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NORMA No REV.

No
DIRETRIZ DO IAF PARA APLICAÇÃO DA NIT-DIOIS-008 01
ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006 APROVADA EM PÁGINA
OUT/2009 01/13

SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Campo de Aplicação
3 Responsabilidade
4 Siglas
5 Introdução
6 Escopo
7 Definições
8 Exigência administrativas
9 Independência, Imparcialidade e Integridade
10 Confidencialidade
11 Organização e administração
12 Sistema da Qualidade
13 Pessoal
14 Instalações e equipamentos
15 Métodos e procedimentos de inspeção
16 Tratamento de amostras e itens de inspeção
17 Registros
18 Relatórios de inspeção e certificados de inspeção
19 Subcontratação
20 Reclamações e recursos
21 Cooperação
22 Histórico da revisão

1. OBJETIVO

Esta Norma estabelece as diretrizes para a aplicação dos critérios de acreditação de organismos
de inspeção, baseando-se nas recomendações do IAF.

2. CAMPO DE APLICAÇÃO

Esta Norma é aplicável à Diois.

3. RESPONSABILIDADE

A responsabilidade pela revisão e cancelamento desta Norma é da Diois.

4. SIGLAS

Diois – Divisão de Acreditação de Organismos de Inspeção; e


IAF – International Acreditation Forum.
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5. INTRODUÇÃO

Este documento-guia é para ABNT NBR ISO/IEC 17020:2006 Avaliação de conformidade -


Critérios gerais para o funcionamento de diferentes tipos de organismos que executam inspeção.
A orientação sobre os elementos do sistema de qualidade é dada para que eles possam ser
usados juntamente com os elementos relevantes do ISO 9001:2000. Se organismos de inspeção
devem ser acreditados de forma harmonizada com a ABNT NBR ISO/IEC 17020, faz-se
necessária alguma orientação para a norma. Estas notas de orientação fazem isto. Um objetivo é
permitir que organismos de acreditação harmonizem a sua aplicação da norma a qual eles devem
se ater para avaliar organismos de inspeção. Este é um passo importante para mútuo
reconhecimento da acreditação. Espera-se que a orientação também seja útil aos próprios
organismos de inspeção e para aqueles cujas decisões forem baseadas em seus
certificados/relatórios de inspeção. Para facilitar a referência, identificada pelo número da cláusula
relevante com um sufixo apropriado, por exemplo, 9.11a seria orientação sobre os requisitos da
cláusula 9.11 da Norma.

Esta referência constituirá a base dos acordos de reconhecimento mútuo entre órgãos de
acreditação, e é considerada necessária para a aplicação congruente com ISO/IEC 17020.
Membros do Acordo Multilateral de Reconhecimento Mútuo ILAC/IAF (MLMRA) e candidatos a
membros deste Acordo avaliarão a implementação uns dos outros do ISO/IEC 17020 e esta
orientação deve ser adotada pelos organismos de acreditaçãocomo parte de suas regras de
operação.

O termo “deverá” é usado em todo este documento para indicar aquelas disposições que,
refletindo os requisitos do ISO/IEC 17020, sejam necessárias. O termo “deve” é usado para
indicar aquelas disposições que, embora não obrigatórias, são fornecidas pelo ILAC/IAF como um
meio aceito de atender aos requisitos. Os organismos de inspeção cujos sistemas não seguem a
orientação ILAC/IAF serão apenas elegíveis para acreditação se puderem comprovar perante o
organismo de inspeção que as suas soluções satisfazem a cláusula relevante do ISO/IEC 17020
de forma equivalente.

Um organismo de inspeção deverá manter sempre sua imparcialidade, como exigido pela cláusula
4.2 do ISO/IEC 17020. Contudo, ele deverá estar preparado para discutir esta orientação e sua
interpretação com um órgão candidato e, se necessário, responder a consultas.

6 ESCOPO

6.1 Ao utilizar o ISO/IEC 17020 e seu documento-guia, o organismo de inspeção não deve
adicionar ou se afastar dos requisitos da Norma. A aplicação de exigências legais,
governamentais ou outras exigências normativas devem estar refletidas no escopo do acreditação
conferido.

6.2 Testes realizados por um organismo de inspeção podem se enquadrar em uma das duas
categorias – funcionais ou analíticos. Testes funcionais, por exemplo, teste de carga de um
guindaste, constituem uma parte normal das atividades de um organismo de inspeção e, assim,
estão dentro do escopo do ISO/IEC 17020. Testes analíticos (que precisam ser realizados em
laboratório sob condições ambientais bem controladas e utilizando-se equipamentos ou
procedimentos de teste mais sofisticados) é uma atividade laboratorial e, portanto, não se
enquadra no escopo do ISO/IEC 17020. Os organismos de inspeção que desejarem realizar
testes analíticos como parte de uma inspeção, precisarão fazer isto de conformidade com os
pertinentes requisitos do ISO/IEC 17025.
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7 DEFINIÇÕES

7.1 Em todas estas diretrizes a palavra “produto” deve ser entendida para incluir as palavras
“projeto de produto”, “revisão/manutenção”, “processo” e “planta”, como especificado na cláusula
2.1 da norma 17020.

7.2 Em vista da ampla gama de setores representados por organismos de inspeção, poder-se-ia
utilizar terminologia alternativa para o que for inspecionado.

7.3 A definição de inspeção se sobrepõe àquela de teste e certificação de produtos onde estas
atividades tiverem características comuns. Contudo, uma importante diferença é que muitos tipos
de inspeção envolvem opinião profissional para determinar a aceitabilidade em função de
requisitos gerais e, assim sendo, o organismo de inspeção terá que demonstrar que possui a
necessária competência para realizar a tarefa.

7.4 O escopo do ISO/IEC 17020 não engloba a certificação do sistema de gerenciamento de


qualidade. Contudo, pode ser necessário que os organismos de inspeção examinem certos
aspectos do sistema de gerenciamento de qualidade ou outros sistemas documentados, a fim de
justificar os resultados da inspeção, por exemplo, o exame de processos.

7.5 Geralmente, a inspeção envolve determinação direta da conformidade com requisitos


específicos ou gerais de produtos ímpares – muitas vezes complexos ou críticos – ou pequenas
séries de produtos, enquanto que a certificação de produtos engloba principalmente a
determinação indireta da conformidade de produtos fabricados em séries longas para
necessidades específicas. Enquanto que a inspeção de produtos em uso (inspeção de
revisão/manutenção) é um regime já firmado, a certificação (Guia ISO/IEC 65) de produtos em uso
não ocorre.

8 EXIGÊNCIAS ADMINISTRATIVAS

8.1 Um diagrama organizacional é um meio útil de ilustrar a posição do organismo de inspeção em


relação a uma empresa de grande porte. Diagramas que mostram os relacionamentos com
empresas ou organizações coligadas e relacionamentos entre departamentos dentro da mesma
organização constituem um bom suporte para demandas de independência.

8.2 Os organismos de acreditação apresentam o escopo de atividade para a qual a acreditação de


organismos de inspeção é concedida numa declaração formal, denominada, por exemplo,
Programa de Acreditação que acompanha o Certificado de Acreditação. O Programa de
Acreditação é feito pelo organismo de inspeção em consulta com o(s) avaliador(es) que participa
(participam) da avaliação do organismo de inspeção. Isto é baseado nas informações fornecidas
pelos organismos de inspeção juntamente com o requerimento da acreditação e a competência
demonstrada e verificada pelo organismo de inspeção. O Certificado e o Programa de Acreditação
devem indicar o tipo de organismo como definido na subcláusula 4.2 do ISO/IEC 17020.

8.3 O escopo de acreditação deve estar definido no programa de forma suficientemente precisa
para que clientes em potencial possam estabelecer de modo preciso e não ambíguo o campo
geral de inspeção, o tipo e âmbito da inspeção e, se for o caso, os regulamentos, normas ou
especificações contendo os requisitos com base nos quais a inspeção será realizada.

8.4 Contratos ou ordens de serviço para inspeção devem assegurar que haja um entendimento
claro e comprovável entre o organismo de inspeção e seu cliente do escopo do trabalho de
inspeção a ser realizado pelo organismo de inspeção. Em muitas áreas de inspeção (por exemplo,
inspeção de revisão/manutenção com base em regulamentos nacionais) contratos individuais não
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são assinados com os clientes. Nestes casos, a ordem de serviço precisa estar contida em
alguma documentação subjacente, por exemplo, regulamentos emitidos por autoridades
reguladoras.

8.5 O organismo de inspeção deve estar apto a demonstrar que fatores foram levados em
consideração ao determinar o nível necessário do seguro contratado. Um dos fatores que
poderiam ser levados em conta é o risco associado ao desempenho das atividades de inspeção.

8.6 Não é papel dos organismos de acreditação aprovar o nível da cobertura de seguro mantida
por seus clientes. Os tipos de responsabilidade cobertos pelo seguro, por exemplo, podem incluir
responsabilidade dos empregadores, responsabilidade pública e indenização profissional.
Nota: Os organismos de inspeção devem prestar especial atenção à cobertura do seguro ao
realizar trabalho de inspeção em outro país, onde as exigências legais podem diferir daquelas na
terra natal do órgão.

8.7 As condições mencionadas no item 8.4 são condições contratuais e comerciais, não condições
físicas, dos locais de inspeção.
Não é papel dos organismos de acreditação julgar a adequação das contas financeiras.

9 INDEPENDÊNCIA, IMPARCIALIDADE E INTEGRIDADE

9.1 Os procedimentos devem ser documentados para assegurar que o pessoal do organismo de
inspeção esteja livre de pressões comerciais, financeiras ou outras pressões que poderiam afetar
o seu discernimento.

9.2 A categorização dos organismos de inspeção como Tipo A, B ou C é essencialmente uma


medida de sua independência. A independência comprovável de um organismo de inspeção pode
aumentar a confiança dos clientes do organismo de inspeção na capacidade do órgão de realizar
o trabalho de inspeção com imparcialidade e objetividade. Os termos primeira parte e segunda
parte, como definidos no Guia 2 do ISO/IEC, não são usados no ISO/IEC 17020, porque a
aplicação de tais termos não seria útil. Contudo, como o pensamento convencional tem sido em
termos de primeira, segunda ou terceira partes por muitos anos, é preciso oferecer alguma
explicação sobre o relacionamento entre os dois conjuntos de categorias, como abaixo incluído.

9.3 Um organismo de inspeção Tipo A, para que possa alegar ser independente das partes
envolvidas, deverá comprovar que não está ligado a uma parte diretamente envolvida no projeto,
fabricação, fornecimento, instalação, compra, posse, uso ou manutenção dos itens inspecionados
ou itens concorrentes similares por:
• Posse comum (exceto quando os proprietários não têm nenhuma condição de influenciar
o resultado de uma inspeção), Nota 1.
• Membro de posse comum nas diretorias (ou equivalente) das organizações (exceto
quando tiverem funções que não têm qualquer influência no resultado de uma inspeção)
Nota 2.
• Subordinação direta ao mesmo nível mais alto da administração.
• Acordos contratuais, entendimentos informais ou outros meios que possam ter
capacidade de influenciar o resultado de uma inspeção.

Além do acima, um organismo de inspeção não se tornará um organismo de inspeção Tipo A se


outra parte da mesma organização estiver diretamente envolvida no projeto, fabricação,
fornecimento, instalação, compra, posse, uso ou manutenção dos itens inspecionados ou itens
concorrentes similares, quando tais outras partes da organização não tiverem uma identidade
jurídica independente.
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O principal executivo da pessoa jurídica da qual o organismo de inspeção é uma parte deverá
definir e documentar sua política para manter a condição de Tipo A do organismo de inspeção. O
organismo de inspeção examinará a evidência da implementação desta política no tocante às
participações na posse, constituição da diretoria, meios de financiamento, métodos de tomada de
decisões e outros fatores que possam ter uma influência na imparcialidade, independência e
integridade de um organismo de inspeção Tipo A.
Notas:
1 Um exemplo disto é um tipo cooperativo de estrutura onde há um grande número de acionistas,
mas eles (individualmente ou como grupo) não têm meios para influenciar as políticas,
estratégias ou operação do organismo de inspeção.
2 Um exemplo disto é quando um banco que financia uma empresa pode insistir em ter um
membro na diretoria para supervisionar como a companhia é administrada, mas não participa
de qualquer tomada de decisão.

9.4 As duas características pelas quais os organismos de inspeção podem ser identificados como
organismos de inspeção Tipo B são:
Os organismos de inspeção Tipo B formam uma parte separada e identificável de uma
organização que está envolvida no projeto, fabricação, fornecimento, instalação, uso ou
manutenção de itens que eles inspecionam;
Os organismos de inspeção Tipo B prestam serviços de inspeção somente para a sua matriz.
Um organismo de inspeção Tipo B pode constituir uma parte de uma organização usuária ou uma
organização fornecedora.
Quando um organismo de inspeção Tipo B que constitui uma parte de uma organização
fornecedora inspeciona itens que são fabricados pela ou para a sua matriz e serão fornecidos ao
mercado ou a qualquer outra parte, ele realiza a inspeção da primeira parte.
Quando um organismo de inspeção Tipo B que constitui uma parte de uma organização usuária
inspeciona itens que serão fornecidos para uso pela matriz por uma organização fornecedora que
não seja a matriz e não está a ela relacionada, ele (o organismo de inspeção) realiza a inspeção
da segunda parte.

9.5 Os organismos de inspeção Tipo C estão envolvidos no projeto, fabricação, fornecimento,


instalação, uso ou manutenção de itens que eles inspecionam. As inspeções realizadas por eles
podem incluir inspeções da primeira parte e inspeções da segunda parte do mesmo tipo que as
realizadas por organismos de inspeção Tipo B. Contudo, os organismos de inspeção tipo C
diferem dos organismos de inspeção Tipo B pelas seguintes razões:
Um organismo de inspeção Tipo A não precisa ser uma parte independente, mas deverá ser
identificável dentro da organização. Um organismo de inspeção Tipo A pode, ele mesmo, ser o
projetista, fabricante, fornecedor, instalador, usuário ou mantenedor de itens que ele inspeciona.
Um organismo de inspeção Tipo C pode ofertar seu serviço de inspeção ao mercado ou a
qualquer outra parte e prestar serviço de inspeção a organizações externas. Por exemplo, ele
pode inspecionar produtos fornecidos por ele ou por sua matriz e usados por outra organização.
Ele também pode fornecer a outras organizações inspeção de itens que são similares àqueles
projetados, fabricados, fornecidos, instalados, usados ou mantidos por ele ou por sua matriz, e
que podem ser considerados como concorrentes.
As inspeções realizadas por organismos de inspeção Tipo C não podem ser classificadas como
inspeções de terceiros porque eles não atendem às exigências de independência de operações,
como estipulado para órgãos inspetor Tipo A no Anexo A do ISO/IEC 17020. Os organismos de
inspeção Tipo C podem estar de conformidade com alguns dos critérios relativos à independência
de outros operadores econômicos, não envolvimento em atividades “conflitantes” e operações não
discriminatórias que caracterizem organismos de inspeção Tipo A e Tipo B. Além disso, eles
permanecem organismos de inspeção Tipo C enquanto eles não atenderem a todas as exigências
aplicáveis aos organismos de inspeção Tipo A ou Tipo B.
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O projeto / fabricação / fornecimento / instalação / revisão / manutenção e a inspeção de uma


entidade realizada por um organismo de inspeção Tipo C não devem ser feitas pela mesma
pessoa. Uma exceção é quando uma exigência de autoridade reguladora ou outra autoridade
explicitamente permitir que uma pessoa física de um organismo de inspeção Tipo C faça o projeto
/ fabricação / fornecimento / instalação / revisão / manutenção e inspeção de uma entidade.

10 CONFIDENCIALIDADE

10.1 O organismo de inspeção deve ter uma política, documentada em seu sistema de qualidade,
relativa à observância das exigências de confidencialidade do cliente pelo organismo de inspeção
(vide item 5 do ISO/IEC 17020) e por quaisquer subcontratantes (vide item 14 do ISO/IEC 17020),
levando-se em consideração quaisquer exigências legais relevantes. Para inspeções obrigatórias,
os procedimentos devem estipular quem, além do cliente, tem direito a acesso aos resultados.

11 ORGANIZAÇÃO E ADMINISTRAÇÃO

11.1 O porte, estrutura e composição de um organismo de inspeção devem ser adequadas para
possibilitar execução competente das tarefas por parte do organismo de inspeção.

11.2 O organismo de inspeção deve manter um organograma atualizado indicando claramente as


funções e linhas de autoridade do pessoal do organismo de inspeção e o relacionamento, se
houver, entre a função de inspeção e outras atividades da organização. As posições do gerente
técnico e gerente de qualidade devem estar claramente indicadas no organograma.

11.3 Para cada posição na organização que poderia ter um impacto sobre a qualidade das
inspeções ou registros de inspeção, detalhes de responsabilidade devem ser incluídos na
documentação do sistema de qualidade.

11.4 O grau de complexidade da documentação e até onde o quadro de funcionários pode deter
várias funções dependerá do porte da organização.

11.5 Diferentes pessoas podem assumir o papel de gerente técnico para atividades diferentes.
Quando mais de uma pessoa atuar como gerente técnico, as responsabilidades específicas de
cada pessoa precisam estar definidas e documentadas.

11.6 O organismo de inspeção deve ser capaz de comprovar que está organizado de forma que o
trabalho do pessoal que realiza inspeções é supervisionado por elementos familiarizados com os
objetivos das inspeções, os métodos e procedimentos utilizados e as avaliações dos resultados
das inspeções. A extensão, natureza e nível de supervisão exercida devem levar em consideração
as qualificações, experiência, treinamento e conhecimentos técnicos do pessoal de inspeção e as
inspeções realizadas.

11.7 A supervisão eficaz das inspeções pode ser assegurada somente quando um supervisor for
capaz de examinar, se solicitado, as constatações e decisões de inspeção ou de outra forma
pessoalmente averiguar se as decisões de inspeção são confiáveis.

11.8 A supervisão do pessoal de inspeção poderá incluir, mas não estará limitada a, análise
periódica dos relatórios de inspeção para assegurar que eles estão de conformidade com a
legislação em vigor, procedimentos do organismo de inspeção e, se necessário, obrigações
contratuais acordadas com o cliente. (Vide também 15.6 e 15.7).
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11.9 O monitoramento da execução das inspeções deve incluir testemunho físico no local das
inspeções. Isto deve ser feito por pessoal tecnicamente competente e suficientemente
independente para testemunhar as inspeções de forma objetiva.

11.10 O programa do organismo de inspeção para testemunho físico deve ser elaborado de forma
a haver uma amostra representativa de inspetores. Como mínimo cada inspetor deve ser
testemunhado pelo menos uma vez durante o ciclo normal de acreditação (geralmente 3 – 4 anos)
realizando cada campo de inspeção para o qual eles foram autorizados pelo organismo de
inspeção. Devem ser mantidos registros das inspeções observadas.

11.11 A finalidade de designar um substituto é atender a necessidade de administração


competente na ausência do gerente. O substituto não precisa ser funcionário registrado (vide
8.1a) do organismo de inspeção.

11.12 Numa organização em que a ausência de uma pessoa-chave resulta em interrupção do


trabalho, a exigência relativa a substitutos pode ser dispensada.

11.13 Posições que poderiam afetar a qualidade dos serviços de inspeção podem incluir pessoal
de nível gerencial, administrativo e outros, bem como inspetores.

12 SISTEMA DE QUALIDADE

12.1 Para facilitar a referência, recomenda-se que o manual de qualidade do organismo de


inspeção indique onde no Sistema de Qualidade os requisitos do ISO/IEC 17020 estão abordados,
por exemplo, uma lista de referência cruzada pode ser incluída no Manual de Qualidade.

12.2 A posição do gerente de qualidade (quem quer que ele seja) deve estar claramente mostrada
no organograma mencionado na cláusula 11.2 O gerente de qualidade deverá estar livre de
quaisquer influências ou conflitos de interesse que possam afetar a qualidade do seu trabalho.

12.3 A finalidade das auditorias de qualidade internas é verificar se os procedimentos


operacionais documentados do organismo de inspeção estão sendo implementados como
necessário. As auditorias de qualidade são geralmente planejadas e organizadas pelo gerente de
qualidade e realizadas de conformidade com uma programação prévia que engloba todos os
aspectos do sistema de qualidade, incluindo o desempenho dos inspetores. Os escopos, datas e a
programação detalhada das auditorias devem ser planejadas e realizadas de acordo com o
procedimento documentado. Órgãos externos competentes podem realizar auditorias internas.
Como regra, as auditorias internas devem ser planejadas de forma que o sistema de qualidade
seja examinado pelo menos uma vez por ano. As auditorias internas devem assegurar que a
orientação dada em 11.10 está sendo observada.

12.4 Quando um organismo de inspeção tiver mais do que um local operacional, todos os
aspectos do sistema de qualidade e todos os locais deverão passar por uma auditoria interna
durante um ciclo de acreditação.
Nota: Neste contexto, um “local operacional” é um escritório (que não o escritório central) que
mantém registros do trabalho de inspeção e da implementação local do sistema de
qualidade, independentemente do escritório central.
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12.5 As análises da administração devem levar em conta quaisquer informações relevantes, tais
como relatório de supervisores e gerentes, o resultado das auditorias de qualidade internas e
avaliações externas, reclamações de clientes, mudanças necessárias no sistema de qualidade, a
adequação dos recursos humanos e equipamentos, planos futuros, estimativas para novos
trabalhos, e recursos humanos adicionais, bem como a necessidade de treinamento do pessoal
existente e novos funcionários. A freqüência das análises da administração deve ser determinada
pelo organismo de inspeção, levando-se em consideração os resultados das auditorias internas e
análises e relatórios de um organismo de acreditação.
É normalmente considerada aceitável uma periodicidade mínima anual para a revisão pela gestão.

13 PESSOAL

13.1 Pessoal efetivo é todo aquele contratado ou sob contrato de longo prazo com o organismo de
inspeção. Eles podem ser funcionários de período integral ou meio período. Se houver
necessidade de utilizar pessoal para situações temporárias, os indivíduos devem ser formalmente
contratados pelo período que o organismo de inspeção irá precisar deles. O organismo de
inspeção deve assegurar que estas pessoas sejam eficazmente supervisionadas (vide 6.4b), que
sejam competentes e que realizem o trabalho de acordo com o sistema de qualidade do
organismo de inspeção.

13.2 O organismo de inspeção deverá ter um número suficiente de pessoal efetivo competente,
com a necessária formação acadêmica, treinamento, conhecimentos técnicos, habilidades e
experiência para lidar com a categoria, âmbito e volume do trabalho realizado.

13.3 Um organismo de inspeção acreditado deve definir e documentar as qualificações,


treinamento, experiência e nível de conhecimento exigido para as inspeções (vide também a
cláusula 6.6 do ISO/IEC 17020). Os organismos de acreditação devem avaliar a adequação de
tais qualificações, treinamento, experiência e nível de conhecimento para o escopo de inspeções
a ser acreditado.
Nota: A consecução das qualificações, conclusão de treinamento e experiência não são uma
garantia de competência prática em inspeção ou desenvolvimento de discernimento
profissional sólido.
13.4 Os organismos de inspeção podem usar organizações externas competentes para
treinamento do pessoal.

13.5 A identificação das necessidades de treinamento para cada pessoa deve normalmente ter
lugar pelo menos uma vez por ano. Esta análise deve resultar em planos documentados para
futuros treinamentos ou uma afirmação de que nenhum outro treinamento é atualmente
necessário para aquela pessoa.
A finalidade destes registros é demonstrar a competência de cada membro da equipe para realizar
tarefas de inspeção específicas e, quando necessário, utilizar equipamentos específicos.

13.6 Esta orientação pode ser na forma de um código de conduta. Isto pode incluir questões
relativas à ética no trabalho, imparcialidade, segurança pessoal, relacionamento com clientes,
regras da empresa e outras questões necessárias para assegurar a conduta adequada do pessoal
do organismo de inspeção.
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14 INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS

14.1 O organismo de inspeção não precisa ser o proprietário das instalações ou equipamentos
que ele utiliza. As instalações e equipamentos podem ser emprestados, alugados, arrendados ou
fornecidos por uma outra parte (por exemplo, o instalador dos equipamentos). Em todos os casos
o acesso aos equipamentos precisa ser definido e atender aos requisitos do ISO/IEC 17020.
Contudo, a responsabilidade pela adequação e condições de calibração dos equipamentos
utilizados em inspeções, quer de propriedade do organismo de inspeção ou não, é exclusivamente
do organismo de inspeção.

14.2 Em caso de necessidade de condições ambientais controladas fora das instalações usadas
pelo organismo de inspeção, o organismo de inspeção deve monitorar as condições ambientais
nestas instalações com equipamentos calibrados, registrar os resultados e observar se as
condições estão fora dos limites em que a inspeção pode ser realizada.

14.3 Não deve ser permitido uso de instalações e equipamentos por pessoal não autorizado. Se
for detectado que um item escapou ao controle direto do organismo de inspeção, deve-se tomar
medidas para confirmar a adequação do mesmo antes de retorná-lo ao uso. Medidas típicas
incluiriam inspeção visual, verificações funcionais e/ou recalibração.

14.4 A identificação adequada de itens de equipamentos é importante mesmo quando a


organização possui apenas um exemplar de um determinado item. Isto permite rastreamento
quando do desaparecimento de itens por qualquer motivo.

14.5 Todos os equipamentos usados para medições e testes, quando os resultados de tais
medições e testes tiverem uma influência significativa nos resultados da inspeção, isto é, a
conclusão sobre conformidade com requisitos, eles devem ser calibrados de forma comprovável.

14.6 Quando for usado equipamento que não esteja sob o controle direto do organismo de
inspeção, este deverá verificar se o equipamento satisfaz todos os requisitos relevantes do
ISO/IEC 17020 antes de utilizá-lo para inspeções. O procedimento de verificação deverá ser
documentado e os registros da verificação mantidos. Se tal verificação não for viável, o relatório
não deverá ser emitido sob a acreditação ou, se o acreditação for obrigatório, este fato deverá
constar de forma evidente do relatório de inspeção e o cliente deverá ser informado.

14.7 Os equipamentos identificados sob os critérios de 14.4., como esclarecidos em 14.5, devem
ser calibrados segundo normas nacionais ou internacionais, se possível, de forma que isto possa
ser constatado.

14.8 Se as calibrações forem realizadas na empresa, a rastreabilidade para normas nacionais


deve ser assegurada utilizando-se normas de referência de medição para as quais o organismo
de inspeção possui um certificado de calibração válido ou equivalente de um órgão competente. O
certificado ou equivalente deve detalhar uma incerteza de medição que seja apropriada para o
equipamento a ser calibrado com base na norma de referência.

15 MÉTODOS E PROCEDIMENTOS DE INSPEÇÃO

15.1 Os requisitos com base nos quais a inspeção é realizada estão normalmente especificados
em regulamentos, normas ou especificações. As especificações podem incluir requisitos do cliente
ou próprios.
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Quando os métodos e procedimentos de inspeção não estiverem definidos em regulamentos,


normas ou especificações, o organismo de inspeção deverá definir e documentar os métodos e
procedimentos de inspeção.

15.2 Em certos casos o cliente do organismo de inspeção poderá fornecer informações para o
organismo de inspeção levar em consideração ao realizar a inspeção. Se o organismo de
inspeção utilizar informações fornecidas por qualquer outra parte como parte da determinação de
conformidade, o organismo de inspeção deverá ter condições de comprovar as medidas tomadas
para verificar a integridade das informações.

15.3 Um método de inspeção padrão é um que tenha sido publicado, por exemplo, em normas
internacionais, regionais ou nacionais ou por organizações técnicas de renome ou por cooperação
de diversos organismos de inspeção ou em texto científico relevante ou periódico importantes. Isto
significa que métodos desenvolvidos por quaisquer outros meios, inclusive pelo próprio organismo
de inspeção ou pelo cliente, são considerados como métodos não padrão.

15.4 Se apropriado cada contrato ou solicitação deve ser verificada pelo organismo de inspeção
para assegurar que:

1 Os requisitos do cliente estão adequadamente definidos, documentados e compreendidos;


2 O organismo de inspeção tem condições de satisfazer os requisitos do cliente;
3 As condições contratuais estão acordadas;
4 As necessidades de equipamentos especiais estão identificadas;
5 As necessidades de treinamento de pessoal estão identificadas;
6 As exigências estatutárias estão identificadas;
7 Os requisitos de segurança especiais estão identificados;
8 A extensão dos acordos de subcontratação necessária está identificada;
9 As necessidades de documentação estão identificadas;
10 Contrato ou solicitação final aceita pelo organismo de inspeção bate com a versão original
que foi revista como nos itens 1, 2 e 3 supra.

Devem ser mantidos registros da revisão contratual.

Nota: Para solicitações de rotina ou trabalho repetido, a revisão poderá estar limitada a
considerações de tempo e recursos humanos e, nestes casos, um registro válido seria uma
aceitação assinada do contrato por pessoa devidamente autorizada.

15.5 Em situações em que acordos verbais são aceitáveis, o organismo de inspeção deve manter
um registro de todas as solicitações e instruções recebidas verbalmente, datas e a identidade do
representante do cliente.

15.6 Planilhas, anotações, etc. usadas para registrar as observações durante inspeções deverão
ser guardadas para referência por um período de tempo definido.

15.7 Procedimentos documentados devem incluir procedimentos para assegurar a segurança do


pessoal e, onde apropriado, a proteção do ambiente próximo.
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16 TRATAMENTO DE AMOSTRAS E ITENS DE INSPEÇÃO


Conforme estabelecido na ABNT NBR ISO/IEC 17020 – Avaliação de Conformidade – Critérios
Gerais para o Funcionamento de diferentes tipos de Organismos que executam Inspeção.

17 REGISTROS
Conforme estabelecido na ABNT NBR ISO/IEC 17020 – Avaliação de Conformidade – Critérios
Gerais para o Funcionamento de diferentes tipos de Organismos que executam Inspeção.

18 RELATÓRIOS DE INSPEÇÃO E CERTIFICAÇÃO DE INSPEÇÃO


18.1 Os termos “relatório” e “certificado” são usados de forma sinônima nesta cláusula. Contudo,
neste documento-guia presumiu-se que “relatórios” são descrições detalhadas da inspeção e seus
resultados, enquanto que “certificados” são geralmente breves declarações formais de
conformidade com os requisitos, por exemplo, com relação à inspeção obrigatória.
18.2 Quando o organismo de inspeção emitir um certificado de inspeção pode não ser possível
cobrir todo o trabalho realizado pelo organismo de inspeção no certificado propriamente dito.
Nestes casos, seria aceitável manter documentação separada para comprovar o trabalho
realizado pelo organismo de inspeção, desde que tal documentação possa ser rastreada para o
certificado de inspeção correto.
18.3 O fato do cliente não necessitar de um relatório detalhado não elimina a exigência de se
manter registros de inspeção detalhados.
18.4 O conteúdo de um relatório de inspeção ou certificado de inspeção pode variar, dependendo
do tipo de inspeção e exigências legais. O Anexo 3 contém uma lista dos elementos a serem
incluídos em relatórios de inspeção e certificados de inspeção. Alguns destes elementos são
considerados obrigatórios para fins de observância do ISO/IEC 17020. Os elementos obrigatórios
do Anexo 3 estão marcados com um asterisco (*). A lista deve ser consultada quando da redação
de relatórios de inspeção e emissão de certificados de inspeção.
18.5 Se a inspeção for para fins legais, as autoridades nacionais podem fazer exigências
especiais no tocante à forma de reportar os resultados da inspeção.
18.6 Sob esta acreditação, o organismo de inspeção pode emitir relatórios de inspeção ou
certificados de inspeção indicando a condição de acreditação para atividades de inspeção
descritas em termos genéricos na acreditação, desde que tais relatórios ou certificados sejam
emitidos para um tipo de inspeção definido, utilizando-se um procedimento técnico definido e que
eles se referem a um campo de inspeção definido.
18.7 Em todos os casos é preciso ser possível identificar a pessoa que aceita a responsabilidade
pela verificação e liberação do relatório ou certificado de inspeção.
18.8 Um exemplo de um relatório de inspeção ou certificado de inspeção “de outra forma
aprovado” é um aprovado por autorização eletrônica segura ou por timbre. Nestes casos, o
organismo de inspeção tem que ser capaz de comprovar que a autorização é segura e o acesso
ao meio eletrônico é rigidamente controlado.
18.9 Não pode haver ambigüidade entre um relatório ou certificado com um erro e o
correspondente relatório corrigido. Isto é mais comumente evitado emitindo-se um relatório ou
certificado de substituição com dizeres tais como “Este relatório/certificado substitui o
relatório/certificado n° XYZ”.
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19 SUBCONTRATAÇÃO

19.1 A subcontratação de inspeções que estejam dentro do escopo de acreditação do organismo


de inspeção somente pode ser feita se uma das condições abaixo for válida:

1. É necessária porque há uma sobrecarga de trabalho, o pessoal-chave está impossibilitado ou


instalações-chave ou itens de equipamentos estão temporariamente inadequados para uso.

2. Uma pequena parte do contrato do cliente envolve inspeção não coberta pelo acreditação do
organismo de inspeção ou está aquém da capacidade ou recursos do organismo de inspeção.
Isto não impede o organismo de inspeção de subcontratar testes.

19.2 Sempre que o trabalho, que constitui parte de uma inspeção, for realizado por
subcontratantes, a responsabilidade pela determinação de conformidade do item inspecionado
com base nos requisitos é do organismo de inspeção.

19.3 Quando o organismo de inspeção contrata pessoas ou funcionários de outras organizações


para fornecer recursos adicionais ou especialização, estes indivíduos não são considerados
subcontratantes, desde que eles sejam contratados para atuar sob o sistema de qualidade do
organismo de inspeção e tenham treinamento equivalente e registros de funcionários efetivos.
(Vide também o item 13.2 e 13.3 para orientação).

19.4 A competência de um subcontratante pode ser demonstrada como segue:


Pelo subcontratante com acreditação para ISO/IEC 17020 ou ISO/IEC 17025 para
inspeções/testes e fornecimento de relatórios ou certificados endossados;
Ou pelo próprio organismo de inspeção atestando a competência do subcontratante no tocante
aos requisitos do ISO/IEC 17020 ou ISO/IEC 17025, conforme o caso.

19.5 Quando a avaliação do subcontratante for realizada pelo organismo de inspeção, ele deve ter
condições de demonstrar que a equipe de avaliação é tecnicamente competente e versada na
aplicação do ISO/IEC 17020 ou ISO/IEC 17025.

19.6 Se a competência do subcontratante estiver parcial ou totalmente baseada na sua


acreditação, o escopo desta acreditação deverá cobrir as atividades a serem subcontratadas e o
organismo de inspeção deverá ter registros disponíveis para mostrar que ele verificou a condição
do subcontratante.

Se os órgãos subcontratados não estiverem acreditados de acordo com a norma relevante para
as atividades específicas a serem subcontratadas, o organismo de inspeção deverá fornecer
evidência apropriada da competência do órgão subcontratado, tais como registros de avaliação
feita por pessoal qualificado segundo os procedimentos adequados.

20 RECLAMAÇÕES E RECURSOS

20.1 As causas de reclamações devem ser analisadas como parte da verificação gerencial para
que as causas comuns possam ser identificadas e a ação apropriada tomada, a fim de minimizar
tais reclamações no futuro.

20.2 Deve-se observar que os procedimentos de Recursos somente são exigidos se o organismo
de inspeção for designado para realizar trabalho por uma autoridade nacional.
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21 COOPERAÇÃO

A finalidade desta cláusula é estimular organismos de inspeção a trocar conhecimentos, sujeito a


questões comerciais delicadas e confidencialidade, e a aprender uns com os outros, a fim de
melhorar o padrão e a congruência dos resultados das inspeções.

22 HISTÓRICO DA REVISÃO

- Substituição de Órgão(s) inspetor(es) para Organismo(s) de inspeção

- Inclusão da periodicidade mínima recomendada no item 12.5

- Substituição do termo asseverada (item 11.7) para assegurada

- Alterações dos itens descritos em 5, 8.7, 11.8 , 12.2, 12.3, 14.7 e 19.3

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