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Reciclagem
Conteúdos:
1. Muita gente sobrevive do lixo
2. Mudanças (reciclagem) de atitudes
3. Problemas que os resíduos podem gerar
4. Pessoas envolvidas com os resíduos
5. Tipos de lixo
6. Destino do lixo
7. Redução do lixo
8. Reutilização do lixo
9. Reciclagem do lixo
10. Coleta seletiva
11. Separação lo lixo
12. O que é reciclável?
13. Benefícios da reciclagem
14. Alguns produtos feitos com material reciclado
15. Frases para refletir
Veja alguns trechos de reportagens sobre pessoas que tiram seu sustento e até mesmo alimento do
lixo:
A REALIDADE
(...) “Na maioria dos municípios brasileiros há pessoas vivendo no lixo. São catadores de rua ou
coletores de sucata e papelão. Também há famílias inteiras que sobrevivem nos lixões, recolhendo
restos de comida e outros materiais. Mais de 100 mil pessoas, incluindo crianças e adolescentes,
trabalham na catação, tendo-se, em alguns lugares, três gerações de uma mesma família vivendo no
e do lixo. A situação destas pessoas é extremamente cruel: expostas a doenças através de vetores
(moscas, ratos, baratas), mutilações e risco de vida. Elas estão privadas de educação, lazer, moradia,
saúde, afeto, e convivem com a marginalidade, a prostituição e o uso indevido de drogas, sem
qualquer perspectiva de um futuro digno”.
SEM ESCOLHA
Tião não dispensa, porém, a leitura. Descobriu, em meio à montanha de lixo um livro de poesias da
mineira Adélia Prado - O Coração Disparado – que por engano ou estranheza parou nas mãos do
conterrâneo. 'Ela escreve bem demais. Se eu soubesse metade do que ela sabe, não estaria aqui,
catando sucata nessa sujeira toda', lamenta.
A realidade das mais de 100 pessoas que diariamente buscam a sobrevivência - em meio a
mosquitos, ratos e o risco de doenças causadas pelos detritos lançados no vazadouro de Belfort
Roxo - resume-se nas expressões cansadas de Tião e José Carlos Silva, que acompanhou o amigo na
viagem de Governador Valadares para o Rio de Janeiro. Eles ganham até R$ 100 por semana
recolhendo plástico, garrafas, papelão, cobre e chumbo no lixão. 'As coisas estão muito difíceis e
não vejo solução. A gente não tem mais jeito de arranjar emprego. O Tião é velho demais e eu não
tenho mais nenhum dente são na boca. Nem para varrer a rua a prefeitura quer contratar a gente',
resigna-se José Carlos, de 45 anos.
Na maioria dos casos, essas crianças não estudam. (...) Mesmo aquelas que são matriculadas,
abandonam os estudos porque precisam ajudar a família ou pelo preconceito que sofrem por serem
"crianças do lixo".
(...) Não são raros os casos de doenças causadas pela proximidade com o lixo.
Seus pais normalmente são trabalhadores com pouca instrução. Alguns deles trabalharam como
pintores, pedreiros, domésticas, diaristas, garis, mas não encontraram mais lugar no mercado.
Então, começaram a viver do lixo.
(...) Embora os meninos e meninas que trabalham no lixo não tenham vida de criança, eles não
conseguem deixar de lado a brincadeira. Entre garrafas e latinhas de alumínio, os meninos e
meninas buscam e encontram nos lixões os brinquedos que seus pais não podem comprar. (...)
INDÚSTRIA INFORMAL
(...) É pelo dinheiro que milhares de pessoas enfrentam a montanha malcheirosa e cheia de urubus
todos os dias.
Uma parte dos catadores usa luvas para revolver o lixo, mas muitos trabalham com as mãos nuas.
Eles têm de examinar os montes rapidamente porque logo os tratores empurram o lixo para ser
aterrado.
(...) Todo o material é vendido dentro do próprio lixão, a catadores que se tornaram empresários
informais e montaram escritórios de compra com papelão e cadeiras encontradas no lixo.
Com sorte, os catadores também encontram roupas e calçados, ou até relógios e celulares
funcionando. (...)
PESCADOR DE GARRAFA
(...) Seu Carlos ainda tira um tempo para fazer comida, dar banho e levar as crianças para a escola.
Lucas, de 7 anos, contou que quando crescer quer ser "que nem o papai". E quando o pai morrer, ele
vai assumir seu lugar, catando PET e limpando o mar.
Você deve estar se perguntando: “Mas o que eu tenho haver com isso?” Ou “O quê que eu posso
fazer?”
Bom, pra começar você já deu um passo importante (ler as informações desta página) e, a não ser
que esteja lendo isto apenas para fazer algum trabalho ou como obrigação, você se interessa pelo
assunto. PARABÉNS!
Todo mundo gera resíduos diariamente, é da natureza do ser humano, pela forma como evoluiu.
Mas se cada um não se conscientizar e realizar o seu papel, a situação vai ficar cada vez pior,
principalmente para estas pessoas que não podem comprar nem o que você joga fora!!!! “Ah, mas
se eu não jogar fora elas não vão ter nem isso...” Que mesquinhez!!! Só que ao invés de você
jogar fora, simplesmente, e deixar que as coisas cheguem a estas pessoas de maneira quase
inaproveitável e ainda oferecendo riscos de vida a elas (como mostrado nas reportagens), sem falar
nos problemas ambientais, o seu papel é de, no mínimo, separar corretamente o que você não quer
mais e destinar à Coleta Seletiva ou a programas de doações, para que alguém possa realmente
aproveitar estas coisas! Ao longo da página você irá descobrir que existem inúmeras atitudes para
contribuir com a mudança deste quadro de extrema degradação ambiental e social!
Muito se fala hoje em dia a respeito do lixo. Acredito que todos sabem (pelo menos um pouco)
sobre os problemas que o lixo pode causar, tanto para o meio ambiente quanto para a própria
espécie humana.
Entretanto, a mudança de atitudes não é tarefa fácil, pois estamos condicionados a um sistema de
vida tão “automático” que nem sequer temos consciência disto:
Todos os dias nos encontramos e nos comunicamos com muitas pessoas. Cada uma tem sua própria
vida, objetivos, e suas próprias coisas, ou seja, bens materiais. Mas todas buscam diariamente um
único objetivo: sobreviver. Isto é natural de todas as espécies. Entretanto, a espécie humana é a
única na biota * da Terra que busca não apenas satisfazer suas necessidades fisiológicas básicas
(alimentação, moradia, proteção, reprodução), mas tem um desejo insaciável de atingir certos
ideais. Em todos os setores da sociedade, alimentação, moradia, vestuário, transporte e, inclusive,
na saúde e na educação, impera um pensamento consumista, estimulado por todos os meios de
comunicação, de que uma melhor qualidade de vida se resume à maior detenção de bens.
É assim que os resíduos são gerados. A partir do momento em que buscamos uma nova e “melhor”
casa, carro ou roupa, os antigos acabam virando lixo.
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Mas o que é “melhor”?
* ou aquilo que faz com que nos sentimos superior ao outro (consciente ou inconscientemente),
como uma casa maior, mais comida, mais roupa, mais beleza. No mundo natural isto também
acontece, mas de forma sutil. Quando os recursos são escassos há competição entre os organismos
por estes recursos: O animal mais hábil irá conseguir abater primeiro a presa; o macho mais forte é
o qual vai se acasalar com a fêmea disponível, etc.
Acontece que neste vasto mundo há recurso suficiente para todas as espécies em proporções ideais.
Mas do jeito que o homem explora os recursos para si, estes estão se tornando realmente escassos.
"A Terra pode oferecer o suficiente para satisfazer as necessidades de todos os homens, mas não a
ganância de todos os homens“. (Mahatma Gandhi)
Será que estes motivos são admissíveis? Esta busca é mesmo necessária?
A princípio, isto pode lhe parecer errado, que “comigo não é assim”. Mas você faz parte
inevitavelmente da sociedade atual que, além do exposto acima, também está fundamentada num
conceito ilusório de que os recursos naturais são inesgotáveis ou renováveis.
Mas o que fazer então? Não podemos deixar de viver neste sistema, pois estamos totalmente
adaptados ao modo de vida atual. Seria quase impossível sobreviver se, por exemplo, a fonte de
alimento não fosse a encontrada em supermercados ou mercearias. Por outro lado, a tecnologia
desenvolvida pelo ser humano irá, em pouco tempo, impedir que consigamos sobreviver neste
sistema, principalmente devido aos seus subprodutos.
Contudo, em relação ao lixo há muito o que fazer (Que é justamente o objetivo desta página:
informar sobre como lidar com este passivo ambiental)!
As mudanças de atitudes devem começar aos poucos e serem baseadas em uma meta otimista de
que o que parece ser insignificante com certeza será algo plausível.
* BIOTA = Conjunto de todos os seres vivos: plantas, animais, fungos, bactérias, etc.
Há muito tempo atrás, os resíduos gerados pelo homem eram basicamente excrementos.
Posteriormente, com o início da atividade agrícola e de produção de ferramentas de trabalho e de
armas, surgiram outros tipos de resíduos. Ainda assim, esses resíduos eram provenientes de
produtos de origem natural (estacas, barro, couro, etc.). Portanto, a sua disposição no meio não
causava grandes impactos ambientais. Além disso, a quantidade descartada não era tão grandiosa
como nos dias de hoje.
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Atualmente, os produtos feitos pelo homem ainda são fabricados a partir de recursos naturais, mas
passam por tantas transformações e são gerados em tamanha quantidade que não podem ser
degradados pela natureza em tempo hábil.
As demais espécies viventes na terra também geram resíduos, mas além de serem constituídos por
matéria orgânica, muitas das substâncias descartadas por certos organismos são reutilizadas por
outros como fonte de alimento. A palavra reciclagem significa alterar o ciclo ou dar um novo ciclo
de vida a algo que já existe, coisa que todas as espécies fazem sem hesitar. Hoje o homem se viu na
necessidade de fazer reciclagem, pois os problemas gerados pelo acúmulo de lixo são muitos:
• Mesmo que os resíduos sólidos não sejam queimados, o material orgânico em decomposição
gera, além do chorume, gás metano (CH4) e outros gases (como o gás sulfídrico), que
causam odores desagradáveis, escurece a pintura dos edifícios vizinhos e se torna explosivo
quando colocado em um depósito próximo ou outro espaço fechado. Além disso, algumas
pessoas podem vir a desenvolver doenças respiratórias;
• É muito comum o lixo ser queimado para diminuir o volume, evitando uma aparência
desagradável e a proliferação dos vetores. A queima de qualquer material libera CO2 (gás
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carbônico) na atmosfera, gás tóxico em grandes quantidades (o que já acontece devido à
emissão por fábricas e carros). Além deste, outros gases, também altamente tóxicos, são
liberados na atmosfera quando o lixo é queimado à céu aberto;
• Com a incineração, os problemas como doenças, quantidade e volume excessivos, alguns
problemas de toxicidade e má aparência são amenizados, mas ainda assim é necessário
destinar adequadamente o que sobrou desta queima (escórias e cinzas) para evitar outros
problemas, pois os resíduos ainda oferecem risco potencial ao ambiente. Durante a
incineração, os resíduos são potencialmente perigosos: O plástico é o pior deles. Podem-se
formar, com a incineração, ácidos halogenados a partir das moléculas de cloro presentes em
alguns plásticos (como o PVC) que são responsáveis, junto com outras substâncias
poluentes, pela acidificação de águas e de solos e pela síntese de dioxinas e furanos. Assim,
para que este sistema seja eficiente, é necessário um sistema de tratamento rigoroso de gases
(o que tem um custo muito elevado e, portanto, não é muito praticado).
• O acúmulo de lixo na paisagem traz problemas de ordem estética. Já pensou em morar em
um bairro próximo a um lixão? As áreas próximas a lixões ou até mesmo aterros sanitários
perdem seu valor monetário;
• Além disso, o acúmulo de lixo em determinada região impossibilita o uso do espaço para
outras finalidades (cada tonelada de lixo solto, isto é, sem sofrer compactação, ocupa um
volume entre 3 e 5m3).
• Quanto mais lixo é gerado, maiores são os gastos da prefeitura e do governo com os serviços
necessários para a manutenção de uma cidade ou país. Em uma cidade, os gastos públicos
para lidar com os resíduos são espantosamente altos. Enquanto isso, os gastos com a saúde,
educação e outros serviços fundamentais parecem estar sendo insuficientes. Uma vez
‘resolvidos’ os problemas com o lixo, muitos problemas como o de abastecimento, da saúde
e do desemprego também poderiam ser amenizados: a diminuição do desperdício poderia
fazer com que alimentos, utensílios e outros bens fossem mais bem distribuídos para a
população; as doenças causadas pelo lixo iriam diminuir se este fosse destinado
adequadamente; poderiam ser criados novos empregos relacionados à gestão dos resíduos
urbanos se ambos a população e o Poder Público se preocupassem e se envolvessem mais
com esta questão. Assim, este assunto é de extrema importância na busca do
DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL.
Quantidade de Lixo
Hoje a geração média de resíduos per capita, ou seja, Kg/habitante/dia, no Brasil, é de 500 a 700
gramas! Em áreas mais “desenvolvidas” pode chegar a 1,6 Kg por pessoa.
Segundo o IBGE, a população brasileira (cerca de 160 milhões de habitantes) produz algo como 90
milhões de toneladas de lixo por ano, sendo esta quantidade apenas de lixo domiciliar, ou seja a
geração de cada um nas suas residências ou trabalho. Ainda faltaria contabilizar o lixo hospitalar,
entulhos, podas de árvores e varrição, entre outros (ver tipos de lixo).
A PUCPR gera em média de 300kg a 1.500Kg de resíduos por dia, segundo trabalho realizado pela
autora. Isto sem contar os resíduos hospitalares, entulhos e resíduos da gráfica (que, por mês, esta
última chega a gerar 4,2 toneladas).
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* IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística;
MMA - Ministério do Meio Ambiente.
Degradação
Muitas fontes bibliográficas citam tempos diferentes para a degradação dos diversos tipos de
resíduos. Os resultados podem estar baseados de acordo com as condições do ambiente em que
estes materiais se encontram. Por exemplo, onde há a incidência de maior quantidade de organismos
decompositores, a degradação poderá ser mais acelerada. Portanto, os dados aqui apresentados
consistem em períodos aproximados para que ocorra a degradação dos resíduos.
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Você já parou para pensar que depois que o lixo sai da sua casa ou trabalho inúmeras pessoas ainda
entram em contato com ele?
Com certeza você já deve ter refletido como é desagradável lidar com o lixo. E também já deve ter
pensado como os garis ou lixeiros ‘conseguem’ trabalhar o dia inteiro sentindo os odores
desagradáveis do lixo acumulado nos caminhões. Pois é. Realmente não deve ser fácil. Portanto,
devemos reconhecer a importância do papel dessas pessoas na limpeza da cidade! E de como elas
facilitam a sua própria vida! Imagine se cada um de nós tivesse que levar nosso próprio lixo para
um lugar seguro e longe das nossas vistas todos os dias...
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É comum a síndrome NIMBY (Not In My Backyard, ou seja, “não no meu quintal”), ou o hábito de
“esconder a sujeira debaixo do tapete”, ou ainda o pensamento “longe da vista, longe do perigo”.
Foi exatamente por isso que os problemas resultantes do acúmulo de lixo se tornaram tão
preocupantes, pois o lixo foi se acumulando em locais onde antes parecia que não causaria tantos
problemas.
Portanto, a sua responsabilidade com o lixo não acaba na disposição deste em sacos plásticos e
colocados à sua porta para serem levados “a algum lugar” (destino do lixo).
* segurança (não descarte na lixeira o que você considera perigoso ou tóxico – ver tipos de lixo );
* vedação;
* capacidade para armazenar o lixo durante o intervalo mais longo de coleta e transporte;
Caso contrário, pode causar acidentes com os funcionários; tornar o serviço mais lento e, portanto,
mais oneroso (pela necessidade de juntar o lixo derramado e aumentar o tempo de coleta, gastando
mais combustível); ou pode ainda causar desgaste nos equipamentos (objetos podem entrar no
motor ou pode haver substâncias corrosivas no lixo).
Em segundo lugar, além reduzir, reutilizar e reciclar, a sua participação é muito importante na
divulgação das informações a outras pessoas A começar pelas pessoas à sua volta, amigos,
familiares ou mesmo pessoas desconhecidas (caso presencie um ato de descarte inadequado de lixo,
como por exemplo no ônibus ou na rua, procure falar sutilmente que aquilo não é certo. Você se
sentirá muito bem, acredite! E da próxima vez que aquela pessoa pensar em fazer isso novamente,
tem grandes chances de não fazê-lo...). Isto é muito importante também por que muitas pessoas
sabem o que é certo e o que é errado, mas não são estimuladas constantemente ou então a
informação que uma vez lhes foi passada cai no esquecimento.
Depois que o lixo é coletado ele é levado ao seu destino final. Aqui em Curitiba o destino do lixo
comum (ver tipos de lixo ) é um aterro sanitário (o atual aterro é o da Caximba, localizado a mais ou
menos 20 Km de Curitiba e recebe o lixo de toda a região metropolitana). Lá o lixo é pesado, e
descartado. Inúmeras pessoas trabalham neste local (funcionários, operadores de trator, fiscais e até
mesmo seguranças), contribuindo para que o lixo fique ‘bem guardado’. Saiba que o aterro funciona
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24 horas por dia, 7 dias por semana (enquanto você está festando e se divertindo, está gerando um
monte de lixo e estas pessoas estão sempre cuidando do seu lixo. Procure sempre a Redução)!!!
Para o lixo reciclável também há muitas pessoas que lidam com o lixo depois que este sai da sua
casa. Estas pessoas fazem um ótimo trabalho, mas não é fácil dar conta das montanhas de lixo que
chegam diariamente para que cada material seja separado. Portanto, o seu papel na separação do
lixo reciclável é muito importante.
* Quando quebrar algum recipiente ou garrafa de vidro, os cacos devem ser embalados em jornal ou
papelão. Uma dica prática é abrir uma embalagem Longa Vida de leite ou suco e colocar os cacos
limpos no interior, fechando a caixinha nas pontas. É bem resistente e rápido de proceder.
5. Tipos de Lixo
• Domiciliar (residências);
• Comercial (é o que pode conter a maior porcentagem de resíduos recicláveis, dependendo do
tipo de estabelecimento. Se for um restaurante, por exemplo tem potencialidade para a
compostagem e se for um escritório, tem grande quantidade de papéis e, portanto, serem
destinados para a reciclagem);
• Público (varrição das vias públicas, limpeza de praias, galerias, córregos, restos de podas de
plantas, limpeza de feiras livres, etc);
• Industrial;
• Hospitalar ou de serviços de saúde;
• Agrícola;
• Portos, aeroportos e terminais rodoviários ou ferroviários;
• Entulho (construção civil).
Obs.: Os resíduos inorgânicos, de certa forma, também são biodegradáveis, mas apresentam
diferentes velocidades de degradação – ver degradação do lixo)
3) Quanto à periculosidade que oferecem (NBR 10.004 [ABNT, 2004] - Classificação de resíduos e
Conama No23, de 12 de dezembro de 1996):
• Classe I (perigosos): Apresentam risco à saúde pública ou ao meio ambiente, pois podem ser
corrosivos, inflamáveis, reativos, tóxicos ou patalógicos. Exemplos: resíduos hospitalares,
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industriais e agrícolas, pilhas, baterias, lâmpadas fluorescentes, medicamentos e produtos
químicos vencidos, embalagens de produtos químicos em geral (inclusive de limpeza pesada
e inseticidas), restos de tintas e solventes, etc.
• Classe II (não perigosos)
• - Classe II a (não inertes): Podem ter propriedades como combustibilidade,
biodegradabilidade ou solubilidade. Não apresentam perigo ao homem ou ao meio ambiente,
porém não são inertes. Exemplos: a maioria dos resíduos domésticos, sucatas de materiais
ferrosos e não ferrosos, embalagens de plástico etc..
• Classe II b (inertes): Não contêm nenhum constituinte solubilizável em concentração
superior ao padrão de potabilidade das águas. Exemplos: entulhos de demolições como
pedras, areias, concreto e outros resíduos como o vidro.
4) Uma classificação mais simplificada pode ser estabelecida simplesmente para a população
identificar mais facilmente os resíduos:
• Lixo comum: resíduos gerados comumente pela população, como papéis, embalagens de
plástico, metais ou vidro, restos de alimentos, tecidos, etc O lixo comum pode conter
resíduos das três diferentes classes de periculosidade.
• Lixo especial: Aqueles que necessitam de coleta ou destino diferenciados, pois podem
causar tanto impactos ambientais como problemas para a saúde pública. Exemplos: Entulhos
e resíduos perigosos.
• Em todas as fontes geradoras podem existir diferentes tipos de resíduos. Por exemplo, em
uma residência podem ser gerados tanto resíduos comuns como resíduos perigosos.
Portanto, é fundamental que cada resíduo seja identificado e separado corretamente para que
tenha tratamento e destinação adequados. E esta separação deve ser realizada na fonte
geradora, ou seja, por cada um de nós (ver separação e destinação de resíduos).
6. Destino do Lixo
O destino do lixo é (deve ser) diferente, de acordo com cada tipo de resíduo que o constitui.
Entretanto, o destino mais comum que se dá para qualquer resíduo no Brasil são os chamados
“Lixões”. Em aproximadamente 70% das cidades brasileiras os resíduos ainda são jogados neste
destino final. 13% dos municípios destinam seus resíduos a aterros sanitários e 17% em aterros
controlados. Menos de 10% dos municípios brasileiros realizam coleta seletiva e reciclagem.
Os lixões são um espaço aberto, localizado geralmente na periferia das cidades onde o lixo fica
apodrecendo, ou então é queimado. Não devem ser confundidos com aterros sanitários, pois
consiste em um método que não leva em consideração critérios sanitários ou ecológicos,
provocando a contaminação das águas subterrâneas e do solo e a poluição do ar com gases tóxicos.
É muito comum também o despejo do lixo em córregos ou em terrenos baldios pela população de
periferias que não recebem atenção quanto à coleta ou educação municipal. 20% da população
brasileira ainda não contam com serviços regulares de coleta. Outrossim, uma parcela significativa
da população “educada” e que recebe serviços de coleta joga lixo em locais inadequados como,
principalmente, nas vias públicas (lamentável!).
O lixo comum e entulhos devem ir para aterros sanitários quando não há mais a possibilidade de
reciclagem ou reutilização . Os aterros sanitários são basicamente locais onde os resíduos são
confinados no solo, livre do contato com o ar e cobertos com uma camada de terra. O terreno é
impermeabilizado para permitir que os líquidos e os gases resultantes da decomposição que estes
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resíduos sofrem embaixo da terra (principalmente por bactérias) sejam drenados e tratados, para
evitar a contaminação do ambiente. Ainda há falta de aterros sanitários no Brasil. Por outro lado, a
maioria dos existentes não foi construída de acordo com os padrões técnicos, comprometendo o
solo e os recursos hídricos. Também existem os aterros controlados que são basicamente um
sistema intermediário de destinação de resíduos entre os lixões e os aterros sanitários, pois há um
controle de entrada de pessoas e cobertura diária do lixo. Porém, os impactos que causam estão
mais para o lado negativo dos lixões do que dos aterros sanitários, pois a contaminação do solo e
dos corpos hídricos não é controlada.
O lixo séptico ou hospitalar deve ir para valas sépticas ou ser incinerado (a incineração é diferente
da queima, pois é feita em máquinas especiais e não simplesmente pelo fogo). Entretanto, em
muitas cidades, o lixo hospitalar é depositado em aterros sanitários ou mesmo lixões. Isto quando a
coleta é irregular ou inexistente. Além disso, muitos resíduos infectantes vão para aterros sanitários
através da coleta domiciliar, já que muitas pessoas são tratadas de enfermidades nas suas próprias
residências. Cabe a você mudar isso, caso você ou mesmo alguém conhecido o faça. O ideal é
encaminhar o lixo séptico a farmácias e clínicas do setor.
O lixo tóxico deve ir para aterros especiais ou centros de triagem específicos para que os resíduos
possam ser reciclados ou reutilizados. Em Curitiba a coleta do lixo tóxico segue um sistema
especial de coleta.
Em algumas cidades, o lixo orgânico é encaminhado para usinas de compostagem. Estas usinas
consistem basicamente em locais onde estes resíduos são misturados com terra e esterco, misturados
constantemente e submetidos à ação de fungos e bactérias, para serem transformados em adubo
orgânico, também chamado de húmus, material muito rico em nutrientes.
Existe uma diferença entre destino final e tratamento de resíduos. O tratamento é prévio ao destino
final, sendo que para cada tipo de resíduo existe um tratamento e um destino final específico.
No caso dos resíduos comuns, geralmente não há tratamento antes de seu destino final e os resíduos
vão das fontes geradoras até os aterros sanitários.
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A triagem e a reciclagem são tipos de tratamento para alguns tipos de resíduos, bem como a
compostagem, a pirólise, a incineração etc. A triagem é um tratamento necessário para a reciclagem
e a reciclagem é um tratamento necessário para a fabricação de produtos feitos com matéria prima
reciclada. Ambos os processos geram rejeitos então a outra parte dos resíduos é encaminhada para
aterros sanitários.
A incineração é um tipo de tratamento para, por exemplo, lixo hospitalar, que depois vira cinza e
esta vai para os aterros sanitários. O lixo hospitalar também pode passar por tratamentos como
microondas e autoclavagem e depois serem encaminhados a aterros sanitários ou valas sépticas
(dependendo do teor de contaminação dos resíduos resultantes).
Resíduos tóxicos passam por tratamento prévio, como blendagem e encapsulamento, e são
encaminhados para o seu destino final que são os aterros especiais.
Esta breve explicação mostra como é complicado lidar com lixo e, portanto, como é importante o
seu papel no cuidado com o lixo. Contribuir com o Princípio dos Três Erres (Reduzir, Reutilizar,
Reciclar) é uma maneira ao seu alcance para minimizar diversos problemas ambientais,
melhorando a sua própria qualidade de vida e garantindo um futuro ideal para seus filhos
sobreviverem.
7. Redução do lixo
Uma das atitudes para reduzir a quantidade de lixo gerado é utilizando produtos fabricados de
forma diferente, ou prolongando o tempo de vida útil do produto. Costuma-se, por exemplo, utilizar
copos descartáveis em festas, escritórios ou mesmo em casa. É muito difícil o mesmo copo ser
reutilizado, por ser justamente descartável. Deve-se preferir o uso de materiais mais duráveis, como
o vidro ou a porcelana.
- lâmpadas de baixo consumo (fluorescentes) que são oito vezes mais duráveis que as
incandescentes;
- cartuchos de impressora e pilhas recarregáveis;
- produtos de embalagens recicláveis;
- produtos de embalagens retornáveis
(Vale lembrar que também é necessário REDUZIR quanto ao uso de outros recursos naturais como
a água e a energia elétrica).
Por quê?
Na PUCPR, você já deve ter reparado que nos banheiros há um lembrete no dispositivo do papel
toalha: “Acione apenas três vezes a alavanca”. Isto por que três vezes é suficiente para enxugar as
mãos. Se você acha que não, já tentou? Experimente ao invés de acionar 10 vezes a alavanca
chacoalhar 10 vezes as mãos antes de secar! Se você lavou o rosto ou escovou os dentes talvez
precise de mais toalha, mas não precisa pegar um metro (coisa que presencio todos os dias na
faculdade e em diversos locais públicos)! Seja diferente: leve a SUA toalha na bolsa, suas mãos vão
ficar mais macias...
8. Reutilização do lixo
A reutilização também é uma forma de redução, pois os produtos permanecem mais tempo em uso
antes de serem descartados.
Consiste no aproveitamento de produtos, objetos ou embalagens sem que estes sofram quaisquer
tipos de alterações ou processamentos complexos (só passam, por exemplo, por limpeza).
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Existem inúmeras formas de reutilização, dependendo da criatividade do gerador. Os principais
resíduos que podem ser reutilizados são embalagens e roupas, modificando sua aparência e
finalidade. Faça de uma garrafa um vaso de plantas, ou de uma camisa velha um pano de chão.
Ainda que não se encontre uma forma imediata para a reutilização, muitos produtos devem ser
considerados como reutilizáveis e então serem guardados para um momento posterior.
Ao invés de jogar fora algum objeto “velho” e “sem valor” procure uma instituição de caridade que
com certeza fará bom uso de qualquer doação.
• Separar sacolas, sacos de papel, vidros, caixas, papéis e demais embalagens ou materiais que
podem ser reutilizados;
• Usar como rascunho o verso de folhas de papel já utilizado;
• Reutilizar envelopes, colocando etiquetas sobre o endereço do remetente e destinatário;
• Utilizar coador de café lavável;
• Pensar em restaurar e conservar antes de pensar em jogar fora;
• Levar seu lanche ou almoço em recipientes reutilizáveis (marmita) e não em recipientes
descartáveis (de plástico ou alumínio);
• Não jogar no lixo aparelhos quebrados que podem ser vendidos no ferro velho ou em lojas
de consertos para serem desmontados e reaproveitadas as peças;
• Preferir as fraldas laváveis às descartáveis; (consulte
http://www.doubibou.com/diapers/shopmenu.html);
• ETC!
9. Reciclagem do lixo
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Quando não é mais possível (MESMO) reaproveitar um produto, a terceira e última alternativa é
aproveitar a matéria prima que o constitui, ou seja, fazer uma reciclagem. A Reciclagem, portanto,
consiste em aproveitar os resíduos para fabricar novos produtos, idênticos ou não ao que lhes deu
origem.
A reciclagem deve ser encarada como última alternativa, segundo o Princípio dos Três Erres por
diversos motivos: Desde que surgiu, é encarada como uma forma de solução exclusiva para a
diminuição de lixo no ambiente. Realmente, veio a solucionar muitos dos problemas causados pela
disposição inadequada de lixo e pela grande quantidade gerada. Entretanto, se a reciclagem for vista
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apenas neste sentido, as demais atitudes não serão atingidas, principalmente a conscientização da
população. Além disso, quando se deseja atingir altos índices de reciclagem em um determinado
local, seja ele uma empresa ou um município, ou até um país, pode-se estar correndo o risco de se
estar contribuindo para o aumento do consumo. O que deveria ser feito é a maior abrangência dos
Programas de Coleta Seletiva e Reciclagem para os materiais recicláveis que inevitavelmente são
gerados no nosso dia-a-dia.
A reciclagem pode ser do tipo artesanal ou industrial. Artesanal quando se utilizam processos de
transformação pouco sofisticados, e industrial quando estes processos são mecanizados e capazes de
fabricar produtos em larga escala. A reciclagem artesanal também pode ser vista como uma forma
de reutilização, pois os resíduos passam por poucas modificações.
Infelizmente, ...
... com embalagens recicláveis ou produtos reciclados (pois, no primeiro, caso as empresas do setor
terão a preferência dos consumidores, que já estarão conscientes das conseqüências de se comprar
embalagens não recicláveis e, no segundo caso, as empresas terão como competir melhor no
mercado com as que já adotam este processo, baixando o preço dos produtos feitos com matéria
prima reciclada).
Infelizmente, ainda não são todos os tipos de materiais fabricados pelo homem que são possíveis de
serem reciclados. Isto por que não apresentam condições favoráveis, como a existência de mercado
local ou viabilidade técnica.
O mercado para os recicláveis no Brasil ainda não é dos mais promissores. Entretanto, está
ampliando-se cada vez mais. Veja o exemplo das embalagens tetrapak que, até alguns anos atrás,
não havia tecnologia adequada para reciclá-las. Existem hoje, no mercado inúmeros produtos
fabricados a partir de resíduos, considerados lixo por muitos.
A inviabilidade técnica para a reciclagem de muitos resíduos ainda não é possível porque estes são
feitos com vários tipos de materiais ao mesmo tempo. Por exemplo, alguns produtos têm
embalagens tão sofisticadas para ser um atrativo de venda (marketing) que não é possível retirar
rótulos ou separar partes desta embalagem. É claro que não depende só de você para mudar isso,
mas você pode optar por outros produtos ao invés destes. Até por que, geralmente os produtos
artesanais são bem mais baratos que os “super-industrializados” e também mais saudáveis. E outra:
se a coleta seletiva for mais bem realizada e divulgada, talvez as empresas tenham um propósito
maior em vender produtos com embalagens recicláveis (pois irão se beneficiar economicamente,
tanto por competir melhor com as que já adotam esta atitude, como por poder ter uma fonte
garantida de matéria prima).
A reciclagem pode trazer inúmeros benefícios, de acordo com o seu grau e local de atuação.
18
10. Coleta Seletiva
A reciclagem dos resíduos é mais bem alcançada quando existem sistemas de separação de cada
tipo de material. Este sistema de separação é chamado de Coleta Seletiva , que traz mais vantagens
para o processo da reciclagem pois:
A Coleta Seletiva pode ser feita de diferentes maneiras (dependendo da política estabelecida pela
administração local):
* Porta-a-porta: Quando os resíduos são separados na fonte geradora, ou seja no local onde os
resíduos são gerados (como por exemplo na sua casa, trabalho ou local de estudo) para depois
serem recolhidos pela prefeitura.
* PEV´s (Pontos de Entrega Voluntária) ou LEV´s (Locais de Entrega Voluntária): São locais
distribuídos em diferentes pontos da cidade (ou de uma empresa) com grupos de lixeiras
diferenciadas por cores e/ou símbolos onde as pessoas depositam espontaneamente os resíduos
recicláveis.
* Unidades ou Centrais de Triagem: Locais onde é feita a separação dos materiais recicláveis ou do
material orgânico para a compostagem. Quando não há Coleta Seletiva podem estar localizados nos
locais de depósito final dos resíduos ou, para atender à Coleta Seletiva, estão distribuídos pela
cidade. Mesmo quando há este tipo de coleta, são indispensáveis para separar cada tipo de material,
possibilitando sua venda.
* Por catadores ou carrinheiros: Os catadores separam os materiais recicláveis que chegam nos
lixões ou aterros (quando isso é permitido) e os carrinheiros recolhem os recicláveis,
informalmente, através do sistema porta em porta. Trata-se de alternativas que não devem ser
incentivadas, pois oferecem condições totalmente insalubres para estas pessoas. Os carrinheiros
também correm riscos, por disputarem espaço com automóveis e ônibus nas ruas. Estas pessoas
também são vistas com inferioridade pela sociedade! Entretanto, esta ainda é uma das formas mais
utilizadas para sustentar a indústria de reciclagem no Brasil. Quando há uma preocupação por parte
da prefeitura e esta realiza parceria com associações de catadores, diminuem-se os riscos desta
atividade, pois além de retirarem as pessoas dos lixões, promovem apoio a elas: local adequado de
trabalho (espaço e equipamentos); maiores quantidades e melhor negociação dos materiais
(qualidade do material), reconhecimento social etc.
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Catador de rua
(www.easysystem.com.br)
A coleta porta-a-porta é a mais vantajosa. Primeiro por que a coleta do tipo PEV ou LEV não
permite coletar uma quantidade significativa de materiais e, segundo, porque nas unidades de
triagem a qualidade dos materiais é bem inferior, pois os materiais estão misturados entre si
(principalmente com matéria orgânica), impossibilitando a reciclagem de muitos.
A Coleta Seletiva porta-a-porta, por sua vez, pode ser feita de duas maneiras:
* Separar os tipos de resíduos: papel, plástico metal, vidro, matéria orgânica e perigosos.
Obs.: Os resíduos perigosos devem ser separados SEMPRE, mesmo quando só se separa os
recicláveis dos não recicláveis e têm destino diferente (ver destino do lixo).
Em Curitiba a primeira alternativa é a que configura a coleta seletiva existente. Esta situação está
gradualmente sendo modificada, portanto, cabe a VOCÊ começar a modificar suas atitudes na
separação do lixo.
(www1.sp.senac.br)
Curitiba é considerada uma das principais cidades brasileiras em que a reciclagem é uma atividade
bem divulgada e adotada. Entretanto, isso está se tornando uma dificuldade, pois a unidade de
triagem que recebe os materiais recicláveis (para separação e destinação às indústrias recicladoras)
não está dando conta da crescente quantidade de materiais que recebe. Apenas 30% do lixo
recolhido pelo Programa “Lixo que não é lixo” vai para a UVR - Unidade de Valorização de
Rejeitos, nome dado para a unidade de triagem que se localiza em Campo Magro. Os demais 70%
são distribuídos a depósitos e pequenas empresas particulares localizados nas mais diversas partes
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da cidade. Isto é um problema por que estes locais não têm estrutura adequada para separar o
material de maneira eficiente, ficando limitados a separar e comercializar apenas aqueles materiais
mais “valiosos” do ponto de vista econômico. Além disso, a maioria dos materiais recicláveis que
chegam ao Programa estão misturados uns com os outros, principalmente com muita matéria
orgânica.
Com isso, grande quantidade de lixo, que poderia ser reciclado, vai para o aterro sanitário da
Caximba, que está prestes a se esgotar. Quando o projeto surgiu não havia a necessidade em separar
cada tipo de material, mas agora a separação dos materiais na fonte geradora deve ser mais bem
organizada. E VOCÊ pode ajudar a melhorar esta situação:
> Procure jogar no “lixo que não é lixo” somente o que é realmente reciclável (Veja a lista de
materiais recicláveis e não recicláveis). Caso ainda tenha alguma dúvida pode jogar no “lixo que
não é lixo”, pois nos locais de triagem os funcionários separam;
> Faça uma Coleta Seletiva na sua casa. Coloque em lixeiras separadas cada tipo de material
(papel, plástico, vidro, metais). Quando as sacolas chegarem à à UVR ou depósitos, a separação
será mais rápida e eficiente. É um pouco trabalhoso, pois a todo o momento temos algo nas mãos
para descartar, principalmente pequenos pedaços de plástico ou papel. Mas a gente acaba se
acostumando e, uma vez formada a consciência, é quase impossível não separar. Caso demore a se
acostumar, comece por separar apenas o papel, colocando-o numa caixa ou sacola num canto da
casa e, aos poucos, passe a separar os demais tipos (obs.: a separação dos resíduos tóxicos é
urgente!)
> Veja se em todas as dependências da sua casa tem coleta seletiva. Geralmente a separação é feita
somente na cozinha. Mas no quarto e no banheiro há muito material que pode ser reciclado (caixa
de pasta de dentes, embalagem de absorventes, de sabonetes, desodorante, vidro de shampoo, rolo
“vazio” de papel higiênico, papel de caderno, etc.);
> Procure separar de uma mesma embalagem dois tipos de materiais diferentes. Por exemplo:
alguns envelopes têm uma tarja de plástico acoplada e é muito fácil de separá-la; os enlatados
(como atum, achocolatados, leite em pó, etc) possuem um invólucro de papel que é facilmente
retirável; entre outros.
> Procure sempre lavar as embalagens (água). Embalagens com restos de produtos ou comida
inviabilizam a reciclagem (apenas uma passada de água logo ao terminar o produto já basta. Quanto
mais o produto fica na embalagem mais difícil é de lavá-lo. Isto vale tanto para shampoos, por
exemplo, como para iogurtes e outros alimentos).
> Não amasse papéis e papelão e sim rasgue-os. Isto facilita a reciclagem deste tipo de material e
também torna o produto reciclado de melhor qualidade.
> Móveis, carcaça de computadores, eletrodomésticos quebrados ou suas peças, roupas usadas e
outros objetos também devem ser separados, mas não devem ser encaminhados para a Coleta
Seletiva e sim para locais específicos que utilizem estes resíduos de alguma forma. Por exemplo:
roupas e móveis usados devem ser doados a instituições sociais; restos de eletrodomésticos podem
ser levados a lojas de conserto dos mesmos ou, também, junto com peças de automóveis, a ferros-
velhos, para que peças sejam reutilizadas. Isto por que alguns resíduos passam batido pela
separação nos locais de triagem e vão direto para os aterros sanitários por não serem
comercializados com as empresas de reciclagem, muito ocupadas com a maioria dos materiais
recicláveis.
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Tudo isto irá contribuir para que a separação seja mais eficiente e para que os materiais recicláveis
possam realmente ser reciclados. O potencial do Brasil seria 40% maior se a coleta seletiva fosse
mais desenvolvida.
OBS.: NÃO TENHA PREGUIÇA* DE FAZER COISAS COMO ESTAS. A NATUREZA NÃO
TEM PREGUIÇA EM FORNECER EM ABUNDÂNCIA OS RECURSOS NATURAIS DE QUE O
HOMEM NECESSITA. E MUITO MENOS EM TENTAR CONSERTAR OS ESTRAGOS DE
SUAS AÇÕES!...
Água
A atitude de lavar sempre as embalagens recicláveis antes de serem encaminhadas para a Coleta
Seletiva irá tornar o sistema de reciclagem mais eficiente. Entretanto, pode lhe parecer que isto irá
prejudicar outra atitude de preservação do ambiente: a economia de água potável. Mas isso é
necessário. Para lavar as embalgens você pode reutilizar a água que “sobrou” de outras atividades,
por exemplo a última água da máquina de lavar roupas ou a água utlizada para enxaguar a louça
(basta fechar o tanque ou a pia). Vale lembrar ainda que a água da máquina de lavar roupas pode ser
reutilizada para a limpeza da casa e você pode reduzir o consumo de água através de algumas
atitudes simples, como escovar os dentes com a torneira fechada e tomar banho em menos tempo.
Lista
Papéis, plásticos, metais e vidros são os principais materiais recicláveis. Outros como tecidos,
borracha, óleo, matéria orgânica, entre outros, também podem ser reciclados. Porém estes não
devem ser encaminhados à Coleta Seletiva convencional e sim a programas diferenciados. Veja
alguns exemplos e uma breve explicação sobre estes resíduos, seus danos ao meio ambiente e a
maneira correta de destiná-los:
TECIDOS
O processo de fabricação dos tecidos também consome grandes quantidades de água e energia.
Além disso, esta indústria é muito poluidora a nível dos efluentes líquidos, pois os tecidos passam
por inúmeros processos de tingimento e tratamento com substâncias antifúngicas, por exemplo.
Assim, a reciclagem dos resíduos têxteis é importante para a redução da poluição, uma vez que
estes resíduos são freqüentemente queimados a céu aberto ou depositados em vazadouros.
BORRACHA
1) PNEUS: Os pneus são feitos basicamente de borracha que é um tipo de material altamente
resistente à degradação biológica e com elevado poder calorífico, podendo constituir risco como
potencial foco de incêndio (um pneu pode ficar em combustão por semanas!). Quando queimados,
os pneus liberam gases que formam uma fumaça negra de forte odor, na qual está presente o
dióxido de enxofre. Além disso, os pneus depositados em locais inadequados permitem a
proliferação de diversos mosquitos, como os transmissores da dengue e da febre amarela, pois
acumulam água no seu interior.
Recauchutagem: Novas camadas de borracha são adicionadas nos pneus "carecas" ou sem friso. A
recauchutagem aumenta a vida útil do pneu em 40%.
Trituração: A borracha passa por máquinas de moagem que podem cortar os pneus em pedaços
pequenos ou até a formação de um pó, ambos utilizados para fabricar diferentes produtos.
Valorização energética - consegue-se tirar proveito do elevado poder calorífico deste tipo de
material, através da incineração, tendo que haver o cuidado de respeitar os limites legais de emissão
de gases. Assim, estes resíduos podem ser utilizados como combustível principal ou auxiliar em
vários processos industriais (papel, aço, cimento, etc). No Brasil, a utilização deste resíduo como
combustível promoveu no período de 1999 a 2004 a destruição de 150 mil toneladas de pneus, o
equivalente a 30 milhões de pneus de automóvel usados, proporcionando uma economia de 720 mil
toneladas de óleo. A reciclagem de pneus também economiza petróleo, já que a borracha também é
feita a partir deste recurso natural, além do látex.
2) OUTROS PRODUTOS: 70% da borracha produzida no Brasil é destinada para fabricar pneus. O
restante é utilizado em produtos como calçados, seringas, luvas, preservativos, rodos, sistemas de
vedação, bóias, roupas de mergulho ou de surfe, isolamento acústico e térmico, lacres, brinquedos
etc. Os resíduos gerados através da inutilização destes produtos, assim como os tecidos, não são (até
onde se sabe) absorvidos pela indústria da reciclagem, pelo mesmo motivo: pouca quantidade e
qualidade dos resíduos. Iniciativas tímidas se dão apenas no setor de aparas e sobras durante a
produção pré-consumo como, por exemplo, a utilização das sobras da indústria de calçados na
fabricação de blocos de vedação na construção civil. A quantidade de borracha descartada no lixo
domiciliar é pouca comparada à quantidade de pneus. Portanto, não há problema em descartar estes
resíduos no lixo comum, desde que este vá para aterros sanitários.
PILHAS
As pilhas e baterias são resíduos perigosos constantemente presentes no lixo domiciliar, mas não
são devidamente destinados. Sua toxicidade é devido aos metais presentes em sua composição
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como o cobre, o zinco, manganês, níquel, lítio e, os mais perigosos, o mercúrio, o cádmio e o
chumbo, que podem ser liberados se as pilhas forem incineradas ou deixadas em qualquer destino
final. Alguns efeitos destes metais pesados nos seres vivos são: disfunções renais, hepáticas,
neurológicas e motoras; osteoporose; danos cerebrais e no desenvolvimento de fetos; problemas
pulmonares; câncer, entre outros. É importante lembrar que muitos desses metais são
bioacumulativos, podendo afetar drasticamente a saúde do homem.
A reciclagem destes materiais é muito importante, não só por que reduzem a quantidade de resíduos
tóxicos produzidos, evitando a contaminação ambiental e, por conseqüência, danos na saúde
pública, como também diminuem a quantidade de metais extraídos das minas evitando outros danos
ambientais (degradação da paisagem, destruição de habitats etc). Existem diversos processos de
reciclagem de pilhas e baterias, específicos para cada tipo de bateria. Portanto, sua destinação para a
coleta diferenciada é indispensável.
Em Curitiba existem postos de coleta deste resíduo distribuídos por toda a cidade. Além disso,
fornecedores e revendedores de certas pilhas e baterias, principalmente as de automóveis e de
celulares, devem recolher estes produtos para destinação correta segundo a legislação pertinente
(CONAMA 257/99 e 263/99). O ideal é sempre recorrer à própria embalagem para orientações.
Entretanto, não é raro a comercialização de pilhas e baterias clandestinas ou falsificadas que não
seguem as especificações legais. De qualquer forma, nenhum tipo de pilha ou bateria deve ser
jogada no lixo comum.
Quando não recicladas, por motivos de mercado, tecnologia ou recursos financeiros de uma dada
localidade, as pilhas e baterias devem ser depositadas em aterros especiais, evitando a contaminação
do solo, água e ar.
ÓLEOS
Os óleos são cada vez mais poluentes devido aos aditivos incorporados a eles. Um litro de óleo tem
o poder de contaminar um milhão de litros de água. Esta contaminação é devido à capacidade de o
óleo se espalhar com muita facilidade na superfície da água. O óleo também pode aumentar em
quatro vezes o seu potencial poluente por se emulsificar com a água e persistir por longos períodos
no ambiente.
Os principais danos à fauna causados por óleos são intoxicação e efeitos físicos. O óleo pode causar
intoxicação principalmente pela presença de compostos como o tolueno, o benzeno e o xileno, que
são absorvidos pelos organismos provocando câncer e mutações, entre outros distúrbios. Os efeitos
físicos que o óleo causa são asfixia e danos subletais, por impregnar na pele, nas brânquias ou em
outras partes vitais e acessórias, impedindo a realização de diversas funções metabólicas como
respiração, fotossíntese, alimentação, excreção, homeostase, localização e movimentação (como as
asas de aves ou as nadadeiras de peixes), entre outras limitações.
Estas afirmações são válidas para quaisquer tipos de óleo, sendo que em determinadas quantidades
e situações, os efeitos de periculosidade resultam em maior ou menor impactos. Os piores impactos
ambientais causados por este tipo de resíduo são devido a acidentes envolvendo o derramamento de
petróleo e seus derivados nos corpos hídricos, principalmente no mar. Entretanto, consideráveis
quantidades de óleos, graxas e outros derivados do petróleo também são descartados nos efluentes
domésticos e industriais. Geralmente as indústrias passam por processos de fiscalização de órgãos
competentes e só podem lançar substâncias tóxicas, incluindo óleos, em quantidades tais que não
prejudiquem o meio ambiente. A resolução CONAMA 362/05 determina como devem ser tratados
os resíduos de óleos lubrificantes usados, principalmente os automotivos e os industriais. Mas estas
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determinações nem sempre são cumpridas. Já os efluentes domésticos não passam por nenhum
controle de lançamento de substâncias, o que pode estar prejudicando consideravelmente os corpos
hídricos através deste resíduo. Além disso, o óleo descartado pelas residências acumula nos
encanamentos e retém outros resíduos como plásticos e papel entupindo as redes de esgoto e
impedindo o fluxo das águas residuais.
Assim, a destinação correta deste resíduo é indispensável para evitar a poluição das águas e demais
problemas decorrentes. Os óleos usados podem ser reciclados através de processos de destilação, re-
refino, transesterificação, entre outros. Portanto, NUNCA jogue qualquer tipo de óleo
diretamente no ambiente ou junto ao esgoto, seja o de cozinha, seja os automotivos ou
lubrificantes de máquinas.
• A troca de óleos lubrificantes automotivos deve ser feita em locais adequados (oficinas e
postos de gasolina) que os destinam corretamente.
• Quanto ao óleo de cozinha, este deve ser destinado a empresas que fabricam sabão,
detergentes, resinas, massa de vidraceiro, etc. : Podem ser utilizados para valorização
energética como combustíveis industriais. Neste caso, é necessário que sejam tratados para
remoção dos metais pesados, de modo a evitar a poluição atmosférica. Você pode procurar
no seu bairro ou cidade, empresas que re-refinam tratam e reutilizam este óleo. Caso não
encontre, entre em contato com a autora (biotaticapu@pop.com.br).
MATÉRIA ORGÂNICA
Mais de 50% em média do lixo doméstico no Brasil é de matéria orgânica. Os resíduos orgânicos
podem ser reciclados por compostagem, diminuindo significativamente o volume do lixo disposto
em aterros. A compostagem consiste basicamente em um processo de decomposição biológica da
matéria orgânica, ou seja, por organismos como minhocas, fungos e bactérias que, em condições
adequadas de aeração, umidade e temperatura transformam este resíduo em sais minerais, água e
húmus. O produto final é chamado de composto ou adubo orgânico que é altamente nutritivo e
usado como fertilizante de solos. Além de ser de melhor qualidade que os fertilizantes químicos, o
adubo orgânico é mais barato e não causa impactos ambientais.
No Brasil ainda há muita dificuldade para este tipo de reciclagem devido a motivos como
dificuldades de segregação adequada na fonte geradora, tornando este processo inviável pela
quantidade de contaminantes (pedaços de plásticos e vidros e até mesmo metais pesados) presentes
no lixo orgânico; ausência de investimentos em tecnologias adequadas; ausência de coleta
diferenciada; áreas de cultura distantes para utilização do composto; programas de conscientização
ineficientes e controle ambiental inadequado.
Dependendo do local onde você mora é possível realizar compostagem na sua casa: Faça como seus
avós, separando um espaço de terra no jardim e depositando os restos de alimentos sobre a terra.
Constantemente, molhe, revire a pilha e misture os resíduos com terra. Em pouco tempo você vai
ter adubo... (mais informações: http://www.ceasacampinas.com.br/ca_compostagem.htm ou
http://www.cefetrs.edu.br/~gedea/lixodom.htm )
Sabe-se que a reciclagem traz inúmeros benefícios, tanto para o meio ambiente quanto para o
próprio ser humano (único responsável pelo acúmulo de lixo no planeta). Dentre eles pode-se citar:
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• A diminuição e a prevenção de riscos na saúde pública: Os resíduos não são destinados a
lixões ou aterros sanitários com a reciclagem e, portanto, não contaminam o solo, os rios e o
ar, que indiretamente causariam doenças, e também não favorecem a proliferação de agentes
patogênicos (que causam doenças diretamente);
• A diminuição e a prevenção de impactos ambientais: Tanto os resíduos não degradáveis
como os degradáveis, ou orgânicos, por sua enorme quantidade, não são assimilados pelos
organismos decompositores, persistindo nos solos e nos corpos hídricos por longos períodos,
impossibilitando ou dificultando a sobrevivência de inúmeros seres vivos e, por
conseqüência, causando desequilíbrios ecológicos em todos os ecossistemas da Terra;
• A diminuição e a prevenção da exploração dos recursos naturais: com a volta dos
materiais ao ciclo produtivo, não é necessário que novos recursos naturais sejam utilizados;
• Vantagens econômicas:
- Geração de empregos, tanto para a população não-qualificada quanto para o setor industrial;
PAPEL:
VIDRO:
• É 100% reciclável, portanto não é lixo. 1 kg de vidro reciclado produz 1 kg de vidro novo.
• As propriedades do vidro se mantêm mesmo após sucessivos processos de reciclagem. Ao
contrário do papel, que vai perdendo qualidade ao longo de algumas reciclagens.
• O vidro não pode ser degradado facilmente, então não deve ser despejado no solo.
• Para a produção de um material feito de vidro são necessários diversos recursos naturais:
areia, barrilha, calcário, carbonato de sódio, cal, dolomita e feldspato, sendo este último um
fundente muito raro.
• A temperatura para fundição é, em média, 1.500ºC, necessitando muita energia e
equipamentos especializados.
• A reciclagem do vidro requer menos temperatura para ser fundido, economizando
aproximadamente 70% de energia e permitindo maior durabilidade dos fornos.
• 1 tonelada de vidro reciclado evita a extração de 1,3 tonelada de areia, economiza 22% no
consumo de barrilha (material importado) e 50% no consumo de água.
PLÁSTICO:
• São derivados do petróleo, recurso natural não renovável com previsão de esgotamento
dentro de 40 anos.
• A sua reciclagem economiza até 90% de energia e gera mão-de-obra pela implantação de
pequenas e médias indústrias.
• 100 toneladas de plástico reciclado evita a extração de 1 tonelada de petróleo.
METAL:
O mesmo vale para a renovação espiritual. Uma pessoa bem de espírito é uma pessoa feliz e não
busca tantos subsídios materiais para satisfazer suas necessidades ideológicas (mas esta é uma
discussão profunda e não vou entrar neste assunto aqui).
Reciclando nossos resíduos e mais as nossas atitudes, a preservação da VIDA será alcançada mais
facilmente! Esta pagina de Educação Ambiental irá lhe ajudar! (consulte também www.stop.org.br)
Plástico: mangueiras para jardim, garrafas plásticas para água sanitária ou outros produtos de
limpeza, sacos e sacolas plásticas, bacias e baldes, tubos, carpetes, cabides, réguas, isolamentos para
casacos e sacos de dormir, recipientes em geral, peças para carros, pincéis de pintura, tecidos, fitas,
cordas, tampas, conduítes, lona etc.
Papel: Caixas de papelão, papel higiênico, papel de carta, lenços de papel, toalhas de papel,
guardanapos, caixas de ovos, cartões, envelopes, folhas etc.
Metal: Latinhas de alumínio viram novas latas e diversos outros metais são fundidos (derretidos) e
transformados em novos produtos como tesouras, maçaneta, arame, peças de automóvel, entre
outros..
CURIOSIDADE: ECOPRODUTOS
A construção civil é um dos setores da economia que procura cada vez mais testar e utilizar
materiais recicláveis na fabricação de produtos.
Destaque especial pode se dar para a fabricação de telhas e placas que podem ser feitas a partir de
papel velho, alumínio e inúmeros tipos de plásticos, ou diretamente com as embalagens Longa
Vida. Além de contribuir para a preservação do ambiente, estes materiais trazem outras vantagens:
são mais baratos, mais flexíveis, mais leves e funcionam como isolante acústico.
Recentemente, um projeto de reciclagem foi premiado pela utilização de bisnagas de pasta de dente
para fabricar além de telhas e placas, lixeiras, utensílios de escritórios e até móveis.
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Em Curitiba, alunos do CEFET (Centro Federal de Educação Tecnológica do Paraná, atual UTFPR
– Universidade Tecnológica Federal do Paraná) do curso de Tecnologia em Construção Civil
(modalidade concreto) desenvolveram um projeto que recicla isopor e garrafas PET inteiras para
produzir blocos de concreto, nomeados ISOPET. O projeto ainda não permitiu o uso deste produto
na construção civil propriamente dita, mas pode contribuir futuramente para a fabricação de
materiais alternativos e ecologicamente corretos, de forma também a atender as condições de
redução de custos, agilidade de execução e durabilidade do produto.
O xaxim, espécie que, desde 1992, está na Lista Oficial de Espécies Ameaçadas de Extinção
(IBAMA), tem sua exploração proibida por Lei, a menos que seja apresentado o PMFS – Plano de
Manejo Sustentável, garantindo a reposição das florestas. Por outro lado, enormes quantidades de
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carcaças de coco verde são geradas diariamente por todo o Brasil, ocupando grandes espaços nos
aterros sanitários e podendo promover proliferação de vetores de doenças por acumular água no seu
interior. Uma experiência interessante é realizada a três anos por uma empresa no Rio de Janeiro
que utiliza as fibras e o pó do coco para fabricar vasos, placas de parede e estacas e substratos,
substituindo o uso do xaxim. Os produtos são muito semelhantes aos fabricados com xaxim e, além
de substituírem a exploração deste recurso natural não renovável, fazem com que sejam retirados do
ambiente os resíduos do coco (que podem chegar a 420 unidades, ou 630 toneladas por dia só no
Rio).
É possível encontrar diversos outros produtos no mercado feitos a partir de material reciclado. É só
procurar!
“A saúde, a felicidade e a própria sobrevivência dos nossos filhos amanhã dependerão das nossas
atividades de hoje. A espécie humana sobreviverá se soubermos ensinar a criança a respeitar a
natureza e a conservar o ambiente propício à vida.” (ANI)
“Cada dia a natureza produz o suficiente para nossas necessidades. Se cada um tomasse o que lhe
fosse necessário, não haveria pobreza no mundo e ninguém morreria de inanição”. (Mohandas
Karamchand Ganhi)
“Na natureza nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.” (Louis A. Lavoisier)
“É nosso dever proteger o maior patrimônio nacional, pois a nação que destrói o seu solo,destrói a
si mesma. (Thodoro Roosevelt)
“Nenhuma abundância de recursos resiste ao impacto de uma exploração sem retorno.” (Paulo
Nogueira Neto)
“O homem, com a ajuda da natureza consegue tudo o que quer.” (Luther Burbank)
“Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e
essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de
defende-lo para as presentes e futuras gerações.” (Artigo 225 da Constituição)