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Moradia
por Luiz Fernando do Valle
http://www.blograizes.com.br/deficit-habitacional-o-direito-a-moradia.html
25/03/2009 - 09h43
Renda familiar
O levantamento também aponta em qual parcela da população a carência
habitacional é maior. Mais de 90% das famílias que demandam uma nova
moradia têm renda média mensal de até três salários mínimos, o que
justifica que as ações sejam voltadas para este segmento.
http://noticias.uol.com.br/cotidiano/2009/03/25/ult5772u3355.jhtm
22/03/2010 às 20:04
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http://www.atarde.com.br/brasil/noticia.jsf?id=2182708
http://www.cidades.gov.br/noticias/ministro-anuncia-novo-deficit-
habitacional-de-5-8-durante-fum5/
Minha Casa, Minha Vida: um programa
contra o déficit habitacional
O Brasil só conheceu política habitacional a partir de
1940, no governo Getúlio Vargas. As tentativas que se
seguiram foram marcadas por modelos estanques, a
exemplo do Banco Nacional de Habitação (BNH) e das
Companhias de Habitação (Cohabs). O Programa Minha
Casa, Minha Vida (MCMV), do Governo Lula, é visto com
“bons olhos” pelo professor de Arquitetura e Urbanismo
da Universidade de Brasília (UnB), Márcio Buzar.
Ele aponta a aprovação do Estatuto das Cidades e a criação do Ministério
das Cidades como dois importantes instrumentos para garantir o
planejamento dos centros urbanos e, principalmente, impedir que os
municípios cresçam acima de um milhão de habitantes, o que produz
problemas incontornáveis.
“Tem que fazer gestões junto à Caixa para baixar mais os juros, para utilizar
os recursos do FGTS em maior quantidade, que é mesmo para aplicar na
habitação”, propõe o professor.
Outro lado positivo do Programa, além de criar espaço para gerar trabalho e
movimentar a economia, é que a Caixa exerce fiscalização nas construções,
exigindo das empresas cadastradas o cumprimento das normas técnicas da
ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas). “E a Caixa faz isso
também por interesse, porque sabe que o imóvel volta para ela se a pessoa
não pagar”, explica.
Problemas do crescimento
Buzar, defensor da tese de que as cidades não devem crescer, alerta que
cidades com mais de um milhão de habitantes produzem problemas - com a
ocupação de áreas de proteção ambiental e lixões - que impedem o
desenvolvimento sustentável. “O que se defende é que as cidades não
podem passar de um milhão de habitantes, acima disso surgem problemas
que não podem ser contornados. No Brasil esse número está em torno de
20 a 30 cidades no universo de cinco mil municípios. Para conter o
crescimento das cidades, deve-se praticar a descentralização”, avisa.
“O estado é quem tinha que fiscalizar, mas essas invasões “correm solto”,
como as ocupações de área de preservação, que vão criar um sério
problema de abastecimento de água no futuro”, diz ele. A ocupação das
fontes e cabeceiras de rios – tornando as áreas impermeáveis e poluídas -
vai criar problema sério de água. Estudos demonstram que em 40 anos
Brasília não terá onde buscar água para se abastecer. Recife (PE) e São Luís
(MA) são cidades que já têm que buscar água em distâncias de mais de 100
quilômetros, o que eleva o custo e aumenta a conta da água do consumidor.
Começo de tudo
“O Estatuto trata de todas as questões das cidades, como ela deve crescer
e quais os instrumentos para a sustentabilidade do crescimento. O
Ministério das Cidades vem para emplacar essas orientações”, explica.
“Hoje os municípios têm que ter plano diretor para garantir espaço para
área industrial, residencial, comércio, de preservação ambiental; e para
acessar recursos do governo federal, o que é uma forma de organizar.”
http://www.vermelho.org.br/noticia.php?id_noticia=130392&id_secao=1
Contrapartidas municipais
Para viabilizar a construção de moradias no município, a prefeitura deve doar à Cohapar
a área necessária para a construção do empreendimento, previamente vistoriada e
aprovada pela Cohapar e o agente financeiro. A prefeitura deve também providenciar a
aprovação dos projetos e executar os serviços de infra-estrutura: abertura de ruas,
ensaibramento e/ou cascalhamento, demarcação dos lotes, rede de água e energia
elétrica, iluminação pública, rede de esgoto e de drenagem.
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Novo pacote da habitação do governo federal vai reduzir em 14% o déficit habitacional no Paraná, que hoje é de
314,2 mil moradias. Em Curitiba, o programa vai diminuir o déficit habitacional de 50 mil casas em 24%. As 44 mil
habitações destinadas ao Paraná pelo Minha Casa, Minha Vida equivalem a mesma quantidade de casas e
regularizações fundiárias feitas pela Companhia de Habitação do Paraná (Cohapar) em seis anos de trabalho. O
programa, que entra em funcionamento a partir do dia 13 de abril, traz, ainda, uma peculiaridade: medidas que
contemplam a classe média.
O programa, orçado em R$ 34 bilhões, beneficiará famílias com renda de até 10 salários mínimos (R$ 4.650). De 1
milhão de casas que serão feitas em todo o país (14% do déficit nacional), 400 mil serão destinadas a famílias com
renda de até três salários mínimos, 200 mil para aquelas com renda entre três e quatro salários, 200 mil para aquelas
com renda entre quatro e seis salários e outras 200 mil para famílias com renda entre 6 e 10 salários. No Paraná,
segundo a Cohapar, ainda não há definição das destinação em relação a cada faixa salarial da 44 mil habitações
previstas.
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• Saiba mais sobre o programa habitacional
Para o professor Doutor Eliel Ribeiro Machado, a migração em massa dos trabalhadores
do campo
para as cidades foi conseqüência de políticas de concentração de terra adotadas no país
nos anos
60 e 70. O doutor também faz crítica às políticas neoliberais. "Com as políticas
neoliberais, agravou-
se a questão do desemprego e, em conseqüência, aumentou o déficit de moradia",
afirma.
Com tanta desigualdade social e discrepância fundiária, surgem movimentos de luta por
moradia e
de resistências às políticas neoliberais favoráveis à acumulação do capital, é o que
revela o projeto
da discente Taynara Freitas Batista de Souza.
O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST) surgiu, no final da década de 90,
com o
compromisso de lutar, ao lado dos excluídos urbanos, contra a lógica perversa das
metrópoles
brasileiras: sobram terra e habitações, falta moradia.
Um dos movimentos que Taynara de Souza pesquisa é uma espécie de braço urbano do
MST, já
que eles têm muita proximidade política ideológica. O método de pesquisa que a
estudante se
baseia é por meio de autores que contribuem para o entendimento do processo de
urbanização
capitalista e das formas de organização das classes trabalhadoras. Alguns dos autores
que ela se
baseia são Décio Saes, George Rudé, Friedrich Engels, Antonio Gramsci, Rosa
Luxemburgo e
Lênin.