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Se a intenção de um interlocutor é contar um fato, real ou fictício, ele optará por produzir um texto, verbal
ou visual, que apresente, em sua estrutura, o fato, as personagens que o viveram, o momento e a época em
que o fato ocorreu.
Se a sua intenção é a de opinar sobre um fato, ele produzirá um texto que se organiza em torno de
argumentos, pois sua finalidade é convencer seu interlocutor.
Se a intenção é a de instruir, ele indicará passo a passo o que deve ser feito para se obter um bom
resultado.
Se a intenção for transmitir conhecimentos, o locutor deverá produzir um texto que exponha os saberes e
seja capaz de construí-los de forma eficiente.
Assim, quando interagimos com outras pessoas por meio da linguagem, seja a linguagem oral, seja a
linguagem escrita, produzimos certos tipos de textos que, com poucas variações, se repetem no conteúdo, no
tipo de linguagem e na estrutura, constituindo os chamados Gêneros Textuais.
01. O postal
02. A carta pessoal 18. A carta persuasiva do leitor
3. A receita 19. A crítica
4. O texto de campanha 20. O editorial
5. O cartaz 21. A crônica
6. O relatório 22. A crônica argumentativa
7. O texto narrativo 23. O conto
8. O texto descritivo 24. O roteiro de cinema
9. A fábula 25. O roteiro de vídeo
10. O depoimento 26. O manifesto
11. O texto teatral 27. O abaixo-assinado
12. O texto argumentativo oral em debates 28. A carta aberta
13. O texto argumentativo escrito 29. A carta argumentativa de
14. A notícia reclamação
15. A entrevista e solicitação
16. A reportagem 30. O texto de apresentação científica
17. O texto publicitário 31. O texto dissertativo
O cartão-postal
Mais conhecido por "postal" é geralmente utilizado por turistas para dar, por meio da ilustração, uma idéia do
lugar que está visitando e, ainda, enviar a parentes e amigos uma mensagem rápida com suas impressões
sobre a viagem, os passeios, os novos amigos, etc. por esse motivo costuma ser escrito em linguagem
informal.
Atualmente, é comum a utilização do "postal" com outras finalidades: promover um produto novo, fazer um
convite para o lançamento de um livro ou para um vernissage, dar um recado, fazer um agradecimento, etc.
Nesses casos, a imagem pode ser a do produto anunciado, uma reprodução da capa do livro a ser lançado
ou de uma pintura ou escultura a ser mostrada, reproduções de obras de arte, etc.
Características do cartão-postal
PRODUZINDO O CARTÃO-POSTAL
1. Imagine que você esteja em outro país, com um grupo de colegas do seu curso, em viagem de turismo.
Escreva um postal a um amigo, contando, em poucas palavras, suas impressões sobre os lugares, as
pessoas, etc. Lembre-se de colocar o nome e o endereço do destinatário.
A carta pessoal
Trata-se de um gênero textual que utilizamos quando queremos no comunicar com amigos e
familiares, dando notícias, tratando de assuntos de interesse comum, de forma mais longa e detalhada. A
carta, assim como o postal, o cartão, o telegrama, trata de assuntos particulares, empregando uma linguagem
formal ou informal, culta ou popular, dependendo da intimidade entre a pessoas que se correspondem.
Aquele que envia a carta é o remetente; aquele a quem a carta se destina é o destinatário.
Esse tipo de correspondência apresenta um estrutura que, normalmente, se compõe de local e data, vocativo
ou introdução, texto e assinatura.
Curiosidade:
No livro O amor nos tempos do cólera, do escritor colombiano Gabriel Garcia Márquez, a personagem
Florentino Ariza, apaixonada por Fermina Daza, declara seu amor numa carta de sessenta folhas escritas dos
dois lados. Na hora de enviá-la, entretanto, ele a substitui por um simples bilhete: " Você quer namorar
comigo? ".
A receita
É um gênero textual que apresenta duas partes bem definidas - ingredientes e modo de fazer -, que
podem ou não vir indicadas por títulos. A primeira parte apenas relaciona os ingredientes, estipulando as
quantidades necessárias, indicadas em gramas, xícaras, colheres, pitadas, etc.
No modo de fazer, os verbos se apresentam quase sempre no modo imperativo ( o modo verbal que
expressa ordem, conselho, etc.), pois essa parte indica, passo a passo, a seqüência dos procedimentos e da
junção dos ingredientes a ser seguida para se obter o melhor resultado da receita.
Uma receita pode apresentar outras informações, como grau de dificuldade, tempo médio de preparo,
rendimento, calorias, etc. Pode, ainda, conter dicas para decoração ou para variações.
Nesse gênero textual, costuma-se empregar uma linguagem direta, clara e objetiva, pois sua
finalidade é levar o leitor ou o cozinheiro a obter sucesso no preparo do prato culinário
Também são receitas as bulas de remédio, instruções de jogos, manuais de funcionamento e de uso
de aparelhos domésticos e de máquinas, prospectos de concursos, manuais do consumidor, guias de
cidades, folhetos explicativos sobre prevenções de doenças e epidemias, etc. que empregam a forma que for
mais conveniente para atingir sua principal finalidade: a de instruir o leitor.
Características da receita
1. contém título;
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2. normalmente apresenta uma estrutura constituída de : título, ingredientes e modo de preparo ou de
fazer;
3. no modo de fazer, os verbos geralmente são empregados no imperativo;
4. pode conter indicação de calorias por porção, rendimento, dicas de preparo ou de como decorar e
servir, etc.
5. a linguagem é direta, clara e objetiva;
6. emprega o padrão culto da língua.
Curiosidade:
Receita de olhar
PRODUZINDO A RECEITA
1. Se você é do tipo de pessoa que, vez ou outra, gosta de colocar um avental e preparar aquele seu
prato culinário predileto para a família, escreva sua receita seguindo as características desse gênero textual,
tire cópias e dê de presente para os amigos.
Esta modalidade de texto tem por objetivo esclarecer e orientar a população em geral e persuadi-la a
colaborar. Sua estrutura é bastante variável. Costuma apresentar, entretanto, algumas partes e
procedimentos essenciais, como: em que consiste a campanha, qual é o seu objetivo, o que se pode fazer
para participar.
O título de um texto de campanha comunitária costuma ser chamativo, às vezes com intenção
claramente persuasiva; outras vezes serve-se de outros recursos que despertam as curiosidades do leitor.
A linguagem, embora possa sofrer variações, normalmente é objetiva, clara e acessível a todo tipo de
público e de acordo com o padrão culto da língua. Costuma, ainda, apresentar intenção persuasiva,
principalmente na parte em que o texto pede a participação do interlocutor na campanha ou quando lhe dá
instruções de como proceder para evitar uma doença, por exemplo, ou o desperdício de água ou energia
elétrica.
1. objetiva esclarecer e orientar a população sobre uma campanha, além de pedir colaboração;
2. apresenta título chamativo, comumente persuasivo;
3. é geralmente ilustrado;
4. apresenta estrutura variável, porém normalmente esclarece em que consiste a campanha, qual é
sua finalidade, o que fazer para participar;
5. a linguagem geralmente é clara, objetiva e persuasiva, de acordo com o padrão culto da língua;
6. emprega as funções referencial e conativa, conforme seu objetivo;
7. usa verbos no imperativo.
1. Escreva o texto de uma das seguintes campanhas comunitárias, dirigidas ao público em geral.
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O cartaz
É um gênero textual normalmente composto de imagem e texto, que tem por objetivo informar e
instruir o leitor sobre um assunto que diz respeito à população em geral. Além disso, texto e imagem
constituem um recurso de persuasão para sensibilizar e conscientizar o leitor a fim de que ele participe da
campanha, seja por meio de conscientização apenas, seja por meio de doações ou trabalho voluntário.
Para atingir seus objetivos fundamentais - informar, instruir, conscientizar e persuadir -, o cartaz reúne
vários recursos, que vão desde o emprego de uma linguagem clara, direta, objetiva e concisa, no padrão
culto da língua, porém acessível a toda população, até o uso de imagens e de apelos diretos. Nos trechos em
que o cartaz visa à informação, costuma-se empregar verbos no presente do indicativo; nos trechos em que
visa à instrução e persuasão, emprega-se o imperativo.
Os cartazes costumam ser encabeçados por títulos chamativos, freqüentemente seguidos também de
subtítulos, que atraem a atenção do público a que se destina.
É costume aparecerem também os logotipos das entidades, dos grupos ou empresas que encabeçam
a campanha e os das que a apóiam, com o objetivo de dar crédito e seriedade ao que está sendo anunciado
ou pedido.
Características do cartaz
O relatório
Trata-se de um gênero textual que tem por objetivo expor a investigação de um fato estudado, de um
acontecimento ou de uma experiência científica. O assunto escolhido determina a presença ou não de
descrições de objetivos, de enumeração de material, de documentos de prova, etc. Um relatório divide-se,
normalmente, em três partes: introdução, desenvolvimento e conclusão.
Na introdução, deve constar a indicação do assunto, a experiência feita, ou o fato investigado e seus
objetivos. Sendo o trabalho realizado em equipe, devem constar os nomes das pessoas que o realizaram,
bem como a especificação da tarefa de cada um.
No desenvolvimento, deve constar o relato minucioso do fato investigado. É também, a parte em que
se levanta a hipótese, relata-se como e o que se fez e se transforma em tabela o que se observou.
Dependendo do assunto, essa parte do relatório deve conter as datas de início e término da experiência ou
da investigação do fato, o local de sua realização, os procedimentos e métodos empregados e a discussão do
assunto.
Finalmente expõe-se a conclusão a que se chegou depois da investigação do fato ou da experiência.
Dependendo do fato investigado, por exemplo, a conclusão admite que se recomende a adoção de medidas
relacionadas a ele.
A apresentação de um relatório depende do assunto e de quem o pede. Em alguns casos, o relatório
pode seguir um roteiro preestabelecido, exigir determinado número de páginas e, às vezes, até uma
apresentação, como, por exemplo, uma folha de rosto, uma sinopse, introdução, desenvolvimento, conclusão
e anexos.
Características do relatório
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PRODUZINDO O RELATÓRIO
O texto narrativo
O texto narrativo apresenta fatos em seqüência e decorrentes de uma relação de causa e efeito, isto
é, um fato causa um efeito, que dá origem a outro fato, e assim por diante.
No texto narrativo, os fatos são vividos por personagens em determinado lugar e tempo. Quem conta
a história, no texto narrativo, é o narrador, que diante dos fatos, pode assumir duas perspectivas
fundamentais, isto é, duas formas de vê-los: o de narrador-personagem (emprega verbos e pronomes na 1 a.
pessoa) ou de narrador-observador (emprega verbos e pronomes na 3a. pessoa).
O texto descritivo
Quando produzimos um texto narrativo, oral ou escrito, dificilmente deixamos de incluir um trecho descritivo, a
fim de tornar os fatos mais ricos para o ouvinte ou para o leitor.
Descreve-se física e psicologicamente a personagem, os lugares, os objetos, as cenas, etc., com o objetivo
de dar ao leitor uma imagem mais viva e detalhada da história narrada.
Características da descrição
A Fábula
É o gênero narrativo que transmite um ensinamento por meio de uma história. As personagens são
quase sempre animais: ursos, galos, gatos, raposas, lebres, rãs, formigas, etc. A narrativa costuma ser curta
e é comum o diálogo entre as personagens. Depois da história, apresenta uma moral, ou seja, uma frase que
sintetiza a idéia principal do texto e encerra uma lição.
A moral aprece em destaque no final do texto e reproduz, geralmente, um provérbio - uma sentença
de caráter prático e popular, comum a um grupo social, expressa de forma bastante reduzida. Embora as
origens das fábulas remontem à tradição oral, a linguagem empregada é geralmente a culta formal. Por ser
um gênero narrativo bastante popular, a estrutura da fábula tem servido a muitas versões e re-escrituras,
atualmente.
Assim, é possível que nas fábulas modernas, tenham elas intenção humorística ou não, a linguagem
empregada seja mais informal ou coloquial.
Características da fábula
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2. as personagens quase sempre são animais;
3. a narrativa é curta, geralmente um diálogo;
4. no final da história, destaca-se uma moral;
5. emprega normalmente a linguagem culta e formal ou a coloquial, dependendo da intenção do autor;
6. empregam-se geralmente verbos no pretérito perfeito e imperfeito do indicativo nos trechos que
pertencem ao narrador, e presente do indicativo na fala das personagens.
O depoimento
Trata-se de um tipo de narrativa em que uma pessoa relata episódios marcantes de sua vida pessoal.
No depoimento sempre há uma intenção pedagógica, isto é, uma lição de vida, algo a ser aprendido por
outras pessoas que passaram ou não por experiências semelhantes.
O depoimento pode também mostrar o lado desconhecido de um acontecimento trágico: um acidente
que tenha envolvido muitas pessoas, um ataque à bomba num prédio, uma guerra, etc. Nesses casos, os
depoimentos passam a ser importantes documentos históricos, pois constituem testemunhos verdadeiros de
algo que foi vivido pessoalmente, servindo como alerta contra horrores da guerra, por exemplo, e como apelo
ao bom senso.
Além de apresentar os elementos essenciais de um texto narrativo - fatos, pessoas, tempo, lugar -,
tem como narrador o protagonista, isto é, a pessoa mais importante da história. A linguagem pode variar de
acordo com o órgão que veicula o depoimento, mas geralmente ela se apresenta no padrão culto formal da
língua.
PRODUZINDO O DEPOIMENTO
O texto teatral
O texto teatral ou dramático guarda semelhanças com outros textos narrativos, pelo fato de também
contar uma história, contudo, é diferente deles, porque é escrito para ser representado. O diálogo constitui o
elemento essencial de um texto dramático.
Quando o texto teatral é encenado, fazem parte, além do cenário, outros elementos, como a música,
luz, figurino, maquiagem, gestos, movimentos, etc. No texto teatral escrito, o autor indica esses elementos
nas rubricas. As rubricas aparecem em letra de tipo diferente e indicam como as personagens devem falar e
como devem se movimentar.
Quando lemos um texto dramático, as rubricas cênicas procuram nos dar informações sobre aquilo
que se vê no palco.
A linguagem empregada no texto varia de acordo com a época em que ele foi escrito, com a época
que o autor quer retratar e com a procedência e o nível social e cultural das personagens. Quando a peça é
longa, costuma-se dividi-la em partes, que são chamadas de atos.
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6. apresenta rubricas de interpretação e movimento;
7. o nível de linguagem é adequado à personagem e ao contexto;
8. às vezes, apresenta divisão em atos.
O tipo de texto em que se expressa uma opinião acerca de um assunto chama-se texto
argumentativo. São aqueles que apresentam uma intenção persuasiva, isto é, o desejo de convencer o
interlocutor.
No debate oral, a linguagem pode ser menos ou mais formal, dependendo dos fatores situacionais,
tais como a faixa etária e nível social dos debatedores, grau de intimidade entre eles, descontração no
ambiente, etc. Por isso, ela pode ser culto ou coloquial e normalmente apresenta, em maior ou menor grau,
marcas de oralidade, gírias, reduções de palavras e construções que fogem ao padrão culto da língua.
1. texto de intenção persuasiva; seu objetivo é defender um ponto de vista sobre determinado assunto
e convencer o interlocutor;
2. exposição das idéias com base em argumentos;
3. marcas de apoio ou refutação às idéias do interlocutor;
4. linguagem culta ou coloquial, menos ou mais formal, dependendo da situação; marcas de oralidade;
5. presença de expressões de opinião;
6. tempos verbais predominantemente no presente do indicativo.
PRODUZINDO O DEBATE
A formas básicas do texto argumentativo escrito são: a estrutura, o tipo de linguagem e uma clara
intenção persuasiva.
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1. a introdução, em que o autor apresenta a idéia principal, isto é, expõe seu ponto de vista sobre o
tema em discussão;
2. o desenvolvimento, em que o autor expõe os argumentos para defender e fundamentar a idéia
principal;
3. e a conclusão, em que a idéia principal é retomada e confirmada.
A notícia
Notícia é a expressão de um fato novo, que desperta o interesse do público a que o jornal se destina.
Gênero textual tipicamente jornalístico, a notícia pode ser veiculada em jornais, escrita ou falada, e em
revistas. Numa notícia predomina a narração. Mas os jornais não contam apenas o que aconteceu: eles vão
além, informando também como e por que aconteceu determinado fato. Os elementos que normalmente
compõem a notícia são: o quê (fatos); quem (personagens); quando (tempo); onde (lugar); como (enredo) e
por quê (motivo).
A notícia apresenta geralmente uma estrutura padrão, composta de duas partes: o lead e o corpo.
Lead - é um relato sucinto dos aspectos essenciais do fato e consiste normalmente no primeiro
parágrafo da notícia. Seu objetivo é dar informações básicas ao leitor e motiva-lo a continuar a ler a notícia.
Corpo - são os demais parágrafos da notícia, nos quais se apresenta o detalhamento no exposto no
lead, sendo fornecidas ao leitor novas informações, em ordem cronológica ou de importância.
Toda notícia é encabeçada por um título, que anuncia o assunto a ser desenvolvido. A linguagem
deve ser impessoal, clara, direta e precisa.
Características da notícia
1. predomínio da narração, com a presença dos elementos essenciais de um texto narrativo: fato,
pessoas envolvidas, tempo em que ocorreu o fato, o lugar onde ocorreu, como e por que ocorreu o
fato;
2. estrutura padrão composta de lead e corpo; no lead normalmente se encontram as respostas às
seis perguntas básicas: o quê, quem, quando, onde, como e por quê;
3. predomínio da função referencial da linguagem;
4. linguagem impessoal, clara, precisa, objetiva, direta, de acordo com o padrão culto da língua.
A linguagem jornalística
A linguagem jornalística adota o padrão culto da língua, sem contudo perder de vista o universo
vocabular do leitor. Exigem o emprego do domínio de palavras e o máximo de informação, correção, clareza
e exatidão.
Para uma boa redação de textos jornalísticos, observe estes procedimentos:
1. construa períodos curtos, com no máximo duas ou três linhas, evitando frases intercaladas ou ordem
inversa desnecessária;
2. adote como norma a ordem direta, elaborando frases com a seguinte estrutura: sujeito, verbo e
complemento;
3. empregue o vocabulário usual. Adote esta regra prática: nunca escreva o que você não diria. Termos
técnicos ou difíceis devem ser evitados; se tiver que escrevê-los, coloque entre parênteses seu
significado. Os termos coloquiais ou de gírias devem ser usados com parcimônia, apenas em casos
especiais;
4. nunca use duas palavras se puder usar uma só;
5. evite os superlativos e adjetivos desnecessários;
6. empregue verbos de ação e prefira a voz ativa pois estimulam mais o leitor.
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1. Crie uma notícia a partir de uma tela de arte. Primeiramente invente as respostas às perguntas
básicas (o quê, quem, quando, onde, como e por quê). Depois redija um lead , procurando escrevê-lo de
forma a despertar o interesse de seu leitor (se achar que não ficou bom, refaça-o), e escreva o corpo da
notícia, acrescentando novos dados.
A entrevista
A entrevista é um gênero textual que tem por finalidade colher opiniões de pessoas a respeito de um
assunto ou de fatos em evidência no momento em que ela é realizada; pode também divulgar informações
sobre a vida pessoal e profissional de uma pessoa de renome no meio artístico, cultural, científico, político ou
religioso. Uma entrevista costuma ter por título um trecho da fala do entrevistado ou uma frase-síntese que
revela a opinião do entrevistado. Abaixo do título, há, normalmente, um subtítulo que procura sintetizar o que
foi exposto durante a entrevista. É comum haver também um texto mais extenso, em que o entrevistador
coloca o leitor a par do assunto que será abordado ou apresenta o entrevistado, falando de sua vida pessoal
ou de sua atividade profissional.
No texto da entrevista, costuma-se colocar o nome do entrevistador (ou do jornal ou da revista que
ele representa) e do entrevistado antes da fala, a fim de que fique claro quando é um e quando é o outro
quem está falando.
Entrevistar uma pessoa exige do entrevistador conhecimento da vida pessoal ou da atividade
profissional do entrevistado e conhecimento do assunto a ser tratado na entrevista.
1. tem por finalidade colher informações, depoimentos, opiniões, aspectos da vida pessoal ou
profissional de pessoas de destaque nos meios artístico, cultural, político, religioso, etc.
2. estrutura: contém título e geralmente subtítulo e uma introdução; o texto da entrevista é
propriamente organizado em perguntas e respostas;
3. apresentação do nome do entrevistado e do entrevistador antes da fala de cada um;
4. linguagem geralmente culta, podendo sofrer variações conforme as características do
entrevistado, do jornal ou da revista e do público leitor; geralmente na transcrição são
desprezadas as marcas de oralidade;
5. linguagem que procura reproduzir o ritmo da conversa;
6. emprega verbos predominantemente no presente do indicativo.
1. procure saber quanto tempo você terá para a entrevista; se forem poucos minutos, vá direto ao
assunto e evite introduções desnecessárias;
2. antes de realizar a entrevista, informe-se sobre o entrevistado e o assunto;
3. não confie apenas na memória. Faça anotações e, se necessário, leve um gravador;
4. espere o entrevistado concluir o seu pensamento para fazer uma nova pergunta;
5. faça perguntas curtas e objetivas;
6. preveja respostas possíveis e prepare novas perguntas a essas respostas.
A reportagem
Embora a reportagem geralmente se inicie como a notícia - com um lead -, ela amplia o fato principal,
acrescentando opiniões e diferentes versões. A reportagem não tem uma estrutura rígida. De modo geral,
depois do lead, desenvolve-se a narrativa do fato principal, ampliando-a e compondo-a por meio de
entrevistas, depoimentos, boxes com estatísticas, pequenos resumos, textos de opinião. Como todo texto
jornalístico, a reportagem é sempre encabeçada por um título, que anuncia o fato em si; pode ou não
apresentar subtítulo.
Na reportagem, emprega-se uma linguagem clara, dinâmica e objetiva, de acordo com o padrão culto
da língua. Embora a linguagem seja impessoal, quase sempre é possível perceber a opinião do repórter
sobre os fatos ou sua interpretação. Às vezes, o jornal ou a revista emprega uma linguagem mais informal,
dependendo do público a que se destina.
Características da reportagem
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1. informa de modo mais aprofundado sobre fatos que interessam ao público a que se destina o
jornal ou revista, acrescentando opiniões e diferentes versões, de preferência comprovadas;
2. costuma estabelecer conexões entre o fato central, normalmente enunciado no lead, e fatos
paralelos, por meio de citações, trechos de entrevistas, boxes informativos, dados estatísticos,
fotografias, etc.;
3. pode ter um caráter opinativo, questionando as causas e os efeitos dos fatos, interpretando-os,
orientando os leitores;
4. predomínio da função referencial da linguagem;
5. linguagem impessoal, objetiva, direta, de acordo com o padrão culto da língua.
Enquanto a notícia nos diz no mesmo dia ou no seguinte se o acontecimento entrou para a história, a
reportagem nos mostra como é que isso se deu. Tomada como método de registro, a notícia se esgota no
anúncio; a reportagem, porém, só se esgota no desdobramento, na pormenorização, no amplo relato dos
fatos.
O salto da notícia para a reportagem se dá no momento em que é preciso ir além da notificação - em
que a notícia deixa de ser sinônimo de nota - e se situa no detalhamento, no questionamento de causa e
efeito, na interpretação e no impacto, adquirindo uma nova dimensão narrativa e ética. Porque com essa
ampliação de âmbito a reportagem atribui à notícia um conteúdo que privilegia a versão. Se a nota é
geralmente a história de uma só versão, a reportagem é por dever e método a soma das diferentes versões
de um mesmo acontecimento.
O texto publicitário
O anúncio classificado
Diferentemente do anúncio publicitário, que é mais desenvolvido e conta com recursos visuais, o
anúncio classificado é um pequeno texto de oferta ou procura de bens, serviços ou utilidades. Geralmente em
formato pequeno e sem ilustrações, divulga de forma objetiva as informações essenciais para a compra,
venda ou aluguel de imóveis, veículos, telefones, móveis, etc. ou mensagens de empregos ou serviços
profissionais.
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1. seja direto e claro no seu texto;
2. dê destaque ao seu produto ou serviço, colocando-os em negrito ou em letras maiúsculas;
3. não exagera nas abreviações;
4. coloque o máximo de informações sobre o produto;
5. não se esqueça do preço;
6. ponha nome e telefone para contato, incluindo horários disponíveis;
7. instrua as pessoas que atenderão as chamadas dos interessados;
8. verifique no jornal ou revista se a publicação do anúncio está correta.
1. Escolha um produto e escreva um anúncio publicitário para ele, de acordo comas características, a
linguagem e os recursos próprios do gênero. Dê um título sugestivo ao anúncio.
A carta do leitor apresenta um formato semelhante ao da carta pessoal: data, vocativo, corpo do
texto, expressão cordial de despedida e assinatura. Apesar disso, é comum a imprensa publicar apenas o
corpo da carta ou parte dela por falta de espaço.
A linguagem da carta do leitor varia de acordo com três elementos essenciais: a intencionalidade do
texto; o perfil do jornal ou revista e o perfil do autor.
Quando o teor da carta diz respeito a uma matéria assinada, o leitor de se dirigir ao jornalista que a
escreveu. Porém, se a carta disser respeito ao jornal como um todo ou a uma matéria não assinada, então o
leitor deve se dirigir ao editor, representante legal da revista ou do jornal.
A crítica
Trata-se de um gênero de texto de natureza argumentativa que visa informar o leitor sobre o
lançamento de um produto, avaliando, ao mesmo tempo, sua qualidade e intencionalidade.
A fim de fundamentar seu ponto de vista, normalmente o crítico faz considerações gerais a respeito
do autor ou criadores da obra ou produto; apresenta um breve histórico de sua criação e descreve trechos,
detalhes ou cenas, ressaltando seus pontos negativos ou positivos. Também são feitas comparações com
outras obras do mesmo autor ou de autores diferentes, do presente ou do passado. Assim a crítica tende a
situar o objeto em análise no conjunto da tradição cultural e avaliar se grau de originalidade no contexto atual.
A linguagem varia de acordo com o perfil da revista ou jornal, do público leitor, do assunto e de quem
escreve. Apesar disso, nos grandes jornais e revistas do país quase sempre predomina no gênero o padrão
culto formal da língua. Pode haver marcas de pessoalidade na linguagem, embora tenda a predominar a
impessoalidade.
Características da crítica
1. informa sobre o lançamento de um objeto cultural e avalia seus aspectos positivos e negativos;
2. tem intencionalidade persuasiva, que estimula ou não o público a consumir o objeto em questão;
3. estrutura relativamente livre; normalmente é introduzida por um pequeno histórico da obra, seguido
de uma descrição de suas partes e de uma avaliação de seus aspectos mais significativos;
geralmente são feitas comparações com outras obras do mesmo autor, ou com obras de outros
autores e comentários sobre a importância da obra no contexto atual;
4. verbos predominantemente no presente do indicativo;
5. linguagem clara e objetiva, nível de linguagem e grau de pessoalidade / impessoalidade que variam
de acordo com o veículo e com o público a que se destina.
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O editorial
Trata-se de um gênero jornalístico que tem por finalidade expressar a opinião do jornal ou revista a
respeito de um assunto polêmico da atualidade. Quanto à estrutura, o editorial se assemelha aos textos
argumentativos em geral. Apresenta uma introdução, na qual se situa o problema ou se lança uma idéia
principal; o desenvolvimento, formado por parágrafos que fundamentam o ponto de vista do jornal, e uma
conclusão, na qual geralmente se fazem sugestões para a solução do problema ou se faz uma síntese das
idéias gerais do texto.
A linguagem geralmente é objetiva e impessoal e faz uso do padrão culto formal da língua. As formais
verbais ficam, predominantemente, no presente do indicativo. As estruturas frasais geralmente são
complexas, apresentado períodos longos e relações de coordenação e subordinação.
Apesar de ser um texto opinativo e argumentativo, o editorial é normalmente escrito de modo objetivo
e impessoal. O uso da 3a. pessoa, de verbos no infinitivo e da voz passiva contribui para impessoalizar a
linguagem.
Características do editorial
A crônica
A crônica é um gênero textual híbrido que oscila entre a literatura e o jornalismo, pois é o resultado da
visão pessoal, subjetiva do cronista ante um fato qualquer, colhido no noticiário do jornal ou no cotidiano.
Quase sempre explora o humor; às vezes, diz as coisas mais sérias por meio de uma aparente conversa
fiada; outras vezes, despretensiosamente, faz poesia da coisa mais banal e insignificante. A crônica é quase
sempre um texto curto, apressado, redigido numa linguagem descompromissada, coloquial, simples, muito
próxima do leitor. Apresenta poucas personagens e se inicia quando os fatos principais da narrativa estão por
acontecer. Por essa razão, o espaço e o tempo da crônica são limitados: as ações ocorrem num único
espaço e o tempo, normalmente, corresponde a não mais que alguns minutos ou algumas horas.
A crônica admite narrador em 1a. e 3a. pessoas, isto é, o narrador pode participar dos fatos e refletir
sobre eles como personagem ou ser observador daquilo que narra ou comenta. É comum haver também
crônicas cujo narrador e ausenta; nesse caso, toda crônica se estrutura no discurso de duas ou mais
personagens.
Características da crônica
A crônica argumentativa
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entretanto, de um texto argumentativo comum, a crônica argumentativa revela uma visão pessoal, intimista e
subjetiva da realidade.
A linguagem normalmente se apresenta criativa e figurada, com jogos de palavras, emprego de
metáforas, ironias, trocadilhos, ambigüidades, etc. Nesse tipo de gênero, há uma verdadeira união entre a
exposição de idéias e argumentos e o lirismo poético do autor.
O conto
Características do conto
O roteiro de cinema
É um texto que serve de base para a produção de um filme cinematográfico. Um roteiro de cinema
costuma contar uma história e, desse modo, conter os elementos básicos dos gêneros de um texto narrativo,
como um conto, uma crônica uma notícia de jornal.
Um roteiro de cinema é dividido em cenas ou seqüências, às vezes, numeradas. Em cada cena, o roteirista
indica ou não o número a ela correspondente e, em letras maiúsculas, se a filmagem deve ser interna (em
estúdio) ou externa (ao ar livre). Em seguida, identifica o local onde se passa a ação e, finalmente, o
momento do dia: manhã, tarde ou noite
No roteiro de cinema, a história é narrada por meio de anotações técnicas, pelo diálogo das
personagens e pelas rubricas. A rubrica apresenta uma descrição mais detalhada do local, da música, da
fala, do tom de voz, (interpretação), da técnica cinematográfica.Tal como em outras narrativas, as primeiras
cenas constituem a apresentação, com as personagens sendo situadas em certo tempo e lugar. Em seguida,
um fato desencadeia o conflito, que deve prender a atenção dos leitores ou da platéia.
A linguagem empregada nos diálogos varia de acordo com a época que o filme retrata e com o meio
social e cultural das personagens; já a empregada nas descrições de ambientes e personagens e nas
indicações técnicas é normalmente a culta formal.
Ao se escrever ou ler um roteiro, deve-se lembrar que ele é apenas uma parte da linguagem
cinematográfica - que envolve também imagens e sons.
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Características do roteiro de cinema
O roteiro de vídeo
Um roteiro de vídeo não apresenta uma estrutura rígida, pois cada roteiro depende do assunto, das
imagens colhidas, da criatividade do seu autor, do tipo de vídeo e do público a que se destina.
Geralmente um roteiro de vídeo costuma ser dividido em blocos, cada parte enfocando um aspecto
específico do assunto tratado. Cada bloco costuma apresentar narrações em off, indicações de imagens e
sonoras. As indicações de "corte", marcam com precisão a minutagem, isto é, os minutos e os segundos que
deverão ser aproveitados de fitas previamente gravadas. Quando há entrevistas, os entrevistados são
nomeados entre parênteses, para que posteriormente apareçam na forma de letreiros (caracteres) na parte
inferior da tela. Quando o roteiro se torna um documentário, somente as falas dos entrevistados e as
narrações em off chegam ao telespectador em linguagem verbal. A narração em off situa o tema do vídeo,
veicula as informações e dirige o olhar do telespectador que, simultaneamente, assiste as imagens.
O padrão de linguagem usado nessas narrações costuma ser o culto formal ou informal.
O manifesto
É um gênero de texto que produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja chamar a
atenção da população, denunciando um problema de interesse geral ou alertando para um problema que está
preste a ocorrer. Embora não possua uma estrutura rígida, o manifesto deve conter alguns dados essenciais,
como: um título, capaz de chamar a atenção do público e ao mesmo tempo informar de que trata o texto; a
identificação do problema; a análise do problema e argumentos, local e data; e por fim, as assinaturas dos
autores do manifesto ou simpatizantes da causa.
A linguagem do manifesto varia de acordo com fatores como: quem é o autor, quem são os
interlocutores, qual é o veículo de divulgação, etc. Geralmente, nos meios de comunicação de grande alcance
o manifesto é divulgado de acordo com o padrão culto formal da língua.
Características do manifesto
1. texto de intenção persuasiva, que objetiva alertar sobre um problema ou fazer a denúncia pública de
um problema que está ocorrendo;
2. estrutura relativamente livre, mas com alguns elementos indispensáveis: título, identificação e
análise do problema, argumentos que fundamentam os ponto de vista do(s) autor (es) do manifesto,
local e data, assinaturas dos autores e simpatizantes da causa;
3. linguagem geralmente no padrão culto formal da língua;
4. verbos predominantemente do presente do indicativo.
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O abaixo-assinado
É um tipo de gênero textual que se produz quando uma pessoa ou um grupo de pessoas deseja
fazer uma reivindicação, de caráter pessoal ou coletivo.
A estrutura do abaixo-assinado é simples: identificação, na forma de vocativo, da autoridade a quem
é encaminhada o documento; corpo do texto, que consiste na apresentação do problema, seguido da
reivindicação pretendida pelos assinantes, e dos argumentos, que justificam a solicitação feita. No
fechamento do texto, local e data, seguido das assinaturas dos simpatizantes. Para dar maior credibilidade às
assinaturas, costuma-se identificá-las por meio de dados pessoais como cidade, país, documento de
identificação e às vezes endereço.
Como o documento é dirigido a autoridades, sua linguagem segue o padrão culto formal. Os verbos
são empregados geralmente no presente do indicativo, e a escolha dos pronomes deve levar em conta o
cargo ocupado pelo interlocutor.
Características do abaixo-assinado
A carta aberta
Utilizada quando um grupo de pessoas deseja manifestar publicamente sua opinião a respeito de um
problema. Com a carta aberta, geralmente, se pretende conscientizar pessoas, governantes, entidades a
respeito do problema e mobilizá-los com o intuito de resolvê-lo.
Quanto à estrutura, a carta aberta apresenta alguns componentes de praxe. São eles: um título, em
que identifica o destinatário; o remetente; a denúncia do problema; e eventualmente a reivindicação de
medidas que solucionem o problema. Como os textos argumentativos em geral, a carta aberta apresenta
argumentos para persuadir o interlocutor e, eventualmente, uma conclusão. A linguagem obedece ao padrão
culto formal da língua, pelo fato de ser um documento escrito para ser publicado e pelo formalismo que a
situação exige.
Os autores do texto tanto podem colocar-se diretamente, fazendo uso da 1 a. pessoa, como tratar do
assunto de forma impessoal, fazendo uso da 3a. pessoa. Os verbos são empregados no presente do
indicativo, pois geralmente tratam de um problema que está ocorrendo no momento em que se escreve.
Embora não seja obrigatório, a carta aberta pode apresentar local e data. Nesse caso, essas
informações aparecem ao término do documento, antes da assinatura.
Os cidadãos em geral podem produzir esse tipo de carta sempre que necessitarem reclamar às
autoridades de algum problema que os aflija, ou solicitar providências para a solução de um problema, ou,
ainda, ao mesmo tempo reclamar de um problema e solicitar soluções para ele. De açor com o teor da carta,
ela será carta argumentativa de reclamação, ou de solicitação,ou de reclamação e solicitação.
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Por serem cartas, elas apresentam características próprias do gênero: local, data, vocativo, corpo do
texto, expressão cordial de despedida e assinatura. No corpo do texto, é apresentado o problema e, em
seguida, são expostos os argumentos e/ou sugestões. Os argumentos podem apresentar explicações,
comparações, exemplificações, citações, etc., desde que fundamentem a reclamação ou solicitação.
A linguagem do texto deve ser clara e objetiva e estar de acordo com o padrão culto formal, em
virtude da formalidade da situação - normalmente o interlocutor é uma autoridade. O remetente geralmente se
coloca de modo direto no texto, fazendo uso da 1a. pessoa. As formas verbais comumente ficam no presente
do indicativo.
Esse gênero pertence ao grupo dos textos expositivos, isto é, textos voltados para a construção e
transmissão de conhecimentos, como o relatório, o texto didático, o artigo enciclopédico, o ensaio, a
conferência e outros.
A estrutura do texto aproxima-se da dos textos argumentativos. O autor expõe a sua tese para um
fenômeno em observação e passa a desenvolvê-lo com "provas". Embora não obrigatória, é comum haver
conclusão no texto de apresentação científica.
A linguagem desse tipo de texto geralmente é culta, formal, objetiva e impessoal. Freqüentemente
são empregados termos científicos da área à qual o texto se refere. Os verbos costumam ser empregados no
presente do indicativo.
O texto dissertativo
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1. texto de natureza expositiva, que apresenta dados objetivos, e não opiniões; pode desenvolver um
conceito ou definir um objeto, seja ele abstrato, seja concreto;
2. estrutura convencional: idéia principal, desenvolvimento e conclusão;
3. linguagem clara, objetiva e impessoal;
4. predomínio do padrão culto formal da língua;
5. verbos predominantemente no presente do indicativo.
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