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ENGENHARIA DE PRODUÇÃO
SALVADOR – BA
2010
VICENTE ANTONIO MANGABEIRA CAMPOS FILHO
SALVADOR – BA
2010
C218u Campos Filho, Vicente Antonio Mangabeira.
Usinagem de materiais não metálicos. / Vicente Antonio Mangabeira
Campos Filho. Salvador: VAMCAMPOSFILHO, 2010.
52 fls. lls
CDU 658.5
VICENTE ANTONIO MANGABEIRA CAMPOS
FILHO
Usinagem de materiais não metálicos
BANCA EXAMINADORA
Aprovada em
Dedico este trabalho a minha avó e minha mãe
que sempre me amaram acima de tudo.
Se hoje estou aqui, é porque subi em ombros de gigantes.
AGRADECIMENTOS
O universo é algo complexo para ter sido criado por acaso, por isto, agradeço primeiramente a esta
força criadora, que milimetricamente e com toda a complexidade criou tudo aquilo que conhecemos.
Agradeço especialmente à minha avó e minha mãe que tanto amo, minhas tias e meus tios.
Agradeço a todos os meus professores aos quais tenho carinho especial por ter auxiliado a construir
tudo que sou hoje, especialmente a professora Marinalva e por ter me auxiliado nesta pesquisa, e ao
professor Ismael por ter sido um grande professor na matéria de mecânica e ter me inspirado a
construir este trabalho.
Agradeço a meus colegas de curso, especialmente Danilo Silva e Jorge Castro aos quais foram
grandes amigos na caminhada deste curso.
Agradeço a Isaac Newton por ter iluminado o mundo com as suas descobertas.
RESUMO
O presente estudo tem o objetivo de apresentar o assunto sobre a usinagem de materiais não
metálicos. A usinagem é o ato de se refinar a peça com o propósito de remover os abscessos
deixados pelos processos antecedentes, com isto, este trabalho acarreta a visão econômica e os
principais fatores que proporcionam o baixo desempenho que o país possui neste seguimento.
Também é abordado pelo autor o uso de fluidos de corte alternativo (vegetal), que é uma
forma de visão de produção mais limpa ao processo mecânico. Além disto, esta pesquisa
aborda a usinagem de polímeros, fazendo um levantamento bibliográfico, com o intuído de
encontrar uma melhor forma para conhecer as restrições e efeitos deste tipo de material no
processo.
This study aims to present the matter on the machining of nonmetallic materials. The
machining is the act of refining the piece in order to remove the abscess left by previous
processes, with that, this work brings the vision and key economic factors that provide the
poor performance that the country has in this action. The author also addresses the usage of
alternative cutting fluids (vegetable), which is a cleaner production view to a mechanical
process. Moreover, this research addresses the polymers machining, making a literature
survey aiming of finding better ways to know the restrictions and effects of this kind of
material during the process.
Key Words: Machining of wood, machining of polymers; Fluids alternative cuts, economic
evaluation of machining; National competitiveness of machining.
Lista de Figuras
Figura 1 – Exemplos do Processo de Torneamento. ...........................................................................17
Figura 2 – Exemplos do Processo de Aplainamento. ..........................................................................17
Figura 3 – Exemplo do Processo de Furação. .....................................................................................18
Figura 4 – Exemplos do Processo de Mandrilamento. ........................................................................18
Figura 5 – Exemplos do Processo de Fresamento. .............................................................................19
Figura 6 – Exemplos do Processo de Brochamento. ...........................................................................19
Figura 7 – Exemplo do Processo de Serramento. ...............................................................................20
Figura 8 – Exemplo do Processo de Roscamento. ..............................................................................20
Figura 9 – Exemplo do Movimento de Corte com Avanço. .................................................................21
Figura 10 – Lubricidade de Ferramentas. ...........................................................................................25
Figura 11 - Cadeia de Polimerização do Polietileno. ...........................................................................27
Figura 12 - Polímero com Cadeia sem Ramificações. .........................................................................28
Figura 13 - Polímero com Cadeias Ramificadas. .................................................................................28
Figura 14 – Polímero com Cadeia Reticulada ou com Ligações Cruzadas. ...........................................28
Figura 15 – Representação do Átomo no Modelo Rutherford-Bohr. ..................................................30
Figura 16 – Ligação Atômica do Tipo Iônica. ......................................................................................31
Figura 17 – Ligação Atômica do Tipo Coordenada. ............................................................................31
Figura 18 – Ligação Atômica do Tipo Metálica. ..................................................................................32
Figura 19 – Ligação Atômica do Tipo Covalente. ................................................................................32
Figura 20 – Cadeia Polimérica Linear. ................................................................................................33
Figura 21 – Cadeia Polimérica Ramificada. ........................................................................................34
Figura 22 – Cadeia Polimérica com Ligações Cruzadas. ......................................................................34
Figura 23 – Representação da Dureza Janka por espécie de madeira. ................................................45
Figura 24 – Representação da Contração Volumétrica da Madeira. ...................................................46
Sumário
1 INTRODUÇÃO .................................................................................................................................14
2 JUSTIFICATIVA ................................................................................................................................15
3 PROCESSO DE USINAGEM ..............................................................................................................16
3.1 Movimento da Ferramenta e Peça ...........................................................................................21
3.2 Formação do Cavaco ...............................................................................................................22
3.3 Fluido de Corte ........................................................................................................................23
3.4 Vantagens do Óleo vegetal ......................................................................................................24
3.5 Lubricidade das Ferramentas com Óleos Vegetais ...................................................................25
3.6 Usinagem de Polímeros ...........................................................................................................26
3.7 Conceitos Fundamentais dos Polímeros...................................................................................26
3.8 Breve Conceito Atômico ..........................................................................................................29
3.9 Forças Moleculares Atuantes nos Polímeros ............................................................................30
3.10 Tipos de Cadeias Poliméricas .................................................................................................33
3.11 Classificação dos Polímeros Quanto ao Comportamento Mecânico .......................................35
3.12 Propriedades Sobre a Usinagem de Polímeros .......................................................................35
3.13 Usinagem de Madeira ...........................................................................................................37
3.14 Avaliação Econômica da Usinagem de Madeira .....................................................................37
3.15 Tipo de Matéria-Prima de Madeira ........................................................................................39
3.16 Processo de Manufatura........................................................................................................40
3.17 Tecnologia de Usinagem Madeireira ......................................................................................42
3.18 Efeitos considerados na Usinagem Madeireira.......................................................................44
4 Metodologia de Pesquisa ...............................................................................................................47
4.1 Problema.................................................................................................................................47
4.2 Objetivo ..................................................................................................................................47
4.3 Hipótese..................................................................................................................................47
4.4 Metodologia............................................................................................................................47
5 considerações finais da pesquisa ....................................................................................................48
5.1 Conclusões ..............................................................................................................................50
Referências...........................................................................................................................................51
14
1 INTRODUÇÃO
2 JUSTIFICATIVA
3 PROCESSO DE USINAGEM
O emprego desses fluidos foi proposto inicialmente por Taylor, o qual tinha
previsto um aperfeiçoamento do processo. Hoje, este uso tem proporcionado um
grande auxilio na lubrificação da interface peça-ferramenta na zona de corte, sendo
ele o principal responsável pela função de reduzir o aporte térmico para a peça.
Para uma usinagem a seco é preciso levar em conta algumas variáveis como
o desenvolvimento de ferramentas com coberturas especiais, visando torná-las mais
resistentes ao calor gerado no processo. Também, emprego de materiais de fácil
usinagem e menor geração de calor, desenvolvimento de novos materiais com
composição que melhore a usinabilidade sem causar alterações dimensionais na
peça final.
Mesmo com tantas vantagens dos óleos vegetais sobre os minerais, o fator
dela ser de origem ambiental pode ser esta a maior delas, pois este tipo de
substância pode ser descartado pela própria queima no momento da usinagem,
além de haver o fato de ser menos poluente por decorrência de sua fonte de origem.
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Os polímeros são materiais formados por monômeros, que por sua vez, são
moléculas simples que possuem duplas ligações reativas, também chamadas de
bifuncional. Isto significa que uma substância que possua apenas um ponto de
crescimento, ou seja, apenas uma cadeia reativa não é capaz de gerar um polímero.
Seguindo este conceito, percebe-se que poderão ocorrer ligações cruzadas gerando
uma estrutura reticulada para moléculas que apresentem mais de três ligações
reativas.
Conforme dito por Russel (1994, pag. 342) “na ligação iônica as forças
eletrostáticas atraem os íons de cargas opostas”. Sendo assim, esta ligação ocorre
geralmente com átomos de diferentes eletronegatividades, onde existe transferência
de elétrons entre átomos, produzindo assim os íons, com isto, ocasionando uma
atração mútua e forte, expressando pela força entre 150 e 300 kcal/mol. Tipo de
ligação ilustrado na figura a seguir:
que a iônica e a covalente, mas ainda assim é considerada forte como foi afirmado
por Van Vlack (1970, pag. 36) “ao lado das ligações iônicas e covalentes, um
terceiro tipo de força interatômica forte, a ligação metálica, é capaz de manter
átomos unidos”, estando com magnitude entre 20 e 200 kcal/mol. Exemplo de
ligação mostrado a seguir:
Maritzel Rios (2004, pag. 52), O mercado mundial de móveis foi consolidado
nos anos de 1970, alavancado inicialmente na Europa pela Itália. No entanto, o seu
processo teve grande avanço na década seguinte, quando a usinagem sofreu
grandes modificações com a implantação da automatização no seu processo, fato
que gerou grande avanço nas técnicas, aumento da produtividade e possibilidade de
manipulações de novos materiais para usinagem.
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No Brasil, o setor iniciou sua modernização na década de 70, mas teve seus
cortes de investimentos na década posterior, sofrendo assim, uma retração de
investimento devido ao recuo econômico vivido pelo país. Com isto, o Brasil passou
a ficar desatualizado quanto ao cenário mundial da época, em que já começava a
implantação da microeletrônica como elemento revolucionário neste segmento. “Na
época, o Brasil esteve praticamente no seu limite de endividamento externo, assim,
não mais podendo financiar projetos desenvolvimentistas” Neto Frota (1980, pag. 7).
Este avanço nacional pode ser notado pela afirmação de Bonduelle (1997)
apud Lucas Filho (2004, p. 33): “a competitividade de empresas madeireiras está
intimamente relacionada com a qualidade dos produtos e com a eficiência dos
processos”. Isto mostra que o fato de se manter uma tecnologia industrial mais
moderna é o principal requisito para se obter um melhor e mais competitivo
desempenho do processo da usinagem de madeira.
desqualificada” (Coutinho (1999) apud Lucas Filho (2004, p.33)). É de entender que
o caminho do país para o desenvolvimento deste setor será através de investimento
para diminuição destes principais fatores que detêm o desenvolvimento industrial da
usinagem de madeira.
Ainda assim, empresas que são líderes do mercado nacional buscam cada
vez mais a sua modernização através de inserção de ferramentas auxiliadas com o
controle numérico (CNC), os controladores lógico-programáveis (PLC), programas
de projetos como o CAD (Computer Aided Design) e a manufatura assistida CAM
(Computer Aided Manufacturing). A tecnologia é um fator primordial para a
competitividade no setor moveleiro, mas não o único, pois como afirmam Coutinho e
Ferraz (1997, p. 6), “o conhecimento macroeconômico do segmento é fundamental,
pois a influência da competitividade está no setor em que o mesmo se atua”.
de adesivos compostos por uréia e formol, gerando assim, uma maior resistência
física e mecânica no material.
4 METODOLOGIA DE PESQUISA
4.1 Problema
4.2 Objetivo
4.3 Hipótese
4.4 Metodologia
5.1 Conclusões
Referências
[1] BRADY, James E. HUMISTON, Gerad E. Química geral. 2 ed. Rio de Janeiro: Livros
técnicos científicos editora, 1986. Cap. 3, 4, 5.
[4] COELHO, Maritzel Rios Fuentes. Competitividade das exportações brasileiras de móveis
no mercado internacional: uma análise segundo a visão desempenho. Revista Fae, jan./jun.
2004. P.51-65.
[7] LUCAS, F.C. Filho. Análise da usinagem da madeira visando a melhoria de processos em
indústrias de móveis. 2004. 176 f. Monografia (Doutorado) - UNIVERSIDADE FEDERAL
DE SANTA CATARINA, Florianópolis, Santa Catarina.
[8] MANO, Eloisa Biasotto. Introdução a polímeros. São Paulo: Ed Edgard Blucher Ltda,
1988. Pag. 1 a 42.
[9] RIOS, Márcia R.S. Estudo do comportamento do fluido sintético na furação de aço
inoxidável. Campinas, 10 jul. 2002. Disponível em: <
http://libdigi.unicamp.br/document/?code=vtls000267690>. Acesso em: 1 set. 2009.
[10] RUSSEL, John B. Química geral. 2. ed. Vol. 1. São Paulo: Markron Books, 1994. Cap.
5, 8 e 9.
[11] RUSSEL, John B. Química geral. 2. ed. Vol. 2. São Paulo: Markron Books, 1994. Cap.
19 e 20.
[12] SEIKE, Mori. Novo conceito em centros de usinagem. São Paulo, 05 de mar. 2004.
Disponível em: < http://www.omundodausinagem.com.br/edicoes/2004/3/index.htm>. Acesso
em: 13 set. 2009.
[14] VAN VLACK, Lawrence Hall. Princípios de ciência dos materiais. São Paulo: Ed
Edgard Blucher Ltda, 1970. Cap. 1, 2, 7.
52
[22] WRUBLAK, Osiel: PILATTI, Luiz Alberto: PEDROSO, Bruno. Parâmetros e métodos
de usinagem e sua relação com os custos do processo e o acabamento final do produto.
Paraná, 25 a 29 ago. 2008. Disponível em: <
http://www.google.com.br/url?sa=t&source=web&ct=res&cd=1&ved=0CAYQFjAA&url=htt
p%3A%2F%2Fwww.4eetcg.uepg.br%2Fpainel%2F64_1.pdf&rct=j&q=Par%C3%A2metros+
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CNGX-afWSCgztfppzDJOiIMv7638XQ>. Acesso em: 16 dez. 2009.