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CONTEÚDO

PROFº: MARCONDES
07 INDUSTRIALIZAÇÃO BRASILEIRA
A Certeza de Vencer KL 290408

Exercício - Desconcentração Industrial c) “joint ventures”, empreendimentos industriais que envolvem

a articulação e o investimento conjunto de duas ou mais
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1. A presença de tecnologia moderna no sistema produtivo firmas.

tem promovido alterações na lógica de localização d) “cidades-empresa”, onde a linha de produção se confunde
atividades econômicas. Segundo o geógrafo Luiz Cruz com a vida cotidiana de seus moradores.
Lima: “a nova forma de organização empresarial tem e) “redes de distritos”, empreendimentos econômicos que
agregado os centros de formação de pessoal de alto nível incluem várias cidades como partes complementares de um
às unidades de produção e de serviços utilizando os mais mesmo processo produtivo.
modernos recursos da microeletrônica: são cidades
científicas ou pólos tecnológico. Ou ainda tecnopólos. 3. (UERJ) “Em 1989, quase todos os 407 operários da cidade
(Lima, L.C. Tecnopólo: Uma forma de produzir modernidade atual.. In Geografia, de Pacajus (Ceará) estavam na fábrica de suco e castanha-
Território e Geografia. Terra Livre n0 9. Marco Zero/AGB. São Paulo.1992). de-caju Jandala. Hoje, a cidade abriga a fábrica de jeans da
Vicunha, a Rigesa, produtora de papel, e uma cadeia de
Analisando as informações contidas no texto acima, sobre a fornecedores. O número de empregos chegou a 5.188, um
estrutura Industrial do Centro-Sul, pode-se afirmar que: salto de 1.147%.
a) Está ocorrendo mudanças na estrutura produtiva urbana ‘São Paulo já foi o Eldorado de todo cearense’, diz o
das grandes metrópoles, pois juntamente com a redução mecânico de tecelagem Genival Soares da Silva, que
industrial, o setor de serviços vem experimentando uma morou nove anos na capital paulista. ‘Mas hoje o futuro está
redução, sobretudo das atividades financeiras, prestação de aqui’, completa o operário, que ganha R$ 550,00, metade
serviços e centros de pesquisas. do que recebia em São Paulo.” (Adaptado de Folha de
b) Apesar da saída de alguns setores industriais e da S.Paulo, 19 set. 1999.)
desconcentração produtiva, a região Centro-Sul vem A partir do texto, as mudanças na relação entre a economia
perdendo a sua grande dinamicidade, visto que, o poder de paulista e algumas áreas do Nordeste, no que tange ao
decisão e os setores mais avançados vêm se transferindo emprego, podem ser traduzidas pela seguinte afirmação:
para o interior ou para outros estados. a) as mudanças econômica no Centro-Sul estimula as
c) Vem ganhando importância o surgimento de novos distritos migrações de retorno e a criação de empregos mais baratos
industriais, com ênfase em indústrias baseadas em no Nordeste.
tecnologia obsoletas, como é o caso das cidades de b) a política de incentivos fiscais do governo paulista expulsa
Campinas. São Carlos e São José dos Campos que se empresas e impulsiona o trabalho mais qualificado no
destacam como aglomerados industriais. Nordeste.
d) Ocorre o surgimento dos chamados pólos tecnológicos, ou c) a saturação da cidade de São Paulo força a
tecnopólos, que consistem em cidades às proximidades das desconcentração industrial e estimula a absorção de
grandes metrópoles que congregam centros de pesquisas empresas paulistas por nordestinas.
de ponta, indústrias inovadoras e mão de obra qualificada. d) a ação do governo nordestino abre novas possibilidades de
e) A presença de sindicatos organizados, capazes de impor investimentos e dificulta a solução dos problemas de
padrões e normas trabalhistas que limitam a liberdade poluição industrial no Sudeste.
econômica dos empresários, a ampliação dos custos de
serviços não podem ser considerados fatores de dispersão 4. (Cesgranrio-RJ) Primeiro foi a Chrysler, depois, a Renault e,
industrial. por último, a Volkswagen/Audi. Os grandes investimentos
na área automotiva que estão sendo feitos no estado do
2. (UEPA-2003) Algumas áreas industriais no Brasil tendem a Paraná fazem parte de uma estratégia de:
apresentar características que conferem certas a) descarte de equipamentos obsoletos da indústria
particularidades às mesmas, como aquelas elencadas automobilística internacional, que passa por um processo
abaixo: de renovação de suas matrizes.
1. “ligam-se às inovações tecnológicas, não só resultantes de b) formação de mão-de-obra superqualificada, que permita a
suas pesquisas como também às provenientes de outros transferência dos centros de pesquisa automotivos dessas
centros; empresas para o interior do Paraná.
2. estreitas vinculações das empresas inovadoras com as c) aumento do número de empregos no ABC paulista, que vai
instituições de pesquisa ou de transferência de tecnologia; ter sua participação fortalecida no cenário nacional com a
apoio do capital de risco, seja de agências de fomento do instalação dessas empresas no sul do país.
governo, seja do setor privado, para criação e difusão de d) desenvolvimento de veículos automotivos agrícolas para
empresas de base tecnológica, e serem utilizados na sofisticada agricultura do estado do
3. um conjunto de externalidades locais e regionais que Paraná, o celeiro nacional.
possibilitam serviços adequados à dinâmica das trocas e da e) produção de veículos globais para serem vendidos no
vida tecnopolitana, tais como sistema de telecomunicações, mercado brasileiro, no Mercosul e também na Europa e nos
instalações para empresas nascentes (incubadoras), Estados Unidos.
agências governamentais dos vários níveis de governo,
serviços de apoio, firmas comerciais etc” 5. (Unama-PA) O processo de aceleração industrial no centro-
(Luiz Cruz Lima. In: SANTOS, M. Fim de século e globalização. São Paulo: Hucitec, 1993. p. 285).
sul brasileiro originou uma configuração diferenciada no seu
VESTIBULAR – 2009

Tais características identificam a(o)s: espaço econômico. O contexto deste processo nos permite
afirmar que...
a) “company towns”, criadas para atender à instalação e ao a) ocorreu, na região, uma regressão da atividade industrial,
funcionamento de grandes projetos econômicos em em virtude de um maior crescimento do setor em outras
espaços pouco urbanizados. regiões, especialmente do Nordeste, onde a abundância de
b) “tecnopólos”, espaços industrias de alto avanço científico e mão-de-obra especializada é fator de atração à instalação
tecnológico e com mão-de-obra bastante especializada. de grandes indústrias.

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b) a desconcentração industrial que ora acontece na cidade de
São Paulo e seus arredores é uma deseconomia de
escala”, que ocorre quando uma aglomeração torna-se
desfavorável a novas instalações, em face dos elevados
custos decorrentes, por exemplo, de imposto e da aquisição
de terrenos.
c) algumas áreas, que apresentavam fraco dinamismo
industrial, hoje caracterizam-se pela intensa urbanização e
industrialização, como é o caso, no sul de Goiás, das áreas
vizinhas a Goiânia, considerado o centro econômico do
Brasil.
d) a existência de reservas minerais é que define a presença e
a dinâmica dos principais centros siderúrgicos da região, a
exemplo de Garibaldi e Blumenau, no vale do Rio Itajaí, em
Santa Catarina, que possuem significativa produção de
carvão mineral.
e) mesmo apresentando grande desenvolvimento industrial, a
região ainda tem, na exploração mineral e atividades
agropastoris, o centro de seu dinamismo econômico.
6. (UFF-RJ) Em agosto de 1999, a Volkswagen anunciou que
desativaria a linha de produção do Gol (carro-chefe da
montadora de São Bernardo) e a levaria, com os carros da
“família” (Parati e Saveiro), para a unidade de Taubaté, no
Vale do Paraíba.
Dentre os fatores que vêm promovendo a tendência de fuga de
indústrias da região do ABC paulista, pode-se destacar:
a) o aumento da poluição ambiental da região do ABC, os
conflitos político-sociais e o crescimento da violência
urbana;
b) a estrutura arcaica das empresas da região, a rigorosa
legislação ambiental e os altos impostos;
c) a carência de mão-de-obra qualificada, a falta de incentivo
do governo e a elevada urbanização dessa região
paulistana;
d) a maior facilidade de transportes em outras regiões do
Estado de São Paulo, a terceirização das empresas e o
aumento da pressão demográfica local;
e) o esgotamento da região industrial com elevada
concentração de indústrias, a forte sindicalização dos
trabalhadores e o alto custo da força de trabalho.
7. (UFMS) O Brasil tem passado, nos últimos anos, por um
processo de desconcentração industrial que tem refletido no
crescimento de investimentos em áreas fora do tradicional
eixo Rio de Janeiro—São Paulo. Sobre o processo de
desconcentração industrial, é correto afirmar que:
I. a migração de investimentos produtivos ocorre em
função das condições que os lugares oferecem para a
reprodução do capital, como: condições de transporte e
comunicação, disponibilidade de energia e custo
reduzido da força de trabalho.
II. a tendência de crescimento, em função de novos
investimentos, é observada em cidades médias que se
localizam próximas de regiões metropolitanas que são
importantes centros industriais e de serviços.
III. entre os casos de desconcentração, podemos citar os
novos Investimentos do pólo automotivo nacional no
Estado do Paraná, na região metropolitana de Curitiba.
IV. alguns Estados têm procurado seduzir indústrias
valendo-se da estratégia de redução de impostos, na
disputa entre os diversos estados para atrair
investimentos cria-se um verdadeira “Guerra Fiscal” ou
“Guerra entre os lugares”.
V. a melhoria da infra-estrutura referente a rodovias,
ferrovias, portos e telecomunicações é fator essencial
para a realização de novos investimentos.
a) I e II
b) I, II e III
c) I, II, III, IV
d) I, II, III, IV, V
e) II, III, IV, V
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Grade de Resposta dos Exercícios - Aula 06
1. As condições criadas com atividade cafeeira como: o capital
gerado com as exportações de café que, sobretudo em
momentos de crise era convertido, em certa medida, na
atividade industrial; a infra-estrutura criada com capital inglês
(portos, ferrovias, energia, bancos, etc) e a mão-de-obra
imigrante, que em parte, além de já possuir certa experiência
com a atividade industrial poderia se constituir em mercado
consumidor para os novos produtos industriais.
2. Trata-se de um modelo de industrialização baseada no
mercado interno. Processa-se através da produção de
manufaturados tradicionalmente importados, demandando
freqüentemente a proteção do mercado interno, com forte
participação estatal no processo produtivo. Este gerava infra-
estrutura necessária ao funcionamento do parque industrial
(energia, transporte, comunicações e etc.) e atuava como
produtor de bens intermediários, matéria prima industrializada
que alimentavam o setor de bens de consumo.
3. O Brasil ingressou na modernidade pela via autoritária,
economia brasileira alcançou a posição de oitavo PIB do
mundo (“milagre econômico” - 1969-1972), seu parque
industrial atingiu elevado grau de complexidade e
diversificação, a agricultura apresentou indicadores flagrantes
de tecnificação e dinamismo, e uma extensa rede de serviços
interligou a quase totalidade do território nacional. No entanto,
a maioria da população brasileira não participou diretamente
das benesses do crescimento econômico, conservando os
péssimos indicadores sociais. O Brasil inaugurava a
modernidade da pobreza. A modernização gerou uma pobreza
específica, associada à modernidade. A problemática social do
Brasil se manifesta em um grande descompasso entre
expansão das redes de serviços e de equipamentos coletivos e
o precário estado social da nação.
4. A década de 80 assinala o esgotamento do modelo econômico
baseado na aliança entre os capitais estatais, transnacionais e
nacionais. A crise da dívida externa está na raiz desse
esgotamento: o Estado perdeu a capacidade de investir, a
classe média perdeu a capacidade de consumir e o Brasil
deixou de ser o mercado promissor, capaz de atrair novas
empresas transnacionais. A economia entrou em colapso, e os
ciclos recessivos se sucederam durante toda a década.
5. A chamada “crise da dívida externa” obrigou o país a elevados
desembolso de divisas (dinheiro) para o pagamento do juro e
serviços devidos aos credores internacionais. Em uma longa
conjuntura de redução dos investimentos de capitais
internacionais no Brasil, honra tais compromissos implicava
obter saldos comercias positivos considerados na balança
comercial a fim de acumular divisas. Para isso, sucessivos
governos desenvolveram políticas de estímulos fiscais e
cambiais às exportações e impuseram barreiras alfandegárias
com a intenção de manter as importações em níveis reduzidos.
A conseqüência dessa política exportadora foi a precarização
ainda maior das condições de vida da população brasileira com
o Estado cortado gastos sociais e induzindo a concentração
fundiária e os conflitos fundiários através do estimulo de
cultivos como da soja, café, laranja e a redução de cultivos de
alimentos para o mercado interno como o feijão, arroz,
mandioca, etc.
7.
a) O fenômeno evidenciado é o desemprego industrial
b) A região Sudeste.
Razões:
a) A descontração industrial (custos mais elevados de
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produção na região sudeste)
b) A automação da produção para a redução de custos
(desemprego estrutural)
c) A terceirização da produção (repasse de determinadas
funções para empresas especializadas, prestadoras de
serviços).