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Driéle Lutzke
Rafaella Alves Sperandio
RESUMO
INTRODUÇÃO
1 CASO ESTUDADO
2 OBJETIVOS
Extensas áreas da cabeça não são revestidas por uma espessura considerável
de tecido mole e, portanto, ficam vulneráveis a lesões. Tais áreas incluem a face
dorsal do nariz, a fronte e parte das têmporas, além de grande porção da mandíbula.
(DYCE, SACK, WENSING, 2004).
A fáscia superficial forma uma camada quase contínua, porém muito reduzida
ao redor dos orifícios naturais, por exemplo, a boca, as narinas, os olhos etc. Essas
fáscias servem como ponto de origem ou de inserção dos músculos, podendo ser
caracterizada como um tipo de tecido conjuntivo denso, o qual contém um número
de finas fibras musculares superficiais em meio a espaços intersticiais, se
apresentando disposta de forma estendida, o que dificulta a remoção da pele. Sobre
os ossos frontal e nasal a fáscia quase se une com o periósteo externo (DYCE,
SACK, WENSING, 2004 e KÖNIG, LIEBICH, 2002).
Segundo DYCE, SACK e WENSING (2004), GETTY (2008) e KÖNIG e
LIEBICH (2002), logo abaixo à fáscia superficial dorsal existem os seguintes
músculos:
• Músculo levantador do ângulo medial do olho, origina-se na fáscia frontal, e
insere-se na pálpebra superior, tendo como função o levantamento da
pálpebra superior, sendo irrigado pela artéria oftálmica e suprido pelo nervo
oculomotor.
• Músculo orbicular do olho, é fixado principalmente na pele das pálpebras,
porém alguns feixes estão afixados a ligamentos palpebrais no canto medial e
ao osso lacrimal, auxiliando no fechamento das pálpebras.
• Músculo corrugador do supercílio, origina-se sobre a raiz do processo
zigomático, unindo-se ao músculo orbicular do olho, auxiliando no
levantamento da pálpebra superior, é irrigado pelas artérias facial, facial
transversa, supra-orbitária e infra-orbitária e inervado pelo nervo
auriculopalpebral do nervo facial.
• Músculo malar, origina-se na fáscia rostral e órbita, se inserindo na pálpebra
inferior, tendo como função a tração ventral da pálpebra inferior, seu
suprimento sanguíneo é feito pelas artérias facial, facial transversa, supra-
orbitária e infra-orbitária e inervado pelo nervo facial.
• Músculo levantador da pálpebra superior, origina-se na fáscia frontal na crista
pterigóide e se insere na pálpebra superior, auxiliando na elevação da
pálpebra superior, sendo suprido pela artéria oftálmica e pelo nervo
oculomotor.
• Músculos retos (retodorsal, retoventral, retomedial e retolateral), se originam
ao redor do forame óptico e se inserem dentro da esclera, onde o músculo
retolateral é inervado pelo nervo abducente, enquanto que os demais são
supridos pelo nervo oculomotor.
• Músculo oblíquo dorsal, surge próximo ao forame etmóide e se insere entre
os músculos retodorsal e retolateral, recebendo suprimento nervoso pelo
nervo troclear.
• Músculo oblíquo ventral, surge na parede medial da órbita na fossa muscular
e se insere na esclera, onde é inervado pelo nervo oculomotor.
• Músculo escútulo-auricular superficial, parte da face superficial da cartilagem
escutiforme e termina na base da cartilagem da concha com o músculo
zigomático auricular, podendo ainda ser distinguidos em três músculos: o
ventral, o médio e o dorsal, que juntos levantam o ouvido e giram a abertura
deste rostralmente.
• Músculo escútulo-auricular acessório, tem sua origem no prolongamento
caudal e na parte adjacente da face superficial da cartilagem escutiforme, se
inserindo na superfície convexa da cartilagem da concha, tendo como função
“puxar” a concha rostralmente e assim girar a abertura lateralmente.
• Músculo escútulo-auricular profundo maior, sua origem é na face profunda da
cartilagem escutiforme, terminando na parte mais saliente da base da concha,
ventralmente a ela, girando a concha de modo que a abertura gire
caudalmente.
• Músculo escútulo-auricular profundo menor, inicia-se na parte caudal da face
profunda da cartilagem escutiforme e do músculo cervicoescutular, inserindo-
se na base da concha sob a cobertura do músculo anterior, auxiliando na
rotação do ouvido, para que a abertura deste seja direcionada rostralmente.
• Músculo frontoescutular, surge do arco zigomático e da parte frontal da linha
temporal, estando inseridas dentro das bordas lateral e rostral da cartilagem
escutiforme.
• Músculo zigomático-escutular, surge do arco zigomático e da linha temporal,
se convergindo para a cartilagem escutiforme, auxiliando na fixação da
cartilagem escutiforme, agindo diretamente sobre a concha.
• Músculo zigomático-auricular, se origina no arco zigomático e da fáscia
parotídea, se inserindo na face lateral da base da cartilagem da concha
parcialmente ventral e parcialmente dorsal à inserção do músculo
parotidoauricular.
• Músculo interescutular, sua origem é na parte parietal da linha temporal, se
convergindo para a borda medial da cartilagem escutiforme, proporcionando a
posição simétrica dos ouvidos e funcionando como inserção da concha do
músculo interescutular.
• Músculo temporal, tem sua origem na parte áspera da fossa temporal, sendo
limitada pelas cristas. Sua inserção ocorre no processo coronóide, auxiliando
no movimento de fechamento da mandíbula. É irrigado pela artéria temporal
superficial, pela artéria temporal profunda e pela artéria meníngea caudal.
2.2 PATOGÊNESE
A habronemose cutânea é uma enfermidade de origem helmíntica que acomete
equídeos (equinos, asininos e muares), provocada principalmente por nematóides
do gênero Habronema e Draschia que parasitam o estômago, no qual as larvas
completam seu ciclo, caracterizando os equídeos como hospedeiros definitivos e
tem como hospedeiros intermediários muscídeos cosmopolitas das espécies Musca
domestica, Stomoxys calcitrans e outros menos frequentes que são os principais
vetores da doença, cujos ovos e larvas são eliminados nas fezes desses equídeos
infectados (TIMOTHY, 2000 e FORTES, 2004).
Manifesta-se através de lesões na pele ou escoriações em locais onde o
equino comumente possa sofrer algum tipo de ferimento ou onde não consiga
espantar as moscas vetoras das larvas, as quais ao atingir a superfície da pele em
qualquer região do corpo para se alimentar podem determinar a afecção, já que as
larvas são atraídas pelo calor e pela umidade de uma ferida que possa estar
localizada no rosto, na parte medial do olho, na linha média do abdome, na cernelha,
podendo se estender até o prepúcio e pênis (no caso dos machos), regiões
próximas da articulação carpiana e tarsiana etc. (THOMASSIAN, 1990, FORTES,
2004).
2.4 CONTROLE
3 METODOLOGIA
REFERÊNCIAS
FORTES, Elionor. Parasitologia Veterinária. 4. ed. rev. e ampl. São Paulo: Ícone,
2004.
GETTY, Robert. Sisson & Grossman: anatomia dos animais domésticos. Trad.
Alzido de Oliveira, et al. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.