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Driéle Lutzke
Rafaella Alves Sperandio
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A habronemose cutânea é uma enfermidade proveniente de técnicas inadequadas
de manejo sanitário, sen do transmitida por vetores infectados. Suas lesões são
caracteristicamente deformativas, afetando a conformidade morfológica do animal,
comprometendo a economia de áreas epidêmicas e/ou endêmicas. Assim, ressalta -
se a importância do médico veterinário não só junto ao diagnóstico e tratamento
clínico, mas também na prevenção de doenças, buscando a sanidade dos rebanhos
e consequente rentabilidade. Desta forma, se vê necessária a mensuração de dados
para o controle epidemiológico, os quais possibilitarão a delimitação de metas com a
finalidade de prevenir novos casos ou impedir que estes evoluam.
Extensas áreas da cabeça não são revestidas por uma espessura considerável
de tecido mole e, portanto, ficam vulneráveis a lesões. Tais áreas incluem a face
dorsal do nariz, a fronte e parte das têmporas, além de grande porção da mandíbula.
(DYCE, SACK, WENSING, 2004).
A fáscia superficial forma uma camada quase contínua, porém muito reduzida
ao redor dos orifícios naturais, por exemplo, a boca, as narinas, os olhos etc. Essas
fáscias servem como ponto de origem ou de inserção dos músculos, poden do ser
caracterizada como um tipo de tecido conjuntivo denso, o qual contém um número
de finas fibras musculares superficiais em meio a espaços intersticiais, se
apresentando disposta de forma estendida, o que dificulta a remoção da pele. Sobre
os ossos frontal e nasal a fáscia quase se une com o periósteo externo (DYCE,
SACK, WENSING, 2004 e KÖNIG, LIEBICH, 2002).
Segundo DYCE, SACK e WENSING (2004), GETTY (2008) e KÖNIG e
LIEBICH (2002), logo abaixo à fáscia superficial dorsal existem os seguintes
músculos:
½ Músculo levantador do ângulo medial do olho, origina -se na fáscia frontal, e
insere-se na pálpebra superior, tendo como função o levantamento da
pálpebra superior, sendo irrigado pela artéria oftálmica e suprido pelo nervo
oculomotor.
½ Músculo orbicular do olho, é fixado principalmente na pele das pálpebras,
porém alguns feixes estão afixados a ligamentos palpebrais no canto medial e
ao osso lacrimal, auxiliando no fechamento das pálpebras.
½ Músculo corrugador do supercílio, origina -se sobre a raiz do processo
zigomático, unindo-se ao músculo orbicular do olho, auxiliando no
levantamento da pálpebra superior, é irrigado pelas artérias facial, facial
transversa, supra-orbitária e infra-orbitária e inervado pelo nervo
auriculopalpebral do nervo facial.
½ Músculo malar, origina-se na fáscia rostral e órbita, se inserindo na pálpebra
inferior, tendo como função a tração ventral da pálpebra inferior, seu
suprimento sanguíneo é feito pelas artérias facial, facial transversa, supra -
orbitária e infra-orbitária e inervado pelo nervo facial.
½ Músculo levantador da pálpebra superior , origina-se na fáscia frontal na crista
pterigóide e se insere na pálpebra superior, auxiliando na elevação da
pálpebra superior, sendo suprido pela artéria oftálmica e pelo nervo
oculomotor.
½ Músculos retos (retodorsal, retoventral, retomedial e retolateral) , se originam
ao redor do forame óptico e se inserem dentro da esclera, onde o músculo
retolateral é inervado pelo nervo abducente, enquanto que os demais são
supridos pelo nervo oculomotor.
½ Músculo oblíquo dorsal, surge próximo ao forame etmóide e se insere entre
os músculos retodorsal e retolateral, recebendo suprimento nervoso pelo
nervo troclear.
½ Músculo oblíquo ventral, surge na parede medial da órbita na fossa muscular
e se insere na esclera, onde é inervado pelo nervo oculomotor.
½ Músculo escútulo-auricular superficial, parte da face superficial da cartilagem
escutiforme e termina na base da cartilagem da concha com o músculo
zigomático auricular, podendo ainda ser distinguidos em três m úsculos: o
ventral, o médio e o dorsal, que juntos levantam o ouvido e giram a abertura
deste rostralmente.
½ Músculo escútulo-auricular acessório, tem sua origem no prolongamento
caudal e na parte adjacente da face superficial da cartilagem escutiforme, se
inserindo na superfície convexa da cartilagem da concha, tendo como função
³puxar´ a concha rostralmente e assim girar a abertura lateralmente.
½ Músculo escútulo-auricular profundo maior, sua origem é na face profunda da
cartilagem escutiforme, terminando n a parte mais saliente da base da concha,
ventralmente a ela, girando a concha de modo que a abertura gire
caudalmente.
½ Músculo escútulo-auricular profundo menor, inicia -se na parte caudal da face
profunda da cartilagem escutiforme e do músculo cervicoescut ular, inserindo-
se na base da concha sob a cobertura do músculo anterior, auxiliando na
rotação do ouvido, para que a abertura deste seja direcionada rostralmente.
½ Músculo frontoescutular, surge do arco zigomático e da parte frontal da linha
temporal, estando inseridas dentro das bordas lateral e rostral da cartilagem
escutiforme.
½ Músculo zigomático-escutular, surge do arco zigomático e da linha temporal,
se convergindo para a cartilagem escutiforme, auxiliando na fixação da
cartilagem escutiforme, agindo d iretamente sobre a concha.
½ Músculo zigomático-auricular, se origina no arco zigomático e da fáscia
parotídea, se inserindo na face lateral da base da cartilagem da concha
parcialmente ventral e parcialmente dorsal à inserção do músculo
parotidoauricular.
½ Músculo interescutular, sua origem é na parte parietal da linha temporal, se
convergindo para a borda medial da cartilagem escutiforme, proporcionando a
posição simétrica dos ouvidos e funcionando como inserção da concha do
músculo interescutular.
½ Músculo temporal, tem sua origem na parte áspera da fossa temporal, sendo
limitada pelas cristas. Sua inserção ocorre no processo coronóide, auxiliando
no movimento de fechamento da mandíbula. É irrigado pela artéria temporal
superficial, pela artéria temporal prof unda e pela artéria meníngea caudal.
2.2 PATOGÊNESE
A habronemose cutânea é uma enfermidade de origem helmíntica que acomete
equídeos (equinos, asininos e muares), provocada principalmente por nematóides
do gênero a e
que parasitam o estômago, no qual as larvas
completam seu ciclo, caracterizando os equídeos como hospedeiros definitivos e
tem como hospedeiros intermediários muscídeos cosmopolitas das espécies
, e outros menos frequentes que são os principais
vetores da doença, cujos ovos e larvas são eliminados nas fezes desses equídeos
infectados (TIMOTHY, 2000 e FORTES, 2004).
Manifesta-se através de lesões na pele ou escoriações em locais onde o
equino comumente possa sofrer algum tipo de ferimento o u onde não consiga
espantar as moscas vetoras das larvas, as quais ao atingir a superfície da pele em
qualquer região do corpo para se alimentar podem determinar a afecção, já que as
larvas são atraídas pelo calor e pela umidade de uma ferida que possa est ar
localizada no rosto, na parte medial do olho, na linha média do abdome, na cernelha,
podendo se estender até o prepúcio e pênis (no caso dos machos), regiões
próximas da articulação carpiana e tarsiana etc. (THOMASSIAN, 1990, FORTES,
2004).
2.4 CONTROLE
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FORTES, Elionor.
/'&&2/'/(0/ . 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Ícone,
2004.