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DIABETES MELLITUS
Recife
-2009-
DIABETES MELLITUS
HISTÓRICO
No entanto, somente cerca de 2000 mil anos depois, por volta de 70 d.C, o
médico Areteu da Capadócia, na Grécia, conseguiu descrever o diabetes.
Areteu observou que aquele silencioso problema desenvolvia quatro
complicações: muita fome (polifagia), muita sede (polidipsia), muita urina
(poliúria) e fraqueza (poliastenia). Areteu observou também que, quase
sempre, as pessoas com esses sintomas entravam em coma antes da morte.
Era algo “grave e misterioso”. Afinal, mesmo com a fartura de alimentos que
entravam pela boca, a falta de energia corporal permanecia.
Mas foi Claude Bernard, em 1949, que usou pela primeira vez o termo
“secreção interna”. A denominação Endocrinologia entrou em uso no século
XX, derivada de endon (interno) e krino (separar), ambos do grego clássico. O
termo hormônio foi utilizado pela primeira vez pelo Prof. Ernest H. Starling.
Desde então já havia relatos de que o mau funcionamento do pâncreas seria o
responsável pelo diabetes.
EPIDEMIOLOGIA
De cada 100 pessoa pelo menos 6 ou 7 tem a doença. No Brasil estima-se que
5,6% da população seja diabética, sendo que, quase a metade não o sabe.
Das pessoas próximas aos 65 anos 17% são diabéticas e essa percentagem
se eleva a 26% aquelas em torno de 85 anos, constituindo-se um dos grandes
desafios de saúde pública nos países em pleno desenvolvimento sócio-
econômico.
CONSIDERAÇÕES GERAIS
Hiperglicemia
Definição e Classificação
FISIOPATOLOGIA
Devido ser uma doença crônica, com o passar do tempo a obesidade se instala
em resposta ao aumento da síntese de ácidos graxos pelo fígado como rebote
à b-oxidação e, também, como reflexo à polifagia frequente. Indivíduos obesos
por outras causas, entretanto, apresentam uma incidência maior de diabetes
mellitus do que na população em geral, o que coloca a obesidade como um
fator de risco, antes de uma consequência da doença.
COMPLICAÇÕES CLÍNICAS
Valores de glicemia até 130 mg/dl são de significado duvidoso (podendo ser
stress, infecções, estados febris, etc.), mas geralmente indicam suspeita de
diabetes mellitus exigindo a determinação de mais duas dosagens, em dias
variados, para confirmar a hiperglicemia, sendo este procedimento suficiente
para o diagnóstico conclusivo, dispensando a realização de qualquer outro
teste de confirmação.
Critérios de Wilkerson: adotado pelo U.S. Public Helth Service, atribui pontos
aos diversos valores glicêmicos. A soma de dois pontos significa diabetes. Um
ponto e 1,5 ponto indicam provável diabetes, devendo o teste ser repetido a
intervalos de 2 a 6 meses. Por ser estabelecido para o método de dosagem de
Somogyi-Nelson, no sangue total, há a necessidade de adaptar a interpretação
para a dosagem realizada no soro ou plasma, mais comuns em nosso meio.
Critério do UGDP (University Group Diabetes Program): o teste de tolerância à
glicose pode ser interpretado pela soma dos quatro valores glicêmicos da
prova. Assim, o total de 500 ou mais significa diabetes. É preciso não
esquecer, porém, que o UGDP recomenda a ingestão de 30 g de glicose por
metro quadrado de superfície corporal e o método de Hoffman (para
autoanalisadores).
ANTI-GAD
ANTI-ILHOTA - ICA
ANTI-INSULINA - IAA
Anti-GAD
Anti-insulina
TRATAMENTO
HIPOGLICEMIANTES
São medicamentos que são tomados por via oral, que por diferentes formas,
dependendo de sua classe, provocam uma diminuição da glicemia plasmática
(nível de açúcar do sangue). Dessa forma, são medicamentos largamente
utilizados no manejo do Diabetes Melitus Tipo 2. Permitem seu controle e
evitam complicações inerentes a essa doença.
Sulfoniluréias (SU)
São fatores que indicam que o uso desse medicamento pode ser benéfico:
idade acima de 40 anos, peso entre 110% e 160% do peso ideal, duração da
doença menor que cinco anos, necessidade de insulina menor que 40 UI/dia,
glicemia de jejum menor que 200 mg/dl.
Os efeitos colaterais mais frequentes são ganho de peso e hipoglicemia,
embora haja relatos de reações cutâneas. Pode-se observar também alteração
de função hepática.
- Clorpropramida (DiabineseR)
- Glibenclamida (DaonilR)
- Glipizida (MinidiabR)
- Glicazida (DiamicronR)
- Glimepirida (AmarylR)
Meglitinidas
- Repaglinida (PrandinR)
- Nateglinida (StarlixR)
Biguanidas
Os efeitos colaterais mais comuns são diarréia, náuseas e cólica intestinal que
normalmente desaparecem nas primeiras semanas.
Acidose lática é rara, mas se deve ter cautela em pacientes idosos com
insuficiência cardíaca. Não deve ser usado em pacientes com disfunção renal e
hepática.
- metformina ((GlucoforminR)
- fenformina
Tiazolidinedionas
A pioglitazona não deve ser usada em hepatopatas, apesar de não ter havido
interação com os medicamentos metabolizados pelo sistema enzimático do
citocromo P450.
- Rosiglitazona (Avandia)
- Pioglitazona (Actos)
- Acarbose (Glucobay)
INCRETINAS
BIBLIOGRAFIA
DIABETES MELLITUS
Recife
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