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O manejo do solo dentro do limite da sua capacidade de uso é uma das premissas para a
conservação deste recurso natural. As características inerentes a cada tipo de solo, como
fertilidade, estruturação, permeabilidade, profundidade, relevo, agregação, entre outras,
determinam práticas conservacionistas que visam minimizar os efeitos da interferência antrópica.
Portanto, pode-se afirmar que a aptidão de uso do solo tem relação com as práticas
conservacionistas que serão implantadas e com as características físico-químicas que limitam o
uso deste solo. Desta forma, para cada tipo de ecossistema identificado na região devem ser
adotadas práticas adequadas de manejo conservacionistas do solo e da água, tais como:
a) Terraceamento
c) Plantio direto
A conservação do solo e da água passa por uma mudança nos sistemas produtivos, com a
redução do impacto das operações de preparo do solo no sistema solo-água-planta. Sendo assim,
o plantio direto vem a ser uma das alternativas mais adequadas para o cultivo do solo, com
comprovados benefícios para a sustentabilidade deste sistema. A elevação do teor de matéria
orgânica no solo, a maior disponibilidade de nutrientes, o aumento da população de
microorganismos e as melhorias estruturais do solo, são algumas das vantagens da adoção do
plantio direto, em relação ao preparo convencional do solo. No entanto, a adoção do plantio
direto é condicionada pela disponibilidade de equipamentos e implementos agrícolas
apropriados, além do manejo das plantas de cobertura, que deverão ser utilizadas como palhada
para as lavouras implantadas. Consequentemente, a adoção deste sistema exige planejamento e
acompanhamento técnico, para assessorar os agricultores na transição para esta tecnologia.
Onde:
Qmax = vazão máxima de enxurrada esperada, em m3 s-1;
C = coeficiente de enxurrada da área/bacia (adimensional e tabelado);
Imax = intensidade da precipitação máxima esperada com certo período de retorno e de
duração igual ao tempo de concentração da área, em mm h-1;
A = área superficial de captação no ponto de dimensionamento, determinada em mapa
planialtimétrico, em ha.
Este coeficiente refere-se à quantidade de água que é perdida por escoamento superficial e
é função da declividade, da cobertura vegetal e do tipo de solo presente. Estes parâmetros foram
tabulados e são apresentados numa tabela descritos por Cruciani. Se o terreno for composto por
diferentes superfícies (uso e topografia), o valor de C representativo deve ser a média ponderada
em função das áreas parciais. Algumas considerações importantes podem ser tomadas, como:
-a cobertura vegetal é o principal fator para diminuição do escoamento superficial;
-o efeito da declividade sobre a perda de água é menos importante que o efeito da
cobertura vegetal;
-o efeito do tipo de solo é menor que o efeito da declividade sobre a perda de água.
A intensidade das chuvas é o fator crucial para a produção da enxurrada. Para determinar
a intensidade máxima de chuvas o ideal seria utilizar para o cálculo a chuva mais intensa, porém,
por motivos econômicos e por falta de dados, adotam-se chuvas que apresentam uma
probabilidade de cair em intervalos de 5, 10, 15, 20 anos ou mais. Assim, para se identificar a
intensidade de chuva que produz a maior enxurrada na área, dois critérios fundamentais devem
ser observados:
- chuvas de longa duração são de baixa intensidade e chuvas de curta duração são de alta
intensidade;
- para ocorrer à máxima enxurrada, toda a bacia deverá produzir água simultaneamente.
Dessa maneira, foi criado o tempo de concentração da bacia, que é o tempo que a água demora
em sair de um extremo ao outro mais distante da bacia. Quando uma chuva particular tem o
tempo de duração igual ao tempo de concentração da bacia, esta chuva terá enxurrada máxima,
pois toda ela estará contribuindo com água para a enxurrada simultaneamente e na máxima
intensidade possível.
MATERIAIS E METODOLOGIA:
O Cálculo de Enxurrada foi feito a partir dos dados disponibilizados da microbacia do Rio
Capivaras, localizado no Município de Sergipe.
Não foram repassados em quais períodos e em quais pontos georreferenciados estes dados
foram coletados.
CÁLCULO DE ENXURRADA:
C = (0,52 x 69) + (0,46 x 150) + (0,41 x 1.107) + (0,24 x 81) + (0,28 x 279) + (0,25 x 354) =
2.390,1 (ha total)
C = 0,33
Com o valor de C, calculou-se o Q:
CONCLUSÃO:
A erosão é a forma mais prejudicial de degradação do solo. Além de reduzir sua
capacidade produtiva para as culturas, ela pode causar sérios danos ambientais, como
assoreamento e poluição das fontes de água. Contudo, usando adequados sistemas de manejo do
solo e bem planejadas práticas conservacionistas de suporte, os problemas de erosão podem ser
satisfatoriamente resolvidos ou minimizados.
BIBLIOGRAFIA CONSULTADA
LITERATURA:
BERTONI, J. & LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. Ícone. São Paulo, 1993.
P. 355.
URL:
http://www.ufra.edu.br/professores/antonio_ica/documentos/Terraceamento.pdf
(Observado às 00h20min do dia 18/12/2007).
http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0100-06832006000400012&script=sci_arttext
(Observado às 00h50min do dia 18/12/2007).