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AMOR

escrit@s

EXPERIMENTAL
agosto 2010
Sou uma alma vibrante,
alegre e rápida
Ao escrever palavras,
sou rápid@
como o relâmpago
porém,
como o vento
que escapa pelas mãos
ou nos toca
a superfície do rosto,
não sou tão bem
compreendid@
como uma canção suave
de bossa nova.
Toda minha inquietude
é expressa como que
numa metralhadora
que busca atingir o alvo,
e este se desvia
As frases soam
às vezes desconectadas,
pelo excesso de palavras.
Amor pela palavra, tenho
muito...

AMOR
EXPERIMENTAL
agosto 2010
Fabi Menassi
A noite de amor que a ti roguei
Recusaste. Rejeitaste-me.
Tristeza e lágrimas em meus
olhos suscitaste-me
Penoso expressar o quão chorei
Oh, não imaginas!
Que lembrança nostálgica
presente
Em meus pensamentos,
perseverante.
Somente tu sabes como terminas.
Eterno é meu desejo
“A meu amado”,

de acolher em meu rosto


O seu toque, e do teu corpo,
Sentir o calor, em meu dorso.
Ardente desejo que me consome,
receber de ti
Palavras que denotam amor,
paixão e sensibilidade...
E entregam a meu ser,
descomedida felicidade...
Brunna Alline

UMA MULHER ERRANTE COMO O AR


SE PERDE NO VENTO, 
VIAJA SEM DISTINÇÃO
SEJA DENTRO  SEJA FORA
VIAJA NO ESTÔMAGO, EM ALTA VELOCIDADE
SENTE QUE ANDA EM CÍRCULOS
COMPETINDO COM O SANGUE
VIAJA NO CORAÇÃO DESCOMPASSADO
NUM PULSO FORTE
NUM SENTIMENTO INDEFINIDO E APERTADO
POR FALTAR ESPAÇO
EM BUSCA DO EXTRAORDINÁRIO
SIM, ESSA MULHER QUER VIVER O EXTRAORDINÁRIO
POIS O ORDINÁRIO A FRAGMENTOU
VIAJA NOS SONHOS E NOS PESADELOS
REENCONTRA SUA FORMA
SEM FÔLEGO E DESPERTA
E ANDA PELO MUNDO ...
VIVE SEM ROSTO,
POR QUE TUDO PERDEU A ANTIGA FORMA
SE VÊ NUMA MISTURA DE MASSA COLORIDA
QUE NÃO PODE TOCAR
TOCA COM OS OLHOS,
SE VENDO NELA COM TODAS AS CORES 
SEGUE O CAMINHO ERRANTE, 
E ENCONTRA OUTRA FORÇA PARA LHE DAR ALÍVIO
NO OUTRO LADO DO CAMINHO
ENCONTRA BELOS OLHOS E UM SORRISO
DE ALGUÉM TAMBÉM ERRANTE.
Eixo...
linhas extrovertidas se insinuam
direção de cores aleatórias
valsa de automóveis nada amistosa
emblemas, poemas, sistemas

Meu eixo torto se refaz


céu agonizante sob o chão concreto
na pisada moribunda do empregado
outra vassoura golpeia meu pé
estações, empurrões, ilusões

Esse eixo solto, tenaz


e seu olhar me engole num gole
parindo a prole que move
a carnificina maquinal urbana
lixo, prolixo, sufixo

Qual o eixo a seguir?


Comovente harmonia aparente Carlos
sorriso sem dentes da fé Rogerio
aperto da mão sem dedos da política
entulhos, barulhos, bagulhos
Ro n ho z
Mu
dri
go
TAMIMACHREIN, UGAH E HAGAMAFUTA SOTIRI
TAMIMACHREIN HAGAMAFUTA SOTIRI CORRIA VAGO
PELA SUTURA DA PELE... HAGAMAFUTA SOTIRI
RETIRAVA OS CABELOS GRUDADOS NO RALO...
BIBOPABI, BIBOPABI,TAMIMACHREIN E ENTÃO
ANTHOULA DISSE... HAGAMAFUTA CHREIN E EU HEI DE
SAIR DAQUI... UGAH EU SEI...UGAH VOCÊ SABE...
TAMIMA, TAMIMAAAHHH... ENVOLTO EM CUEIRO...
CHREIN TAMIMA RIMA SOLTA E SERELEPE... COMO
RATO DE BUUUUEIRO... HAGAMAFUTA COSTURA
CHREIN QUEIXO ROTO DE TANTO BATER... SOTIRI
SORRI SÓ E SUA DE TANTO SONHAR EM HARPA QUE
SOA COMO TAMIMACHREIN, BIBOPABI, BIBOPABIIIHHH...
BIBO PABI... TAMIMACHREIN... ESFORÇAR PARA AS
PESSOAS SEREM FELIZES... HAGAMAFUTA SOTIRI...
FAZÊ-LO SEM ESFORÇO UGAHUGAH, CATAVENTO É
FEITO PRA VENTAR... SOTIRI, GIRASSOL É FEITO PRA
SOLAR E MENINA BEIJA MENINO FEITO GATO ANGORÁ...
TAMIMACHREIN OLHA DISTANTE BIBO PABI HAGA
MAFUTA SOTIRI COM UM FIO DE CABELO REBELDE...
TAMIMACHREIN ESTÁ COM A PRESILHA... UGAH EU
SEI...UGAH EU SEI TAMIMACHREIN, VAGALUME É FEITO
PRA LUMIAR... SOTIRI, SOTIRI, CATA, GIRA, VAGA POR AI
TAMIMACHREIN, SOTIRI, HAGAMAFUTA, UGAH, UGAH,
BIBOPABI... BIBOPABI.

***
Di l
Fabi ac e ra
Menassi (n)d
o

Desesperador o meu tormento


Donde vieram as verdades
Dos meus destinos e sentimentos
Devastador de todas as sinceridades.
Desejo um mundo moderado,
De novos significados
Descerrado à invasão
Da rebeldia à realidade
Distorcido, invertido
Decido que o inteiro seja repartido,
Dos seus fragmentos ser iludido e
Dele ainda ser receptivo
Defino a liberdade, do aleatório
Das coisas em desconstrução,
De enxergar com os olhos
Do meu coração.
Antes tudo que nada
ante tudo o nada
anti tudo pró nada
até tudo sem nada
outro tudo é nada
entre tudo um nada
muito tudo só nada
prévio tudo pós nada
como tudo feito nada
tanto tudo por nada
sobre tudo em nada
todo tudo quase nada
esse tudo aquele nada
não tudo sim nada
nada tudo tudo nada
enfim tudo embora nada
Carlos
Rogerio
A Alma
do Poeta
A alma de um poeta é capaz de viajar
de um mundo interno ao externo,
De ir de um extremo ao outro
Do céu ao Inferno
Da frieza ao calor terno
Desde o Início da Escrita
Ao computador moderno.
 
Sua alma inflama,
suas mãos enlouquecem,
novos versos compõe
de acordo com a paisagem visitada
Na sutileza da palavra
Expressa a rudez de um homem
ou doçura de uma mulher
Inverte, transgride, renomeia,
 
Os papéis perdem sua forma,
perdem sua candura,
perde-se a pele
tornam-se grandes ou pequenos,
em suas mãos, ganham ritmo e sons.
 
Tão grande é a sua coragem
de espalhar pensamentos
em giz, tinta ou nanquim
Asfalto, fumaça, azulejos ou pedras...

Brunna Alline
~
TUA PROCURA FOI VA Rodrigo
NO ENTANTO, ESTOU POR AÍ
EM ALGUM LUGAR
Munhoz
COMO QUE PERDIDO
SE ACASO ENCONTRAR-ME
AVISE-ME AONDE ESTOU
~
COMO SE NAO SOUBESSE
~
QUE ESTOU EM TEU CORAÇAO
ONDE PALPITA A MINHA PROCURA
Amor
fra(e)terno
Fabi
Menassi
Amizade, afeição 
Aproximação, paixão
Seja qual for a combinação,
Regozija meu coração
Sou dotada da certeza:
Gozar de sua companhia
Faz emergir da tristeza
O prazer e a alegria.
Mesmo com as presenças
Da longitude do tempo
E da saudade imensa,
Não dissolveu-se meu sentimento
Se for somente
Por um simples retrato
Ficarei contente
Ver você em nosso eterno abraço
Somos duas almas unidas
Pelo destino, que desejou
Que fôssemos amigas
E entre nós existisse amor.
Não senti as trepidações do vôo
Senti um barato quando oblíquo
Rodrigo e ao viajar com fundo musical
Munhoz avistei pela janela da asa direita
brilhos que estavam sobre as nuvens
o avião voava e os brilhos seguiam
na mesma altura da minha testa
pensei até que fossem cidades voadoras
até o momento em que percebi
que eram três marias flutuantes
e quando isso aconteceu...
eu chorei
Sentimentos são
Tempo
como as nuvens.... ensina a
Leves como algodão, chorar (ver)
Formam no céu figurinhas engraçadas.
E diante de uma lágrima prestes a cair,
Pesadas com o rubor da face.
 
Quando pesadas, chuva chora,
Chovem os olhos,
Choram lá fora
E chove aqui dentro.
Do meu peito
Quase ao mesmo tempo.
 
Me sinto como a nuvem,
Porém ainda sou pequena.
Os passos são pequenos,
Deste corpo de carne e osso.
Diante de seus passos largos e ligeiros,
Que alcançam os lugares mais distantes;
E para consolar, faço uma viagem
Ao meu mundo interior

Deitada no chão vendo a nuvem


Sinto um lapso de inveja:
Quero ser como você!
Brunna Deixar o vento soprar
Sem pensar quanto tempo levará
Alline Sua transformação,
Quando o clima chegar.
QUERER VER UM MÁGICO
FAZER O SEU TRUQUE MAIS SEM GRAÇA
DIANTE DE UM MONTE DE BARALHOS INERTES
EU NĂO GOSTO DE TAL MÁGICA
AS VERDADEIRAS MÁGICAS NĂO SĂO TRUQUES
NĂO POSSUEM HABILIDADE
SĂO ATABALHOADAMENTE EXPRESSIVAS
ENTENDEM A BRUTALIDADE SENSORIAL
ENTERNECEM A EXPRESSĂO ALMEJADA
EU QUERIA SER POTIGUAR
QUERIA SER AGORA
DE MODO QUE A GUERRINHA DE SPRAY
FOSSE PRÓXIMA À DUNA AZUL
EU NĂO TENHO FORÇAS PARA PASSAR NA CATRACA
EU QUERO DORMIR PARA NĂO VER A CATRACA
QUERO DORMIR BEM TARDE
E DANÇAR EM RODA COM TODOS
CASO EU ESCREVA SOBRE O GUARDANAPO
ASSISTIREI O MEU TEXTO BORRAR
NUM IDIOMA COMUM
ONDE LETRAS FICAM BORRADAS
PORTANTO... MENINA
TIRE SEUS PÉS DO CHĂO PARA VOAR
E OLHE AS ANTENAS DA CIDADE Rodrigo
PELA VISTA DE UM MIRANTE DISTANTE
DE MODO QUE SINTAS Munhoz
DISTANTE DESTE MUNDO.
A rua como palco da aventura de desafiar o constrangimento
de empinar a cabeça, de balbuciar o que adentro
intento frágil de viver a sobrevivência
esforço exausto de vislumbrar somente a contra-maré...

A praça como cena laboratório para os originais experimentos


utópicas DADES – a liber, a igual, a fraterni
redundância burocrática, avanço conta-gotas
amargo nos abraços, azedo nos beijos
pálidos anseios de miseráveis seios Carlos
ontem fartos, hoje gastos Rogerio
antes laicos, agora arcaicos
Guardo papéis em minha bolsa
como quem guarda um pedacinho do mundo
Carrego uma caneta nanquim dos anos noventa
E um coração imprevisível
às vezes calmo, quieto,
às vezes um viajante no meio da tormenta.
As emoções  são de um azul índigo,
A voz às vezes doce e flauteada
Vivo os dias e baladas
com amigos ou numa conversa de madrugada
Sempre tenho novas palavras
Emoções, posso dizer que revisitadas
Como um grande caleidoscópio
Caindo em um precipício infinito.
Sou visitada frequentemente
Seja pela  terna e quente Alegria
Ou monocromática e fria Melancolia
mas quem chegou pra ficar ?
A velha e querida saudade.
Bailamos noites sem fim
Seja sol, seja lua,
a alma não permanece calada
viaja num trem com destino certo
Sorriso caloroso 
Ou soluço desritmado
Mas sempre acompanhada B
ru n
pela tão viva saudade. n
Alli a
ne
Amor e ódio
Uma mistura
Decorrente da vida
De quem não deseja
Sentir a solidão.
A busca infinita
Dói no coração
De quem ama
E o amor
Em ódio se transforma.
O amor consome o coração
De quem
Deseja
Uma pessoa
Que nunca alcança.

“Desilusão”, Fabi Menassi


EU SEMPRE SEREI O MAIOR
ORA... ESTOU ADMITINDO
Quão GRANDE SOU
OH... COMO SOU EU
E SENDO EU
TRAGO DE VOLTA AQUILO
QUE NUNCA TIRARAM
AH... A MINHA PLENITUDE
E AINDA QUE EU ME FODA
Não VOU ME FODER PELO REI OU PELA RAINHA
AH... ADMITO A MINHA VERDADE

O UNIVERSAL PULSA EM MIM


AH... AMIGOS
Não SE QUEIXEM
Não É MEGALOMANIA
ORA... Vocês São IGUAIS

Rodrigo Munhoz
Rodrigo Munhoz
rodrigomunhoz1@yahoo.com.br

Brunna Alline
brunnaalline@hotmail.com

Fabi Menassi
fabi_menassi@yahoo.com.br

Carlos Rogerio
projetooficinativa@hotmail.com

Outras referências

www.amorexperimental.nafoto.net
www.araramboiadefogo.nafoto.net
www.fabimenassi.blogspot.com
www.oficinativa.blogspot.com
www.universidadelivredasartes.blogspot.com
organização e publicação:

Projeto OFICINATIVA
Caixa Postal 73
Ribeirão Pires, SP
CEP 09400 970

ação integrante do VIVA LITERATURA VIVA 2010

www.oficinativa.blogspot.com

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