numa taxa de emissão de R$ 3,00 por ação os recebimentos líquidos da venda serão R$
97,00

Kp = DT ou Kp = dp
------------- ----------- o DT é fixo
P0 (1-V) Np

KP = taxa de retornpo exigida pelos investidores em ações preferenciais não se estima taxa
de crescimento.

P0 = preço de ações preferenciais


V = custo de emissão de ações preferenciais.

obs.: em casos especiais G= 0, isto é não se espera qualquer crescimento dos dividendos por
ação em particular para ações preferenciais, que são oferecidas com dividendos fixos.

quando as ações preferênciais tem dividendo mínimo vale o calculo de Custo de Capital
obtido com a equação utilizada para calculo de Custo de Capital de ações ordinárias (KE).

Exercícios sobre Custo de Capital.

1 -A Companhia Dez está pensando em emitir ações preferenciais de 9% ( montante


porcentual) , que devem ser vendidas por R$ 85,00 cada ação. O custo despendido ao se
emitir e vender cada ação deve ser de R$3,00. A empresa deseja determinar o custo da ação.

o custo das ações preferenciais é de .............%


(custo de emprestimo, juros é dedutível para fins de IR)
2 - Uma empresa efetuou uma pesquisa de mercado e verificou quatro situações diferentes
para aquisição de matéria-prima a prazo. Taxa de 25,3% a.m.

a) Aquisição com uma entrada de R$ 500,00 e duas prestação avencer em 30 e 60 dias de


valor igual de R$ 600,00.
b) Aquisição para pagamento em 60 dias, sem entrada, no valor de R$ 1.950,00
c) Aquisição sem entrada, sendo que no primeiro mes o valor a pagar seria de R$ 600,00 no
segundo de R$ 800,00 e no terceiro 900,00.
d) Aquisição para pagamento em 60 dias no valor R$ 1.500,00 com uma entrada de R$
450,00.
Pergunta-se; qual a melhor alternativa de aquisição de matéria-prima?

3 - Uma empresa pretende implementar suas atividades, porém, para isso, sente necessidade
de prever a taxa de retorno para o investimento em ações. Ela sabe que suas ações valem R$
158,40 p/ação, o crescimento dos dividendos por ação, por período, são estimados em
102% a.a. e os dividendos esperados por ação são de R$ 108,20 por ação. Qual o custo de
capital próprio da empresa?

4 - Uma empresa obtém capital próprio, através de emissão de novas ações e incorre em
custo de emissão que são de 12% do preço bruto de emissão. Sabendo-se que os dividendos
esperados por ação, é de R$ 58,70 p/ação, que o valor de uma ação é de R$ 31,00 e que o
crescimento dos dividendos por açào são estimados em 89% a.a..Qual o custo de capital
obtido pela emissão dessas novas ações?
5 - Supondo-se que no exercício anterior não se espere qualquer crescimento dos
dividendos por ação. Qual o custo do capital obtido pela emissão dessas novas ações?

3.2 - Custo Médio Ponderado de Capital:

Este custo é obtido pela média das taxas das diversas modalidades de recursos
obtidos pela empresa, após o IR, ponderada pela participação relativa de cada modalidade
no capital total da instituição. Sendo esta composição denominada de estrutura financeira
da empresa.

Essa ponderação deve existir por dois motivos

1- As diversas fontes, dada as suas características particulares, apresentam diferenças de


riscos para os investimentos ou fornecedores de capital, dessa forma oferece taxas
diferenciadas, isto é custo de capitação diferentes de acordo com o recurso obtido.

2- Como padrão de avaliação da conveniencia de investimentos, não poderemos concentrar


a obtenção de recursos em apenas uma fonte, isto é se a estrutura de capital for montada
apenas com capital proprio, estaremos comprometendo a alavancagem bem como a
remuneração deste capital, já se utilizarmos intensivamnete capital de terceiros, no futuro
estaremos com a estrutura comprometida ao atingirmos o limite de endividamento.

Para se calcular o Custo Médio Ponderado necessitamos de duas informação;


a) O custo de cada fonte depois do IR,
b) A participação de cada fonte no capital total, na prática usa-se o valor contábil.
Exercício de CMPC:

Uma empresa utiliza as seguintes fontes de recursos;


a) emprestimo no valor de R$ 10.000,00, ao custo efetivo de 35% a.a., depois do IR,
b) debêntures simples, no valor de R$ 5.000,00 a 40%a.a., depoius do IR,
c) ações preferenciais no valor de R$ 5.000,00 a 45%a.a.
d) capital próprio, no valor de R$ 10.000,00 a 55% a.a.
Qual o Custo Médio Ponderado de Capital da empresa?

FONTE CUSTO A PARTICIPAÇÃO B Ax B

CMPC------------------------------------------------------------------->TOTAL
Capital R$ 30.000,00

3.3 - Custo Marginal de Capital:

É definido pela variação total de financiamneto da empresa, efetuando um acrescimo


na sua estrutura de fonte. Isto é a elaboração de projetos com o objetivo de criar uma nova
ou acrescentar alguma fonte de recurso a estrutura financeira da empresa.

Exercício; Uma empresa utiliza as seguintes fontes de recursos:

FONTE RECURSOS CUSTO A PARTICIPAÇÃO B Ax B

Emprestimo CP 5.000,00 0,35


Emprestimo LP 3.000,00 0,30
Debêntures 4.000,00 0,40
Ações Preferênciais 6.000,00 0,45
Emissão de Ações Or 3.000,00 0.45
Lucro Retidos 2.000,00 0,55
TOTAIS

Capital R$ 23.000,00 Custo Médio Ponderado de Capital =................%


Essa mesma empresa, tem como projetos de investimento;

PROJETO MODALIDADE VALOR

A Emprestimo 3.000,00
B Debêntures 5.000,00
C Ações Preferênciais 4.000,00
D Capital Próprio
emissão de ações 3.000,00

Os Projetos tem por custo;


A - 38% a.a. depois do IR
B - 38% a.a. depois de IR
C - Dividendos oferecidos de 39% a.a.
despesas de colocação de 8%a.a.
valor da ação de R$ 1,24
D - Dividendo prometido de 26,5% a.a.
taxa de crescimento 13% a.a.
despesa de emissão de 8% a.a.
valor da ação de R$ 1,32
Cálculo do custo do projeto "C"- Ações Preferênciais;

Cálculo de custo do projeto "D" - Ações Ordinária


PROJETO FONTE VALOR CUSTO A PARTICIPAÇÃO B Ax B

A Emprestimo 3.000,00
B Debêntures 5.000,00
C Ações Preferenciais 4.000,00
D Cap.Prop.emissão Ações 3.000,00
---------------------------------------------------------------------------------------------------------
TOTAL 15.000,00

Custo Médio Ponderado Marginal de Capital = ............% a.a.

4 ANÁLISE DE DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

4.1 - Introdução:

São instrumentos utilizados pelos gerentes financeiros em suas


tarefas de análise numérica das transações da empresa. Visão prospectiva sobre o
desempenho geral da empresa, visando controlar as dificuldades de Liquidez ou
rentabilidade insuficiente.

I - Demonstrações financeiras primárias;


- Balanço Patrimonial,
- Demonstração do Resultado.

II - Demonstração financeira secundárias;


- Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR)

III - Métodos de Análise


- Horizontal;
- Vertical;

IV - Índices Financeiros;
- Grandezas relativas, construídas apartir dos números contidos nas
demonstrações financeiras.
4.2 - Demonstrações Financeiras Primárias:

a) Balanço Patrimonial;
Registro contábil resumido do valor do ativo, do passivo e
do patrimônio líquido.

b) Demonstrações de Resultado;
É um relatório em que a empresa indica os resultados das
suas atividades num período específico. Os dados constantes nesta demonstração são
valores acumulados entre duas datas o que significa dizer que podemos conhecer o
resultado do período (Lucro ou Prejuízo).
Em se tratando de demonstrações contábeis financeiras é
obedecido o regime de competência do exercícios ou seja receitas e despesas não
seguinifica necessariamente entradas e saídas de caixa.

II - Demonstrações Financeiras Secundárias:

c) Demonstração de Origem e Aplicação de Recursos (DOAR)

I - Fluxo de Recursos;
A administração financeira preocupa-se com a tomada de
medidas para que a empresa consiga os recursos necessários e apropriados às suas
atividades, nas melhores condições em termos de prazo, custos, quantidades, segundo a
capacidade de endividamento, bem como a análise da maneira pela qual esses fundos são
empregados.

- O conceito de recursos possui dois significados


diferentes;
1 - ele pode representar os recursos disponíveis em dinheiro para a empresa e nesse
caso o termo recurso, corresponde ao que conhecemos por disponibilidade.
2 - corresponde a idéia de dinheiro, mais direitos a curto prazo, conhecido como
capital de giro líquido.

II - Tipos de Origem e Aplicações de Recursos possíveis dentro de uma empresa


(DOAR):

Origem de Recursos:
Consideramos origem de recursos tudo o que , de alguma forma,
represente ingresso de dinheiro na empresa, esses recursos podem vir de Sócios/Acionistas,
fornecedores, bancos, adiantamento de clientes.

a) As origens são aquelas variações de saldos que representam recursos recebidos


pela empresa seja por fornecimento direto ou pela liquidação de investimentos ou ainda por
deduções escriturais que não representam movimentação de caixa;
a1) Aumento de contas de exigíveis e não-exigíveis
a2) Reduções de saldos de contas de ativos(dividendos rec. de coligadas/control)
a3) depreciações, cuja origem esta nos recursos gerados pelas vendas, mas que
por serem deduzidas para fins de apuração do lucro tributável, devem ser novamente
somadas, para dar uma idéia precisa dos fundos gerados pelas operações da empresa.

Aplicação de Recursos:

São classificados como aplicações a destinação dada aos recursos ingressados na


empresa. As aplicações podem ocorrer no GIRO da empresa ou em investimentos,
imobilizados, etc.

III - Utilização da DOAR :

a) Demonstrar o comportamento dos investimentos em ativos e a evolução das vendas tanto


no passado como base em projeções para o futuro.
b) Permitir estimativas de necessidades de recursos a fontes internas e externas bem como
equilibrar apropriadamente esses fundos.
c) Examinar relações entre dividendos e lucros ligando-os as exigências de fundos da
empresa.
d) Apontar a proporcionalidade entre o crescimento das vendas e o financiamento dos
ativos correntes que resultam do volume de vendas.
e) As relações de adequação entre as fontes de curto e longo prazo e as aplicações
correspondentes.

obs.: Em geral a DOAR permite uma análise da composição das origens quanto a prazo
procedência e tipos e a sua evolução no tempo bem como suas aplicações.
4.4 - ANÁLISE HORIZONTAL E VERTICAL

Diagnosticar a situação atual da empresa, análise econômico-


financeira.

4.4.1 - Análise Horizontal:

Entende-se por análise horizontal de demonstrações


financeiras, o comportamento da evolução no tempo de uma conta (97 -> 98).
Consequentemente esta evolução envolve o calculo de
porcentagem de variação de cada item de uma demonstração entre um período e outro
quando tratamos de balanço patrimonial e demonstração de resultados.
Por certo a utilização tanto da análise horizontal quanto da
análise vertical reside na possibilidade de comparações dos resultados obtidos com algum
outro índice econômico.
No caso da análise horizontal é interessante relacionarmos
as variações dos itens, tais como vendas, patrimônio, lucro, custos de produtos vendidos,
por exemplo a indicadores como taxa de crescimento da economia como um todo, ou do
setor ao qual a empresa pertence, taxa de inflação, ou a evolução dos mesmos itens em
relação aos concorrentes. Além dessas situações a evolução de um item pode ser comparado
a outra quando houver uma relação presumida entre as duas, por exemplo custo de produtos
vendidos e estoques de produtos acabados, o crescimento mais rápido deste último pode
refletir um investimento excessivo em estoques, imobilizando recursos que poderiam ser
utilizados em outras áreas.

4.4.2 - Análise Vertical:

Em relação a esse segundo enfoque, sob os valores de


demonstrações contábeis financeiras, devemos nos preocupar agora com a participação de
cada item no total através de cálculos percentuais. Isto é utilizaremos esta análise para
verificar a contribuição de cada conta no valor total da demonstração.
A análise vertical bem como a análise horizontal,
complementam-se uma a outra e devem ser analisadas a contribuição das contas na
composição geral do patrimônio e sua evolução.
4.5 - INDICES FINANCEIROS:

As demonstrações contábeis financeiras também podem


servir para a constituição de índices (grandezas comparáveis obtidas a partir de valores
monetários absolutos) destinados a medir a posição financeira e os níveis de desempenho
da empresa em diversos aspectos.

4.5.1 - INDICES DE LIQUIDEZ:

Mede a capacidade da empresa em saldar seus


compromissos num determinado instante de tempo.

4.5.1.1 - Índices de Liquidez Corrente:

Este índice relaciona através de um


quociente, os ativos e os passivos de curto prazo, sendo uma medida mais usada para
avaliar a capacidade de uma empresa em saldar seus compromissos em dia. Contudo tal
índice apresenta dois defeitos básicos;

a) Trata Indistintamente, todos os itens do ativo circulante,


não levando em consideração a liquidez dos mesmos, que é
variável.

b) O que importa não é o que existe no ativo e no exigível,


numa determinada data, mas a velocidade com que à partir desta data os ativos serão
convertidos em dinheiro, sem redução de valores, e os passivos circulantes chegarão aos
seus vencimentos. Para efeito prático deveremos conjugar ao uso do índice de liquidez
corrente, a outros índices que reflitam essa velocidade.
Exemplo: prazo médio de cobrança;
prazo médio de pagamento;
rotação de estoque de produtos acabados,

Formula Ativo Circulante


ILC = ------------------------
Passivo Circulante
4.5.1.2 - Índice de Liquidez Seca:

Ativo Circulante - Estoques


ILS = ------------------------------------
Passivo Circulante

A formulação deste índice corresponde a uma tentativa de sanear as deficiências do ILC,


excluindo do ativo circulante o item estoque, ou seja o ativo de realização mais
problemático dentro dessa categoria.

Na verdade em condições normais a maior parte dos estoques são transformados em


contas a receber e estes em disponibilidades, após algum tempo. Salvo em casos de
liquidação de estoques que poderemos ter um disponível mais rapidamente, mas com
grandes descontos sobre o valor contabilizado, reduzindo efetivamente a sua contribuição
para liquidez da empresa. Em um menor grau este índice também tem distorções como o
ILC. Quanto maior for a diferença entre o ILC e o ILS, maior tende a ser a dependência da
liquidez de uma empresa em relação a comercialização de seus estoques (dependência de
vendas do estoque).

4.5.1.3 - Índice de Liquidez Imediata:

Disponibilidade + Aplicações Temporárias


ILI = ------------------------------------------------------
Passivo Circulante

Este índice representa mais um passo na direção de uma medida mais satisfatória
da liquidez de uma empresa, comparando as obrigações de vencimento a curto prazo, com o
que a empresa possui em dinheiro, ou pode prontamente transformar (aplicações
temporárias de excedente de caixa em títulos, letras de cambio, etc...)

4.5.1.4 - Capital de Giro Líquido:

CGL = Ativo Circulante - Passivo Circulante

Esta relação fornece em valores monetários absolutos, a mesma noção


adjacente do índice de liquidez corrente, ou seja a proporção de ativos transformáveis em
dinheiro para saldar compromissos com vencimentos a curto prazo.
4.5.2 - ÍNDICES DE RENTABILIDADE:

Tais índices são medidas variáveis do lucro da empresa em


relação a diversos itens, conforme o ponto de vista adotado, já que o próprio lucro possui
significado diferente.

4.5.2.1 - Margem Operacional Líquida;

Resultado Operacional + Despesas Financeiras - Receitas Financeiras


MOL = ------------------------------------------------------------------------------------
Receita Operacional Líquida

Lucro Operacional
Margem Operacional = -------------------------------------
Vendas Operacionais

-->este índice mede o êxito alcançado pela empresa na obtenção de preços de vendas
superiores aos custos necessários para colocação dos produtos e/ou serviços junto ao
consumidor e ou usuário.

4.5.2.2 - Margem Líquida;( Margens de Lucratividade)

Resultado Líquido do Exercício lucro líquido


M L = ------------------------------------------------------- = -------------------------------
Receita Operacional Líquida vendas líquidas

--> este índice compara o lucro pertencente aos acionistas, com o volume
de vendas gerados pela empresa em suas operações.

4.5.2.3 - Retorno sobre o Ativo:

Lucro Líquido
R.A. = ---------------------------------
Ativo Total
Mede a rentabilidade obtida sobre o total de recursos aplicados na empresa, tanto próprios
como de terceiros, ou seja, quanto o lucro líquido obtido representa do total de recursos
aplicados no período.

4.5.2.4 - Retorno sobre o Patrimônio Líquido:

Lucro Líquido
R.P.L. = --------------------------------
Patrimônio Líquido

Mede a rentabilidade obtida sobre os recursos próprios empregados na Empresa, ou seja,


quanto o lucro líquido representa do total de recursos próprios aplicados no período.
Este é o meio de medir o retorno sobre o investimento dos acionistas de uma empresa,
depois que todas as taxas e juros tenham sido pagos. Neste sentido é uma boa medida para
analisar o poder de geração de lucro do investimento do acionista, o que é crucial para o
analista financeiro.
A análise da rentabilidade do Patrimônio Líquido quanto à sua taxa está diretamente ligada
aos níveis de inflação do período e do rendimento dos títulos no mercado de capitais.

b - Retorno sobre o Capital dos Acionistas;

Resultado Líquido do Exercício


R.C.A. = ------------------------------------------------------
Patrimônio Líquido Médio

--> este índice mede o rendimento obtido pela empresa como remuneração do investimento
dos acionistas( os fornecedores de capital de risco).
O numerador é realmente o lucro pertencente aos acionistas, qualquer que seja a
designação
O denominador representa o volume médio do investimento mantido pelos acionistas
dentro da empresa (usa-se a média aritmética simples). Na maioria dos livros de finanças
não se costuma calcular o valor médio.

4.5.2.4 - Retorno sobre o Ativo Operacional

Resultado Operacional + Despesas Financeiras - Receitas Financeiras


RAO = --------------------------------------------------------------------------------------
Ativo Operacional Líquido Médio
--> este índice de rentabilidade mede as operações básicas da empresa em relação aos
recursos (ativos) aplicados nessas operações.
No caso das empresas industriais ou comerciais recomenda-se excluir, como ativos
não operacionais:
a) As aplicações em títulos resgatáveis a curto prazo;
b) ativos imobilizados técnicos ( um terreno por exemplo que não tenha planos de
utilização imediato)
c) Imobilizados financeiros; aqueles que não são essenciais as atividades fim da empresa.

4.5.3 - Índice de Eficiência Operacional:

Os índices de eficiência operacional procuram medir a rapidez com que certos


ativos giram dentro de um período.

objetivo: Quanto maior o giro (expresso por um número de vezes, rotação ou volta por
período) dado o volume de operações, mais eficiente tende a ser a administração no aspecto
específico analisado, pois isso significa que a empresa esta sendo capaz de gerar um volume
de operações com um mesmo investimento.

4.5.3.1 - Giro do Ativo Operacional ou Rotação do Ativo Operacional


Mede quantas vezes o Ativo Operacional da Empresa girou no período
considerado
obs. ativo operacional médio = ativo médio - investimento médio ou ativo total - investimento

Ativo Médio = Ativo Anterior + Ativo Atual


---------------------------------------
2

Receita Operacional Líquida Vendas Líquidas


GAO = ----------------------------------------- = --------------------------------
Ativo Operacional Líquido Médio Ativo Operacional Médio

A rotação do Ativo Operacional possibilita medir com que velocidade os recursos aplicados
nas operações da Empresa retornam a ela.
4.5.3.2 - Giro do Capital dos Acionistas:

Receita Operacional Líquida


GCA = -----------------------------------
Patrimônio Líquido Médio

O GCA reflete a velocidade ou a eficiência relativa com a qual são usados os recursos da
empresa para atingir um certo volume de atividade.

4.5.3.3 - Giro do Estoque de Produtos Acabados:

G.E. = Custo dos Produtos Vendidos


-------------------------------------------
Estoque Médio de Produtos Acabados

Este índice relaciona o volume médio investido em estoques, ao montante vendido no


período analisado, já que os estoques são contabilizados ao preço de custo, a menos que o
valor de vendas caia a níveis mais baixos.
Podemos calcular o tempo médio de um giro completo; assim se o GE nos fornecer um
índice igual a 4 o estoque médio de produtos acabados corresponde a; 365 / 4 = 91,25 dias
de vendas.

4.5.3.4 - Giro de Contas á Receber ( Saldo)

Vendas a Prazo
GCR =--------------------------------------
Saldo Médio de Contas a Receber

O GCR indica o número de vezes que o saldo médio de vendas a crédito está contido no
volume total de vendas dentro de um período.
O índice médio de tempo correspondente a 365 / pelo giro de contas a receber é o
que denominamos prazo médio de cobrança.

365
PMC =----------------------------
GCE

este índice reflete o número efetivo de dias necessários em média para que os clientes da
empresa efetuem os pagamentos devidos em operações de créditos.
4.5.3.5 - Giro de Saldo de Fornecedores ( Contas à Pagar)

Compras de Materiais à Prazo


G F = -----------------------------------------
Saldo Médio de Fornecedores

O giro de fornecedores nos dá o saldo dos valores devidos em relação ao volume de


aquisições da empresa.

• prazo médio de fornecedores é calculado


365
PMF =------------
GF

4.5.4 - ÍNDICES DE ENDIVIDAMNETO ( LEVERAGE)

Mede o financiamento originário de terceiros comparados com recursos próprios.


Se os recursos próprios representarem apenas uma pequena parte do financiamento total, os
riscos da Empresa recaem principalmente sobre os credores.
Basicamente é a relação recursos de terceiros por recursos próprios, ou quantos
reais de terceiros se tem para cada R$ 1,00 próprio.

Capital de Terceiros
I.E. = ----------------------------------
Patrimônio Líquido

4.5.4.1 - Endividamento de Curto Prazo;


Mede a proporção de recursos de terceiros obtidos a curto prazo em relação aos
recursos próprios investidos na empresa.

Passivo Circulante
I.E.C.P. = --------------------------
Patrimônio Líquido

4.5.4.2 - Endividamento de Longo Prazo;


Mede os recursos de terceiros obtidos a longo prazo em relação ao capital próprio.

Exigível de Longo Prazo


I.E.L.P. = -------------------------------
Patrimônio Líquido
5 - PLANEJAMENTO FINANCEIRO:

O planejamento financeiro é desenvolvido fundamentalmente através da projeção de


demonstrações contábeis, como estimativas mais aproximadas possíveis das posições
economica-financeiras, baseando-se em Previsão de vendas crescimento da economia como
um todo e crescimento do setor em que a empresa atua.
O principal objetivo de se criar um planejamento financeiro, é para termos de ante
mão uma visão do desempenho da empresa em exercícios seguintes, baseado nos indices de
liquidez, rentabilidade, eficiência operacional, endividamento, sendo assim possível uma
tomada de decisão mais coerente, bem como uma visão antecipada dos problemas, para que
se possa saneá-los antes que ocorram

Módulo 6 - ORÇAMENTO EMPRESARIAL:

O orçamento é simplesmente um plano financeiro. Um Orçamento


Empresarial é um plano detalhado de como os fundos podem ser obtidos e dispendidos em
mão-de-obra, matéria-prima, bens de capital e assim por diante. Também pode ser utilizado
como um dos dispositivos de formulação dos planos da empresa e como um controle sobre
os diversos departamentos. Desta forma, o Orçamento é uma ferramenta gerencial utilizada
para o planejamento como para o controle.

6. 1 - Natureza do Processo Orçamentário:

Fundamentalmente, o Processo Orçamentário é um método de aperfeiçoamento


das operações; é um esforço para especificar o que deve ser feito para realizar o trabalho da
melhor maneira possível. O Orçamento Empresarial deve ser visto como um dispositivo
para limitar as despesas; o Processo Orçamentário é uma ferramenta para obter a utilização
mais produtiva e lucrativa dos recursos da empresa. O Orçamento requer um conjunto de
padrões de performance ou objetivos que possam ser comparados aos resultados reais.
O Processo Orçamentário, em suma, aperfeiçoa a coordenação interna. As
decisões para cada produto em cada estágio- na pesquisa, na produção, no marketing, ao
nível de pessoal e financeiro- tem um verdadeiro impacto sobre os lucros da empresa.
O planejamento e o controle são a essência do planejamento do lucro, e o
Sistema Orçamentário fornece uma imagem integrada da operação da empresa como um
todo.
sistema orçamentário
objetivos ou metas
previsão de vendas
política de fabricação marketing financeiras pesquisa
demonstrativo financeiro orçamentário
fluxo de caixa
demonstração de resultados
balanço patrimonial
planejamento financeiro
6.2 - Características do Orçamento:

a) Funções Básicas do Orçamento: - Planejar


- Coordenar
- Controlar

b) Tipos de Orçamentos: - Base Zero


- Histórico
- Estratégico
- Participativo
- Programa

c) Premissas Básicas - Quem executa orça


- Detalhamento viável para controle
- critério realista de projeção
- estreito relacionamento com as áreas envolvidas.

d) Vantagens:- analise antecipada das políticas básicas


- participação no processo de estabelecimento de objetivos e preparação de
planos e elaboração de planos em harmonia entre os departamentos
- análise antecipada em todos os níveis
- atenção aos efeitos das tendências esperadas da economia.

6.3 - Principais Motivos do Fracasso do Planejamento e Controle:

- Falta de Apoio da Alta Administração


- Implementado muito rápido
- Previsão, ou Sistema Inadequado
- Previsões Audaciosas
- Falta de Cooperação das Áreas
- Falta de análise dos resultados
- Procedimentos não definidos.

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